FANFIC - DESPERTAR DO AMOR - CAPÍTULO 07


Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 7° capítulo de "Despertar do Amor". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.




Capítulo VII


– Edward?
Ele se aninhou ao corpo estendido a seu lado, temendo abrir os olhos e perder a sensação de contentamento.
– Hum?
– Edward. O bebê se mexeu.
A primeira imagem foi a do teto escuro. A segunda foi o rosto de Bella. Com a cabeça apoiada em seus ombros, ela tinha os olhos iluminados por um brilho fascinado.
– Mexeu?
– Sim. – E levou a mão dele ao ventre. – Está sentindo?
Era impossível respirar. Era impossível pensar. Tudo que sentia era o calor sobre sua mão e embaixo dela, a maciez da pele além do tecido fino, a intimidade da posição.
– Não... – murmurou. – Não sinto nada.
Frustrada, Bella moveu a mão dele mais para baixo. Edward prendeu o fôlego ao identificar a curva do início da pélvis.
– E agora? Sentiu?
Oh, sim, sentia algo muito forte. Mas não sabia se ela se referia àquela sensação. Nervoso, tentou descobrir se Bella tinha idéia da tortura a que o submetia. Não. Ela não devia nem imaginar. Pior, ficaria horrorizada se adivinhasse o que estava pensando.
De repente sentiu algo sob a mão, um movimento tão leve que nem o teria percebido, não fosse a risada de Bella.
– Sentiu?
– Sim, agora eu senti. Isso é normal?
– Sim. Já havia sentido antes, mas nunca tão forte. Oh, Deus! – Bella exclamou com lágrimas nos olhos. – Às vezes nem parece real. É como um sonho do qual vou acordar. Então sinto o movimento e tenho certeza de que há mesmo uma vida dentro de mim. Um milagre. Duas sementes que se unem para criar um ser humano. É tão difícil de acreditar que está acontecendo em meu corpo!
Embora jamais houvesse pensado nisso antes, Edward compreendia a sensação que ela descrevia. E experimentava algo muito parecido. O bebê nunca tivera uma dimensão real até aquele momento. Havia sido apenas uma... coisa, o motivo pelo qual Bella precisara de um marido, o laço que unira sua vida à dela, embora temporariamente.
Mas tudo mudara. E sentia algo mais, algo que Bella não devia estar experimentando. Um ressentimento por não ter sido sua semente a unir-se à dela para criar aquele milagre.
– Edward? O que foi? Algum problema?
Ele interrompeu o contato e se virou de costas.
– Nenhum.
Bella ajoelhou-se na cama para fitá-lo.
– É claro que há algo de errado. Está zangado. Eu disse alguma coisa que o aborreceu? Ou fiz algo que o incomodou? Só queria que sentisse o bebê.
Edward cravou os olhos no teto, recusando-se a encará-la ou responder.
Bella tocou seu peito.
– Por favor... – E pulou assustada quando os dedos enlaçaram seu pulso como garras de ferro.
– Não faça isso!
– Isso... o quê?
Edward empurrou a mão dela e virou-se de costas novamente.
– Não sou um monge. Não fiz voto de castidade. Sou um homem, e todo homem tem limites e necessidades.
Perplexa, compreendeu que o excitara com o gesto inocente. E o enfurecera também. Mas como? Por quê? Só agira pensando em dividir com ele a excitação provocada pela vida que crescia dentro dela.
De repente pensou em outra alternativa, e a idéia a fez cerrar os punhos. Talvez não o houvesse excitado, afinal. O contato podia ter provocado repulsa.
– Sinto muito – murmurou. – Não queria aborrecê-lo. Só tentei dividir a alegria que estava sentindo.
Edward gemeu alguma coisa incompreensível. Depois deitou-se de costas e passou as mãos pelo rosto num gesto cansado. Só então encarou-a.
– Eu não a acusei de nada. O problema é que... Droga, Bella! Pare de chorar!


Ela ergueu o queixo e piscou algumas, vezes.
– Não estou chorando.
– Escute, não estou zangado com você. É a situação que me deixa furioso. Tem idéia de como desejo tocá-la? De como gostaria de ser tocado por você? É difícil ficar aqui deitado a seu lado, ardendo de desejo, sabendo que não tenho o direito sequer de pensar em tais coisas. Não com uma mulher tão decente e honesta.
Silêncio. Bella o encarava chocada, e a expressão de espanto e pavor o aborreceu ainda mais.
– Vá dormir – disse. – Esqueça tudo que acabou de ouvir.
– Esquecer? Nunca!
– Bella...
– Pensei que não sentisse nada por mim. Nada além de um forte sentimento de responsabilidade.
– De onde tirou essa idéia?
– Bem, eu... eu...
– Está grávida. É isso?
– Sim. Nunca imaginei que pudesse desejar uma mulher... manchada.
O termo era tão típico dos sermões de um certo xerife linha dura, que Edward nem precisou perguntar de onde ela havia tirado aquela noção. E não a deixaria continuar pensando dessa maneira sobre si mesma. Devagar, ergueu o corpo sobre um cotovelo e tocou seu queixo, forçando-a a encará-lo.
– Você não é uma mulher manchada. E não permita que ninguém a convença do contrário. Podia ter feito outra escolha quando soube que estava grávida, mas optou pelo caminho mais duro. Decidiu ter o bebê. – E ainda considerava aquela vida um milagre, uma fonte inesgotável de alegria e excitação. Suspirando, tocou a forma arredondada sob o tecido fino e pensou no homem com quem ela criara aquela vida, o mesmo homem que a deixara enfrentar sozinha as conseqüências da união. – Só queria que essa semente fosse minha. Gostaria de ser o pai dessa criança.
– Oh, Edward...
Ele a encarou em silêncio. Havia outras coisas que gostaria de mudar. O casamento, por exemplo. Queria torná-lo permanente e real. Mas sabia que esse era um desejo impossível. Bella merecia um homem melhor.
Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela o abraçou e colou o rosto molhado ao dele.
Certo de que seu coração se partiria, caso ela continuasse chorando, deitou-se de costas e acomodou-a sobre o peito, afagando seus cabelos.
– Tudo vai dar certo, Bella. Prometo que farei tudo para garantir sua felicidade e a do bebê.
– Não prometa aquilo que não está ao seu alcance.
– Sei o que estou dizendo. E sou um homem de palavra.
– É mesmo? Disse que era difícil ficar a meu lado sem tocar-me, e agora está me tocando.
– Sim, estou. Mas não era a esse tipo de toque que eu me referia.
– Tem sido difícil para mim também. – Enquanto falava, ela acariciava seu peito e sentia a excitação crescer. – Você é um homem forte, musculoso, atraente... Não imagina quantas vezes senti vontade de tocá-lo como agora.
– Bella...
– O que foi? É errado uma mulher desejar o marido e ser desejada por ele?
– Bella...
– Acha que a atração física entre um homem e uma mulher que são casados nessas circunstânicas é pecaminosa?
Ele gemeu e beijou-a.
– Se há algum pecado nisso – murmurou –, certamente queimarei no inferno. – E beijou-a mais uma vez.
A confissão era todo o estímulo de que Bella precisava.
– Faça amor comigo, Edward.
– Tem certeza de que é isso que quer?
– Nunca estive tão certa de outra coisa em toda minha vida.
Bella era ainda mais linda do que ele imaginara. Assim que terminou de despi-la, Edward apreciou o corpo de curvas delicadas e pele pálida, fascinado com a pureza que cintilava em seus olhos azuis.
– Você é perfeita.
Ela riu e o abraçou, usando o corpo másculo para esconder-se antes de desfalecer de vergonha.
– Deve haver algum problema com sua visão. Não há nada de perfeito no corpo de uma mulher grávida.
– Minha visão sempre foi excelente.
– Deve ser o medicamento, então. O analgésico é mais forte do que imaginávamos. Como pode elogiar uma mulher gorda e sem formas?
Bella era tímida. O fato de não conseguir fitá-lo nos olhos era prova de sua inexperiência com os homens e da vergonha que sentia por estar nua em seus braços. Que tipo de homem a teria iniciado na arte de amar? Teria sido cauteloso, atencioso, compreensivo?
– Minha mente está clara como um dia ensolarado – respondeu. – E você não está gorda. Está grávida. E é linda. Doce, delicada, pura...
– Oh, Edward! Você é o homem mais gentil que já conheci. – Ele riu.
– Então não deve ter conhecido muitos homens. – E beijou-a, acariciando seu corpo para provar que a considerava atraente.
Era difícil compreender como Bella não percebia o poder que exercia sobre ele. Uma mulher mais experiente já teria notado seu grau de excitação e até tirado proveito dele, mas ela punha em dúvida sua capacidade de atraí-lo. A inocência com que se entregava era mais erótica que toda a técnica a que fora submetido por certas profissionais do sexo. E o desejo de Bella, evidente na facilidade com que ela o aceitava em seu corpo, era mais um combustível no encontro explosivo.
A experiência foi devastadora. Completa. Inebriante.
Nada podia ser mais doce ou prazeroso que aquilo. Que ela.
Mas, ao sentir que Bella relaxava e deixava escapar um suspiro profundo, Edward abriu os olhos.
– Ei... acha que já chegamos ao final?
Ela o encarou e sorriu.
– Não chegamos?
– Não. Quero dizer, não para mim – acrescentou, caso estivesse enganado em deduzir que ela também não havia alcançado o clímax.
– Ohhh...
A surpresa na voz dela o fez rir, o que o preocupou um pouco, já que corria o risco de gargalhar até perder a ereção.
– Desculpe-me – Bella murmurou embaraçada. – Eu não sabia... Quer parar de rir e dizer o que devo fazer?
– Fazer? Não deve fazer nada! Apenas sinta... e aprecie.
– Bem, estou apreciando – ela respondeu indignada. – Quero dizer, estava, até você ter esse ataque de riso.
– Desculpe-me, docinho – Edward pediu arrependido, tentando conter as gargalhadas. – Não tive a intenção de rir. É que...
– O quê? Qual é o problema?
– É evidente que ainda não conhece todo o prazer que um homem pode dar a uma mulher.
– Todo o...
Edward fez um movimento lento, mergulhando mais fundo em seu corpo, e seus olhos tornaram-se muito maiores.
– Oh... – Bella murmurou espantada, repetindo a exclamação com mais veemência quando ele deslizou a mão por seu corpo até tocar o centro de sua feminilidade. – Oh!
– Aprecie. Sinta – convidou, inclinando a cabeça para beijá-la. Depois começou a mover o quadril e a língua no mesmo ritmo, estabelecendo uma cadência que ela acompanhou com naturalidade.
Surpreso com a reação apaixonada, Edward lutava para controlar-se, tentando prolongar o prazer que ambos experimentavam. Queria mergulhar com ela no vulcão de gratificação que preparava-se para explodir, mas não sabia por quanto tempo seria capaz de conter a erupção. Jamais experimentara um prazer tão intenso com outra mulher, uma necessidade tão grande de satisfazer a alguém antes dele mesmo, e queria brindá-la com todas as sensações que um homem podia gerar em um corpo feminino.
Viu a paixão crescendo em seu rosto, sentiu a tensão aumentando em torno de seu membro, o movimento quase desesperado dos quadris contra sua pélvis, e soube que ela estava prestes a dar o passo final. Com um gemido rouco, invadiu sua feminilidade e manteve a pressão enquanto ela explodia, massageando seu sexo com os movimentos involuntários. Ouviu quando ela gritou seu nome num grito estrangulado de surpresa e alegria. E não conseguiu mais adiar a explosão que se formava em seu corpo. Beijando-a nos lábios, inundou-a com sua semente, misturando o próprio prazer ao dela enquanto estremecia. Uma vez... duas... três... As unhas marcavam suas costas, mas a dor era apenas mais uma fonte de prazer.
Ficaram abraçados por algum tempo, ofegantes, esperando que o mundo voltasse a girar em seu ritmo. Bella foi a primeira á falar.
– Edward?
– Hum?
– Esse foi o melhor final que já experimentei. Simplesmente o melhor.
Sorrindo, ele a apertou entre os braços.
– Para mim também, docinho. Para mim também.

– Oh, Edward! – Bella exclamou ao descer da caminhonete, os olhos brilhantes e atentos. – É lindo!
Ele se mantinha perto do automóvel, nervoso, analisando o rosto e interpretando a reação, esperando que ela não estivesse apenas tentando agradá-lo com o elogio. Não sabia por que era tão importante que Bella aprovasse seu lar, mas deixou escapar um suspiro aliviado quando, aproximando-se, ela o encarou com um sorriso sincero de pura apreciação. Por que ainda perdia tempo duvidando de suas reações? Bella nunca mentia ou fingia.
– Gostou?
– Se gostei? Adorei! Você não mencionou que a casa tinha esse estilo da era vitoriana – reclamou, olhando para a construção de dois andares.
Ele passou um braço sobre seus ombros e guiou-a pela calçada de pedras.
– Vitoriana? Não exagere, Bella! É só uma velha casa de fazenda.
– Oh, não! – Ela o deteve e fitou-o com desânimo. – Olhe só para o revestimento! – E apontou para a varanda e o telhado. – Há um toque de antiguidade no desenho dos moldes usados para os contornos e rejuntes. Há quanto tempo ela foi construída?
– Não sei. Meus avós viveram aqui desde que se casaram, e os pais de minha avó ocuparam a casa antes deles.
– Quanta história! Imagine o que aquelas paredes contariam, se pudessem falar.
Grato por ter uma casa com paredes mudas, Edward a levou até a escada da varanda.
– Agora sugiro que se prepare – avisou. – O imóvel está fechado há algum tempo. Pensando bem, talvez seja melhor irmos para um hotel na cidade.
– Por quê, se temos uma casa maravilhosa disponível e vazia?
– Você está grávida. O cheiro de uma casa fechada há tanto tempo pode enjoá-la.
– Duvido! Caso não tenha notado, o único sofrimento que ainda não enfrentei com a gravidez foi enjôo.
– Em compensação, perdi as contas de quantas vezes me fez parar para ir ao banheiro.
Rindo, ela se ergueu na ponta dos pés para beijar o rosto carrancudo.
– Desculpe-me, mas a vontade é imperativa...
– Eu entendo – Edward respondeu com um sorriso encantado. – Tem sorte por Emmett e Jasper não estarem conosco. Se estivessem, e Jasper fosse o motorista, teria sido abandonada no último posto de caminhoneiros. Ele se recusa a interromper a viagem, a menos que seja para abastecer o automóvel.
Bella riu enquanto esperava que ele abrisse a porta.
– Preciso conhecer esses seus amigos. Eles parecem ser muito divertidos.
– Oh, sim. Especialmente  Emmett. O homem é meio maluco. É impossível prever o que ele está tramando para os próximos minutos. Lembro-me de uma vez em que...
Edward recuou um passo com o peso do corpo que se chocou contra o seu. Passando um braço em torno de sua cintura, Bella o beijou demoradamente.
– Mas o quê...
Antes que pudesse terminar a exclamação, ela repetiu o gesto, dessa vez com a boca aberta.
– O que foi isso? – Edward perguntou quando conseguiu recuperar o fôlego.
– Um beijo.
– Sim, eu percebi. Mas... por que me beijou?
– Porque estou feliz por estar aqui com você.
Nada poderia tê-lo deixado mais contente. Entusiasmado, passou um braço por suas costas, outro atrás dos joelhos, e tirou-a do chão.
– O que está fazendo? – Bella gritou, rindo e agarrando-se ao pescoço dele.
– Carregando minha esposa pela porta. Já nos casamos duas vezes, mas nunca pensei em cumprir esta parte da tradição.

4 comentários:

Anônimo disse...

Linda a estória, continue assim. Parabéns!!!!!!!!!!

nathalia *-* disse...

perfeito ... ai tou amando o livro ! muito lindo , parabéns !

Shayane disse...

Quero mais mais mais!!!

Anônimo disse...

maravilhosa continue assim,estou adorando e sempre deixa com vontade de mais.....parabens

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