FANFIC - MAD TEMPTATION - CAPÍTULO 17!


Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 17° capítulo de "Mad Temptation". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



Capítulo 17
– Vamos logo enfrentar a família Cullen. – falei ansiosamente e ele arqueou uma sobrancelha.

– Algo errado?

– Só um pouco nervosa. – ele levantou e me abraçou.

– Eles vão amar você.

– Não é esse meu medo, não.

– Não?

– Não, eu já conheci o seu pai e seu irmão, confesso que tenho medo de como será sua mãe.

Edward apenas riu e me conduziu até o carro. Olhei para o “meu” carro com uma estranha dor no peito. Como não poderia deixar de ser ele percebeu meu olhar e tocou meu rosto.

–Estará sempre aqui até o maluco do seu pai resolver nos aceitar.

–Jura?

–É seu Bella. Quer ir nele?

Meus olhos brilharam e por pouco não bati palmas feito uma criança. Mas lógico não daria esse mole na frente dele.

–Podemos?

–Claro que sim. E você dirige... quero ficar bolinando você.

Senti meu rosto foguear e apenas balancei a cabeça. Nem sei por que eu ainda ficava vermelha com os comentários dele, isso nunca mudaria. Ele sempre seria um pervertido e eu sempre seria a garota beterraba.

E ele não mentiu. Feito um adolescente, foi todo o percurso com as mãos em meu corpo, tateando, apalpando... Chegou ao ponto de baixar minha camiseta e chupar meus seios!

–Pare com isso. Vou acabar perdendo o controle do carro.

–Tudo bem. Parei. Não quero ver nenhum machucadinho nesse corpo gostoso.

Ele não precisava dizer mais coisas para me deixar em brasas. Se eu pudesse parava esse carro agora mesmo e o atacava. Mas não poderia chegar na casa dos pais dele cheirando a sexo. Resolvi puxar um assunto diferente para distraí-lo.

–Minha mãe deve estar de esbaldando no SPA.

–Oh sim. Ela ficou feliz. E segundo ela tudo isso faz parte do truque.

–Como assim?

–Disse que ficará linda, com uma pele macia e assim fará com que Charlie fique mais maleável. Aos poucos ela está tentando amaciá-lo.

–Duvido que consiga. Pensei que meu pai fosse matá-lo.

–Ele não faria isso. Apesar de tudo ele percebeu que você está apaixonada por mim.

Falou dando aquele sorriso torto, me olhando meio de lado.

–Maldita hora que falei isso.

–Ah por que princesa?

Pegou minha mão e beijou.

–Eu gostei de ouvir isso.

–Ok. Convencido.

Ele riu e em seguida apontou a enorme casa de dois andares, cercada por grades e árvores.

–Nossa... muito linda.

–Moramos aqui a vida toda... até eu me casar.

Fiz um muxoxo e ele riu. Pegou um controle no porta luvas e o portão se abriu. O nervosismo voltou. E agora? Como eu me comportaria? Juro que estava morrendo de curiosidade a respeito da mãe dele. Se ela fosse como o marido e o filho... seria meu fim. Mas e se ela fosse uma megera indomada? E se me odiasse? E se fizesse minha caveira para Edward?

Estava tão preocupada, perdidas nesses pensamentos que dei um pulo quando ele abriu a porta pra mim. Tirei a chave da ignição e entreguei a ele.

–O que foi? Está pálida.

–Edward... poderia ao menos me dar uma dica... de como é a sua...

–Ah... chegaram. Até que enfim.

Girei meu corpo ao ouvir a voz e minhas mãos começaram a suar ao ver a mulher alguns centímetros mais alta que eu, cabelos cor de mel até os ombros e olhos azuis. Ela me pareceu muito jovem, um sorriso amável no rosto. Ao lado dela uma loira espetacular, alta e com um corpo maravilhoso. Me senti incomodada pensando quem seria aquela mulher. E se fosse um desses casos em que a sogra levava alguma beldade para apresentar ao filho? Eu teria chance?

–O bom filho à casa torna.

–Oi mãe.

Ele abraçou a mulher, erguendo-a um pouco e beijou seu rosto e seus cabelos.

–Que saudade meu filho. Como pode sumir assim?

–Estava... trabalhando demais. Oi Rose.

Ele falou e deu um beijo no rosto da loira.

–Tudo bem Edward?

–Maravilhoso.

A mulher colocou os olhos em mim, como se me analisasse, mas depois sorriu.

– Trabalhando demais...será que essa mocinha da tanto trabalho assim?

– Não imagina o quanto mãe.

Fechei a cara pra ele, mas no mesmo instante a mulher veio ate mim e segurou minha mão.

–Oi querida. Sou Esme, mãe desse dai. Tudo bem?

–Muito prazer senhora.

–Ah não querida... apenas Esme. E essa é Rosalie, esposa do Emmett.

–Oh.. esposa?

As duas riram do meu espanto. E eu estava mesmo. Ele me pareceu moleque demais para ser casado.

–Como vai Bella? Posso chamá-la assim?

–Eu prefiro assim Rosalie.

–Apenas Rose.

Ela sorriu e nesse momento eu suspirei aliviada. As duas não me pareciam duas megeras como imaginei.

–Viu só o espanto dela ao saber que o Emmett é casado?

–Ninguém acredita Esme. Ele parece ter quinze anos.

As duas riram novamente e eu acompanhei.

–Vamos entrar? Carlisle e Emmett estão na sala. Rose e eu estávamos preparando um lanche pra gente.

Edward passou o braço em volta da minha cintura e entramos logo atrás de Esme e Rosalie. As duas iam conversando e rindo, mas eu não entendia o que falavam.

–Olha quem chegou.

Céus... só o sorriso sacana de Carlisle foi o suficiente para me deixar corada novamente. Será que ele contou pra esposa a situação em que me encontrou na casa de Edward? Eu rezava fervorosamente para que não.

Dei um tchauzinho pra eles na esperança que não fizessem ou dissessem alguma besteira. Em vão.

–Edward tomou jeito hein? Hoje ela não está mancando.

–Nem travestida de sushi.

Edward bufou ao meu lado e apertou ainda mais minha cintura. Desnecessário dizer que minha bochechas chegavam a arder de vergonha. Felizmente agora eu pude ver realmente que Esme deveria ser a mais sensata da casa.

–Podem parar com palhaçada os dois. Olhem só... deixando a menina sem graça.

Depois virou-se para mim e tirando-me dos braços de Edward passou os seus sobre meus ombros.

–Não ligue pra isso querida. Eles estão assim porque a mamadeira deles ainda não está pronta.

Eu ri e Edward também riu alto e se jogou no sofá.

–Sei que vocês duas vão roubar minha pequena.

–Ah deixe de ser chorão. Só vamos fazer os lanches. Bella pode nos ajudar não é?

–Claro.

Acompanhei as duas até a enorme cozinha perfeitamente organizada e olhei a infinidade de coisas sobre a mesa.

–Pode nos ajudar com o suco?

–Perfeitamente.

Eu apenas esperava o momento em que iriam começar o interrogatório. Porque era óbvio que iriam perguntar alguma coisa. Talvez não fossem tão descaradas quanto Emmett e Carlisle, mas com certeza estavam muito curiosas.

–Então Bella... como está a escola?

–Bem... muito bem, na verdade. Tenho a tarde livre para estudar então não encontro muita dificuldade.

–Exceto nas horas em que está com meu filho não é?

Bochechas vermelhas, obviamente. Mordi meus lábios e dei de ombros enquanto cortava as laranjas.

–Às vezes. Nem sempre podemos nos ver porque... quer dizer...

–Seus pais não aprovam?

Rosalie perguntou com evidente curiosidade e o que me pareceu um pouco de preocupação também.

–Meu pai não aprova, mas minha mãe apóia Edward incondicionalmente.

–Eu entendo. E deve tentar entender seu pai também, afinal você deve ser a bonequinha dele não é?
Sorri.

–Sim.

–Pois é. Não é fácil ver que sua garotinha está de caso com um homem feito, que aliás é pai do seu ex namorado.

Senti uma necessidade de defender Edward. Meu pai não poderia ter agido daquela forma. Eu ainda estava muito brava com ele, essa era a verdade.

–Mas ele deveria ter ao menos nos ouvido. Ah poxa... Edward foi até lá, falou com ele e...

–Espere ai... Edward foi até sua casa conversar com seu pai?

–Sim.

Esme e Rose se entreolharam parecendo totalmente surpresas. Será que Edward não era o tipo de homem que fazia isso? Será que não agiu assim com Irina? Não... acho que ele era sim. Era um gostoso, safado e pervertido, mas muito decente.

–É impressão minha ou estão espantadas?

–Sabe... é que... não quer dizer que Edward não seja esse tipo de homem. Ele gosta de tudo muito às claras, realmente. Mas sinceramente? Eu pensei que você fosse apenas um casinho. Aliás nem isso.
Senti meu rosto desabar um pouco.

–Não leve a mal querida, por favor. Mas é que Edward nunca gostou de moças tão jovens. E outra... depois que ele se separou de Irina, ele jurou que nunca mais teria um relacionamento sério com ninguém. Então de repente a gente fica sabendo que ele está com uma garota, que já foi sua nora! Fiquei sem saber realmente qual era a dele.

–É... ele me disse mesmo que não curtia garotinhas.

Falei tristemente apertando a laranja no espremedor de frutas. Foi uma tristeza momentânea. Eu sabia que ele gostava de mim. Não disse exatamente as palavras, mas admitiu que também estava apaixonado.

–Edward é bem diferente de Carlisle e Emmett. Os dois são muito moleques ao passo que Edward é mais sério assim como Esme.

–Eu percebi isso.

Eu ri e as duas me acompanharam.

–Os três são uns safados pervertidos, mas no resto são bem diferentes. Eu sofro com esse jeito do Emmett. Ele simplesmente não se controla. Só fala coisas maliciosas.

Rose falava tentando demonstrar chateação, mas eu percebi que ela gostava desse lado dele. E eu estava feliz por Edward não ser como os outros dois. Ele já me fazia corar o suficiente, não precisava de mais nada.

–Então... como se conheceram?

Rose perguntou e eu levantei a cabeça encontrando os dois pares de olhos me encarando. Mordi meus lábios e balancei a cabeça.

–Acho que prefiro pular essa pergunta.

Rose riu alto e Esme riu também, tão vermelha quanto eu.

–Já vi que esse assunto está mais pro Carlisle e Emmett.

–Com certeza. Mas então Bella... você gosta realmente do Edward...

Foi uma constatação, não uma pergunta.

–Gosto demais. Estou apaixonada por ele.

–Estou vendo isso em seus olhos. Fico feliz. Apesar de Edward ser um homem feito, pra mim sempre será meu menino. E eu não gostaria de vê-lo sofrendo.

Fiquei olhando pra ela, sem saber se ria ou não. Pensei que ela estivesse brincando, mas sua expressão me contradizia. Ela realmente falava sério e parecia preocupada com o filho. Como se eu fosse fazer algo para magoá-lo. Edward sofrendo por mim? Piada não é?

Mas Esme continuou falando como se tudo o que disse até agora fosse uma coisa normal de se imaginar.

–Edward sofreu muito enquanto esteve com Irina. Não sofrer de amor sabe? Mas sofria com os ataques dela, com aquela histeria. Tudo bem que, como a Rose disse e você deve bem saber, Edward é bem... safadinho. Mas ele respeita sabe? Ele é homem de uma mulher só. Se assumiu compromisso, ele será fiel. E Irina o infernizava achando que ele a traía.

– Mulher que não se garante Esme. Casa com um gostoso daquele e não quer concorrência?

Rose falou, mas logo em seguida ergueu as mãos num pedido de desculpas. Acabei rindo. Era gostoso mesmo.

–Tome cuidado com ela Bella. Aquela mulher não é boa bisca.

–Ja percebi isso Rose.

–Não acham que estão demorando demais?

Ouvi aquela voz rouca e um arrepio percorreu meu corpo dos pés a cabeça. Antes que eu me virasse eu senti as mãos fortes em minha cintura e a boca quente em meu pescoço. Automaticamente meus olhos se fecharam e eu mordi meus lábios com força tentando segurar um gemido. Era só o que me faltava, ficar gemendo feito uma vadia na frente da minha sogra.

–Está com tanta fome assim Edward?

Rose perguntou maliciosamente. Cara de pau... ainda falava de Carlisle e Emmett.

–Não imagina o quanto.

Em seguida mordeu e lambeu meu pescoço. A laranja que estava em minha mão escorregou e quicou na pia antes de ir ao chão.

–Ah olha o que está fazendo. Vá pra sala Edward. Nós já estamos terminando.

–Já estou indo.

Mas antes de sair ele ainda segurou minha nuca e me beijou até me deixar sem fôlego. Logicamente eu nem tive coragem de olhar para as duas depois que ele saiu.

–Eu sempre digo... nada de ficar falando que isso nunca mais irá acontecer comigo.

Olhei pra Esme com o cenho franzido, sem entender realmente o que ela quis dizer.

–Como?

–Edward. Disse que jamais iria se apaixonar novamente e olha ai no que deu...

–Queimou a língua.

Esme pegou uma bandeja, mas falou enquanto se retirava da cozinha.

–Queimou mesmo... e mal consegue se conter agora. Parece que voltou à adolescência.

Rose sorriu pra mim e deu de ombros, como quem diz: culpa sua.

Sorri também. Definitivamente eu gostei da Esme. E da Rose também.

*******
Eu queria chorar como uma criança mimada quando Edward desfez o nosso abraço e me “devolveu” para minha mãe. Eu queria estar mais ao lado dele. A tarde junto à família dele foi perfeita. Depois que Carlisle e Emmett se cansaram de zoar com a cara de Edward eles passaram a falar sobre a infância e adolescência deles. Felizmente nenhum deles falou sobre mulheres.

E apesar de tudo, de todas as brincadeiras eu percebi uma coisa que me deixou muito feliz: eles gostavam realmente de mim.

E isso só contribuía para aumentar minha insatisfação em deixá-lo. Edward segurou meu rosto com as duas mãos, olhando em meus olhos.

–Não fique assim pequena. Eu irei vê-la todos os dias... por favor, um pouco de paciência.

–Eu sei, mas é que...

–Bella a gente precisa ir meu amor. Ou seu pai não me deixará mais buscar você e irá ele mesmo.

Palavra mágica. No mesmo instante beijei Edward, espremendo meus lábios nos dele e me afastei.

–Tudo bem. Vamos.

Ele riu alto e me beijou mais uma vez.

–Eu te ligo amanhã princesa.

–Mas... mas estou sem celular.

–Estava...

Ele olhou pra minha mãe e eu olhei também. Abri minha boca ao vê-la balançando um aparelho novinho em mãos.

Olhei para Edward novamente.

–Foi você?

–Não posso ficar sem ouvir a voz da minha pequena.

–Ai Edward... eu te...

Me joguei nos braços dele, os braços em volta do seu pescoço. Sua boca tomou a minha antes que eu falasse uma besteira.

–Lindos... mas agora precisamos realmente ir.

Eu me afastei já ofegante e passei a mão pelos meus cabelos.

–Ah... Edward... aqui está o telefone que você pediu.

–Que telefone?

–Da minha ginecologista.

–O QUE?

Edward nem se abalou com meu grito e guardou o papel no bolso.

–Obrigado Renée. Hoje mesmo irei ligar pra ela.

–Mas o que...

–Você que inventou isso neném... agora eu quero.

Minha mãe riu, balançando os cabelos sedosos.

–Você é impossível Edward. Até amanhã.

Me puxou pelo braço, mas eu ainda fiquei firme, esticando-me até Edward para um último beijo. Ele piscou e ficou esperando enquanto eu entrava no carro. Ainda fiquei olhando pra trás até perdê-lo de vista.

–E ai? Como foi?

–A família dele é perfeita mãe. Esme é maravilhosa como você, só que menos doidinha.

–Eu sou única querida.

–Eu sei disso, sua linda.

Falei dando um beijo estalado em sua bochecha. Fomos conversando e rindo o tempo todo até chegarmos em casa. Mas lá meu sorriso morreu. Meu pai estava parado na porta com os braços cruzados em frente ao peito, feito um leão de chácara.

–Oi meu amor... esperando pela esposinha?

–Pode ir parando. Não acha que demoraram muito?

–Amor... eu avisei que iríamos fazer coisas de mulheres. Olhe só meus cabelos, minha pele...

–Hum... estou vendo. Mas e Bella?

Dei de ombros e olhei brava pra ele. É... eu ainda estava com raiva dele.

–Eu não tenho pra quem me arrumar.

Ele apenas rolou os olhos e me deu passagem, já que estacionei ao seu lado.

–E quem está pagando isso Renée?

–Ora quem poderia ser? Meu maridinho gostoso chefe de polícia.

Eu subi as escadas rindo baixinho. Realmente... minha mãe sabia levar meu pai muito bem.

Tomei um banho e vesti uma roupa fresca. Sentei-me na cama e abri meus livros. Precisava fazer meu dever. Se eu perdesse uma nota que fosse com certeza meu pai iria atribuir isso a Edward e ai já era de vez.

Recusei o jantar já que o lanche farto de Esme ainda pesava meu estômago. Minha mão coçava para ligar para Edward, mas resolvi esperar meu pai se deitar. Era melhor deixar meu novo celular bem escondido ou então ele seria confiscado também.

Passava um pouco das nove da noite quando eu finalmente guardei meus livros e me deitei. Minha mãe ainda não tinha me dado boa noite, portanto meu pai ainda estava com ela. E lá se foi minha chance de ligar para Edward. Eu bem que tentava me segurar, mas o sono estava demais. Fechei meus olhos já sentindo um leve torpor, mas voltei a abri-los assim que ouvi a porta sendo aberta.

–Boa noite querida.

–Boa noite mãe.

–Tente descansar essa cabecinha ok?

–Tá.

Ela se aproximou e beijou meus cabelos, como sempre fazia.

–Boa noite Bella.

Eu girei minha cabeça ao ouvir a voz do meu pai. Ele estava parado na porta e me olhava. Apesar de seu olhar ser triste, ainda assim era muito carinhoso.

–Boa noite pai.

Minha mãe se afastou, mas antes que fechassem a porta ele ainda confessou.

–Eu te amo filha... só quero o seu bem.

Fechei meus olhos e não respondi. Apesar de tudo eu também o amava. Fui vencida pelo cansaço e infelizmente dormi sem ouvir a voz do meu Edward.

Acordei bem mais cedo que o normal e também mais disposta. Desci para o café, encontrando meu pai e minha mãe já à mesa.

–Bom dia.

–Bom dia. Caiu da cama? São seis e quinze ainda.

–Tenho um trabalho hoje... não posso perder o horário.

–Está tudo bem na escola?

–Hum hum...

Apenas resmunguei e meu pai colocou a xícara na mesa com um pouco mais de força.

–Vai continuar falando comigo só por monossílabas?

Felizmente minha mãe interferiu. Não estava disposta a entrar num bate boca com meu pai logo cedo. Porra... precisava ter tomado meu celular? Tudo bem que ganhei um bem melhor, mas ainda assim... era a atitude que me irritava.

–Deixe de ser resmungão Charlie. A menina está tomando o café. Vai falar de boca cheia?

–Puff... hoje você leva e busca novamente Renée.

–Sim senhor.

–E aquele... aquele homem...

Levantei-me no mesmo instante.
–Edward, pai. O nome dele é Edward. E se quer saber dele porque não vai atrás dele? Afinal eu não posso mais falar com ele, esqueceu?

–ISABELLA!

Subi batendo os pés e fui escovar meus dentes. Quando desci já com a mochila, ele já tinha saído.

–Filha... não é sensato bater de frente com seu pai. Deixe que eu me entendo com ele. Já falei isso.

–Eu sei mãe. Mas às vezes ele me enerva.

Meu celular tocou e eu revirei minha mochila, procurando-o. Só poderia ser ele, claro.

–Alô.

–Bom dia pequena.

Sorri.

–Bom dia Edward.

–Pensei que fosse me ligar ontem à noite.

–Bem que eu queria, mas fiquei esperando o chefe Swan dormir e acabei vencida pelo sono.

–Hum... o que a mocinha anda fazendo que está tão cansada assim?

–Cara de pau... como se não soubesse.

Ele deu aquela risada gostosa que arrepiava meus pelos. Rezei mentalmente para que ele dissesse que iríamos nos ver hoje. Nossa... como eu sentia falta dele.

–Temos um compromisso hoje.

Sorri ainda mais largo.

–Temos?

–Marquei com a ginecologista da sua mãe.

–Você o que?

–Isso mesmo. Eu irei acompanhar você.

–Ah não Edward... isso não.

–Por que não? Eu não vou deixar ninguém ver a minha mulher nua sem que eu esteja por perto.

–É uma mulher Edward.

–E se ela for uma sapata?

Aquele pseudo ciúme me alegrou, mas a vergonha falava mais alto. Edward iria ficar me olhando... naquela posição assim... Porque é claro que a médica iria me examinar então...

Minha mãe deu uma risadinha e em seguida falou alto.

–ESTÁ VERMELHA FEITO UM PIMENTÃO EDWARD.

Ele riu gostoso de novo.

–Não sei por que... eu já tive em cada posição Bella... e admito que adorei todas elas. Só de me lembrar...

Ele baixou o tom de voz com medo que minha mãe pudesse ouvir.

–Meu pau vibra dolorosamente. Não vejo a hora de enchê-la com minha...

Morrer somente com palavras seria demais não é? Tratei de interrompê-lo e ele riu.

–Tudo bem. Você irá me buscar?

–Estarei lá quando você sair.

–Até lá então.

– Até mais tarde princesa.

Fiquei olhando para o celular e rindo feito besta.

–Ai... esse amor é tão lindo.

–Pare com isso mãe.

–Mas é sério.

–Mãe... como vou fazer? Ele quer entrar comigo no consultório médico.

–E dai? Ah para com falso pudor Bella. Já deve ter se virado do avesso pra ele.

Dei de ombros e nem ousei falar mais nada ou iria ouvir o que não queria. Eu tentaria pensar numa forma de fazê-lo mudar de idéia. Não sei como... mas faria.

****

Um dia eu ainda iria me vingar daquela puta maldita. Eu ainda iria bater tanto na Jéssica.... ela estava me provocando. Ficava de conversinha com as meninas falando alto para que eu ouvisse.

–Deve ser muito ruim ser chifruda não é?

–Felizmente eu nunca fui Jess.

–Nem eu. Ajudei a chifrar ne? Mas nem seria muito difícil uma vez que a chifruda não tem chance contra mim. Basta olhar pra mim e pra ela.

Elas gargalhavam, mas eu me segurei. O que é dela estava guardado.

E eu percebi que esse momento chegou assim que me dirigi à saída, no final da aula. Chovia um pouco, aquela garoa chata, nada demais. Mas Jéssica estava parada bem na entrada do colégio conversando com Karen, uma vadia feito ela.

–Estou esperando meu namorado. Ele foi pegar o carro do outro lado, não quero me molhar.

Eu ia responder, mas meu Edward chegou nesse instante... no meu carro. Resolvi ficar parada ali ao lado de Jéssica e desviei o olhar como se não tivesse visto. Tenho certeza que ele iria estranhar o fato de eu estar ao lado dela e iria descer do carro. Dito e feito. Olhei para as duas e elas estavam com a boca aberta quase babando e os olhos arregalados. Edward fez um sinal pra mim e Jéssica falou entredentes.

–Você é muito baixa Bella. Então está usando o pai do Riley pra ver se você o consegue de volta?

Eu ri alto.

–Então o Riley não te contou? Ah... que feio... escondendo as coisas da namoradinha?

–Do que está falando?

–Sabe... se eu quisesse o Riley de volta eu o teria assim...

Estalei os dedos em frente ao seu rosto.

–Mas eu jamais trocaria quem eu tenho pra ficar com o Riley. Apenas me observe querida.

Joguei meus cabelos e fui ao encontro de Edward. Ele que não ousasse recusar meu beijo. Por via das dúvidas mordi meus lábios, olhando-o de cima a baixo, do jeito que eu sabia que ficava louco.

–Algum problema pequena?

–Só saudades... meu amor.

Foi mais do que suficiente. Ele gemeu e me agarrou pela cintura, erguendo-me um pouco do chão. Eu enlacei seu pescoço e permiti que minha boca fosse devorada pela dele.

Bem longe eu ouvi um grito horrorizado e sabia que era da vaca.

Gemi me agarrando mais a Edward e mordi seus lábios.

–Tanta saudade senhor Cullen...

Ele rosnou e me prensou contra o carro.

–Sei que está fazendo isso pra provocar aquela vadia... mas está conseguindo elevar meu tesão a mil.

Voltou a me beijar com fome e eu arrisquei a abrir levemente um dos olhos. Agora Riley estava ao lado de Jéssica segurando seu braço. Ela estava furiosa.

Edward roçou sua ereção em mim, em seguida deu a volta jogando a chave do carro pra mim. Coloquei-me atrás do volante e baixei o vidro. Dei uma olhada para o casal em crise na porta do colégio e dei uma piscadela.

Eu estava de alma lavada... vingada e... ui... rapidamente excitada quando a mão grande se fechou sobre o meu sexo.

Mais uma tarde de delícia ao lado do Meu Delicia. Depois da consulta, é claro.

2 comentários:

duda disse...

Continue postando, quero ler mais!

Hanna disse...

a vingança é doce, muito doce rsrsrsrsrs, se fudeu vadia

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