FANFIC - MAD TEMPTATION - CAPÍTULO 27!


Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 27° capítulo de "Mad Temptation". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



Capítulo Vinte e Sete

Edward Pov
Finalmente eu poderia dizer que as coisas estavam se acomodando em seu devido lugar. Quanta confusão pelo que, a princípio, imaginei se tratar apenas de uma foda. Quer dizer, o que senti logo que vi conheci Isabella foi completamente diferente de tudo que já vivi. Mesmo assim, cético em relação a sentimentos, eu ousei imaginar que poderia ser apenas sexo.
E foi completamente diferente. Fui a nocaute sem qualquer chance de reação. Felizmente Bella é bem cabeça feita. Sem querer ofender, essas garotinhas que andam por ai são meio cabeça de vento pro meu gosto. Entretanto o que mais me deu trabalho foi Charlie.
Sorri em frente ao espelho, enquanto fazia minha barba. Pai ciumento ao extremo. Quando é que eu iria imaginar que aquela pegação no pé era por medo de perder a filhinha?Pensei mesmo que era apenas implicância por eu ser bem mais velho que ela.
Quase mato o homem de susto com a notícia do casamento. Não via motivos para esperar. Isso não impediria Bella de concluir seus estudos de forma alguma. Eu jamais impediria isso. Quero mais é que ela cresça, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Só queria estar ao lado dela todos os dias. E se ela fosse para uma universidade no Alasca, eu abriria uma filial lá e iria com ela. Ponto final. Ou então me aposentava... tenho dinheiro suficiente para viver bem o resto da minha vida.
Além disso, eu também não quis me casar como forma de “prender” Bella. Não foi por ciúme, como ela havia pensado. Confesso que senti um leve “desconforto” ao vê-la com meu filho. Sou humano, porra. Não sou feito de gelo. Mas isso também não importa. O que quero é me casar. E que pensem o que quiserem. Não devo nada a ninguém.
Só espero que Irina não venha com chiliques para o meu lado. Já estou de saco cheio dessa mulher na minha vida. A partir de hoje ela me daria paz. Tenho certeza disso.
Conferi as horas e me apressei. Por causa dessa praga teria que sair de casa bem mais cedo que o normal. Mas valeria a pena. Passou da hora de Irina descobrir como é a vida. Hoje ela iria ver de qual lado à banda toca.
Terminei de me barbear, coloquei a gravata e peguei o paletó. Cinco da manhã. Inferno. Geralmente não sou preguiçoso, mas eu queria ficar mais um tempo na cama. Se eu estivesse indo me encontrar com Bella, teria acordado as três, sem problema algum.
Entrei no carro, liguei o som e enfiei o pé no acelerador. Já estava doido para ver a reação de Irina.
Quarenta minutos mais tarde, eu estacionava o volvo em frente à concessionária. Prendi o riso ao ver Irina já me esperando. Vestia um vestido na altura dos joelhos, perfeitamente ajustado ao corpo. Por cima um blazer e enormes sapatos de salto agulha. Os cabelos estavam presos num coque e o rosto perfeitamente maquiado. Devo admitir que Irina era muito elegante. Mas era oca por dentro.
–Bom dia Irina. Pontual... aprecio isso.
–Sei que não gosta de esperar. Além do mais eu estou precisando não é?
–Exatamente.
Desativei o alarme e abri a enorme porta de vidro, dando passagem à Irina.
–Vamos até o escritório.
Ela me seguiu, fazendo aquele toc toc insuportável atrás de mim. Fui direto afastar as cortinas e abrir as janelas. Irina se sentou, cruzando as pernas e olhando para as enormes unhas pintadas de vermelho. Aquilo não ia durar muito tempo.
–Do que está rindo?
–Eu?
–Edward... o que você está aprontando?
–Espere só um instante. Irei providenciar seu material de apoio.
–É sobre vendas? Sou boa nisso.
Revirei meus olhos e me afastei.
–Já volto.


Fui até a sala que servia como depósito de materiais de limpeza, abri o armário e peguei uma sacola lacrada com uniforme. Depois peguei o carrinho que as faxineiras costumavam usar e coloquei todos os produtos que Irina iria precisar.
