FANFIC - NEVER SAY NEVER - CAPÍTULO 29

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 29° capítulo de "Never Say Never". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.




Autora : Jurobsten
Contato: @jurobsten
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Drama, Romance, Universo Alternativo
Avisos : Sexo




Capítulo 29 



Eu ainda estava nervosa. Sei que era ridículo ainda me sentir assim em relação aos Cullens, mas era inevitável. 

Edward apertou minha mão enquanto entrávamos. 

–Espero que não esteja nervosa. É só minha família, Bella. 

–Eu sei. – era justamente aí que residia o problema, pensei. 

A porta se abriu e uma sorridente Alice me abraçou, numa profusão de perfume e roupas caras. 

–Bella! 

–Oi, Alice. – murmurei aturdida. 

Ela me beijou em cada lado do rosto. 

–Finalmente o Edward parou de te esconder. 

Edward rolou os olhos ao meu lado. 

–Pára de graça, Alice. 

Ela riu pouco se importando, me puxando para a sala. 

Os Cullens estavam lá. Todos eles. 

E mais uma pessoa. 

Uma moça loira muito bonita. 

Eu me lembrei dela. Era a mesma que estava com Edward lá em Forks, no estacionamento do hospital. 

Tanya Denali. 

Senti um mal-estar. 

–Olá, Bella. – Esme Cullen me cumprimentou, assim como Carlisle. 

Jasper me deu um “oi” meio tímido de longe e Emmett me abraçou forte, me levantando do chão. 

–E aí, Edward desamarrou a moça da cama, hein! 

Meu rosto se tingiu de vermelho. 

–Pára com isto, Emmett. – Edward pediu contrariado e me encarou. – Não liga pra ele.
–Eu não ligo. – menti. 

–É só uma brincadeira. – Emmett se justificou. 

Rosalie se aproximou. 

–Oi Bella, acho que ainda não conhece a Tanya Denalli. – falou apontando para a loira, que me cumprimentou com um sorriso educado. E curioso. – Tanya é uma amiga da família. 

Eu me perguntei desde quando Tanya estava ali. 

–Não sabia que estava por aqui, Tanya. – Edward falou. 

–Cheguei hoje. Na verdade estou apenas de passagem. 

Então Edward não sabia que Tanya estaria no jantar? 

Alice me puxou pelo braço de novo, me fazendo sentar ao lado dela. 

Esme e Carlisle foram para a cozinha. 

Enquanto Alice tagarelava sobre algum assunto do meu lado, que eu não conseguia prestar atenção, eu vi Rosalie e Edward num canto cochichando. 

E eles pareciam tensos; Qual seria o problema? Por que eu achava que tinha a ver com Tanya Denali? 

Espiei a moça com o canto dos olhos. Ela conversava com Emmett e Jasper. Era muito bonita mesmo. Me lembrei daquela sensação no estacionamento em Forks. Algo na postura dela em relação a Edward. 

–Alice, conhecem Tanya há muito tempo? – indaguei. 

–Tanya? Fomos vizinhos por um tempo, há alguns anos atrás. Nossas famílias são amigas.
–Porque o Edward pareceu não gostar muito de vê-la aqui. 

Alice deu de ombros. 

–Eles namoraram um tempo. 

Senti um aperto no peito. 

–Namoraram? 

–Ah, nem fique com ciúmes, não. Foi coisa de adolescente. Há anos atrás. Nem durou muito. 

Mas é claro que eu estava com ciúme. 

Então Edward tinha namorado a linda e perfeita Tanya Denalli? 

Lutei para respirar. 

Edward se aproximou e sentou ao meu lado, enquanto Alice se afastava para ficar com Jasper. 

–Por que não me contou que namorou a Tanya? 

Edward franziu a testa. 

–Como sabe? 

Lancei um olhar a Alice. 

–Você podia ter me contado. 

–Alice é uma linguaruda. 

–Era segredo? 

Ele respirou fundo. 

–Aconteceu há muito tempo Bella, não significou nada. 

–Mas ela continua frequentando sua casa. 

–Ela é amiga da família. 

O que eu podia fazer? Ao que parecia eu teria que engolir a tal de Tanya por ali.
Talvez eu devesse ter ficado com Edward no meu dormitório mesmo. 

Apenas eu e ele. 

–Não tem por que ter ciúme da Tanya, Bella. – Edward segurou minha mão. 

–Não estou com ciúme. – menti. 

Ele riu. 

–Sei como sua mente absurda funciona. - seus dedos massagearam minha nuca. - Eu falei que era melhor não dar ouvidos à minha família. - ele se aproximou o bastante para eu sentir seu hálito quente em minha orelha. Estremeci. - Podíamos estar sozinhos agora. 

–Vamos jantar? 

A voz de Esme fez Edward se afastar. 

O jantar transcorreu tranquilo, com Emmett e Alice dominando a conversa com suas histórias. 

Eu tentava não olhar para Tanya. Ou não imaginar porque ela e Edward não tinham ficado juntos. 

E eu desconfiava seriamente que era porque Edward adoecera. 

Será que se Edward não tivesse ficado doente, eles ainda estariam juntos? 

Depois do jantar, eu insisti em ajudar Esme na cozinha. 

–Realmente não precisava, mas aprecio sua ajuda. – ela disse enquanto eu lavava a louça. – E eu estou feliz que você e Edward estejam aqui hoje. 

–Eu sinto muito por... tê-lo afastado de vocês. Não foi de propósito. 

–Não se preocupe, eu sei que isto é coisa do Edward. 

–Ele não quis que eu fosse ao médico com ele. 

–Dê tempo ao Edward, Bella. Esta doença... é bem difícil pra ele. 

–Eu sei, por isto eu quero estar perto. 

–Ele vai perceber isto. 

Rosalie entrou na cozinha. 

–Posso ajudar? 

Esme levantou a sobrancelha, incrédula. 

–Que milagre é este? 

Rosalie deu de ombros, pegando o pano de prato das mãos de Esme. 

–Não fale assim na frente da Bella, vai achar que eu não te ajudo. 

–Mas você nunca me ajuda. 

–Estou ajudando agora. – ela sorriu com falsa docilidade. 

Esme riu. 

–Tudo bem. Vou deixar vocês aqui então. 

Ela se afastou e Rosalie me encarou. 

–Eu queria conversar com você. 

Eu a fitei. 

–Não fiz de propósito. Sobre a Tanya. 

–Eu não pensei nisto. 

–Mas Edward sim. Ele ficou me acusando. Mas eu realmente não sabia que a Tanya estava na cidade. Ela ligou hoje à tarde e nós a convidamos para jantar. Foi uma coincidência.
–Tudo bem. A Alice me disse que eles namoraram. 

–Sim, foi há muito tempo. 

–Por que não ficaram juntos? 

–Porque Edward não gostava dela pra isto. 

–Mas ele ficou com ela. 

–Tanya é bonita, e ela era louca pelo Edward. E devo dizer que eu e a Alice fizemos bastante pressão na época. Ela era nossa amiga, a gente ia gostar de vê-la namorando com o Edward. 

–Edward já estava doente? 

–Não. E não foi por isto que eles terminaram. Apenas não deu certo. 

–Ela gosta dele ainda? 

Rosalie deu de ombros. 

–Acho que um pouco. Mas ela sabe que nunca mais vai rolar nada. Já namorou outros caras depois dele. São apenas amigos agora. 

Então Tanya ainda gostava de Edward. Eu tentei não entrar em pânico. 

–Bella, Edward está apaixonado por você. Ele nunca ficou com ninguém, todo este tempo. Mas ele está com você. Não vai ser a Tanya que vai separar vocês. 

Eu sorri tristemente, querendo acreditar nas palavras de Rosalie. 

–Eu queria que nada nos separasse. – sussurrei. 

Porque nós duas sabíamos que havia algo que podia nos separar. 

Nós voltamos para a sala e Tanya olhou o relógio. 

–É tarde. Preciso ir embora. 

–Fica. - Esme pediu. – Pode dormir no quarto de hóspedes. Está tarde para ir embora sozinha. 

–Sim, fica, vai ser divertido. – Alice segurou sua mão. – Amanhã podemos sair para fazer compras. Vem, vou te levar pro quarto. 

Emmett e Rosalie também se afastaram para o quarto. 

E Edward se aproximou, segurando minha mão. 

–A gente vai dormir também. 

–Boa noite pra vocês. - Esme falou e eu fiquei muito vermelha enquanto Edward me levava para o quarto. 

–O que foi? - ele indagou ao fechar a porta. 

–Eu estou morrendo de vergonha de dormir com você aqui. - confessei e ele riu, se aproximando.
–Tão absurda... 

–É sério! 

Edward riu ainda mais, seus lábios tocando minha testa, meu nariz, minha orelha. Fechei os olhos derretendo contra ele. 

–Quer ir dormir no quarto de hóspedes com a Tanya? - indagou, enquanto suas mãos se imiscuíam para baixo da minha blusa. 

Lembrar da Tanya me fez ficar tensa. Edward percebeu e se afastou um pouco para me encarar com a testa franzida. 

–Ainda preocupada com a Tanya? 

Eu fiz uma careta, me afastando. 

–Eu sei que é ridículo, mas não consigo evitar! 

–Sim, é ridículo. Quer que eu mande a Tanya embora, é isto? 

Eu me sentei na cama. 

–Claro que não. Sei que ela é amiga de vocês... 

–Então é isto mesmo. Apenas minha amiga. 

–Que foi sua namorada. 

Ele se sentou ao meu lado. 

–Há muito tempo. 

–Ela gosta de você. 

–Ela namorou vários caras. Eu sou apenas aquele que lhe deu um fora. É difícil alguém como a Tanya lidar com isto. Mas nunca mais ela tentou nada, porque ela sabe que não vai rolar. 

–Você ficaria com ela ainda? Se não tivesse ficado doente? - indaguei num fio de voz.
–Não. Nunca. Não ia ficar com alguém que não amasse Bella. 

–Você não me amava quando dormiu comigo. 

Seus dedos seguravam meu rosto. 

–Eu te amava sim. Só não sabia. 

E algo em sua voz, em seu olhar, nas mãos que seguravam meu rosto me fez acreditar.
Meu coração começou a bater mais rápido, enquanto seus lábios desciam sobre os meus.
Suspirei, meus dedos tateando suas roupas, em busca de sua pele. 

–Faz amor comigo. – pedi, puxando-o para a cama e ele veio, seu bem vindo peso em cima de mim. As roupas sendo retiradas do caminho. 

E já não importava onde estávamos. 

Estávamos juntos. Só eu e ele. 

Era o que importava. 


–Quer viajar comigo? 

Eu abri os olhos, sonolenta, ao ouvir sua voz. Ainda sentia seu corpo morno grudado no meu, seus dedos fazendo desenhos em minha pele. 

–Viajar?
–Lembra que te convidei uma vez para ir para a casa de praia? 

–Sim, você me deu o bolo. – falei me lembrando de como doera quando ele me deixara esperando. 

–Eu fiquei doente. - sua voz era cheia de culpa e amargura. 

–Tudo bem. Não tem mais importância. 

–Eu magoei você. 

–Falei que não tem mais importância, Edward. O que passou, passou. O que importa é agora. E você está me convidando para viajar com você. 

–Sim, podemos ir neste fim de semana. 

Eu mordi os lábios, me animando. 

–Sim, eu vou. Seus irmãos também? 

–Não. – seus braços me apertaram mais. – Só eu e você. 

Eu sorri. 

–Isto parece perfeito. 

Somente eu e Edward. Um fim de semana inteiro. Era realmente mais do que perfeito. 



Nós acordamos cedo na manhã seguinte, pois eu tinha que ir em casa para trocar de roupa e pegar meu material. 

–Você podia deixar algumas coisas suas aqui. – Edward falou enquanto estávamos no carro. – Acho que tem razão. Podemos ficar na minha casa também. Embora eu ainda prefira ficar sozinho com você. 

–Acho que eu também prefiro, mas é sua família. 

–Já não teme mais os Cullens? – ele me provocou e eu dei de ombros. 

Eu fiz uma careta. 

–Acho que não. 

Quando chegamos em frente ao meu prédio, eu subi correndo para trocar de roupa e aproveitei para ver mensagens na caixa postal. Havia uma da minha mãe, o que me lembrava que há vários dias eu não falava com ela e uma do hospital. Me diziam que por enquanto não haviam achado ninguém compatível comigo, mas que meus dados permaneceriam no banco de dados. 

Eu suspirei tristemente. Era uma pena. Eu queria mesmo ajudar alguém. 

Como queria que alguém pudesse ajudar o Edward. 

Pensar na doença me deixou triste, mas eu respirei fundo. Não queria ficar pensando nisto. 

Edward estava bem. A doença estava controlada. Tudo ia dar certo. 

Troquei de roupa rapidamente, peguei meu material e desci. 


–Como assim não vai ficar na aula? - estávamos parados no estacionamento e só agora Edward me dizia que não ia ficar na aula hoje. 

–Tenho algumas coisas para resolver. 

Eu o encarei desconfiada. 

–Você tem médico e não me contou? 

–Não. 

–Não está mentindo pra mim, não é Edward? 

Ele riu. 

–Deixa de ser absurda. 

–Então se você não vai, eu também não vou. 

–Vai sim. – ele saiu do carro, dando a volta e me puxando do banco do carona. – Não vai perder aula, Bella. 

–Mas você pode? Não é justo. 

Ele riu e me beijou, depois olhou além de mim. 

–Oi Jéssica. 

Eu me virei e vi Jéssica a poucos metros de distância. 

–Acho que a Jéssica está te esperando. 

Eu dei de ombros. 

–E vai continuar esperando. É sério, Edward. O que você vai fazer? 

–Vou apenas passar o dia com meus pais, satisfeita? Eles vão voltar para Forks. 

–Jura? 

–Acho que consegui convencê-los de que não adianta nada ficar por aqui me controlando. Pra isto eu já tenho meus irmãos e você. 

–Eu não controlo você. 

Ele riu. 

–Nem vou discutir isto com você. 

–Então se seus pais vão embora, melhor não irmos viajar. 

–Não, nós vamos. Por isto eu vou passar o dia com eles hoje. 

–Quando eles viajam? 

–No domingo. 

–Eu ainda acho que... 

–Pare de achar, Bella. Acho que hoje a gente não se vê mais, mas amanhã eu pego você de manhã para viajarmos, ok? 

–Tudo bem. 

Ele me beijou de novo e eu me afastei. 

Jéssica me encarou curiosa, ao ver Edward entrar no carro. 

–Aonde ele vai? 

–Cabular aula pra ficar com os pais. 

–Oba, então somos só nós duas? Estava com saudade dos nossos papos! 

Eu ri, enquanto entrávamos no prédio. 

Seria um longo dia sem Edward. 

Mas pelo menos amanhã estaríamos juntos de novo. 


E quando eu saí da aula me surpreendi ao ver Alice me esperando. 

–Oi, Bella. – ela saltitava em volta do Porsche amarelo super chamativo. 

–O que faz aqui? 

–Vamos fazer compras. 

–Como é? 

Ela riu abrindo a porta do carro e praticamente me jogando para dentro. 

–Alice, eu não posso... 

Ela ria, dando partida. 

–Claro que pode. Edward está com meus pais por aí e você está comigo! 

–Eu não preciso comprar nada. 

Ela me encarou por cima dos óculos de sol, embora o tempo estivesse nublado. 

–Toda mulher precisa. Fiquei sabendo que vai viajar. 

–Sim, mas... 

–Sem mas, eu estava louca para o Edward te liberar pra mim! A Rose é tão cansativa e chata! Preciso de uma irmã nova pra me distrair. Aonde vamos primeiro? 

–Alice, é sério, eu não preciso de nada. 

–Ai Bella, bem que o Edward me alertou que você era absurda! Não se preocupe, eu sei os melhores lugares e sei de roupas que vão ficar fabulosas em você. E precisa de biquínis. 

–Está frio ainda, acho que nem precisa. 

–E daí? Com certeza agora você está no nosso circuito. E todos os fins de semana a gente vai para a praia e já, já vai esquentar... 

Ela continuou falando sem parar e eu tinha certeza que não adiantava falar nada. Ela não ia parar. 

E talvez nem tenha sido surpresa que ela parou primeiro justamente naquela loja de lingerie em que a encontrei um dia. 

–Nem faz esta cara. – ela riu me puxando. – Eu sabia do que estava falando quando pedi pra comprar aquele corpete, não é? - ela piscou quando fiquei vermelha. – E o Edward ainda nem me pagou por ele, mas é seu, claro. 

–Eu não... 

–E não se preocupe com dinheiro. Serão presentes meus! 

–Alice, eu odeio presente e não quero nada de vocês. – falei meio irritada e ela parou, me fitando mais séria. 

–Mas eu quero dar. Não é do Edward, é meu. 

–Mesmo assim. 

–Encare como presente de aniversário antecipado! 

–Alice...
–Nem adianta, Bella. 

E claro, não tinha como convencer Alice de parar, quando ela queria. 

Agora eu começava a entender o que o Edward queria dizer quando falava que a família era controladora. 

No fim do dia eu estava em casa, cansada e cheia de sacolas. 

Edward me ligou à noite. 

–Devia ter me alertado sobre a sua irmã maluca. 

Ele riu. 

–Ela te obrigou a comprar muita coisa? 

–Ela comprou, quer dizer. Sabe que eu odeio isto, Edward. 

–Bella, Alice é assim mesmo. Vai se acostumar. Ela já está cansada de comprar coisas pra mim e meus irmãos e acho que você é a nova boneca dela. 

–Ah que ótimo, era tudo o que eu queria. – ironizei. 

–Amanhã estaremos livres de todos eles. 

Eu me deitei, olhando o teto. 

–Queria que estivesse aqui. 

–Eu também... Quer vir para cá? Acho que meus pais não ligariam. 

–Não, fica com eles. Vou ter você só pra mim o fim de semana inteiro mesmo. 

–Boa noite, então. 

–Boa noite. 



Eu mal dormi naquela noite, esperando pelo dia seguinte. 

E de manhã, lá estava ele na minha porta. Lindo, os cabelos cor de areia, bagunçados pelo vento e aquele sorriso de lado que me tirava o ar. 

Eu pulei em cima dele, enchendo-o de beijos. 

–Ah, que saudade. – falei contra sua boca e ele riu, os braços me prendendo forte. 

–Vou passar mais noites longe de você para ser recebido assim. 

–Nem pense nisto. – eu o prendi ainda mais forte, meus dedos castigando seus cabelos.
Ele riu e me soltou, pegando minha mochila em cima da cama. 

–Vamos? 

–Claro! 


A viagem para a casa de praia dos Cullens levava três horas, mas eu nem vi o tempo passar. 
Eu estava com Edward e nada podia ser mais perfeito. Em qualquer lugar. 

Quando chegamos, eu devia imaginar que a casa de praia era mais uma mansão de Hollywood do que a cabana que eu tinha pensado. 

E revirei os olhos. 

–Demais? - Edward indagou, tirando nossas malas do carro. 

–Digna de um Cullen. – falei. 

–Rose que escolheu. 

–Imagino. 

Ele abriu a porta e o interior era tão magnífico quanto seu exterior. 

Tudo era branco e lindo. 

–Alice que decorou. 

–É muito bonito. 

–Vem, vou te mostrar os quartos. 

Eu fiquei na ponta dos pés e beijei sua nuca. 

–Basta o seu. 

Ele riu, enquanto entrávamos num quarto e ele largava as malas, se virando para mim.
–Achei que quisesse aproveitar a praia. 

–Está frio, quem liga? – falei. 

–Alice me disse que você comprou biquínis. 

–Ah, mas nem pensar em vou usar neste frio. 

Ele sorria enquanto se aproximava. 

–É sério, Edward. 

–Então vai entrar de roupa na água? 

–Edward, nem pense nisto... - e soltei um grito quando ele me pegou no colo, ignorando meus protestos e me levando para fora. 

Até que estivéssemos na água. 

E ele ainda ria quando eu emergi. 

–Isto não é justo! Esta água está gelada! 

–Eu devia ter te avisado, é um ritual dos Cullens. 

–Ritual dos Cullens? Matar as pessoas congeladas? 

–Eu e meus irmãos fazemos isto com Rose e Alice quando está frio. 

–Ah meu Deus, vocês são loucos. 

Ele se aproximou, me abraçando. 

–Me desculpe. - ele disse por fim, os dedos nos meus lábios trêmulos de frio, e eu sorri. 
–Se você me beijar, eu acho que o frio passa. 

E ele me beijou. E eu já não sentia a água tão gelada, com seus braços a minha volta e seus lábios nos meus. 

–Estou perdoado? - indagou depois do que pareceu muito tempo e eu nem me lembrava mais que a água estava fria. 

–Eu queria ver vocês fazendo isto com a Rosalie, acho que deve ser engraçado. 

Ele riu, me tirando da água. 

–Posso andar. 

–Eu gosto de te carregar. 

–Está me levando pra cama? 

–Pro chuveiro primeiro. 

–Ah, eu gosto no chuveiro também. 

Ele me colocou no chão azulejado do banheiro e ambos pingávamos de molhados.
Mas não nos importávamos. 

Eu fiquei na ponta dos pés e o beijei, sentindo seu gosto de água do mar contra minha língua, enquanto seus dedos retiravam minhas roupas úmidas e depois ligava a água da banheira, me colocando dentro. 

–Achei que íamos para o chuveiro. 

–Gosto de banheira também. 

–Eu vou gostar mais se você entrar comigo. 

–Acho que posso fazer isto. – ele disse, tirando suas próprias roupas e entrando, seus braços me puxando para perto, para colar seus lábios em meu pescoço, me fazendo suspirar. 

–Mais quente agora? - sua voz sussurrou em meu ouvido e eu mordi os lábios ao sentir seus dedos fazendo um caminho destruidor por minha pele e encontrando meus seios prontos para seu toque. 

Fechei os olhos, começando a arfar. 

Se eu estava quente? Eu estava queimando, principalmente ao sentir aqueles mesmos dedos se insinuando em meio a minhas pernas. 

E sem me conter mais, eu me virei e o beijei com força, meus braços se prendendo em volta de sua nuca, e Edward me pôs em seu colo, me fazendo descer sobre sua ereção.
E nós dois perdemos o fôlego desta vez e nos fitamos ofegantes. Ele sorriu, os dedos retirando os cabelos úmidos do meu rosto, enquanto eu me movia em cima dele.
–Adoro estar dentro de você. 

Eu apenas meneei a cabeça, incapaz de falar, fechando os olhos e aumentando o ritmo, gemendo, perdida num prazer que vinha dele e também era para ele. Até tudo explodir dentro de mim, em espasmos de prazer deliciosos, me fazendo gritar seu nome. E ele me segurou, estremecendo junto comigo. E quando eu abri os olhos, ele me encarava com um sorriso de lado. Perfeito. 

Eu o beijei. 

–Amo você. 

Ele me apertou mais e eu deitei a cabeça em seu ombro. 

–Eu sei. 


Nós fomos para a cama depois, e desta vez para dormir. 

E acordei com Edward vestido, beijando meu ombro. 

–Acorda Bella. 

–Não quero. 

–Já anoiteceu. Vamos comer. 

Eu me virei, olhando em volta. 

Sim, já estava escuro lá fora. 

–Vá se vestir. 

–Você cozinhou? – indaguei, levantando a sobrancelha. 

–Um Cullen não é tão inútil, Bella. 

–Esta eu quero ver. 

Ele saiu do quarto e eu fui me vestir. 

E como prometido, Edward tinha cozinhado. 

Omelete. 

–Ah, isto é trapaça. 

Ele deu de ombros, me servindo. 

–Podemos sair pra jantar, se quiser, sua esnobe. 

Eu rolei os olhos. 

–Você sabe, eu sou amiga dos Cullens... 

Ele riu. 

–Estou falando sério. 

–E eu estou brincando. – eu me inclinei e beijei seu rosto. – Não quero sair. Aposto que suas irmãs nunca cozinham aqui. 

–E nem meus irmãos. Tem alguns restaurantes bons na cidade. 

–Claro.
–Alice uma vez inventou de aprender a cozinhar. Não deu muito certo. 

Nós comemos, enquanto ele contava história dos seus irmãos que eu gostei de ouvir.
–Seus pais foram muito legais de adotar vocês. – comentei. 

–Sim, eles foram. Meus pais morreram quando eu era muito jovem, e Carlisle os conhecia. Eu fui o primeiro, Esme não pode ter filhos. E depois veio Rosalie e acho que eles gostaram de ser pais de adolescentes e adotaram Alice, Jasper e Emmett. 

–Acho engraçado que eles tenham se apaixonado. 

–Engraçado? As pessoas costumam achar esquisito. 

–Eu também achava. – confessei. – Mas agora que os conheço melhor, acho que combinam.
–Esme brinca que precisaria adotar mais uma garota para que formasse um casal comigo.
Eu fiz uma careta. 

–Não gostei desta ideia. 

Ele riu e se inclinou para me beijar. 

–Isto foi antes. Agora eu tenho você. 

–É bom que se lembre disto. 

–Terminou? - indagou vendo meu prato vazio. 

–Sim.
Nós fomos para a sala. Dali dava para ver o mar arrebentando na praia. Era um lugar bonito. 

–O que quer fazer agora? 

–O que vocês fazem quando seus irmãos estão aqui? - indaguei indo para a varanda. 
–Rose e Alice gostam de sair. Mas às vezes nós conseguimos convencê-las de ficar em casa e jogamos xadrez. 

Eu ri. 

–Xadrez? Isto é engraçado. Eu não sei jogar. 

–Ninguém ganha de mim e da Alice. 

–Posso imaginar. Deve ser legal ter irmãos. 

–Seus pais se separaram muito cedo? 

–Sim, eu era bebê. Minha mãe se casou de novo e mora em Phoenix. 

–E seu pai nunca quis se casar? 

–Nunca. Acho que não terei mais irmãos mesmo. 

–Eu posso te emprestar os meus. 

–Vou pensar. 

–E então, o que quer fazer? - ele acariciou meu rosto. 

–Bom, eu não sei jogar xadrez, não quero sair, acho que teremos que pensar em algo... - falei me afastando e abrindo minha blusa. 

E tive vontade de rir do seu olhar surpreso ao ver o que eu usava por baixo. 

Alice tinha escolhido, claro. Preto e transparente. Eu tinha pensado que morreria de vergonha de usar. 

Mas quase perdoei Alice por ter me obrigado a comprar aquela peça, ao ver os olhos famintos de Edward sobre mim. 

–Alice? - ele indagou e eu rolei os olhos. 

–Ah Edward, vai falar da sua irmã agora? - indaguei tirando a calça e revelando o conjunto.
Também transparente. Era quase como estar nua. 

O frio da noite me fez estremecer, mas Edward já se aproximava e suas mãos quentes me puxavam para ele e eu esquentei. 

–Você é tão linda que às vezes acho que não é de verdade. – seus dedos se imiscuíram em meus cabelos, a boca se fechou sobre a minha, várias vezes, me roubando o ar. 

–Eu sou de verdade. – murmurei, mordendo seus lábios, minhas mãos percorrendo seu peito. 

Ele me fitou. E havia tanto sentimento em seus olhos, que meu coração se apertou de um jeito bom e dolorido ao mesmo tempo. 

–Eu quero você tanto... 

Eu arfei. 

–Eu também. – murmurei e ele me beijou. 

E eu mal vi quando ele me levou para a cama, se juntando a mim, sem roupa, sua pele roçando na minha, me fazendo tremer de antecipação. E a lingerie perfeita de Alice desapareceu também e eu fechei os olhos, perdida em sensações, sentindo seus lábios percorrerem todo meu corpo, se concentrando em lugares estratégicos, me excitando além do que eu acharia possível, e então ele estava dentro de mim, se movendo devagar, os olhos presos nos meus e eu queria guardar aquele momento pra sempre. Sentindo todo meu mundo ali, com Edward. Em nossos corpos que se encaixavam perfeitamente, em seu coração batendo no mesmo ritmo que o meu. Em seu olhar que dizia tantas coisas e me faziam derreter por dentro. 

–Eu te amo. – murmurei, abraçando-o forte, pra nunca mais largar, enquanto tudo se desmanchava dentro de mim. 

Depois do que pareceu muito tempo, eu o sentia ainda bem perto, sua respiração em minha nuca, seus braços a minha volta. 

–Bella? - sua voz era sonolenta. 

–Hum? 

–Eu amo você também. 

Eu sorri no escuro. 

–Eu sei. 


Quando eu acordei já era dia. A primeira coisa que percebi era que chovia lá fora e que Edward não estava comigo. 

Eu me sentei. 

–Edward? 

Ele não estava no quarto. 

Me levantei e coloquei sua camisa que ainda estava por ali. 

E quando levantei o olhar ele saía do banheiro. 

Eu sorri ao vê-lo, mas o sorriso morreu no rosto ao vê-lo cambalear, o rosto pálido. 

–Bella, eu... - ele não conseguiu terminar e eu o vi ir ao chão, como se fosse em câmera lenta. 

Eu corri para ele, mas era tarde. 

Edward estava desacordado no chão. 

Meu mundo parou de girar naquele momento, enquanto eu gritava seu nome. 

Mas ele não ouvia. 

Ele não estava ali comigo. 





Continua...

8 comentários:

marylloulovyou disse...

Ai o que aconteceu ? Justo agora . Vou surtar até amanhã . Não pode ser o fim de...de jeito nenhum . Tadinho ....

Anônimo disse...

o que sera que vc tem nos rezervado nesta estoria? sabe como é!ta super interessante....cada dia fica mais dificil não se envolver......ate amanhã com certeza kkkk

Unknown disse...

Ah !!! gente to tendo um ataque do coraçao .. nao acredito logo quando tava tudo tao bom ... q tristesa espero q ele melhore , meu Deus , ja to agoniada .. bjs ate amanha...

Fran disse...

que ele naum morra por favor!!!!!

Cris disse...

quase tive uma sincope!!!! Ele tem que se curar...

Anônimo disse...

tive um grande susto! tomara q fique tdo bem e q ele não morr por favor

Unknown disse...

ate amanha eu vou surta d tao ansiosa

Bells disse...

Omg! Naooo

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