FANFIC - EM NOME DO AMOR - CAPITULO 19

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 19° capítulo de "Em nome do Amor". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

LOVE ME

Edward: oh, essa foi boa! – estreitei os olhos para ver aonde a pedrinha chegava – se conseguir mais do que isso, te dou uma caixa de bombom pra comer sozinha...

Mel: nossa! Uma só pra mim? – aquilo pareceu ser a coisa mais legal de se ouvir – então vou tentar... – a pequena se abaixou e começou a vasculhar na margem do lago mais uma pedrinha que fosse apropriada para ser arremessada.

O dia estava quente, apesar de o céu estar escurecendo, evidenciando uma possível chuva. Melany parecia uma boneca, uma miniatura de Bella, usando um short jeans e maiô vermelho. Estava com umas botinhas de borracha cor de rosa, o cabelo amarrado para trás... Era meio impossível parar de olhar para ela, desviar a atenção de seus olhos verdes brilhando no sol e da forma como sorria. A garota era muito apaixonante, e apenas o som de sua voz era capaz de despertar o que tenho de melhor. Esse laço entre nós era algo que, às vezes, me surpreendia e assustava. Os sentimentos que sempre nutri por Mel eram quase os que mantenho por Bella, excluindo, é claro, a parte do desejo. Seria fácil dar a vida pelas duas.

Edward: só falar em comida que a senhorita já cresce os olhos, não é? – provoquei vendo-a pegar a pedrinha e começar a medir a distância como ensinei.

Mel: claro! Mamãe não me deixa comer porcaria, é só você que me oferece essas coisas... – gargalhou e arremessou a pedra. Observamos a distancia que ela tomou – ah, não consegui! – choramingou realmente triste, com os olhinhos pequenos – desculpa...

Edward: não, tudo bem! – me abaixei ao lado dela, sentando na beira do lago. A água era de um azul esplêndido, límpido e claro, podíamos até enxergar o fundo na parte mais rasa – vou te dar o chocolate do mesmo jeito, garota persuasiva.

Mel: o que é persuasiva? – se jogou encima de mim e me abraçou.

Edward: digamos que é alguém que tem o poder de fazer com que as outras pessoas mudem de opinião – expliquei da forma mais simplificada que achei, a ajeitando no meu colo. Seu rostinho estava confuso.

Mel: ah, entendi. É como a mamãe... Que te odiava e agora te ama. Você a persuadiu! – encarou-me como se me acusasse e riu depois.

Edward: ainda não... Mas tenho muita vontade! – sorri também. Ficamos em silêncio, os olhos focados no lago.

Mel: sabe... Acho que seria muito legal se você e mamãe se casassem! Pensa... Seriamos papai e filhinha – tocou minhas bochechas – todo mundo já fala que nós nos parecemos.

Edward: é, todos falam – concordei estudando seu rostinho infantil e lindo – mas tem muito da senhorita sua mãe ai também, não concorda? O fato de me persuadir... As são rainhas nesse quesito.

Mel: quesito? – estava novamente confusa. Riu – que estranho! O que é quesito?

Edward: ah Melany, para de me encher de perguntas... – choraminguei e ela riu muito alto de minha expressão.

Mel: então te encho do que? – cruzou os bracinhos com o queixo empinado.

Edward: de beijos e cócegas! – a abracei e comecei a beijar seu rosto freneticamente, fazendo cosquinhas em sua barriga. Ela ria e me afastava; apenas o som de suas gargalhadas enchiam o ambiente. Quando estávamos cansados, me abraçou com força.

Mel: por favor, casa com a minha mãe... Eu te amo muito, Edward. Quero que você seja meu pai... – o jeito como disse partiu meu coração, nem tive a coragem de olhar em seu rosto. A coisa mais dolorosa que já fiz foi não ter podido garantir nada a ela, foi ter ficado sem a resposta.

Edward: vou fazer o possível pra derreter aquele coração, Melzinha – continuamos abraçados, seus braços cravados ao redor de meu pescoço – prometo.

Bella POV

Esme e eu sabíamos que o momento era somente dos dois, por isso tentamos entreter Ethan na outra margem do lago para que Edward e Mel tivessem sua conversa e seu momento. Ficamos conversando, brincando também, até que o tempo começou a virar e ela me pediu para chamar Edward para irmos embora antes que a chuva resolvesse cair. Procurei os dois pela margem, e quando os achei presenciei cenas que tocaram o mais fundo de meu coração...

“Por favor, casa com a minha mãe... Eu te amo muito, Edward. Quero que você seja meu pai...”.

Quando percebi que estava prestes a chorar, respirei fundo e limpei os olhos, tomando coragem para atrapalhar aquele momento. Assim que me viu, Mel se separou do abraço de Edward e acenou, me chamando. Caminhei até os dois e parei ao lado.

Bella: Esme disse para voltarmos. Está prestes a chover, não vamos querer problemas com isso, certo? – me ignorando, Mel me chamou com a mão.

Mel: vem cá mãe, dá um abraço na gente... – sua carinha pidona me fez não pensar duas vezes. Edward me olhava confuso, um tanto abalado pelas palavras de Mel anteriormente, mas me abraçou também quando esmaguei Melany entre nossos corpos. Trocamos um olhar longo e que disse mil palavras – amo vocês – em duas palavrinhas à pequena explicou tudo o que nós três sentíamos neste momento.

Amor.

[...]

Chegamos ao anoitecer, após jantarmos num restaurante legal aos arredores. A casa estava vazia, já que quase todo mundo resolveu sair com a família para a cidade. O pessoal jovem foi curtir na unica boate que havia ali e quem tinha mãe, esposa e filhos foi a um teatro local. Restamos nós e Alice, que também estava prestes a sair.

Alice: só estava esperando vocês chegarem... Vou à boate com o pessoal também! – parecia empolgada.

Bella: pois é, esse vestido é lindo... – sorri para ela de forma amigável, sem controlar. Edward me observou longos segundos com expressão orgulhosa.

Alice: obrigado... Comprei na Delux! – piscou para mim e nós rimos – vocês dois querem ir na boate também?

Edward: ah... Estou meio cansado, mas quer ir Bella? Nós vamos... – olhei o rosto de Edward, e o aspecto cansado realmente o denominava. Estava sem camisa postado ao meu lado como um segurança ou... Um marido.

Bella: oh não, se está cansado é melhor fazer um chá e dormir – toquei seu braço o entrelaçando com o meu. Alice sorriu quando me viu fazer isso – coitadinha da minha criança de vinte e seis anos!

Alice: pelo menos tem alguém pra cuidar dele não é? – piscou novamente – onde está sua mãe, a propósito Edward? – olhou em volta.

Edward: acabou de ir dar banho nas crianças... – explicou passando um braço em minha cintura – nos oferecemos para ajudá-la, mas sabe como são as avós... Ninguém cuida melhor dos netos – ironizou.

Alice: entendo – suspirou – mas isso é bom não é? Assim curtem um momento de vocês – usou tom de duplo sentido e o clima ficou meio estranho. Edward e eu nos olhamos, então decidi explicar.

Bella: Alice, sei o que isso parece – gesticulei Edward e eu – mas não é.. Quero dizer, nós não...

Edward: ainda não – nos interrompeu.

Alice: claro gente, eu entendo. Não precisam dizer nada... Mas que parece, parece... – arrisquei dizer algo, mas me calei – bom, já vou! Espero que passem bem à noite.

[...]

Edward: quer o chuveiro primeiro hoje?

Bella: pode pegar pra você... – pisquei vendo-o fechar a porta quando entramos no quarto. Passou a chave nela. Andei até minha mala e comecei a ajeitar uma roupa.

Edward: não, tudo bem. Ou quer compartilhar? – observei-o por cima do ombro e vi seu sorrisinho sem vergonha. Gargalhei.

Bella: esperto você, né senhor Cullen? – me ergui com a roupa em mãos – ok. Vou tomar banho – passei por ele tocando sua barriga desnuda, beliscando seu abdômen – vê se usa mais roupa... – fechei a porta do banheiro também na chave e comecei a me despir. Ouvi uma batidinha na porta.

Edward: é melhor se preparar viu moça? Porque quando eu te pegar... – gargalhei.

Bella: nunca – ouvi sua risada também e liguei o chuveiro, entrando no Box.

A água quente dominou o ambiente e minha mente começou a trabalhar. Se todos especulavam sobre nosso relacionamento, se alguns, como a própria Alice, já tinham certeza de que estávamos juntos, se minha própria filha queria isso... Porque não podia ser? A hora era essa então? O momento de levar tudo pra frente estava se aproximando? Quando sai do chuveiro, Edward estava sentado na beira da cama em total silencio, olhando para o chão fixamente. Quando me viu apenas de toalha fingiu que não estava olhando, porém não foi um trabalho bem feito.

Edward: vê se usa mais roupa – repetiu minha frase e começou a andar até o banheiro calmamente.

Bella: se importa? – dei de ombros olhando-o.

Edward: na verdade não... – entrou no banheiro e nem se ocupou em trancar a porta, apenas a encostou.

Sentei-me onde anteriormente ele estava sentado, ainda envolta pela toalha e nervosa. Como dizer o que sentia? Apenas chego lá e falo “Ok! Vamos ficar juntos?”. Remoí os pensamentos até chegar a uma conclusão sentada... Deixar rolar.

Edward POV

As surpresas ao decorrer do dia foram muitas. Melany e suas palavras doces, o passeio agradável com as pessoas que amo, o simples fato de estar numa viajem ótima como elas já era intenso motivo de felicidade... Mas nenhuma surpresa para mim foi tão satisfatória quando a ultima.

Quando sai do chuveiro, Bella não estava no quarto. Imaginei que tenha ido ver Melany, não estranhei o feito. Me troquei, colocando bermuda e camisa sem mangas, peguei o livro e me deitei na cama do lado direito, deixando a teimosa ficar com o esquerdo. Suavizei o pensamento, mergulhando na leitura, até que a porta foi aberta; quando percebi, Bella estava entrando com uma xícara nas mãos, lutando para não deixar uma gota de seja lá o que houvesse dentro da xícara cair no chão.

Edward: e agora? O que é isso? – abaixei o livro e encarei-a, vendo que se aproximava depois de fechar a porta.

Bella: eu não disse que ia fazer um chá pra minha criança? – com um sorriso, me esticou a xícara. Confuso, aceitei sem tirar os olhos de seu rosto orgulhoso. Abanou as mãos – está quente, cuidado!

Edward: claro... – senti o cheiro do chá e era forte e doce – nossa! Estou sendo mimado... Isso é bom – beberiquei o liquido quente e estava gostoso, tão saboroso quando o cheiro.

Bella: e ai? Mandei bem? – se esticou para pegar meu livro e começou a folheá-lo em seu colo, me ignorando.

Edward: mandou muito bem – continuei bebendo o chá – está ótimo. Obrigado por se importar.

Bella: obrigado você também – espiei-a por trás da xícara.

Edward: pelo quê exatamente está agradecendo?

Bella: são tantos os motivos... – prosseguiu com os olhos nas paginas do livro, e notei que era difícil para Bella aceitar olhar nos olhos de uma pessoa enquanto revelada seus sentimentos mais profundos. Fiquei em silencio, encorajando-a a continuar – obrigado por me aturar, por amar a minha filha, por fazê-la feliz, por ter tido paciência de me esperar sair desse rolo que fiz em minha vida para podermos... Seguir em frente – ao final, olhou para mim. Abaixei a xícara também, encarando-a.