Sinceramente, ser faxineira não era vergonha para ninguém. Era um trabalho digno, honesto. Mas para Irina isso seria o fim do mundo. Era trabalho da ralé, como ela já havia dito várias vezes.
Voltei para o escritório, empurrei a porta e parei atrás dela.
–Pronta para começar?
–Sim.
Ela se virou sorrindo, mas seu sorriso murchou ao olhar para o carrinho ao meu lado. Seus olhos ficaram arregalados e ela arfou, as narinas infladas. Levantou-se feito uma fera, a expressão transtornada.
–Que palhaçada é essa?
–Seu material de apoio.
–Você está brincando comigo não é? Isso... isso é um carrinho de limpeza!
–Exatamente. Tudo que você irá precisar para fazer uma boa faxina na concessionária. Isso aqui...
Ergui a vassoura e mostrei pra ela.
–É uma vassoura. Serve para varrer... você sabe não é?
Ela não respondeu, então continuei falando, explicando cada material, como se falasse com alguém vindo de outro planeta.
–Esse é o detergente. Não desperdice. Detesto isso. E esse...
Estendi a sacola pra ela.
–É seu uniforme.
Ela estava vermelha, seus olhos faiscavam, mas eu continuei com minha expressão impassível. De repente ela explodiu.
–VOCÊ FICOU MALUCO? BEBEU? FUMOU? ESTÁ QUERENDO QUE EU SEJA UMA FAXINEIRA?
–Qual o problema? Tem muita gente doida para trabalhar comigo sabia? Sabem que eu pago acima do mercado.
–O que você quer? ME HUMILHAR?
–E desde quando trabalhar é humilhante, Irina? Já ouviu dizer que o trabalho dignifica o homem?
–Aonde está vendo dignidade?
–Sabe... até uma prostituta tem sua dignidade. Ela não está roubando, não está matando, não está “LESANDO” ninguém.
Dei de ombros, ainda encarando a carranca de Irina.
–Está usando as armas que tem para garantir seu pão. É isso que as pessoas fazem para sobreviver Irina: lutam. Eu também comecei lá por baixo...e não me envergonho disso.
–EU NUNCA VOU LIMPAR CHÃO. NUNCA!
–Bom...você pode tentar ser modelo. Ha muitas vagas para a terceira idade. Ou pode fazer programas também. Como eu disse... pelo menos não estará roubando ninguém. Mas imagine só com quantos homens terá que se deitar, ou quantas horas terá que posar como modelo para ganhar o que deve em seu cartão de crédito?
Estendi o uniforme pra ela.
–É pegar ou largar.
Não sei precisar quanto tempo Irina ficou me encarando, os lábios tremendo. Mas a confusão era visível em seus olhos. No fundo ela sabia que eu queria apenas dar uma lição nela. Possivelmente, a possibilidade de ver suas contas pagas foi o que fez com ela estendesse a mão, pegando o uniforme.
–Por...por onde começo?
Perguntou baixando a cabeça. Meu Deus... como pode ser tão orgulhosa? Desde quando fazer uma faxina é motivo para tanta vergonha assim? Como uma pessoa consegue ser tão fútil, tão vazia?
–Comece indo ao banheiro dos funcionários e se trocando. Eu irei lhe mostrar por onde começar.
–Sim. Quer que eu lhe chame de senhor?
Eu me sentei e me recostei na cadeira, girando-a levemente de um lado a outro e sorri.
–Não é preciso.
–Com licença.
–As galochas ficam no armário do banheiro.
–Galochas?
–Não pretende fazer faxina com esses saltos não é?
Ela estreitou o olhar, mas não disse nada. Apenas saiu e fechou a porta. E que Deus me ajudasse.
Retirei alguns papeis da minha pasta, pois precisava analisá-los urgentemente. Passei dias negligenciando os negócios e agora era hora de colocar as coisas no lugar. Ficar só pensando em sexo estava me transformando num irresponsável.
Vinte minutos após Irina ter saído da sala, ela regressou, já usando o uniforme marrom e as galochas.
–Por onde começo?
–Bom... o meu escritório é o ultimo lugar a ser limpo, ou seja, após as dezessete horas. Dessa forma, quando eu chego aqui no dia seguinte, não há necessidade de ser interrompido para limpeza. Você irá começar pelo salão principal, obviamente. Depois a copa e por fim os banheiros.
–Banheiros? Eu terei que limpar os banheiros?
–Você não gostaria de usar um banheiro sujo não é?
–Mas... mas isso é nojento.
–Faz parte de suas atribuições.
Ela bufou e se virou para sair.
–Qualquer coisa pode me chamar.
Apenas bateu a porta. Atrevida.
Voltei a me concentrar nos documentos. Depois eu iria ver o serviço de Irina. Claro que era formalidade, para não ficar muito aparente que era uma punição. Duvidava que Irina desse conta.
Pouco depois das sete e meia, uma das copeiras veio trazer meu café. Estava mesmo precisando. Levantei-me e fui até a janela, bebericando meu café.
Pensei em ligar pra Bella mais cedo, mas acabei desistindo. Como eu disse, precisava me concentrar no trabalho. E só de ouvir a porra da voz daquela garota eu ficava duro.
Terminei meu café e voltei para minha mesa. Agora eu iria trabalhar mesmo.
*******
Esfreguei minha nuca e conferi as horas no meu relógio de pulso. Porra... quase meio-dia. Perdi completamente a noção do tempo, mas pelo menos consegui dar uma alavancada no serviço. Estava prestes a me levantar quando bateram à porta.
–Entre.
Franzi meu cenho ao ver Nícolas surgir a porta.
–Espero não estar atrapalhando.
–Lógico que não. Entre.
Ele se afastou e deu passagem a uma mulher baixinha, de cabelos curtos e espetados. Era muito bonita e elegante. Levantei-me, como um bom cavalheiro e esperei enquanto se aproximavam.
–Bom dia senhor Cullen.
–Bom dia... senhorita..
–Senhora. Senhora Brandon
Ela estendeu a mão pequena e apertei brevemente.
–Como vai Edward?
–Vou bem Nícolas. Sentem-se, por favor.
–Edward... essa é Alice Brandon. Está lembrado?
–Ah sim... a pessoa que comprou o carro...
–Exatamente.
Eu havia pedido ao Nícolas que entrasse em contato com a mulher. Na verdade eu tinha tanta coisa a resolver que esse problema financeiro de Irina, eu queria deixar em outras mãos.
–Estou profundamente envergonhada com isso.
–Não se sinta assim. Como poderia saber?
–Pesquisando, é claro. Na verdade, esse carro foi um presente para minha filha. Ela mesmo escolheu e me garantiu que estava tudo em ordem. Bom, na realidade estava, já que havia uma procuração pra venda do veículo.
–Pois então... qualquer um poderia ter caído nessa. Não havia mesmo como saber.
–Senhor Cullen... trabalhando há anos no ramo de investigação... eu deveria ter percebido que havia algo de errado.
–Investigação?
–Sim. Meu marido e eu temos uma agência. Somos... detetives, por assim dizer.
Eu olhei para Nícolas e ele apenas meneou a cabeça. Estávamos no caminho certo então. Ela, obviamente, estava furiosa por ter sido feita de boba. E eu precisava de alguém para descobrir o paradeiro do Jacob. Iríamos unir forças.
–Hum... creio que meu advogado lhe deixou a par de tudo não é?
–Sim. E estou aqui apenas para ter a sua autorização para começarmos a investigar o sujeito. Tenho vontade de esmagá-lo com minhas próprias mãos.
–Eu entendo.
–Não entende senhor Cullen. Eu sempre avisei minha filha para tomar cuidado com quem ela se relacionava. Logo vi quando ela relutou em me apresentar ao namorado.
–Espere ai... namorado?
–Sim. O tal Jacob Black era namorado dela. Pelo menos ela achava que era. Agora vejo que ele era um verdadeiro crápula.
Filho da mãe. Quer dizer então que era amante de Irina, roubou tudo o que ela tinha e ainda por cima namorava a filha de uma empresaria? E pior, aproveitando-se de provável inocência da garota, vendeu facilmente o carro.
–Sua filha tem quantos anos?
–Emily tem dezoito anos. Confesso que ela é meio inocente para a idade dela.
–Foi enganada por ela e isso nem tem a ver com a idade não é? Minha ex esposa é bem mais velha que sua filha e também foi passada pra trás.
–Ah isso é verdade. Bem... então Edward. Posso chamá-lo assim?
–Sim, claro.
–Me chame de Alice. Pode me dar algumas informações sobre o tal Black?
–Ah sim, claro. Ele foi meu funcionário, portanto tenho a ficha dele aqui. Só um instante, por favor.
Levantei-me e fui até o armário onde guardava a documentação dos funcionários. Peguei a pasta com o nome do maldito e voltei para minha mesa.
–Por que não saímos os três para almoçar? La poderemos conversar sobre o que faremos.
–É uma boa ideia. Estou faminta.
–Vamos Nícolas?
–Estou mesmo sem trabalho agora à tarde.
–Eu só vou dar umas instruções para meus funcionários e poderemos ir.
Saímos do meu escritório e eu o tranquei. Nunca fiz isso, mas com Irina por perto todo cuidado era pouco. Desci até o saguão, reparando que o chão parecia até limpo. Não vi Irina e voltei, indo em direção ao banheiro. Ela acabava de separar o lixo e eu quase ri quando ela se virou. Típico dela: estava com uma máscara no rosto para “fugir” do mal cheiro.
–Estou saindo para almoçar. Depois que você terminar você tem algum tempo livre, até as dezesseis horas. Nesse intervalo pode fazer o que quiser. Mas às dezessete deverá estar em minha porta pronta para limpar meu escritório. Tudo certo?
–Sim. Entendi.
–Ótimo. Até mais tarde.
Não esperei que me respondesse e me afastei. Somente do lado de fora, diante do olhar curioso de Alice e Nícolas, eu gargalhei. Se Irina ao menos imaginasse como ela estava baranga com aquela roupa... ela iria querer me matar, com certeza.
********
Pronto. Menos uma preocupação em minha vida. Alice já iria entrar em ação juntamente com o marido... hum... James? Joseph? Jaspion? Como era mesmo o nome? Não lembro. Só sei que era estranho. Enfim, ela me garantiu que em pouco tempo traria Jacob Black pelas orelhas. Ai eu teria oportunidade de dar uns bons cascudos nele. Filho da puta. Quando surgiu em minha porta pedindo emprego era um João sem-terra. Não tinha experiência alguma e cheguei até a dar um adiantamento para que ele pudesse comprar roupas decentes. E era desse jeito que o desgraçado me pagava. Sem me esquecer jamais, é claro, que ele andou dando umas olhadas pra Bella. Ela nunca falou nada, mas meu olhar de águia captava tudo.
Voltei para a loja e fui direto para o escritório. Passava um pouco das duas da tarde e então resolvi ir verificar o trabalho de Irina. Posso dizer que dava pro gasto. Não iria passar vergonha com meus clientes, pelo menos. Mas estava longe do meu conceito de limpeza. Iria ter que fazer isso mais umas quinhentas vezes até aprender.
Fui para minha sala disposto a ligar pra Bella. Entretanto meu celular tocou antes mesmo que o pegasse. Sorri ao ver o nome dela no visor.
–Ola. Está lendo pensamentos agora?
–Oi. Porque? Ia ligar pra mim?
–Estava pensando nisso. Como passou a noite?
–Bem. Sentindo sua falta.
–Dentro de um mês você não irá sentir mais.
–Nem acredito nisso. Vou acordar coladinha no seu corpo forte todos os dias.
Esse era um dos motivos pelos quais não liguei pra ela mais cedo. Eu sabia que bastaria o som da sua voz, ou algumas palavras para eu ficar excitado. Isso era ridículo. Um homem da minha idade excitado porque sua namorada sonhava em acordar ao lado dele. Na verdade não era bem assim. Eu já pensava no que teríamos feito antes de acordar abraçados. E só de pensar naquela bunda, naquelas coxas, naquela...
–Edward Cullen... isso foi um gemido?
–Foi?
Merda. Eu gemi sem ao menos perceber. E também sem me lembrar como, eu já estava com o corpo meio esparramado na cadeira e a mão apertando meu pau.
–Foi sim. Conheço seus gemidos muito bem.
–Talvez tenha sido, afinal estou com a mão no meu pau e me lembrando de você nua sobre mim.
–Poderemos fazer isso virar realidade mais tarde.
–Bruxinha...
Escutei vozes e parei de falar. Bella parecia ter ofegado e logo fiquei alerta.
–O que foi?
–Ah... nada de mais. Minha mãe, sua mãe e Rose que voltaram.
–Voltaram de onde? Aonde você está Bella?
–Estamos num shopping, aqui em Port Angeles. Viemos olhar coisas do nosso casamento.
–Mas já?
–Só temos um mês Edward.
–Hum... tem razão.
Novamente ouvi vozes e um barulho estranho.
–Bella?
–Sou eu... Rose.
–Aff... devolva o celular pra Bella, sua atrevida.
–Nada disso. Só estou querendo dizer que passaremos ai mais tarde.
–Ah... e por que Bella mesmo não disse?
–Porque está cheia de pudores, falando que não quer atrapalhar você.
–A que horas vocês vem? Estarei esperando.
–Iremos olhar o buffet agora e depois iremos.
–Tudo bem. Deixe-me falar com Bella agora.
–Nada disso. Temos muito a fazer.
–Rose...
–Ate mais tarde cunhadinho.
Fiquei olhando para o celular. Não é que a maldita desligou? Isso não ia prestar. Aquelas quatro juntas iriam com certeza acabar com o sossego de Port Angeles. Ainda bem que Bella também não fazia questão de grandes produções ou então eu estaria ferrado. Se fosse olhar Rose e Renée, com certeza seria uma festa de arromba. Mas eu deixei bem claro. Queria algo bem particular.
Conferi as horas constatando que eu ainda teria um tempo até elas chegarem.
Ah merda! Elas vindo aqui... e Irina de faxineira na loja. Se elas ficassem cara a cara...
********
Vontade de dar uns bons tapas naquela bunda empinada e gostosa. Isso a era motivo para dar um bom castigo na minha menina. Aonde já se viu não atender ao meu telefonema? Porra... já eram quase dezessete horas e até agora não apareceram aqui. Ha mais de duas horas eu falei com elas. Estariam até agora olhando buffet?
Liguei para o celular das quatro mulheres e nenhuma atendia! Desaforo! Estava prestes a ligar pra Bella novamente quando ouvi passos e risadas no corredor. Fui até a porta e abri no exato momento em que minha mãe levava a mão ao trinco.
–Bonito! Nenhuma das moças atende ao celular.
–Já estávamos chegando filho. Não era necessário.
–Mas EU não sabia que estavam chegando.
–Ah... mas como é mal humorado.
Minha mãe me deu um beijo no rosto, Renée acenou, mas meus olhos estavam vidrados em Bella... e naquela saia curta mostrando suas coxas.
–Oi pra você também Edward.
Rose falou ao passar por mim e apenas fiz um muxoxo com os lábios.
–Oi.
–Oi pequena.
Minhas mãos ansiosas já avançavam para a cintura delgada, puxando seu corpo de encontro ao meu. Ela ficou na ponta dos pés e me enlaçou o pescoço no momento em que nossas bocas se encontraram. Vontade da porra de enfiar a mão debaixo daquela saia.
–Anhã...
Suspirei exasperado, com a boca ainda colada na de Bella e me afastei.
–Deixe isso para mais tarde.
Ignorei a gracinha de Renée.
–O que fizeram para demorarem tanto assim?
–Várias coisas, mas agora eu preciso de um café. Adoro o café da Ingrid.
Rolei meus olhos. Minha mãe sempre pedia café quando vinha aqui. Parecia criança.
–Vou ligar lá na copa, mãe.
Pedi o café e me sentei, colocando Bella em meu colo. As três mulheres não paravam de matraquear. Mesmo quinze minutos depois, quando o café chegou, elas ainda falavam.
–Eu espero sinceramente que não estejam planejando uma festa de arromba.
–Eu queria...
–De jeito nenhum mãe.
–Eu também.
–A senhora ouviu o Edward, mãe.
Bella respondeu a Renée que fez uma careta.
–Fique tranquilo. Eu não permiti que fizessem nada demais. Só mesmo o buffet simples e meu vestido.
Ela passou o dedo sobre meus lábios e eu o abocanhei, chupando levemente. Ela ficou vermelha e mordeu os lábios, esfregando uma perna na outra. Estreitei meus olhos e aproveitando que as outras estavam entretidas eu falei baixo em seu ouvido.
–Safada... aposto como está toda melada.
–Pare com isso.
–Vamos dar uma voltinha por ai? Só pra eu conferir e...
A voz de Rose me interrompeu.
–Ah não... eu não acredito no que vejo!
Eu inclinei a cabeça e vi: Irina parada em frente a porta que deixei aberta, e as três mulheres elegantes, de pé, olhando pra ela. Rose colocou a mão no peito, um sorriso jocoso no rosto.
–Meu pai do céu... obrigada por me deixar viva pra ver isso. Então... Irina Denali, ex Cullen, é agora a rainha da limpeza.
–Sua estúpida... cale essa sua boca ou eu...
–Ou você o que? Vai esfregar minha boca com detergente? Porque é só disso que entende agora não é? Se bem que sendo da limpeza... é uma ótima oportunidade para conseguir hidratante de graça não é? Daqueles que se usa aqui...
Bateu na madeira da minha mesa.
–Desgraçada... eu vou...
–Edward... o que está acontecendo?
Bella me perguntou, a expressão meio desconfiada, mas ao mesmo tempo sorridente. Olhei os rostos de minha mãe, Renée e Rose. Todas elas pareciam prestes a explodir numa gargalhada estrondosa.
Melhor sairmos daqui. Sei muito bem que barraco de mulher era três vezes pior que de homem.
–Nós já estamos de saída pequena. Vamos que Irina precisar fazer a limpeza aqui.
Segurando em sua cintura, eu coloquei Bella de pé e ela foi ate Rose. Peguei meu paletó e minha pasta, enquanto as loucas continuavam se encarando.
Eu não vi bem como aconteceu, mas tenho certeza que foi por querer. Só ouvi o som de algo se quebrando.
–Ah … meu Deus... que desastrada que eu sou.
–Ah não Rose... o tapete vai ficar manchado.
Olhei para baixo e vi a mancha de café sobre o tapete, além dos cacos da xícara no chão.
–Não ficará se for limpo a tempo. A faxineira poderia limpar.
–NUNCA!
Irina berrou antes que alguém pedisse para que fizesse isso. Rose me olhou com a cara mais lavada do mundo, mas foi Bella quem entrou no assunto.
–Amor... olhe só sua empregada. Ela precisa limpar isso.
–Irina, por favor...
Ela bufou e pegou o pano com o rodo, passando-o perto do pé de Bella.
–Mas assim não vai dar. Terá que se ajoelhar para limpar.
Irina fez uma cara de desespero que foi até cômica. Então eu me lembrei de tudo o que ela fez pro meu filho, do apartamento, do carro. Isso só falando em coisas materiais. Não queria nem pensar no lado emocional. Além disso, toda aquela perseguição a Bella, o tempo que tive que ficar longe da minha menina por culpa da sua interferência, contando para o Charlie...
Olhei bem nos olhos de Irina, e com toda autoridade, com a qual aliás, ela ja estava acostumada, eu ordenei.
–Faz parte do serviço Irina. Não quero meu tapete manchado. Portanto faça o melhor.
Ela olhou no rosto de cada uma das mulheres. Percebi seus olhos cheios de lágrimas... de humilhação. Sinceramente eu odiava humilhar as pessoas. Nunca gostei disso. Mas eu precisava quebrar a crista de Irina. Ela precisava aprender que as pessoas precisam trabalhar para conquistar algo na vida. E eu sou muito culpado também, afinal dei tudo de mão beijada pra ela. Agora era hora de fazer o caminho inverso.
Quase em câmera lenta, e sob cinco pares de olhos incrédulos, Irina se ajoelhou para fazer a limpeza... bem aos pés de Bella.

2 comentários:

ISABELLA disse...

Haha, bem que essa Irina merece ser faxineira, e muito mais!

Jacquelyne cullen disse...

Bem feito p esa irina.. Kkkk
a bella i o edward sao insasiaveis .. Meu deus qe fogo .. To amando a fic qro mais .. Bjuculos

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: