FANFIC "SUDDENLY LOVE" - CAPÍTULO 05!

Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 5° capítulo de "Suddenly Love". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.





CAPÍTULO V

Ficavam cada vez mais claro para Edward as diferenças entre Bella e as pessoas a quem chamava de amigos. Notou isso ao apresentá-la a Alice. A elegância perfeita de Bella contrastava fortemente com o uniforme de trabalho da outra moça, que usava shorts e uma camisa pólo com um emblema que dizia: OFICINA CULLEN.
Embora fosse um pouco incômodo para ela conhecer aquelas pessoas, não deixou de apresentar um sorriso no rosto e de agir de modo gentil; Alice, por sua vez, mal ergueu a cabeça enquanto datilografava algo, quando eles entraram no escritório da oficina. Sem parar de mascar seu chiclete, disse um simples “oi”, sem se distrair de seu trabalho. Mas ao ver o casal se distanciando, ela resolveu dizer mais alguma coisa:
— Avise para que ela não se vista assim todos os dias, Edward. Este lugar cheio de graxa não fará bem às roupas finas da moça.
— Manchas de graxa não me impressionam — respondeu Bella.
Antes que Alice pudesse continuar a conversa de forma mais grosseira, entrou no escritório a emburrada Rosalie. Com as roupas cheias de óleo e graxa, ela a saudou amigavelmente.
— Bom-dia. Eu sou Rosalie.
Bella hesitou alguns instantes antes de apertar a mão suja que Rosalie lhe estendia.
— Bem... prazer em conhecê-la, Srta. Rosalia, eu sou Isabella Swan...
— Não, não é Rosalia, é Rosalie! — corrigiu-a a mecânica.
Edward sorriu, achando a cena engraçada.
— Amigas, quero que vocês saibam que eu e Bella vamos nos casar.
Rosalie deixou o queixo cair em sinal de descrença. Já Alice parecia ter engolido seu chiclete.
Sorrindo na intenção de melhorar aquele clima, Edward abraçou Bella pela cintura, e esta respondeu ao toque e pensou em dizer algo.
— Bem, nós ainda não formalizamos nada, e acho que não faremos nada muito grandioso, diferente do que as pessoas devem estar achando, não é? Quer dizer, eu não terei dez meses para decidir o que servir ou o padrão da recepção...
Não era de surpreender que agora Rosalie e Alice estivessem ainda mais embasbacadas e silenciosas.
Edward sabia que Bella havia tentado fazer sua parte, mas talvez o nervosismo a tivesse impedido de dizer a coisa certa naquele momento. Ela fora terrivelmente infeliz ao tentar falar em “padrão de recepção” com pessoas que só conheciam casamentos com churrasco e cerveja.
— Quer dizer que vão se casar logo? Você ficou louco, Edward? — disse Alice, horrorizada.
— Em quatro semanas no máximo.
— Meu Deus, Edward. Não está sendo muito apressado? Todo mundo já sabe que ela está grávida.
Bella sentiu seu rosto enrubescer, totalmente embaraçada com aquela situação.
— Rosalie, nós não vamos nos casar apenas porque ela está grávida. Já estamos pensando nisso há muito tempo, não é, querida? — mentiu ele pedindo a cumplicidade de Bella.
Ela preferiu não dizer nada, apenas beijou-lhe o rosto e sorriu; era o sorriso mais sexy que um homem podia imaginar.
Depois despediram-se, já era final de tarde e aquela conversa não teria mais como continuar.
À noite, quando se preparava para dormir, Bella notou que só lhe restava deitar-se no lado esquerdo do colchão.
— Se você rolar um só milímetro para o meu lado do colchão, sua vida sexual estará acabada para sempre — ela ameaçou.
— Ora, isso é realmente sério? — brincou Edward.
— Sim, muito sério.
— Mas pode ser interpretado de outra maneira... É que você fica muito sensual com essa camiseta larga feito pijama. Sempre a usa?
— É claro que não.


— Então por que está usando hoje?
— Porque eu não tenho outra.
— Ah! Você também gosta de dormir nua, não é?
— Como? O que quer dizer com “também”? Você está nu?
Ele respondeu com um sorriso malicioso.
Bella levantou-se da cama imediatamente. Precisava combater qualquer vestígio de libido, qualquer lembrança daquela noite que tiveram juntos.
— Ei, o que foi? — perguntou Edward descobrindo seu corpo. — Da última vez que você viu esta cueca, riu e disse que eu ficava muito sexy com ela.
— Isso prova quanto eu estava bêbada naquela noite. Só assim poderia achar sexy um homem que usa cueca com estampas de personagens de desenho animado.
Bella se sentia uma estranha naquele ambiente. Não sairia do quarto para não correr o risco de encontrar o cachorro ou mesmo a prima Lauren, que parecia mais rancorosa a cada minuto que passava.
 Eu só estava brincando com você, Bella — disse Edward — Onde está o seu senso de humor?
— O meu senso de humor está em um nível bem diferente do seu.
— Tudo bem, então venha para a cama. Eu não encostarei um dedo em você.
— Ora, durma. Se eu quiser ir pra a cama, vou — respondeu ela, sem se afastar da janela, tentando neutralizar um pouco do calor que dominava seu corpo naquele momento.
Tinha sido um dia difícil, suportando as atitudes anti-sociais de Lauren e os comentários reprovadores das amigas de Edward. Apesar de tudo, Rosalie parecia ser uma boa pessoa, já Alice tinha uma postura mais provocativa, e não seria descabido desconfiar de que ela pudesse ter sido uma das muitas amantes de Edward.
Quando comentou isso, ele riu, explicando que Alice havia muito tempo se relaciona com  Jasper e que até criavam uma criança. Aquela novidade parecia improvávelpara Bella. Resolveu deixar aquilo de lado e pensar em sua própria situação.
Não levaria mais que quatro dias para que os fofoqueiros do local fossem soprar nos ouvidos de Sue. Seriam mais quatro dias sujeita ao senso de humor de Edward. Mas, com alguma confiança, ela poderia suportar muito bem.
Pensou em procurar um advogado para se informar sobre o casamento em regime de comunhão de bens: seria um blefe que faria com que Sue aparecesse ainda mais rápido.
Sim, era uma boa idéia! Assim que Sue descobrisse que ela se casaria com um pobre morador local, faria de tudo para que Bella voltasse à sua vida normal.
Edward com certeza insistiria em participar da vida de seu filho, mas tudo bem, isso não seria necessariamente algo ruim. Apesar de tudo, ele era um rapaz decente, com um belo sorriso... um corpo maravilhoso e... Não! Não era possível que estivesse pensando nisso. Afinal, o último 19 de outubro para ela nunca existiu!
Respirou fundo, fazendo que seus batimentos cardíacos se acalmassem; sentia-se cansada.
Olhou para a cama, já parcialmente ocupada, e aproximou-se na ponta dos pés.
— Sim, ele tem um belo corpo... — murmurou Bella ao olhar para Edward entre os lençóis.
Ele moveu-se para o lado e olhou para ela.
— Pensei que estivesse dormindo — comentou Bella. Edward sorriu.
— Não é a primeira vez que você comete esse erro.
— Talvez, mas com certeza não cometerei os mesmos erros da outra vez; então, por favor, me deixe dormir.
— Como quiser, querida — disse ele com voz suave. — Bons sonhos.
— Vá para o inferno... — respondeu Bella, ajeitando o travesseiro.

— EDWARD!
O tom alarmante na voz de Bella o preocupou, mas só até ela aparecer no corredor da cozinha com sua camiseta larga e os cabelos espalhados.
— A porta do banheiro está trancada! — disse ela.
— Você tem que acordar mais cedo se quiser ir ao banheiro antes de Lauren.
Bella olhou-o como se fosse chorar.
— Então me diga rápido onde fica o outro banheiro!
— Sinto muito, só temos um.
— Como? Só um? Ora, eu vou ficar doente...
— Não seja tão teatral, Bella — disse Edward, saindo rumo ao pátio com uma lata de lixo.
Quando ele voltou, encontrou Bella cambaleante e com os olhos cheios de lágrimas. Ela pediu um copo de água e, após tomar um pouco, agradeceu.
Sem demora, Edward a pegou nos braços, levou-a de volta para o quarto e a colocou na cama.
— Já expulsei Lauren do banheiro, agora você pode ir até lá. Depois vista-se, que eu vou levá-la ao hospital.
— Não preciso ir ao hospital, foi só um mal-estar.
— Talvez, mas também pode ser um vírus. Além disso, notei que você não tem comido nada além de chá com torradas. Minha médica, a Dra. Mary O'Brien precisa saber disso.
Bella olhou-o com descrença.
— Você se trata com uma médica?
— Quando preciso me tratar, sim. E a última coisa com que me preocupo é o sexo dos médicos. Achei que você preferiria Mary por ela ser uma mulher.
— Obrigada por ser tão atencioso — disse ela —, mas eu já disse que não é necessário.
— Bella, ou você vai comigo ver Mary, ou eu a chamarei aqui. Exijo que seja mais cuidadosa com sua saúde e a do bebê. E então?
— Tudo bem, eu vou! — Bella finalmente concordou. — Mas só para lembrá-lo: você é mecânico, e não médico. Não pense que irei ao hospital todas as vezes que você achar que é necessário.

Algum tempo depois chegaram ao consultório médico, onde havia uma dúzia de pessoas na sala de espera, o que não impediu que eles fossem atendidos rapidamente.
— Por aqui, Edward, Srta. Swan... — disse a sorridente recepcionista.
Embora Mary O'Brien e seu marido, Rony, estivessem praticando medicina em Forks havia tantos anos, Bella nunca se consultara com nenhum dos dois. Conhecia-os apenas por encontrá-los esporadicamente em alguns círculos sociais. Mary parecia uma mulher amável e simpática, e Bella gostaria ainda mais dela se a médica proibisse a presença de Edward durante a consulta. Mas ela não o fez.
— Tenho certeza de que Bella se sentirá muito melhor com você a seu lado — disse a atenciosa doutora, e antes que Bella pudesse protestar, ela lhe tomou o pulso e franziu a testa. — Seus batimentos estão muito acelerados, e eu nem preciso de termômetro para dizer que a sua temperatura está bastante alta. Quem é o seu obstetra?
— Bem, é o Dr. James Stuart, de New York. Por quê? Algo errado?
A Dra. O'Brien sorriu.
— Relaxe, tudo que você tem é uma infecção viral, mas por cortesia profissional eu vou ligar para o Dr. Stuart e avisá-lo que você veio até mim. E já que cuidarei de você por um tempo, pedirei a sua ficha.
— Minha ficha?
— Sim, para saber se está tudo bem com você.
— Ah, sim...
— Tem o número dele?
Após hesitar um instante, Bella assentiu com a cabeça e abriu sua bolsa.
— Espero que possa falar com ele. Eu nunca consegui falar com ninguém além da secretária.
— Nesse caso eu posso usar o argumento de que fui colega dele na faculdade.
— Ora, então você e o médico de New York foram colegas? — brincou Edward. — Onde estava Rony naqueles tempos?
— Rony nem mesmo sabia que eu tinha colegas homens. Mas eu era uma das poucas mulheres que não caíam aos pés de James Stuart. Não há dúvidas de que ele é um dos melhores obstetras da atualidade, porém sempre o achei um convencido.
Bella concordou mentalmente, lembrando-se da atitude presunçosa de seu médico.
— Não vai se desculpar? — perguntou Edward ao saírem do consultório, cerca de quarenta minutos depois. Estavam indo comprar alguns medicamentos naturais receitados pela doutora.
— Por quê?
— Por dizer que um mecânico não entende nada sobre saúde.
— Ora, você só teve um palpite de sorte. Acertou por acaso.
No caminho para casa, Bella tentava ver alguma das amigas de sua madrasta. Talvez pudesse apresentar Edward a elas e até mostrar seu anel.
— Edward, se importa se fizermos uma parada no Fondue Café para tomarmos alguma coisa?
— Mas por que ir até o outro lado da cidade? Há outros lugares mais próximos.
Ela tentava pensar em um bom argumento, quando uma Ferrari vermelha parou no meio da rua, desrespeitando totalmente os carros que vinham atrás.
— Meu Deus! — murmurou Edward. — Que lugar para encontrar meu cunhado.
Tentando não parecer animada com sua sorte repentina, Bella acenou com a cabeça.
— Seth! — saudou ela. — Está tentando perder a sua carteira de motorista ou faz isso por idiotice?
— O que posso fazer se mamãe me deu um carro com freios ruins?
— A culpa não é dos freios, o motorista é que é ruim.
— Na verdade — intrometeu-se Edward —, o carro brecou muito bem, considerando a velocidade em que seu irmão estava.
Seth sorriu em função da defesa inesperada.
— Viu? É um mecânico quem está falando! Ei, Cullen, há algum desconto para parentes para consertar os freios?
Edward olhou rapidamente para Seth, e depois para o motorista do carro que buzinava impaciente atrás deles.
— Talvez, mas o rapaz aí atrás não parece muito feliz, então é melhor você liberar o transito, antes que precise pedir desconto a um dentista.
O sorriso arrogante de Seth  ao mesmo tempo agradava e irritava Edward. Era um comportamento que beirava a marginalidade, mas quando tinha a idade do outro, ele não era muito diferente.
Olhou para Bella a seu lado. A semelhança entre os dois não ia além da estrutura óssea: Seth era loiro e bronzeado.
Foi preciso que Bella o convidasse para se juntar a eles na lanchonete para que o irmão finalmente estacionasse a Ferrari. Ela tentava ler os pensamentos do irmão enquanto ele olhava compenetrado para Edward, que havia ido até o balcão.
— Eu não esperava encontrá-lo — disse Bella, iniciando uma conversa. — Achei que você estava se divertindo com os seus amigos na Flórida.
— Eu só vou depois de amanhã.
— Espero que se divirta.
— Ora, o que é isso? Minhas viagens são o assunto mais interessante que temos? Eu serei tio e cunhado! — disse Seth meneando a cabeça. — Parabéns, não imaginei que você fosse capaz de armar um truque desses.
— Não é um truque, Seth.
— Quer dizer que você realmente ama o rapaz? — perguntou o irmão, cético.
— Não sei por que acha isso tão estranho.
Ele riu.
— Digamos que eu não acredite que o amor possa ser assim tão cego. Sinceramente, acho que você está fazendo isso só para afetar mamãe, embora pareça criativo demais para vir da sua cabeça.
— Seth, se você vai falar desse jeito comigo, é melhor que vá embora — disse a irmã, começando a se irritar. — Não quero que diga nada que possa aborrecer Edward.
—Aborrecer Edward? Pessoas como ele frequentam bares e quebram garrafas na cara dos outros.
— Edward nunca faria isso. Você acha que eu me casaria com ele se fosse assim?
— Eu não sei... A grande festa será daqui a quatro semanas, certo? Mamãe vai ficar louca quando descobrir.
— Quer dizer que ela ainda não sabe?
Seth negou com a cabeça.
— Não ainda. Ela está na casa da tia Emily, em Port Angeles, foi para lá no segundo dia do ano. Mas voltará amanhã e vai ficar de queixo caído quando souber de você.
O suspiro de alívio de Bella foi interpretado pelo irmão como sendo um suspiro de desespero.
— Afinal, você não acha que mamãe seria compreensiva o bastante para aceitar seu casamento de fachada com um delinquente, não é?
— Não é um casamento de fachada! — falou ela, nervosa. — Vou me casar legalmente com Edward o mais rápido possível, e não me importa o que pensa Sue, o que contam são os meus sentimentos. Sue nunca foi nem ao menos minha amiga.
O “irmão” parecia desconfortável naquela situação.
— Sim, eu sei que sempre fui o favorito da mamãe, mas isso não é culpa minha.
A surpreendente confissão parecia sincera.
— Eu sei, Seth — disse Bella gentilmente. — Não tenho nada contra você. Sua mãe e eu já brigávamos muito antes de você vir morar conosco. É por isso que ela fará de tudo para me afastar do pai de meu filho.
— Sim, é o que ela fará. Pois mamãe sempre diz que os Swan precisam manter a boa imagem, e você é uma Swan.
— Não por muito tempo.
— Você realmente ama esse homem?
Ela precisava dar de novo uma resposta criativa.
— Considerando que Jake me abandonou, você acha que eu me casaria por alguma outra razão?
O irmão ficou em silêncio por alguns instantes até que balançou a cabeça positivamente.
— Então prepare-se para todos os truques que mamãe usará para tentar impedir esse casamento.
— Não se preocupe, Seth. Eu estou preparada, e, na verdade, já contava com isso.

0 comentários:

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: