FANFIC "SUDDENLY LOVE" - CAPÍTULO 02!

Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 2° capítulo de "Suddenly Love". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.





CAPÍTULO II
O frescor da entrada de mármore aliviava o calor sentido por Bella naquela tarde quente. Ela havia acabado de entrar pela garagem, tensa, sentindo que a qualquer momento se juntaria aos Swan mortos de gerações anteriores.
— Oh, aí está você! — disse a madrasta, que a observava do alto das escadas. — Por onde esteve?
— Estive fora — respondeu ela, começando a subir na direção da mulher.
— Ora essa, esqueceu-se que precisamos estar no salão da Prefeitura em menos de uma hora?
Sim, Bella se esquecera. Sentia-se indisposta e não havia nem sequer pensado nisso quando saíra para tentar relaxar.
— Eu não vou,. Ligarei para o prefeito explicando...
— O quê? Você não vai? Mas é claro que vai!
Discutir com sua madrasta agora não lhe faria bem ao estômago, então ela apertou os lábios e continuou subindo as escadas, perturbada pelas náuseas, dores de estômago e o pior de todos os males: Sue.
— É bom que esteja pronta em meia hora. Espero também que tenha um pouco de bom-gosto ao escolher o que vestir, não tenho notado muita elegância de sua parte...
—Sue— disse Bella, interrompendo o aviso antipático da outra —, a única coisa que você me vê usando é o meu pijama.
— Escute, Bella, esta família tem a tradição de ser sempre convidada de honra no réveillon do prefeito, e eu não vou tolerar sua atitude esnobe, está me entendendo? Você sempre compareceu quando seu pai era o patriarca da família, então não se atreva a me embaraçar não indo a essa festa!
— Eu não preciso embaraçá-la, Sue, Seth já está fazendo isso muito bem.
— Deixe meu filho fora disso. Ele é apenas uma criança!
Aquela frase soou terrivelmente absurda.
— Ora, Seth tem dezoito anos. Acho que deve saber que ele quase atropelou um casal de velhos perto da agência dos correios. E, como se não bastasse, ainda xingou o casal de nomes que você não gostaria de ouvir. Acho que o termo delinquente juvenil se encaixa nele como uma luva.
— Contando suas histórias de novo, minha irmã? — A voz do meio-irmão se fez ouvir escada acima.
— Querido, que bom que você chegou!
A forma melosa como Sue tratava seu filho revirava ainda mais o estômago de Bella, tanto que tapou a boca com a mão e correu para o seu quarto, prestes a vomitar.
— Não se atreva a trancar a porta, Bella! Eu quero falar com você.
Sentindo que o quarto girava em volta dela, Bella dirigiu-se ao seu banheiro particular. Dali, podia ouvir sua madrasta esmurrando a porta do quarto.
Meu Deus! Até quando isso continuará?
Todos diziam que o que estava sentindo era um “mal-estar matinal”, ora essa.
“Meu médico quer detalhes de todo problema genético que o bebê possa herdar de você... Quando conseguir todas as informações a esse respeito, me envie pelo correio. E será o fim.”
Pela milésima vez, Edward lembrava-se daquela conversa.
— É claro que não será o fim! — disse ele atirando longe a garrafa de cerveja que havia acabado de esvaziar. — Sou o pai dessa criança, e se a Srta. Esnobe Swan pensa que a minha única contribuição será uma carta para o médico dela, está muito enganada.
Edward não sabia ao certo o que iria dizer quando se encontrasse com Bella na casa dos Swan no dia seguinte, mas uma coisa era certa: ela não conseguiria se livrar dele.
Naquela tarde Edward fechou a oficina mais cedo. Precisava pensar no que fazer quando estivesse frente a frente com Bella, e faria isso agora, rumo à festa de Rosalie.
— Olá, Edward! Desde quando você é esse ser anti-social?
Ao ouvir a estranha saudação, Edward virou-se para a dona da voz. Era uma mulher baixa, que usava tênis, jeans cortados e um top curto, era magra e parecia jovem demais para ser a mãe da afilhada dele de dois anos. Uma inspeção mais apurada revelou se tratar realmente de Alice.
Alice era a antítese de Bella. Fugira de casa muito jovem e passara um ano no Centro de Detenção Juvenil antes de se juntar a um grupo de motoqueiros. A maior ironia era que seu dia de sorte fora três anos antes, quando seu namorado mau-caráter a apostara em um jogo de cartas em que Edward a “ganhara”. Ela havia ficado surpresa ao ouvir dele que não a queria em sua cama, e quase desmaiara quando Edward lhe oferecera um emprego na oficina.
— Por que está andando sozinho? — Alice perguntou. — Não deveria estar em alguma festa?
— Precisava de um tempo sozinho para pensar nas minhas resoluções para o novo ano.
Ela riu.
— O que será dessa vez? Vai tentar parar de fumar... de novo?
Edward sorriu, lembrando-se do fracasso da última vez que tentara parar de fumar.
— É, isso também seria bom, quem sabe dessa vez eu consiga.
— Eu parei — assegurou Alice. — Já é hora de dar um bom exemplo a Esme.
— Desejo-lhe sorte. Sei que é algo duro.
— Por falar em duro, ouvi dizer que você e Lauren tiveram uma briga...
Edward fez uma pausa antes de responder. Iria torcer o pescoço de sua prima Lauren, de quinze anos, na primeira chance que tivesse.
— Bem, nós tivemos um desentendimento sobre uma festa em que ela iria esta noite, e, como sempre, Lauren foi se esconder em seu quarto. Enquanto eu conversava com um cliente, ela fugiu. Só descobri isso há uma hora, depois de acabar de consertar o carro da Sra. Weber.
— Fugiu? Quer dizer... para sempre?
— Não, não, ela não levou nada, apenas saiu para aproveitar a noite. A pirralha ainda deixou um bilhete: “Fui à festa, não me espere”. Mas eu ainda a pego...
— Estou surpresa! Quer dizer que você não vai agora mesmo arrastá-la para casa?
— Eu até iria, mas não faço ideia de que festa é essa em que ela foi. Mas Lauren vai se arrepender quando eu colocar as minhas mãos nela.
— Não seja tão duro, Edward. Ela é só uma criança. Aposto que você fez as mesmas coisas quando tinha quinze anos.


Não, ele não fizera. Seu pai era muito severo e não era boa ideia pedir permissão para sair. Até que seu pai morrera e Edward fora morar com seu tio, que lhe confiara os cuidados de sua prima Lauren, que na época tinha dois anos de idade, muito diferente da menina hiperativa que havia se tornado na adolescência.
— Bondade não faz parte da minha lista de prioridades no momento. Eu já tenho problemas suficientes...
— Problemas? — perguntou Alice com olhar preocupado. — Com o trabalho?
— Não, graças a Deus. Esta é a parte da minha vida que menos me dá dores de cabeça. Acho melhor nem dizer o que é, pode me trazer azar e... — A voz alta de Emmet Hale surgiu em um volume ensurdecedor, interrompendo a frase de Edward.
— Eu disse para Rosalie não ligar os amplificadores! — gritou Alice. — Alguém vai acabar chamando a polícia.
— Acho que hoje isso não será um problema, Alice. É véspera de ano-novo, além disso não há nenhuma casa por perto.
— Espero que você esteja certo — murmurou ela.
— Vamos nos apressar — disse Edward, pegando-a pelo braço. — Já está quase na hora da contagem regressiva e, pelo jeito, nós seremos os únicos sóbrios o bastante para fazer isso!

Estava escuro quando Bella acordou, com seu estômago roncando, implorando comida. Olhou para o relógio e sorriu; eram 11h:50min, na véspera de ano-novo, nem mesmo os empregados estariam na casa, e o mais importante: Sue também não estaria.
Bella era muito jovem quando seu pai se casara com Sue Clearwater. Havia ficado sem sua mãe durante dois anos, e de repente se vira disputando as atenções de seu pai com aquela mulher. Porém seu entusiasmo juvenil não era páreo para a experiente Sue e seus esquemas.
Assim, Charlie Swan fora pateticamente manipulado, e cada vez mais excluía sua filha; e essa situação havia piorado quando Sue trouxera seu filho Seth Clearwater para morar com eles.
Bella fora enviada para um colégio interno, e nas raras ocasiões em que vinha para casa, Sue a fazia sentir-se como uma estranha.
Até que completara dezoito anos e decidira mudar-se para New York, voltando à casa dos Swan somente para fazer breves visitas a seu pai. Havia voltado também quando ele falecera, para que fosse lido o testamento. Deste constava que, ao completar vinte e cinco anos, Isabella Swan herdaria a casa.
Descendo as escadas rumo à cozinha, ela pensava na satisfação de saber que Sue ainda estava na casa morando de favor. Sim, Bella Swan era a dona da casa, graças a uma regra criada por seu bisavô, que dizia que a casa deveria ser herdada pelo filho mais velho, independentemente do sexo. O restante dos bens da propriedade, como cavalos e gado, seriam divididos entre ela e Seth.
O que mais irritava Sue era saber que Bella tinha plenos poderes para mandá-la embora ou exilá-la na pequena cabana do outro lado da propriedade. E por que não? Afinal, ela fora exilada para um colégio interno graças a Sue, enquanto seu filho Seth era tratado com todos os mimos possíveis, chagando a ganhar uma Ferrari no dia em que tirara sua carteira de habilitação.
Seth tinha uma personalidade arrogante, devido à maneira como fora criado, e Bella sabia disso e até gostava do “meio-irmão”, mas Sue se assegurara de evitar que existisse qualquer afeição entre eles.
Sue tinha um caráter tão baixo a ponto de se apossar da pensão mensal de Bella no passado, alegando que havia se esquecido de transferir o dinheiro durante três meses.
Ao abrir a geladeira, Bella observou alguns instantes antes de se decidir por morangos com creme e um bom vinho sem álcool para comemorar seu reveillon solitário.
Começou a se servir quando percebeu que aquela situação era perfeita demais para ser verdade. Sim, ela estava sonhando, e agora era acordada bruscamente por sua madrasta, que lhe puxava o braço.
— Sua vagabunda imprestável! Como ousa me humilhar assim?
Ainda entorpecida pelo profundo sono, Bella teve dificuldade para entender que não estava mais sonhando e que aquelas eram palavras grosseiras ditas por sua madrasta, que tentava acordá-la.
— Pare com isso, Sue! — pediu ela.
— Saia dessa cama! — gritava a mulher. — Saia já!
— Solte-me! — repetiu Bella, fazendo que a madrasta largasse seu braço.
— Saia dessa cama, e vá também embora desta casa!
Ela sabia que Sue podia ter vários vícios, mas bebida não era um deles. Como, então, se explicava tamanho absurdo dito pela mulher?
— Pare com isso, mãe! — Seth interveio e segurou sua mãe, que parecia furiosa. Em todos esses anos de contínuas grosserias, Sue nunca havia sido tão... bizarra.
Sue estava fora de si, e pelo modo como olhava para a barriga de Bella, era evidente que ela havia descoberto sobre sua gravidez.
— Como você pôde humilhar a nossa família dessa forma? — gritava a mulher, ensandecida. — Como pôde se deitar com aquela escória humana?!
Sim, agora estava claro, mas... Descobrir sobre o bebê seria algo aceitável, mas como descobriu a respeito do pai?
Meu Deus! Como isso pôde acontecer?
Nervosa com a situação, Bella colocou a mão sobre a boca e foi rapidamente até o banheiro, batendo a porta atrás de si.
Saiu do banheiro quinze minutos depois, encontrando suas roupas jogadas pelo chão e sobre a cama. Seth havia saído, mas Sue ainda estava ali, de braços cruzados e olhar furioso.
— Faça suas malas e deixe esta casa — ordenou ela.
— Sim, eu vou — respondeu Bella —, mas só depois que me der os cheques dos três meses que você não me deu.
— Não. Seu pai me deixou responsável por manter a dignidade da família Swan e...
— Então, se ele estivesse vivo, ficaria desapontado com o seu comportamento de hoje.
— O quê? Como ousa falar assim? Você sujou o nome da família e eu não lhe darei um centavo!
— Meu pai me deixou esse dinheiro...
— Sim, mas me deixou encarregada de fazer com que você cumprisse certos requisitos para que pudesse recebê-lo. E agora, saia já da minha casa, imediatamente!
— Você se engana ao dizer que esta casa é sua. Vou lhe refrescar a memória: a casa pertence a esta a quem você chama de vagabunda. Mas a sua opinião não me não importa.
— Minha opinião é a mesma de qualquer pessoa decente. Você cometeu um grave erro ao se deitar com aquele criminoso!
Bella não gostava da idéia de defender o pai de seu filho, mas naquele momento a verdade precisava ser dita.
— Edward Cullen pode ter sido um adolescente rebelde, mas hoje é um homem honesto e trabalhador. E, além disso, nós não temos um relacionamento.
— Meu Deus! Você não tem vergonha e nem moral!
— De acordo com você, não. Mas, como já disse antes, é você quem se apossa indevidamente do meu dinheiro, e eu não sairei desta casa até que o receba. A escolha é sua. — Aproximou-se então da porta do quarto. — Agora, se me der licença, preciso fazer as malas e você, providenciar um cheque...
Sue passou pela porta resmungando palavras incompreensíveis. Em seguida, Bella fechou a porta e desabou em lágrimas.

Treze dias depois, no luxuoso apartamento de cobertura, Bella estava chorando novamente. Seu choro não era relacionado com os hormônios da gravidez, ela chorava porque no momento era incapaz de resolver seus problemas.
Deixara a casa da família no dia 1° de janeiro, tentando acreditar que daria início a uma nova fase de sua vida. Foi extremamente satisfatório receber seu cheque das mãos de Sue. Não voltaria mais até o dia em que completasse trinta anos e assim assumiria o controle de sua casa.
Sim, mas Bella deveria ter previsto que Sue se recusaria a continuar transferindo-lhe os cheques de sua pensão, e se fosse exigir seus direitos, todos ficariam contra ela, sob a alegação de Sue de que teria violado as cláusulas de seu pai ao ficar grávida.

Sim, na verdade ele tinha deixado por escrito: “...se na opinião de minha esposa, algum de meus filhos agir de forma escandalosa ou fizer algo que denigra o bom nome da família, a pensão poderá ser suspensa, por quanto tempo minha esposa achar necessário ou até que meus filhos tenham idade para tomar posse de seus bens”.
Bella Swan suspirou amargamente. Olhou pela janela, que tinha uma visão fantástica de New York. Havia escolhido um lugar caro para viver e agora pensava se teria como pagar a próxima conta de energia elétrica.
Estava assustada com a idéia de dar à luz pelo sistema público de saúde, pois aquilo seria no mínimo inadequado, levando-se em conta o seu complicado histórico médico.
Após várias entrevistas no balcão de empregos, ela descobrira sua total inaptidão para qualquer um dos empregos disponíveis. E hoje precisara engolir o que restava de seu orgulho quando fora até o escritório da Assistência Social. Tinha sido a experiência mais humilhante de sua vida, com suas roupas caras contrastando com as dos outros necessitados no local. Esperara cerca de duas horas, até ser atendida por uma jovem bem maquiada, porém muito mal-educada.
— Srta. Swan, acho que a senhorita não sabe como o nosso sistema funciona. O governo não tem o hábito de dar dinheiro às pessoas que obviamente não precisam dele.
— Mas eu preciso! — protestara Bella. — Tenho contas atrasadas para pagar, e...
— Então eu sugiro que faça o mesmo que nós: arranje um emprego.
— Mas eu tentei! Este país tem uma séria crise de desemprego.
— Certo, mas eu lhe asseguro que o governo só dá assistência financeira para pessoas realmente necessitadas, e não para mulheres ricas e preguiçosas.
— Como disse? — perguntara Bella, sentindo-se ultrajada.
— O próximo, por favor!
Irritada, Bella pedira para falar com um supervisor, o que lhe custara mais vinte minutos de espera, até ser atendida por um senhor de aparência perturbada.
Após reclamar da atitude arrogante da atendente e contar o seu caso, ela vira que o homem começara a examinar seus documentos.
— Não conseguirá nada aqui, Srta. Swan, está perdendo seu tempo.
Sim, aquele tinha sido um mau dia e estava tendo um final banhado com lágrimas. Naquele momento, olhar pela janela era a única coisa que a confortava um pouco, mas não servia para afastar seus medos.
Bella enxugou as lágrimas ao ouvir barulhos na porta e o incessante ruído da campainha.
— Deixe-me entrar, Bellinha.! Eu sei que você está aí!
Edward Cullen?
Seu coração disparou. A última coisa que ela esperava era uma visita do diabo em pessoa!

1 comentários:

vanessa cullen disse...

A fic está maravilhosa parabéns

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