Edward: são coisas pelas quais não precisa me agradecer – garanti – a unica coisa que te peço é que me conte quando estiver pronta para me dar uma chance, assim não preciso sempre ser um idiota!

Bella: é o que quero dizer – fechou o livro e no mesmo momento coloquei a xicara encima do móvel ao lado – acho que já estou pronta. Acho que posso te dar uma chance.

Edward: não quero que ache, quero que tenha certeza. Por isso não tenho pressa – me deitei ainda olhando-a – não precisa se preocupar com nada, porque estou apaixonando e quando decidir, ainda estarei aqui.

Suspirando, Bella se arrastou e se deitou ao meu lado, pousando o rosto na curva de meu pescoço. Abraçou o corpo no meu. Ficamos em silêncio um longo momento.

Bella: também estou apaixonada por você, Edward – confessou fazendo meu coração entrar em descompasse – e talvez seja por isso que me sinto ridícula. Nunca me apaixonei dessa forma antes.

Edward: também nunca pensei em ser de uma só mulher – confessei – mas ao te conhecer tudo mudou... - ao mesmo momento, Bella se sentou e me encarou um tanto incrédula.

Bella: você fala isso de verdade ou zoando? Porque se for mentira é pura maldade... Porque acredito! – puxou um travesseiro e bateu em mim com ele. Sorri e me afastei.

Edward: é claro que é verdade! – peguei o outro travesseiro e bati em sua perna também – porque mentiria?

Bella: seu petulante... Para de me acertar com esse travesseiro! – começou me acertar mais e mais vezes com seu travesseiro, se jogando em mim.

Edward: é guerra? – virei seu corpo, ficando por cima e a acertando também.

Bella: sim, é Guerra! – me agarrou com as pernas e me acertou várias vezes.

Entre vários movimentos, impactos e gritos, Bella estava embaixo de mim e suas mãos em meu rosto. Os travesseiros, jogados ao chão, não faziam mais parte do cenário, pois a atenção estava cem por cento voltadas para nossos lábios, a centímetros de se unirem. Foi uma sensação estranha... O coração dela batendo contra o meu, nossa respiração trabalhando ao mesmo passo... Nossos lábios se roçaram e foi como se houvesse sido assim todo o tempo.

Edward: acho que posso beijar você toda – anunciei com uma voz que não era minha, com a falta de controle que não fazia parte de meu jeito de ser.

Corri os lábios por seu rosto, às mãos dela entrando por baixo de minha camisa apressadamente, explorando meu corpo. As coisas entre nós eram tão fáceis, que em segundos minha camisa e a blusa dela estavam no chão, ao lado dos travesseiros. Permaneci um tempo apenas observando seu corpo sob o meu, inerte, ao merecer de minha vontade... Corri os lábios por ela, saciando-me do sabor de sua pele, oscilando entre o colo e os seios, cobertos pelo sutiã preto. Sem pensar muito, escurecido pelo desejo e os sons singelos que enchiam o quarto, desci as alças do sutiã pelos ombros levemente, ainda beijando seu corpo onde podia.

Tão rápido quanto começara, Bella segurou minha mão esquerda e fechou os olhos, trazendo meu rosto para perto do seu. Entendi a mensagem de pronto, tentando acalmar meus nervos e a excitação. Não fora fácil beijá-la, tão pouco seria dar um passo a mais na relação que nem sequer havia começado.

Bella: me desculpa – pelo jeito não conseguia me olhar – não dá. Não agora – rocei a testa na sua, tocando seu nariz com o meu. Sorri.

Edward: está tudo bem. Ainda estou aqui e vou te esperar. O tempo que for necessário.

Após uns segundos, depois de digerir minhas palavras, abriu os olhos e me encarou profundamente, suspirando e sorrindo. Me beijou... E esperei.