FANFIC - MAD TEMPTATION - CAPÍTULO 13!


Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 13° capítulo de "Mad Temptation". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


Capítulo 13
– Longo e duro espero. – ele gargalhou e manquei para dentro rindo, mas parei ao ver um cara enorme de cabelos escuros e olhos verdes e um sorriso safado. Edward parou atrás de mim, e gemeu ao ver o homem que sorriu mais.

– Porra Eddie, eu sabia que você era bom na coisa, mas precisava deixar a menina andando torto?

Eu olhei para Edward com os olhos arregalados. Ele tinha uma expressão contrariada olhando para o gigante a nossa frente. Voltei a olhar para o homem e ele tinha o sorriso ainda mais largo.

–Que diabos você está fazendo aqui?

–Então é ela... a garotinha que anda tirando seu sono?

–Não deveria ter vindo sem me avisar Emmett. De que buraco você saiu que não passou por mim?

–Ah... eu entrei. Eu te vi do lado de fora esmagando uma coisinha minúscula. Cara...eu não estava vindo pra cá, mas depois que vi aquela cena... minha curiosidade foi maior.

Edward suspirou e passou a mão pelo cabelo. Deu dois passos e parou ao meu lado.

–Isabella esse é...

Antes que ele terminasse de falar meu corpo foi erguido do chão e eu fui esmagada nos braços fortes daquele estranho. Eu gemi de dor e no mesmo instante Edward puxou-o pelo braço.

–Seu desgraçado... ela está machucada.

–Sério? Cara você é foda... meu ídolo.

–Não seja escroto Emm.

–Oi cunhadinha... sou Emmett, irmão desse punheteiro ai.

–EMMETT! Ou cala essa porra dessa boca ou...

Céus... então aquele era irmão do Edward? Bom... não eram parecidos, nem mesmo na personalidade. Edward era tão sério. E que história era essa de punheteiro?

Gente... e o tal Emmett não parava de sorrir. Eu deveria falar alguma coisa?

–A gatinha não fala? Ah...qual é Eddie... fez a menina gritar tanto que perdeu a voz?

Senti meu rosto queimando e minha vergonha era tanta que comecei a tremer. Edward passou o braço em volta da minha cintura e beijou minha cabeça.

–Não ligue pra ele. Esse dai só cresceu no tamanho.

–É... crescer e tamanho numa mesma frase...

–Por Deus Emmett... diga logo o que veio fazer aqui.

Ele se sentou, completamente despojado na cadeira de couro. De repente ele ficou serio e encarou Edward.

– Irina esteve la em casa.

Eu estremeci e Edward fechou as mãos em punho. Pegou-me com toda delicadeza e me ajudou a sentar.

–Sente-se aqui princesa.

Depois deu a volta e sentou-se de frente para o irmão.

–O que aquela ordinária foi fazer la?

Balançou os ombros.

–Foi falar pros nossos pais aconselharem você.

–Conselho pra mim? O que aquela louca está aprontando?

–Só disse que você esqueceu os valores morais e da família. Que se esqueceu do próprio filho por causa de uma... de uma...

–Ok... não precisa dizer. E eles?

–Nosso pai se divertiu, é claro.

Edward rolou os olhos e bufou, olhando-me rapidamente e voltando a desviar o olhar.

–Porra... o que essa maldita está pensando? Eu avisei...

Edward deu um soco na mesa e eu pulei de susto.

–Olha cara... dê um chá de pica nela. Ela só quer matar as saudades.

–Emmett... se você disser mais alguma besteira eu juro que...

–Ok... ok... desculpe. Foi mal.

Acho que ele percebeu minha expressão chocada e ao mesmo tempo desconsolada. Só de pensar em Edward com aquela mulher ou com qualquer outra meu sangue fervia e meu estômago revirava.

–Fique tranqüila boneca. O Eddie morre por você. Aliás eu também prefiro você àquela...

Ele fez uma careta e eu acabei sorrindo. Só de ter dito que Edward morre por mim eu já gostava do tal Emmett. Pelo jeito era um boca aberta mesmo e eu poderia descobrir várias coisas que Edward não me falava. Como por exemplo... o que ele sentia verdadeiramente por mim.

–E nossa mãe? Como ela reagiu a esse absurdo?

–Bom... ela ficou preocupada. Sabe como é Dona Esme. E ela está certa né? Riley sempre disse aos quatro cantos que amava morar com o pai e de repente ele sai de casa e não quer voltar. É no mínimo estranho pra quem não sabe da história, como eu sei.

–Sabe porque é um intrometido. Merda... eu preciso ir lá.

Edward se levantou e sentou ao meu lado, segurando meu queixo e beijando minha boca. Eu não conseguia me conter. Mesmo com o irmão dele ali e provavelmente de olhos atentos, eu me derreti em seu beijo, apertando os cabelos de sua nuca.

–Hum... hum... ok... tem crianças no recinto certo?

Edward se afastou e bufou olhando com raiva para o irmão cara de pau.

–Estou nervoso, então me deixe.

–Coitada da Bellusca... eu sei muito bem como você fica quando está nervoso. Cara acho que é por isso que as mulheres curtem você. Você fica selvagem e...

–EMMETT...

Edward se colocou de pé e o puxou pelo braço.

–Muito obrigado por ter vindo me avisar, mas acho que já pode ir.

–Calma man... estou indo. Sei que precisa extravasar. Agora... leve a belezinha la em casa.

–Farei isso qualquer dia.

Edward andava de cabeça baixa, o dedo na boca numa pose sexy me deixando maluca. Emmett se levantou e veio até mim estendendo a mão.

–Foi um prazer Bella. Desculpe a brincadeira, mas eu gosto de pegar no pé do Eddie. Ele é muito sério.

Eu ri. Ele estava mais do que certo. Edward era realmente muito sério. Mas era normal, não é? Afinal foi casado, tem um filho da minha idade... era responsável, apenas isso.

–Prazer em conhecê-lo Emmett. E eu não me importo com as brincadeiras.

Exceto as que falavam de mulheres, é claro.

–Apesar de tudo, obrigado por ter me avisado Emm.

Edward apertou a mão dele e bateu com força em suas costas.

–Só não deixe de ir la, cara. Ou Esme vem atrás de você.

–Fique tranqüilo. Darei uma passada la.

–E Bella? Não o chame de Eddie.

Ele falou e gargalhou ao sentir o soco de Edward em seu braço. Os dois saíram da sala e Edward demorou alguns minutos pra voltar. Provavelmente estavam falando alguma coisa que eu não poderia ouvir. Quando voltou estava com o semblante carregado, uma cara de quem queria matar um... ou uma. Fechou a porta e passou a chave. Veio até onde eu estava e sem dizer uma palavra me pegou no colo e me deitou num amplo sofá de couro, deitando-se sobre mim e beijando minha boca com sofreguidão.

–Só você... pra aliviar... um dia ruim...

Suas mãos deslizavam possessivamente pelo meu corpo enquanto ele mordia e chupava meu pescoço. Eu sentia seu calor pulsando contra meu corpo e isso bastava para me fazer gemer e me agarrar mais a ele. Ele ergueu meu vestido e segurou o elástico da minha calcinha, deslizando-a pelas minhas pernas.

–Ainda bem que está de vestido... poupa meu trabalho.

Voltou a se deitar sobre mim, apoiado em um dos cotovelos. A mão livre acariciava minha buceta, separando meus lábios e esfregando meu clitóris.

–Não sabe como me deixou esses dias mocinha... sem você... só ouvindo essa voz safada.

Sorri e resolvi provocar, acariciando seus cabelos e falando próximo ao seu ouvido.

–Eu também senti muito sua falta... senhor Cullen.

Ele rosnou e penetrou dois dedos em mim enquanto esmagava novamente minha boca.

–Cacete... tenho que me controlar.

Ele se levantou e tirou rapidamente o paletó e calça, depois pegou um preservativo. Eu não tirava os olhos daquele mastro delicioso apontado pra mim. Estava tão excitada que sentia minha buceta ardendo... queimando. Ele, ao contrário, parecia fazer tudo agora em câmera lenta, talvez como forma de se acalmar. Vestia o preservativo lentamente e mais lentamente ainda deitou-se sobre mim separando minhas pernas.

–Te quero demais princesa...

–Eu também se...

–E não ouse me chamar de senhor Cullen... eu não respondo por mim.

Ele falou e em seguida abocanhou meu seio, sua língua deslizando pelo mamilo e fazendo com que uma onda de fogo tomasse meu corpo, arrepiando meus pelos e me fazendo contorcer sob ele. Apertei minhas mãos em sua cabeça forçando sua boca em meu seio.

–Vem Edward.

Ele me obedeceu penetrando meu corpo devagar e começando a estocar ainda mais devagar. Afastou-se um pouco, olhando meu rosto, a respiração acelerada, mas creio que mais pelo esforço em se controlar do que pelo ato em si.

Não nego que isso era absurdamente delicioso. Ele entrava e saía de mim lentamente, alcançando pontos que só ele conseguia.

Além do mais com aquele olhar em chamas ele era bem capaz de me fazer gozar. Entretanto a saudade que eu estava dele era demais, o fogo me consumia e eu precisava me liberar agora.

–Não está cumprindo o que prometeu senhor Cullen.

Ele segurou minha coxa com força, os olhos fechados e os lábios deliciosos entreabertos, ainda entrando e saindo de mim, mas agora um pouco mais rápido.

–Do que está falando?

–Você prometeu trabalho forte e duro.

Ele gemeu e seu corpo tombou sobre o meu, mas eu mal sentia seu peso.

–Não faça assim pequena... já é difícil.

Ele rebolou os quadris, seu pau percorrendo os quatro cantos do meu corpo e eu enlouqueci.

–Por favor...

–Está dolorida Bella...

–Está doendo sim... de tesão. Eu quero que me foda forte... agora.

Ele gemeu alto e aperto ainda mais minha coxa, saindo lentamente e voltando com tanta força que eu enterrei meus dentes em seu ombro tentando sufocar meu grito. Mas ele veio... forte como eu pedi. Jogou a minha perna boa sobre seu ombro e enfiou fundo em mim, estocando tão rápido que meu corpo suado deslizava no sofá.

–Sua putinha safada... é disso que gosta não é?

–Simm...

Eu gemi longamente, rebolando da melhor forma que conseguia, mas satisfeita por ouvi-lo gemer meu nome também.

–Vadia... vem comigo agora.

E esse gostoso precisava pedir isso? Eu já estava explodindo quando senti seu pau pulsando mais forte. Parecia que brigávamos... seu pau expandia dentro de mim e eu me fechava, num orgasmo intenso e delicioso.

Ele se jogou ao meu lado, soltando o ar com força e me puxando para os seus braços até pararmos de tremer. Depois ajeitou o corpo e me colocou no meio de suas pernas.

–Doi alguma coisa?

Neguei balançando a cabeça e ele me apertou em seus braços. Abri alguns botões da sua camisa e deslizei meus dedos pelo seu peito, sorrindo ao vê-lo estremecer.

–Eu estive pensando...

–Hum?

Ergui a cabeça e vi que ele estava de olhos fechados.

–Está dormindo?

–Não. Estou em alfa ainda.

Ele riu e abriu os olhos me encarando.

–O que estava pensando?

–O que você acha se... se eu...começaratomaranticoncepcionais?

Falei rápido demais e mordi os lábios, as bochechas quentes morrendo de vergonha do que ele iria pensar.

–O que? Fale mais devagar pequena.

–Hum... o que você acha... a respeito de eu começar a tomar um anticoncepcional?

Ele arqueou a sobrancelha e ficou me encarando, mas aos poucos um sorriso torto e malicioso surgiu em seus lábios. Ele roçou a boca em minha orelha e sussurrou.

–Está querendo sentir minha porra dentro de você?

Eu arfei e automaticamente fechei minhas pernas tentando controlar o tesão que aquelas palavras me fizeram sentir. Céus... ele precisava ser tão direto?

–N..não... é só que...

–Tudo bem. Eu também estou louco por isso. Mas acho que você deveria conversar com a Renné primeiro. Você é tão novinha. Eu não entendo muito dessas coisas. Mas saiba que se você for procurar UMA ginecologista eu irei com você.

–O que? Não...

–Bella... você é minha mulher. E eu sou parte interessada nisso. Portanto, mocinha, se quer mesmo começar a usar esse método pode esperar que iremos juntos.

Eu bufei e cruzei os braços sobre o peito. Era isso que me faltava. Nem queria imaginar... eu naquela mesa, deitada com as pernas abertas e Edward ali vendo tudo?

Mas espere ai... Que besteira era essa que eu estava pensando? Edward já me viu em situações bem piores. Teria que aceitar isso, ou tenho certeza que ele iria ficar muito bravo. Mas faria o que ele falou. Primeiro iria conversar com minha mãe, embora tivesse quase certeza da resposta.

Edward voltou a ficar quieto e aquilo me incomodou. Só poderia ser por causa da visita do irmão.

–O que fará a respeito dos seus pais?

–Irei até la conversar com eles, claro. Não que eu deva satisfações, afinal sou livre, já sai das fraldas há tempos. Mas não foi assim que fomos criados. Além do mais não quero que Irina distorça os fatos.

–Entendo. Como são seus pais?

–Minha mãe é bem parecida comigo. Mais séria e centrada. Já meu pai é tão moleque quanto o Emmett. Eu espero sinceramente que ele não esteja muito atacado quando você for conhecê-los.

–Eu?

Afastei-me um pouco para olhá-lo, os olhos arregalados.

–Claro. Não iremos viver na clandestinidade a vida toda princesa. Alias por mim eu já teria assumido isso há muito tempo. Você e sua mãe que não me deixaram falar com o Charlie.

–Vai por mim... meu pai vai querer matá-lo.

–Ele gostou de mim, não viu?

–Sim. Isso porque nem imagina o que você faz com a garotinha dele.

–Eu a deixo feliz. Não é?

Eu olhei em seus olhos. Ele não estava brincando. Seus olhos brilhavam e ele me encarava com um carinho além do normal. Aquilo me desarmou completamente.

–Muito... muito feliz.

–Digo o mesmo de você.

–Posso te perguntar uma coisa?

–Qualquer coisa.

–Hum... por que o Emmett te chamou de punheteiro?

Dei graças a Deus por não estar olhando pra ele. Estava morrendo de vergonha.

–Aquele desgraçado...

–Diga.

–Não é nada demais Bella.

–Por favor... eu quero saber.

–Saco... bom... eu estava sentindo sua falta ok? Caralho... eu não ia procurar alguém para me satisfazer porque eu tenho você e só quero você.

Sorri e me remexi junto ao seu corpo.

–E?

–E eu estava excitado só de ouvir a porra da sua voz. Então... eu me masturbei. E aquele maldito entrou em minha casa, sem ser convidado, sem avisar nem nada e me ouviu gemendo seu nome. Ai fui obrigado a contar tudo.

Eu ri alto e ele fechou a cara pra mim.

–Quando é que vai aprender a trancar a porta?

–Vou ter que começar a treinar isso.

Nem preciso dizer que eu estava exultante né? Um homem como ele se masturbando por mim? Estava no céu.

Voltei a me deitar em seu peito, passando meus dedos novamente em seu peito. Só então eu me lembrei de uma coisa que era pra ter perguntado há séculos.

–Edward... no dia do meu acidente... eu vi que você falou com o Riley.

–Sim.

–E?

–Bom...ele disse que foi proposital.

–O que?

Eu ergui meu corpo novamente incapaz de acreditar no que ele ouvia.

–Segundo ele, já ia ate minha casa tentar mais uma vez me fazer mudar de idéia a seu respeito, como se isso fosse possível. Durante o caminho Irina ligou pra ele e contou o que viu. Ele ficou com ciúmes, claro, e quando te viu acabou se descontrolando.

–Meu Deus...

–Mas acredite... eu dei uma lição nele. Ele não vai se aproximar de você ou... nem sei o que faço. Não suporto a idéia de alguém perto de você.

–Sabe que nunca imaginei você tão ciumento?

Eu falei querendo brincar, mas fiquei surpresa ao ouvi-lo confirmar. Claro que ele já tinha dito isso uma vez, mas pensei que não fosse sério.

–Eu também não sabia que era tão ciumento e possessivo. Esse é seu efeito sobre mim, pequena. E confesso que quando estou enciumado assim... até eu tenho medo de mim.

–Não precisa ter...

Falei me enroscando nele.

–Eu só quero você.

Fechei meus olhos, sorrindo e inspirando profundamente, sentindo o cheiro másculo da pele de Edward. O que mais eu poderia querer?

[...]

Saco... estava tão bom ficar esses dias em casa. Mas agora eu já estava bem melhor e teria que voltar pra escola. Ajeitei meu cabelo mais uma vez e desci para tomar o café. Estranhei o fato de ver meu pai ali, lendo jornal. Geralmente ele saia mais cedo que eu.

–Bom dia pai. Bom dia mãe.

–Bom dia querida. Animada hoje?

–Um pouco. E você? Não vai trabalhar hoje?

–Estou de folga. Isso quer dizer que irei levá-la.

–Que bom.

Minha mãe se aproximou servindo o café e beijando meus cabelos. No dia anterior conversei com ela a respeito do anticoncepcional. E claro... a resposta foi favorável. Confesso que estava meio insegura, toda aquela neurose de engordar, mas ela me garantiu que hoje em dia há medicamentos excelentes e que não me fariam engordar. Se prontificou a ir comigo ao ginecologista, mas me lembrei das palavras de Edward e recusei. Ela deu um sorriso sacana e disse que entendia Edward. Puff... claro que entendia. So faltava beijar o chão que ele pisa.

–Vou te buscar hoje também Bella. Iremos a Port Angeles... preciso conversar com Edward.
Eu engasguei e cuspi meu café longe.

–O QUE?

–Que isso menina? Que estresse é esse? Vamos olhar um carro pra você esqueceu?

Suspirei, um pouco aliviada e olhei pra minha mãe que balançou a cabeça. Por um momento pensei que ele tivesse descoberto tudo e queria apenas matar Edward na minha frente.

–Pai... já disse que não quero...

–Não me interessa. Não irá mais andar naquela moto.

–Claro. Ainda mais porque ela nunca mais apareceu aqui não é?

Quando perguntei a Edward quando ele iria devolver a moto, ele simplesmente desconversou. Resignada, entendi que ele jamais me devolveria. A essa altura já deveria estar em algum ferro velho.

–Os carros de lá são caros pai.

–Iremos apenas olhar Bella. Não paga pra isso não é?

Iria adiantar argumentar? Não né? Então seria melhor aceitar e calada.

–Gostei do Edward. Acho que é um homem decente.

–Ah sim... ele é um homem sério. E muito simpático também. Fez questão de vir se desculpar pelas atitudes do filho. É honesto.

Meu pai ergueu a sobrancelha encarando minha mãe.

–Pelo visto ele tem uma fã aqui.

–Não vou negar que gosto dele tá? Sabe... se o filho tivesse puxado ao pai talvez ele se tornasse um homem de verdade e não aquele molecote.

–Verdade. Não sei por que não vou com a cara dele. Não parece ter puxado ao pai, embora eu não conheça Edward muito bem.

–Mas você é policial e seu faro não falha não é?

–Pelo menos nunca falhou ate hoje. Mas sempre tem uma primeira vez não é?

Congelei. Será que meu pai desconfiava de alguma coisa?

–Confesso que fiquei incomodado quando o vi carregando a Bella.

–Meu pé estava machucado pai.

–Eu sei... eu sei. Foi só ciúmes de pai. Ja passou.

Ciúmes de pai. Agora realmente eu temia por Edward. Meu pai talvez até poderia aceitar... bem mais tarde, já que ele parecia ter gostado realmente dele. Mas inicialmente ele iria querer matá-lo.

–Vou escovar meus dentes e já iremos pai.

Merda. Eu teria que ao menos ligar para Edward e avisar que iríamos la. Ele precisava estar preparado. Mas eu faria isso durante o intervalo já que era muito cedo ainda. Ou será que eu deveria mandar uma mensagem? Acabei me decidindo e digitei rapidamente.

Bom dia senhor Cullen,
Hoje iremos visitá-lo... escolher meu novo carro. Blergh... E quando disse iremos, isso inclui meu pai..
Beijos. Saudades.
Mais tarde eu iria conferir sua resposta. Entretanto não se passaram nem dois minutos e meu celular vibrou.

Bom dia princesa,
Isso foi para me deixar com medo? Não surtiu efeito. Tente de novo. Diga por exemplo que não me quer mais, ai talvez consiga.
Te espero ansioso.
Beijos. Saudades também.
Sorri feito uma idiota. Então ele tinha medo que eu não o quisesse mais? Balancei a cabeça. Que bobeira, senhor Cullen. Se você soubesse como estou apaixonada por você...

Desci, despedi-me da minha mãe e segui com meu pai até a escola. Felizmente ele não tocou mais no assunto Edward, mas reforçou que iríamos la após a aula.

Dei um beijo em seu rosto e desci do carro, verificando que ainda estava cedo. Fiquei ali, pelo estacionamento mesmo enquanto esperava o horário. Resolvi brincar e mandar outra mensagem para Edward.
Será que vou conseguir resistir? Ficar tão perto de você e não poder fazer nada?

Logo em seguida veio a resposta.
Sabe que eu estava pensando exatamente isso? Mas não tem problema meu anjo... eu te pego mais tarde.

Eu resfoleguei e sentindo meu rosto corado ergui a cabeça para ver se alguém percebia o que se passava comigo. Para meu azar meu olhar recaiu sobre Jéssica...com os braços em volta do pescoço de Riley. Aquilo me enervou e não pensei duas vezes. Joguei meu celular dentro da bolsa e caminhei até eles, ainda meio manca, mas determinada.

Ela ria e remexia seu corpo como se quisesse provocá-lo. Eu estava pouco me lixando se ela trepasse com ele ali. Riley não me interessava. A minha raiva era por saber que fui traída por aquela vadia que se dizia minha amiga. A raiva era da traição da amiga e não do namorado. Sem contar que a ordinária ainda tinha se insinuado para o MEU homem.

–JÉSSICA!

Eu gritei já bem perto deles e ela se afastou me olhando curiosa. Um meio sorriso debochado apareceu em seu rosto de puta de quinta. Assim que parei a frente dela eu ergui a mão e esbofeteei seu rosto.

–VADIA!

–Bella...

Riley começou a falar mas eu não deixei.

–Cale a boca seu merda. Meu assunto é com essa vagabunda que se dizia minha amiga.

–Ah qual é Bella? Está nervosinha porque perdeu o namorado pra mim?

–Eu tenho pena de vocês dois. São dois mal amados e invejosos.

–Eu não tenho culpa se sou mais gostosa e …

Desferi outra tapa em seu rosto, imaginando-a se mostrando para Edward.

–Da próxima vez que tentar pegar o MEU homem eu acabo com sua raça, vagabunda.

Ela se virou furiosa, a marca da minha mão em seu rosto.

–Sua chifruda... foi um prazer fazer isso com você.

–Burra... é tão burra que nem entende porque apanhou.

–Ora... ora... alguém vai ficar muito satisfeito em ver isso.

Eu congelei ao ouvir aquela voz odiosa. Girei lentamente e encarei Irina que segurava um celular em posição, como se filmasse tudo. Essa quenga não tinha mais o que fazer? O que estava fazendo aqui na escola a essa hora? Mas isso nem importava agora. Ela sorria triunfante e me senti derrotada, pois sabia muito bem pra quem ela iria mostrar isso. De repente as palavras de Edward vieram com força total em minha mente:
–Eu também não sabia que era tão ciumento e possessivo. Esse é seu efeito sobre mim, pequena. E confesso que quando estou enciumado assim... até eu tenho medo de mim.
Dei dois passos em direção a ela, com o coração aos saltos, estendendo automaticamente a mão como se quisesse pegar o maldito aparelho. A desgraçada sorriu e jogou o aparelho na bolsa e se virou, rebolando em direção ao carro.

–O que você...

Dei mais dois passos e Riley segurou meu braço.

–Bella...

–Solta. O que ela está pensando? Aliás o que vocês dois estão pensando?

Eu falei passando a nos olhos, tentando disfarçar as lágrimas que irão rolar a qualquer instante.

–Por que não nos deixam em paz? Esqueçam que eu existo... que NÓS existimos. Eu te odeio Riley... cada dia mais.

Ele ficou em choque, parado no mesmo lugar enquanto eu me afastava. Ainda consegui ouvir Jéssica perguntar a ele.

–O que houve? O que sua mãe quis dizer com aquilo?

–Não é da sua conta Jéssica.

Entrei na sala de aula e me sentei, colocando a cabeça entre as mãos. Eu estava ferrada. Edward iria entender tudo errado. Peguei o celular e tentei ligar pra ele: fora de área. Merda. Agora tudo iria conspirar contra mim? Tentei várias vezes e nada.

A aula começou e eu mal conseguia prestar atenção ao que os professores diziam. Jéssica me olhava do outro lado, sempre com um sorrisinho debochado. Minha esperança era que Edward visse minhas ligações e retornasse.

No entanto até o intervalo ele ainda não tinha feito isso. Peguei meu celular novamente e acessei um site de buscas. Tentaria ligar para a concessionária... era o único jeito. Foi fácil achar o telefone e três minutos depois eu ligava pra la.

Minhas esperanças foram para o ralo quando a telefonista informou que ele estava em reunião fora dali. Menos mal... se eu não conseguia falar com ele, a bruxa também não conseguiria. Agradeci aos céus por meu pai ter escolhido hoje para ir até lá. Assim eu encontraria Edward antes que Irina o visse. Era bem capaz de aquela vaca ir procurá-lo em casa sem avisar.

Passei o resto da manhã contando as horas e quando soou a última campainha eu joguei meus materiais de qualquer jeito na mochila e me afastei. Ao chegar ao corredor Riley estava la. Inferno. Segurou meu braço mais uma vez nesse dia.

–Bella... vamos conversar.

–Me solta. E vou falar pela última vez: pare de me atormentar ou o seu pai irá saber disso. Você o conhece melhor do que eu, não é?

Ele deu um passo para trás parecendo magoado, mas eu não me enganava mais. Ele mesmo disse que me atropelou de propósito não foi? Então ele não nutria bons sentimentos por mim.

Suspirei aliviada ao ver que meu pai e minha mãe já esperavam por mim no estacionamento. Minha mãe como sempre percebeu minha aflição.

–Algum problema filha?

–Não mãe. Só um pouco de dor de cabeça.

–Então vamos logo. A gente passa numa farmácia ao chegarmos la.

Eu ia a todo instante olhando o velocímetro do carro. Bufava e voltava a olhar... até ver meu pai me olhando pelo retrovisor.

–Qual o motivo da pressa? Algo especial?

–Ja disse que minha cabeça doi pai. Quero escolher logo essa droga de carro e voltar para casa.

–Mal agradecida.

–Charlie querido... não comece, sim?

–Sempre protegendo.

Mas não disse mais nada. Quase pulei do carro quando paramos em frente à concessionária. Meu pai assoviou baixinho olhando o prédio de cima a baixo.

–Agora me pergunto se foi uma boa idéia.

–Nem vem Charlie. Edward não iria perdoar você se não entrasse ao menos para olhar.

–Pois não?

Um rapaz claro e de cabelos escuros se aproximou. Felizmente não era o tal Black. Meu pai estendeu a mão apertando a do rapaz.

–Como vai? Sou Charlie Swan e essa é minha esposa Renne e minha filha Isabella. Estamos aqui para falar com o Edward.

–Ah... ele já sabe que virão?

–Er... sim. Foi ele que pediu que viéssemos.

–Só um instante, por favor.

Ele foi até o telefone e falou rapidamente, voltando depois para junto de nós.

–Ele já está descendo senhor.

–Obrigado.

Obviamente Edward não faria meu pai esperar. Dois minutos depois ele descia as escadas e eu dei um sorriso, apesar de sua expressão nada amigável. Mas meu sorriso morreu no rosto ao ver quem descia logo atrás dele: Irina.

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