FANFIC - EM NOME DO AMOR - CAPÍTULO 11


Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 11° capítulo de "Em nome do Amor". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



CAPÍTULO 11 - Wounded Heart



Meu cérebro explodia. Era vontade de gritar, chorar e tudo mais.

Mel: nossa mais já? – assim que fechei a porta, vi minha filha sentada na sala um pouco longe.

Desanimada, caminhei até o sofá e coloquei minha bolsa sobre ele, me jogando na outra ponta. Suspirei e fechei os olhos, apoiando a cabeça na almofada ao lado. Melany estava a minha frente me encarando de um jeitinho meigo, carinhoso, um tanto preocupado. Aquilo serviu para que meu astral se elevasse, aparentando em frente a ela que tudo estava bem.

Bella: sai cedo. Estou com um pouco de dor de cabeça – menti, pois o motivo por ter chegado em casa as quatro era o caos que estava o escritório e Edward.

Se passasse mais um minuto na presença dele uma bomba ia explodir, porque a cada segundo que passava seus olhos estavam mais intensamente sobre mim, mais curiosos... Decepcionados por minha atitude. Por certo fiz uma tempestade em copo d’água apenas para me vingar. Não me vingar dele por ter me chamado de vagabunda nas entrelinhas, mas por ter chegado em minha vida, arrasado com tudo e me fazer pensar nele em todas as circunstancias. Até mesmo quando olhava para minha filha.

Melany lembrava Edward. Seus olhinhos verdes eram tão puros quanto os dele; a tonalidade era muito parecida... Seu rosto, seu tom de pele claro e leitoso... As bochechinhas rosadas, as caretas quando estava triste ou feliz. O som das risadas... Isso irritava! Até hoje, ela nunca me lembrou ninguém a não ser eu. Em seu cabelo escuro, em seu jeito de ser irreversivelmente teimoso e soberano. Era coisa de minha cabeça, talvez...

Mel: se eu pudesse, faria um chá pra você e uma massagem bem gostosa na sua cabeça, mamãe – tombou a cabeça na almofada de forma meiga – mas o gesso não deixa!

Bella: não tem problema meu amor – me levantei e fui até ela. Abaixei e beijei seu rosto e sua testa – mamãe está bem. Não se preocupe, é só estresse. Vou tomar um banho quente e tudo ficará bem – assentiu sorrindo para mim – cadê a Amber?

Mel: está no banheiro – e voltou a ver seu desenho.

Subi para o quarto e passei a chave. Não que Mel ou Amber fossem me incomodar, mas era a forma que achei para me sentir protegida de alguém me ver chorando. Porque foi isso que fiz. Chorei. Esse verbo idiota começou a fazer mais parte de minha vida atualmente do que quando fiquei grávida. Chorar era comum agora por culpa daquele idiota.

Sentei em minha cama depois de tirar a roupa e peguei o telefone. Pensei em ligar para minha mãe, mas ela estava em Londres com meu pai de férias. Ou seja, impossível. Pensei em meu único amigo, Pierre, mas ele deveria estar no escritório correndo com todo mundo para entregar as fotos que pedi. Até em Alice pensei, porém se ouvisse minha voz era capaz de quebrar o telefone, pois com razão estava revoltada comigo. Foi ai que me dei conta de que estava totalmente sozinha. Com exceção de Melany, ninguém se importava comigo realmente. Ninguém ligava para meu bem estar, para meu coração ferido. Ninguém.

Entrei no chuveiro e deixei a água quente cair sobre mim. Me apoiei na parede e respirei lentamente; meu plano fora por água a baixo. Ninguém ficou bravo com Edward por ele supostamente ter errado no envio das fotos; todos se voltaram contra mim. Será que havia sido tão nítido a minha intenção de prejudica-lo? E agora até eu mesma me odiava. Me odiava por ter sido tão infantil, por ter o tratado como lixo. Por não assumir para mim mesma que havia me apaixonado por ele.

Fechei o chuveiro e me enrolei na toalha. Fui pro quarto e me joguei na cama ainda molhada. Como ele me via? Como o homem que fisgou meu coração depois de tantos anosna solidão me via?

Uma louca. Uma víbora. Uma grossa. Uma orgulhosa. A chefe safada que queria ferrar com todos os empregados. Aquela que se sentia uma Rainha apenas por ter o maior cargo. A mulher que era fria, que não tinha sentimentos, que foi para cama com tantos homens que nem sequer podia identificar o pai da própria filha.

Edward nunca iria querer algum contato comigo. Nunca iria me permitir se aproximar porque com razão ele me odiava. Por ter sido uma idiota.

Edward POV

Edward: deu tudo certo? – assim que cheguei fui direto para a mesa de Alice.

Alice: graças a Deus sim – suspirou e parecia relaxada naquela manhã de terça-feira – depois que você foi embora o pessoal entregou as fotos.

Edward: ficaram até que hora?

Alice: até as nove – surpreso, sacudi a cabeça negativamente – mas tudo bem, vamos tirar hora extra!

Edward: desculpe-me Alice, meu sobrinho passou mal. Tive de ir embora as sete para levá-lo ao pronto socorro. Deveria ter ficado com vocês...

Alice: não. Tudo bem! – piscou – deu tudo certo no final... – segurou minha mão – Edward, todos aqui na Delux estamos acostumados com os surtos dela... – parecia tranquila – não foi o primeiro nem o ultimo. Sabemos que a culpa não foi sua, relaxa.

Edward: mesmo assim, sinto muito – Alice sorriu e largou minha mão.

Alice: sua rainha já chegou – anunciou de forma engraçada – acabei de levar um café para ela. Não parecia estar muito bem não.

Edward: puts – olhei rapidamente em direção a minha sala – porque raios ela anda chegando cedo?

Alice: pra te rodear – deu de ombros – ela te quer meu querido.

Edward: me quer morto – riu quando comecei a me afastar – bom dia Alice.
Alice: bom dia Edward.

Abri a porta de minha sala sem fazer barulho e pensar muito, pois se cogitasse qualquer outra possibilidade iria dar meia volta e ir para casa. Ajeitei meu terno, já que era um dia frio, e me deparei com uma cena que com certeza nunca imaginei encontrar. Minha patroa estava em sua mesa, com a cabeça apoiada no braço esquerdo, olhando para a xicara de café fumegante a sua frente e... Chorando.

Fiquei uns segundos parado apenas olhando a cena, meio bobo por presenciar sua fragilidade. Pensei se era certo me aproximar, se deveria mesmo atrapalhar seu momento. Fiquei segundos apenas pensando, e quando vi, segui meus instintos.

Caminhei até sua mesa e ela não esboçou qualquer reação apesar de saber que não estava sozinha. Continuou chorando caladinha, as lágrimas grossas deslizando por sua bochecha vermelha e úmida. Estava linda usando um vestido azul, meia calça preta, botas também pretas e uma touca branca larga meio torta na cabeça. Ao invés de dizer algo, dei a volta e me abaixei a sua frente. Nossos olhos estavam na mesma altura, porém não me encarava.

Meu peito, que ontem explodiu de raiva dela, agora palpitava em uma estranha comoção. O fato de ver a mulher a quem se deseja, se gosta, se está apaixonado,chorando, nos torna idiotamente propensos a comoção, mesmo que a mesma não merece uma gotinha de seus sentimentos.

Edward: posso ajudar em alguma coisa senhorita Swan? – sussurrei e ela mal se moveu, apenas elevou a mão e secou uma de suas lágrimas rapidamente.

Bella: pode – disse depois de um soluço – some da minha vida!

Edward: para onde mais eu iria? – continuei do mesmo jeito. Ela olhou para mim com os olhos brilhantes por lágrimas.

Bella: para qualquer lugar longe de mim – dessa vez se moveu. Tentou esconder um pouco o rosto de mim colocando os cabelos em frente à cara.

Edward: sinceramente, não entendo porque tem tanta coisa contra mim se tudo o que faço é tentar te agradar. Caramba, eu me desdobro em cem pra atender a todos seus pedidos e é isso o que ganho?

Bella: não é só você Edward! – se sentou direito e me encarou ajoelhado do seu lado – são todos! Ontem me dei conta de que não tenho ninguém além de Melany! Ninguém! Ninguém que se importe comigo, com meus sentimentos, com aquilo que me rodeia... – secou mais uma lágrima.

Edward: como assim? – sorri ironicamente – e seus pais? E sua família? E seus amigos ricos e poderosos? E Pierre?

Bella: Pierre é o único que se preocupa um pouco... O único! – silabou – meus pais estão viajando e, se quer saber, desde que fiquei grávida meu pai nem olha direito na minha cara! Me despreza porque assim como você, acha que sou uma vadia! – abri a boca, mas ela continuou a todo vapor - amigos? Oh! Por favor! Todos são falsos, todos só gostam de mim pela droga do meu poder... Porque sabem que não existe ninguém tão boa quanto eu no que faço. Tive que abrir mão de tudo quando fiquei grávida, porque os idiotas que se diziam meus amigos desapareceram num piscar de olhos! Sou sozinha... Completamente sozinha!

Edward: vamos com calma ok? Porque do jeito que fala é como se você se arrependesse de ter Melany – me deteve no mesmo momento e pensei que iria me bater.

Bella: não me arrependo da minha filha um só segundo – apontou o dedo na minha cara – porque chances de ter me desfeito dela não faltaram! Pode não ter sido no primeiro momento, mas a decisão de ficar com o bebê fui eu quem tomou, ninguém esteve do meu lado!

Edward: então qual é o problema?

Bella: ninguém liga pra mim... Muito menos a única pessoa que gostaria que ligasse! – tossiu baixinho – porque sou uma vaca!

Edward: não, você não é uma vaca! – toquei seu rosto num impulso – mas a culpa deninguém ligar para você é totalmente sua.
Bella: como assim minha? – aos poucos foi ficando menor, como se o muro envolto a seus sentimentos fosse se quebrando junto a seu coração ferido.

Edward: você afastou a todos! – murmurei – você fez a escolha de ter a sua filha e percebeu que você escolheu as pessoas erradas para serem suas amigas. Se fossem as certas, estariam aqui até hoje – seus olhos estavam pregados em meu rosto – seus pais estão do seu lado, só não estão aqui e agora. Eles te amam. E sobre todo o resto... – suspirei – Bella... Aqui na Delux existem pessoas maravilhosas! Alice, Emmett, Pierre, Rose, Jasper... São incríveis! Alice é maravilhosa e apesar de tudo, te admira muito!Emmett tem ótimo senso de humor, Jasper é tão inteligente, Rose só faz agente dar risada... – sorri – e para esse pessoal, para esse mundo todo, você se fecha. Fica presa nessa imagem de poderosa, rainha, chefe e soberana... Ao invés de viver, se exclui. Entendeu como é?

Bella: mas é assim que tem que ser! – tirou minha mão de seu rosto – é assim por que...

Edward: por quê?

Bella: porque já sofri com o erro dos outros e hoje em dia não admito que ninguémerre! Não posso tolerar erros do meu pessoal, não posso fazer com que outra pessoa se prejudique pelo nosso erro... – voltou a chorar.

Edward: que erro foi esse que te custo à vida toda? – sussurrei perto de seu rosto – me conta.

Bella: não posso – afastou-se um pouco mais de mim – não posso. Você é amigo de Melany. Pode dizer a ela e tudo o que menos quero é que ela saiba!

Edward: porque ela não pode saber?

Bella: porque ainda não entende e não é o momento! – de repente ela ficou de pé e de costas para mim. Também me ergui.

Edward: tem a ver com o pai dela? – me aproximei um pouco.

Bella: tem – respondeu seguramente.

Edward: eu sei que esse homem te machucou muito, mas acabou – usei um tom despreocupado – já passou! Hoje é uma mulher independente, forte, cuida da sua filha sozinha... Acabou.

Bella: acabou... – ironizou – acabou pra você que não passou por nada do que passei.

Edward: posso perguntar uma coisa?

Bella: não – quando percebi meu corpo estava a cinco centímetros das costas dela.

Edward: Melany foi feita com ou sem o seu consentimento? – abaixei o olhar e esperei uma bela patada. Porém tentei.

Bella: nada me importa agora... – se virou – eu amo a minha filha!

A resposta era sim.

Edward: droga... – abaixei o rosto e segurei a testa apertando os olhos. Revolta. Essa era a palavra certa!

Bella: porque você se importa? – ironizou e não chorava mais – isso desgraçou a minha vida e não a sua! – sem pensar, segurei em seus braços meio que a apertando.

Edward: está enganada! – parei de apertá-la - por culpa dessa pessoa tenho de perder as esperanças com... – você. Não terminei, pois bateram na porta.

Bella: me solta – murmurou baixinho e concentrada – agora! – a larguei e voltei para meu trabalho.

[...]

Passamos o dia nos lamentando isolados em nossos cantos da sala. Mal nos olhávamos, nem sequer nos falávamos. Na hora do almoço desci só pra conversar, pois estava sem fome. Distraí-me com o pessoal, que planejava novamente a festa dos funcionários. Seria de um jeito peculiar agora... Iriamos numa sexta-feira à noite para a casa de campo dos pais de Alice e voltaríamos no domingo de manhã.

Pierre: gente, isso vai ser incrível! – Pierre estava todo envolvido com o pessoal agora. Era quase lei passar o almoço em nossa companhia.

Rose: vai mesmo gente... Posso levar minha sobrinha?

Alice: claro... Vai ser um lance meio familiar. Lá é grande, cabe muita gente! – bateu palminhas.

Rachel: topa Edward? Se você for eu vou...

Edward: topo – assenti – estou precisando sair e relaxar. Vou levar meu sobrinho e minha mãe também... As minhas irmãs trabalham direto, é raro terem folga.

Emmett: opa! Você tem irmãs? – se aproximou interessado – e como elas são?

Rose: que idiota... – jogou uma batata frita nele. Eu sabia que os dois estavam meio brigados nos últimos dias. Crise.

Edward: são gêmeas. Eve e Elena – resumi – ah, elas são... Minhas irmãs! – dei de ombros e todos riram.

Pierre: vou levar um bofe bem sarado... Bronzeado, tudo de bom! – as meninas começaram a rir.

Jasper: acho melhor deixar as crianças em casa!

Voltei a minha sala realmente pensando sobre a tal viajem de final de semana. Iria ser interessante passear um pouco e levar Ethan. O garoto só ficava preso em casa com minha mãe, já que Eve e Elena trabalhavam direito mesmo... As duas eram modelos fotográficas e por serem gêmeas eram duplamente requisitadas. Pensei também em Melany. Ela iria ficar feliz em poder viajar e com certeza lá teria um lago. Seria a oportunidade perfeita para cumprir a minha promessa de jogar pedrinhas no lago com ela.

Assim que entrei na sala, foi meio que um susto. Bella estava falando ao telefone e quem estava sentada na minha mesa pintando desenhos?

Melany: Edward!

2 comentários:

Unknown disse...

gente ela tem q ceder logo

Bells disse...

Beijaaa logo

Postar um comentário

Deixe aqui o seu comentário sobre o post: