FANFIC - EM NOME DO AMOR - CAPÍTULO 10

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 10° capítulo de "Em nome do Amor". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.






CAPÍTULO 10 - Love Speaks in Silence




Edward: sabia que tenho um sobrinho?

Mel: tem é? Quantos anos ele tem?

Mel estava praticamente dormindo deitada no meu colo. Seus olhinhos estavam pesados, sua cabeça descansava sobre minha coxa. Estávamos tocando violão há dois minutos, quando ela começou a coçar os olhos e bocejar. Fiquei apenas brincando com as cordas, fazendo uma melodia leve com medo de machucá-la com o violão também no colo.

Edward: tem seis. Sua idade... – sorri – é filho da minha irmã Eve.

Mel: hum... Ele tem papai? – Bella entrou na sala nesse momento; se sentou e ficou olhando a cena.

Edward: não. O papai dele foi embora antes de ele nascer – continuei a beliscar as cordas do violão – vocês dois tem muito a ver. Falei que iria te levar pra brincar com ele um dia... Sou como o pai dele, entende? Faço o que um pai faz para ele.

Mel: é? Aposto que eu te amo mais do que ele – seu tom de voz era sonolento, pesado. Sorri e olhei para Bella nesse momento. Seu rosto estava focando em Melany cheio de ternura. Em segundos ela estava dormindo em meu colo...

Bella: essa menina viu... – coloquei o violão de lado e ajudei Bella a tirar Mel de cima do meu colo. A deitamos no sofá e ficou um clima meio estranho... – dormiu bem na hora da sobremesa.

Edward: isso não é problema. Ainda estou aqui – continuei fazendo uma música baixinha sentado ao lado de Mel adormecida.

Bella: ainda está – revirou os olhos e suspirou.

Edward: e não me importo de comer uma sobremesa... – sorri – sabe, é a melhor parte.

Bella: pois é... Se quiser comer vamos à cozinha, porque se sujar a minha sala eu te mato! – fiquei de pé quando ela saiu de vista; a segui e fomos parara na cozinha, que estava brilhando de limpa. Deve ter sido por isso que ela demorou tanto para voltar a sala comigo e com Mel.

Edward: o que temos pra hoje? – me sentei no banco em frente ao balcão. Bella tirou da geladeira um pote grande - pavê?

Bella: de chocolate. É o favorito de Melany – depois de colocar a vasilha em frente a mim, pegou dois pratinhos no armário com agilidade.

Edward: o meu também.

Bella: vocês dois tem muito em comum – sem que lhe pedisse, serviu pavê para nós dois.

Edward: já percebi isso também – comi um pedaço – está maravilhoso.

Bella: fui eu quem fez – olhei para seu rosto e vi certa vergonha ali. Devia estar assim pelos meus comentários no almoço. Abaixei o braço e sorri de lado para ela.

Edward: a sua lasanha estava ótima. A salada também, o suco... E o pavê não é diferente – falei humildemente; seus olhos não me encaravam, estavam fixos no seu pavê, que ela revirava sem comer realmente.

Bella: está querendo puxar meu saco? – ergueu uma sobrancelha e levou a colherzinha aos lábios.

Edward: não preciso; me odeia de qualquer jeito – sorri e ela também.

Bella: cozinha bem? – demorei um pouco para processar a ideia.

Edward: eu? – gargalhei baixinho – me viro como qualquer homem solteiro e que more sozinho faz. Mas acho que percebi que sou melhor comendo do que outra coisa – Bella ficou um pouco constrangida com essa frase. Corou, mas me encarou do mesmo jeito sério.

Bella: que bom que come bem. Tem que fazer jus a sua fama... – deu de ombros e mordeu os lábios. Fingi que não vi.

Edward: e você? O que faz de bom além de mandar nos outros e cozinhar? – abaixou as mãos e ficou mastigando pensativa.

Bella: a única coisa que faço direito é amar a minha filha. O resto é consequência – tentei dizer alguma coisa, mas não consegui. Ficamos em silêncio até acabarmos de comer e voltamos à sala. O violão estava largado no chão aos pés de Melany, que dormia – e você? O que faz de bom além de molhar as calcinhas das mulheres?

Edward: sei me virar com a música – peguei o violão – já viu isso.

Bella: não o suficiente – deu de ombros e cruzou os braços.

Edward: posso tocar uma pra você? – sugeri esperando um não enorme. Que não veio.

Bella: não aqui – fez sinal para que a seguisse, e sai atrás dela até a varanda. Bella se sentou num sofá branco e pequeno no canto e eu fiquei no outro – que obra prima verei hoje?

Edward: tem uma musica que sempre que escuto imagino... – imagino você. Mas não consegui terminar a frase. Iria estragar tudo. Apenas comecei a tocar sem olhar para ela.

Gravity pulls and
We fall from the clouds
We prove to each other
That we're both human now
The time that we spent
Trying to make sense
Of it all

All that I'm asking for
Is that you need nothing more
And nothing comes in between
Our love and it's fragile, see
All that I'm asking for
You're all that I'm asking for


A gravidade nos puxa
E nós caímos das nuvens
Provamos um para o outro
Que nós dois somos humanos agora
O tempo que desperdiçamos
Tentando achar o sentido
Disso tudo

Tudo que estou pedindo
É que você não precise de mais nada
E que nada aconteça entre
Nosso amor e ele é frágil, veja
Tudo o que estou pedindo
Você é tudo que estou pedindo

Me era impossivel – e tive a impressão de que sempre seria – expressar tudo o que sentia por ela. Apesar de me pisar, de me massacrar às vezes, era como se a vidaquisesse nos unir, como se houvesse uma força maior do que nós entre tudo o que passavamos. E ela também... Apesar de querer me odiar por ter desafiado-a na hora de aceitar o emprego, Bella não podia me odiar de verdade, não podia querer meu mal e nem me ver longe.


Now we walk together
Knowing where we've been
Knowing mistakes are being mistaken again
It's in the past tense
There is no making sense of it now

All that I'm asking for
Is that you need nothing more
And nothing comes in between
Our love and it's fragile, see


Agora caminhamos juntos,
Sabendo onde estivemos
Sabendo que erros são cometidos novamente
E está no passado,
Não faz sentido agora

Tudo que estou pedindo
É que você não precise de mais nada
E que nada aconteça entre
Nosso amor e ele é frágil, veja
E por quê? Qual a maldita pendencia que teria nos juntado?
Bella POV
All that I'm asking for
You're all that I'm asking for

In the still of your hands
Anything can happen now
With every beat of my heart
Love speaks in silence

In the still of your hands
Anything is possible
With every beat of my heart

The time that we spent
Trying to make sense, of it all
Tudo o que estou pedindo
Você é tudo que estou pedindo

Na firmeza de suas mãos
Qualquer coisa pode acontecer agora
Com cada batida do meu coração
O amor fala em silêncio

Na firmeza de suas mãos
Tudo é possível
Com cada batida do meu coração

O tempo que desperdiçamos
Tentando achar o sentido disso tudo

Edward: chega! – ele colou a mão sobre as cordas do violão e a melodia acabou. Meio em choque, tentei voltar aos poucos da sensação de transe que aquilo me proporcionou. Ficamos em um silêncio constrangedor por longos segundos.

Bella: você toca muito bem... E tem uma voz linda – comecei e minha voz soou meio ofegante, nervosa.

Edward: vindo de você... Isso é um elogio grande. Obrigado – respondeu abaixando o violão – acho que já vou...

Bella: em que pensa quando toca essa musica? Acho que ia dizer... – me enrolei, ele me cortou.

Edward: foi melhor não ter dito – afirmou me olhando fixamente – pode não ser tão agradável.

Bella: e porque não seria?

Edward: é algo intimo demais para se tratar com quem se trabalha – notei certa carga de duplo sentido nessa frase e OMG... Era verdade?

Bella: tenho tanta experiência nisso quanto Melany – “nisso” queria dizer amor – então é bom que seja claro.

Edward: desde que me explique o significado de nisso – engoli em seco.

Bella: foi melhor não ter dito. É intimo demais.

Ele abaixou a cabeça, suspirou, olhou para o lado e depois se voltou para mim com a expressão dura, como se quisesse dizer algo. E disse!

Edward: quem é o pai da Mel? – separei os lábios indignada por isso, mas falei também.

Bella: ela não tem pai!

Edward: tem que ter tido um pai! – parecia duro em suas palavras – só não quero entender como alguém foi capaz de... De te deixar com ela assim e sumir... – explicava de um jeito sincero – não entra na minha cabeça... Quero dizer...

Bella: eu não sei quem ele é – expliquei também.

Edward: qual era o nome dele?

Bella: não faço ideia! – tive de rir da situação. O que ele iria pensar? Ficou calado apenas me olhando de olhos estreitos e pensativos – sei que deve estar me julgando uma vagabunda, mas isso é bem mais do que aparenta ser. Bem mais!

Edward: não entendo como a senhorita perfeição teve uma filha com um cara que nem sabe o nome! – ficou de pé e deixou o violão no lugar – acho que está escondendo a verdade...

Bella: bem que queria estar – ironizei ao me levantar e parar em frente a ele – queria ter um telefone, uma cidade, alguém, um nome sequer para dar como resposta a minha filha! Mas não tenho! – gritei – NÃO ATÉ ELA ENTENDER O QUE ACONTECEU!

Edward: e o que aconteceu? O que é tão difícil de entender? Que você foi pra cama com um cara que nem conhecia e ficou grávida? – sem pensar, virei à mão na cara dele com certa força.

Até entender o que havia feito, longos segundos se passaram. O rosto de Edward se moveu um pouco, e a marca da minha mão estava certinha em sua bochecha esquerda. Engoli em seco, de repente minhas mãos estavam soando... Percebi que tinha virado a mão na cara dele e percebi que ele me achava uma vagabunda de verdade.

Bella: deve estar me confundindo com as suas mulheres quando pensa desse jeito, porque não sabe nada da minha vida, nada! – gritei a ultima palavra e apontei o dedo na cara dela, que estava quietinho me olhando – meça suas palavras para falar comigo!

Edward: desculpa – seu rosto estava mesmo envergonhado de repente – não sei mesmo. Você tem razão – suspirou e colocou o violão encima da cadeira – sou um idiota.

Bella: ainda bem que assume, pelo menos – cruzei os braços e... E senti lágrimas! Entrei em choque ao perceber que estava deixando a tristeza aparentar, mas era sofrimento demais saber que mais uma pessoa com quem eu realmente me importava me julgava uma vagabunda. Como todos!

Porque me importava com ele? Com o secretário?

Fiquei com essa pergunta pairando até Edward caminhar em minha direção e tocar meu rosto. Ele enxugou a lágrima que descia por minha bochecha e estava perto demais... Bruscamente afastei sua mão de minha face e andei dois passos para trás. O encarei com olhos de quem mata e foi o suficiente para entender que era hora de ir embora.

Edward: me perdoa... – sussurrou antes de sair envergonhado.

[...]

Assim que ele saiu, fui pro quarto e peguei a rosa que coloquei em um vasinho dourado. Fiquei olhando para ela sentada na beira da cama por longos segundos e quis me matar ao perceber que estava chorando novamente. Aquela musica estava tocando em minha mente com maior intensidade a cada segundo... O rosto de prazer dele comendo meu pavê aparecia em cada refrão da letra, assim como as risadas dele e de Melany juntos. Eram sons que se contrastavam, que quando emitidos juntos encontravam a perfeita sintonia.

Um misto de raiva, ciúme, carinho, desejo e... Amor alcançou meu peito. Raiva por ele me julgar sem saber de nada; ciúme por ele estar roubando minha filha; carinho por amar saber que alguém faz Melany feliz; desejo devido aquilo que sentia quando estava com ele e tudo isso junto levava ao inevitável... Amor...


Edward POV


Preparei-me psicologicamente para a manhã de segunda-feira mais do que para qualquer coisa em minha vida. Porque sabia que tinha feito porcaria; sabia que havia pegado pesado com ela, mas como explicar a Rainha de Gelo que fora tudo por não poder agarrá-la, beijá-la e consolá-la? Aquilo estava me matando; a proximidade, a intimidade que estávamos criando, mas apesar disso, não podíamos passar da amizade gay entre duas pessoas ligadas por uma criança.

E ela chorou. Cara, ela chorou! Por algo que não estava relacionado à Melany. Por minha opinião. Me fez se sentir o pior lixo do mundo... E com certeza hoje seria um inferno na terra para mim.

Começou logo quando cheguei.

Estavam todos reunidos no escritório quando o elevador se abriu; prendi a respiração ao ouvir gritos. Soltei e comecei a andar. Bella estava na frente e quase todo mundo parado amontoado a frente dela, pareciam cachorrinhos que levaram uma surra.

Bella: em todos esses anos que estou no ramo de moda nunca vi um trabalho mais mal feito do que este! – dizia em alto e bom som – e o pior é que tenho a melhor equipe... Imaginem a pior? – suspirou e me olhou. Assim que me viu chegando, atirou uma pilha de papel na minha direção. Eles caíram na mesa e fizeram eco de tão grande e pesado – estava te esperando, chefe.

Edward: bom dia senhorita Swan – respondi tirando as mãos do bolso, postando-as nas costas – em que posso ajuda-la? – os olhares de todos os meus colegas estavam sobre mim; porém o que mais pesava era o dela. Frio, calculista, objetivo, devastador. Típico da Rainha da Delux, não daquela Bella linda e fascinante do domingo.

Bella: fazendo seu serviço de forma correta já ajuda – ironizou.

Edward: o que fiz de errado?

Bella: passou as instruções totalmente erradas para os seus colegas; eles mandaram as fotos erradas para o marketing! – acusou.

Edward: não, eu mandei as corretas. As que a senhorita me pediu que mandasse – afirmei totalmente convicto. Ainda havia perguntado três vezes sobre as fotos e ela me chingou.

Bella: não, não mandou! – rebateu e veio andando em minha direção – porque mudei de fotos, se é que não percebeu... – apontou a pilha de papel.

Edward: mas... – resolvi ficar calado, pois estava escrito na testa dela que isso era tudo armação para me deixar mal.

Bella: por culpa do nosso querido Edward, quero todo o trabalho com as fotos pronto e nas mãos do pessoal de marketing até a meia noite de hoje! – falou com uma leve ironia – e quem não conseguir... Nem precisa voltar amanhã.

Um alvoroço de fez; em segundos todos sumiram da nossa frente, ficamos apenas eu e ela, que sorriu levemente para mim e andou de volta a sala rebolando mais do que tudo.

[...]

Por certo a culpa não é sua! É tudo confabulação da víbora!
Aquela vaca! Tenho seis filhos pra sustentar, não posso perder esse emprego!
Cachorra! Merece morrer!
Fora esse entre outros comentários que ouvi na hora do almoço que fiz praticamente sozinho. Todos falaram comigo e prestaram seus sentimentos, dizendo que sabiam que a culpa era da chefe, não minha. Ficou meio evidente.

Pierre: o que aconteceu entre vocês dois? – questionou quando me viu no banheiro.

Edward: nada... A culpa foi minha. Fiz errado o que ela me pediu – tentei abafar a culpa dela, mas ele sorriu de canto.

Pierre: e eu não conheço a Rainha da Delux queridinho? – piscou – algo aconteceu. É melhor vocês pararem de trazer o pessoal para o profissional, ou as coisas vão desandar aqui dentro.



4 comentários:

Val RIBEIRO disse...

que chato essa situação...

Unknown disse...

cade o lado amor ? e o briga !!!!!!!!!!!!!!!

Lethicia S. disse...

Que dó !
Ele não fez por querer foi uma pergunta qe ele tava indignado e querendo saber a resposta ! Tadinho :(

Bells disse...

Aff! Bella beija logo q passa...
Kkk

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