FANFIC - MEU AMANTE, MINHA PERDIÇÃO - CAPÍTULO 14!

Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "Meu Amante, minha perdição". Este é o derradeiro! Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



Capítulo 14 - Unidos 

Edward POV 

Eu corria de um lado a outro, ajeitando as bolsas, colocando roupas, sabonetes, fraldas, tudo o que via pela frente eu jogava dentro da bolsa rosa. Por que as coisas tinham que ser assim? Por que fomos deixar tudo para ultima hora? Nos últimos meses Bella e eu parecíamos estar fechados numa concha, sem nos importarmos com o resto do mundo. 

Desde quando fiquei sabendo da gravidez eu só sabia babar em minha mulher, enchê-la de mimos e beijos e ficar colado nela o tempo todo. E graças a Deus... ela nunca me chamou de pedante. Pelo contrario, parecia bem feliz em ser mimada por mim. 

Foram nove meses maravilhosos, tranquilos, como eu jamais imaginei que seria. No começo tivemos um susto quando descobrimos que Bella estava um pouco anêmica e sua pressão arterial um pouco alterada. 

Redobrei meus cuidados com ela e obriguei-a a seguir religiosamente tudo o que o médico disse. Tomou suas vitaminas corretamente e passamos a fazer caminhadas todos os dias antes que eu saísse para o trabalho. Durante esse tempo Bella resolveu voltar a fazer especialização e exercer a medicina. 

Sinceramente foi uma surpresa pra mim. Quando nos conhecemos ela falou com todas as letras que ela odiava a medicina e só fez isso por imposição da família. Fiquei feliz com sua decisão, afinal tive certeza que ela fez isso estimulada, mesmo que inconscientemente, por mim. 

-Ai... Jesus... acho que já está tudo aqui Bella. 

-Deixe... Edward. Depois alguém vem aqui... se faltar algo. 

Bella estava deitada de lado na cama, a mão sobre o ventre, uma expressão de dor em seu rosto. Passava das duas da manhã quando ela começou a sentir contrações. A principio quando estavam suportáveis ela ficou quietinha e não me chamou. Mas depois de um tempo eu mesmo acabei acordando ao perceber como estava inquieta. 

Coloquei a bolsa no ombro e peguei-a no colo. A barriga estava enorme e por várias vezes me vi perguntando se Bella iria conseguir mesmo ter parto normal. Sei que ela iria ficar triste se não conseguisse, mas teríamos que pensar não só no bebê como nela também. 

-Está bem ai, amor? Não está desconfortável? 

-Não tem jeito... qualquer posição dá na mesma. Mas eu aguento, fique tranquilo. 

Sorri. Eu sabia muito bem da sua força. Mas dizem horrores sobre as dores do parto, então era melhor não confiar muito nas palavras dela. Acelerei e em pouco temo dávamos entrada na maternidade. 

Levei Bella no colo e imediatamente fui cercado pelas enfermeiras que nos conheciam. 

-Ah... que coisa linda, Edward. Já entrou em trabalho de parto? 

-Acho que sim Grace. 

-Vamos levá-la para a sala de exames. Está se sentindo bem, Bella? 

-sim. 

Dei um beijo rápido nela enquanto era colocada na maca e levada para a sala de exames. Aproveitei esse tempo para ligar para minha mãe e dar as notícias. A partir daí eu apenas comecei a contar as horas. 

*************** 

Andava de um lado a outro, comendo as unhas que eu nem tinha, quase perfurando o piso do corredor gélido. Quatro horas... quatro horas naquela agonia e nada. Estive o tempo ao lado dela, mas resolvi sair um pouco. Meu nervosismo não iria ajudar em nada. Está certo, sei que é assim mesmo. Mesmo não sendo minha especialidade já estive presente em outros partos, por uma circunstância ou outra. Mas agora era diferente. Eu não estava ali como médico. Estava ali como pai. E estava a ponto de sofrer um ataque. 

-Edward isso não irá levá-lo a nada. Melhor se acalmar e voltar para o lado da Bella. Ela ficará mais tranquila com você ao lado dela. 

-Eu sei mãe. Já estou voltando pra la. Eu só precisava de um ar fresco. 

- eu entendo. Marinheiro de primeira viagem. Mas vai dar tudo certo. Bella está muito tranquila, o que só irá ajudar. 

Segurou minhas mãos trêmulas e beijou. 

-Estou indo. 

-Boa sorte. 

Voltei correndo para o quarto. Bella girou a cabeça e deu um sorriso fraco, mas lindo. 

-Está vindo Edward. 

-Deus... 

Mais que depressa segurei sua mão e beijei. 

-Amor... estou logo ali. 

Ela sorriu. Sabia que eu queria estar de frente quando nosso bebê viesse ao mundo. Apertei novamente meus lábios em sua mão e me coloquei atrás do médico. Eu sei que muitos acham uma cena forte... nojenta. Já ouvi muita gente falar assim. Mas eu estava quase hipnotizado. Era fantasticamente lindo ver seu corpo se abrindo, dando passagem ao nosso filho. 

Só percebi que eu chorava quando meus olhos não conseguiram enxergar a pequena cabeça segura entre as mãos do médico. Eu chorava e ria ao mesmo tempo, passando a mão nos olhos, olhando aquela coisinha que agora estava inteiramente nas mãos do médico. 

-Parabéns papais... é uma garotinha. 

Eu me aproximei mais um pouco, novamente enxugando minhas lágrimas. Era meu bebê ali... chorando para o mundo... forte...saudável e pra mim... a cara da mãe. A minha Bellinha. 

-Quero vê-la. 

Assim que ouvi a voz de Bella eu corri até ela e beijei rapidamente sua boca. 

-Ela é linda, meu amor... linda... 

Ela me olhou com cara desconfiada. Sempre me falou que bebês tem cara de joelho. Mas pra mim era o bebê mais lindo que eu já tinha visto. 

-Meu bebê... nossa filha, Edward. 

Eu apenas sorri olhando para as duas... lindas... as duas mulheres da minha vida. 

Bella POV 

Eu sabia que um sorriso brincava em meus lábios, mas não conseguia evitar. E nem poderia. Quem seria louco a ponto de querer evitar a felicidade? Eu estava esfuziante. Claro que sabia que iria amar ser mãe. Mãe de um filho da pessoa que mais amo nessa vida. Mas eu nunca imaginei que seria tudo tão perfeito, desde a gravidez até o nascimento. 

Edward que já era carinhoso, ficou ainda mais, cheio de cuidados e mimos. E não mudou depois que nossa pequena Aimeé nasceu. Edward e eu combinamos que eu escolheria o nome e quando tivéssemos outro bebê, ele escolheria. Lembrei-me de que Edward tinha “um pé” na França e por isso a escolha do nome. 

Tive que concordar com ele... ela era a minha cara. Como se tivessem tirado uma cópia e colado ali. Com apenas três semanas de vida já estava mais esperta do que nunca. Os grandes olhos cor de chocolate como os meus, se abriam ainda mais sempre que Edward estava por perto. 

-Já vi que teremos disputa pela atenção do papai. 

Edward sorriu enquanto ajeitava o travesseiro nas minhas costas. 

-Tem Edward pra todo mundo. 

-Pra todo mundo não, amor. Pra mim e pra Aimeé. 

- E pra vovó também, não se esqueça. 

Eu ri ao ouvir as palavras de Esme. Passava praticamente todos os dias em minha casa e a tendência agora era continuar, já que em poucos dias Edward retornaria ao trabalho. Carlisle já tinha passado por aqui e saído em seguida para a clínica. 

Às vezes eu achava meio estranho. Meu ex marido era agora avô do meu filho. Mundo mais louco... E nem era de se admirar. Foi tudo uma loucura em minha vida desde quando conheci Edward. 

Alice tinha viajado para a França para resolver algumas pendências por lá. E foi praticamente aos pulos por saber que seria madrinha da minha filha. 

-Está fazendo a massagem que falei, Bella? 

-Todos os dias, Esme. E desde que comecei ela não teve mais cólicas tão fortes. 

-Sim. Edward me disse que ela não tem mais chorado à noite. É uma sorte. Quando Edward era bebê eu quase não dormia quando ele tinha essas dores. Às vezes ele começava a chorar às duas da tarde e parava às onze da noite. Não havia remédio que desse jeito. 

-Dizem que colocar uma fralda aquecida ou bolsa com água também é bom. Ou um chá... 

-Carlisle me falou a respeito dos chás. Ele acha que não resolve, às vezes pode até piorar já que o intestino do bebê ainda é bem imaturo. 

-Verdade. Nunca tinha pensado por esse lado. Mas a massagem tem ajudado bem. 

-Quer alguma coisa Bella? 

-Não, está tudo bem, amor. 

Edward sentou-se ao meu lado, passando a mão levemente pelos cabelos de Aimeé. 

-Tão parecida com você. Já vi que serei marionete nas mãos dela. 

-Nem vem com essa conversa, Edward. Nada de criança mimada aqui em casa. 

-Não é mimo, amor... é carinho. 

-Hanhã... sei... 

-E não reclame. Eu também mimo você demais. 

Edward nem bem tinha tocado meus lábios e nossa filha chorou fazendo Esme rir. 

-Ih... ciúmes do pai... 

-Ou da mãe. 

-Às vezes sinto uma vontade de ter um bebê, mas sabe como é... a idade... 

-Você não é tão velha assim, Esme. 

-Aparentemente posso não ser, mas para ter um filho seria arriscado. 

-Viu só Bella? Teremos que ser rápidos e fazer um atrás do outro antes que fique velha demais. 

-Edward! 

Ele riu alto beijando minha boca e fazendo Aimeé chorar novamente. 

-Estou falando que é ciúmes do pai. 

-Mas voltando ao assunto, Esme. Seu marido é médico. Nunca conversaram sobre os riscos de você ter um filho? 

-Nunca falei com ele dessa minha vontade. 

Fiquei pensando por um tempo sem saber se deveria falar. Entretanto somos uma família agora e Esme sempre me deu brechas para uma conversa séria. 

-Acho que Carlisle ficaria feliz se tivesse um filho. 

Tanto Edward quanto Esme me olharam assustados. 

-Quer dizer... nós não tivemos. E bem... ele tem Edward. Mas acho que todo pai gostaria de ver seu filho se desenvolver no ventre... nascer, acompanhar seu crescimento. Não vê como Edward está babão? Aposto como ele sente... por não ter acompanhando Edward desde bebê. 

Esme deu um sorriso triste. 

- Eu também já pensei nisso. Quem sabe. Não é? 

Ela se levantou e veio até a cama. 

-Eu preciso ir agora. Combinei de sair com Carlisle hoje à noite e queria dar uma arrumada no cabelo. 

Edward a abraçou e beijou seu rosto. 

-Obrigado pela ajuda, mãe. 

-Não precisa agradecer. É minha netinha. 

Despediu-se de mim e de Aimeé e se foi. Edward despiu a camisa e deitou-se na cama, deixando Aimeé entre nós. 

-Será que ela ficou chateada comigo? 

-Claro que não, meu amor. Ficou pensativa. Você estava certa em tudo o que falou. Acho que todo pai quer estar perto do filho desde a sua concepção. Pelo menos a maioria, eu acho. 

-Já vi tantos casos de mulheres que engravidaram depois dos quarenta. É um risco, eu sei... mas ainda assim. 

-Bom... vamos falar sobre nós agora. Está feliz? 

-E tem como ser de outra forma? Casada com um homem lindo... que foi minha perdição, tenho uma filha linda... minha profissão que adoro... 

-Ah...lembro-me muito bem quando disse que seu negócio era direito e medicina não era sua área. 

Sorri, mordendo os lábios. Eu pensava realmente assim até encontrar Edward. Tudo que ele fazia era com tanto amor e dedicação que acabei me envolvendo e passei a gostar da medicina. 

-Você sabe que a grande referência é você. Aliás... tudo em minha vida gira em torno de você. 

- Posso dizer o mesmo. A gente se completa em tudo, essa é a verdade. Desde o começo. 

Esticou o braço e nossas mãos se entrelaçaram. 

-Eu te amo, Edward. 

-Eu amo mais. 

Sorri e fechei meus olhos quando ele levou a mão ainda atada à minha até o meu rosto. Nosso começo não foi muito correto... envolveram nossos parceiros de forma um tanto leviana. Mas hoje... olhando tudo o que construímos, eu percebia que tudo valeu a pena e que não poderia ser diferente para nenhum dos dois. Somente juntos, poderíamos ser felizes. Seguiríamos unidos... e amando intensamente... como sempre. 

“Tudo tem começo e meio. O fim só existe para quem não percebe o recomeço” (Luiz Gasparetto)

 FIM

1 comentários:

Anônimo disse...

Adrianas
Amei a HISTORIA,PARABÉNS

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