FANFIC - ROBSTEN IS UNBROKEN - CAPÍTULO 5

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 5° capítulo de "Robsten Is Unbroken". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.




CAPÍTULO 5



Duas semanas havia se passado. Kristen não saíra do apartamento em momento algum. Já Robert, vez ou outra, saía para comprar algo. Porém, eles recebiam visitas dos amigos e familiares de Robert, Tom Sturridge era um deles. Este também havia se reconciliado com a namorada.
Certa tarde, Sienna fora até o apartamento do casal de amigos acompanhada de seu bebê de três meses. A filhinha que teve com Tom. Ela ainda não tinha feito-lhes uma visita por achar que a presença de um bebê poderia causar um mal estar à Kristen, porém, fora a própria que cobrava uma visita de Sienna.



Sienna chegara trazendo a pequena filha numa cestinha tipo “bebê conforto”. A criança estava dormindo serenamente e Sienna apoiou a cestinha cuidadosamente sobre o sofá. Logo o delicioso e delicado aroma de talco tomou o ambiente.


Não demorou muito para a pequena Marlowe começar a se mexer...


- Ela está acordando. Posso? - Robert indagou, olhando para a direção de Sienna e fazendo um gesto de que queria pegá-la.


- Vá em frente. - ela respondeu sorrindo.


Kristen observou enquanto ele pegava o bebê com carinho e cuidado, amparando a cabeça com a mão. O resto de seu corpinho descansava no antebraço.


- Olá, princesa! - Robert falava com amor enquanto a segurava mais perto. - Tio Rob pegou você no colo. - ele sorria com Marlowe no colo, o rostinho em seu coração.


O peito de Kristen ficou apertado. Ela nunca tinha visto nada mais bonito do que a figura frágil de um bebê contra os braços fortes dele. Mordeu o lábio. Não ia chorar. Não na frente de Robert.



“Feito para ser pai.” - Um pensamento passageiro tomou a mente dela.


Vendo os músculos dele se ajustarem em torno do bebê, percebeu como seria um pai perfeito. O coração de Kristen parecia desabrochar, como uma flor, diante daquela imagem. Porque aqui, agora, estava se apaixonando por um outro lado que não conhecia de Robert: a paternidade.


A criança que ele segurava acrescentava outra dimensão à figura masculina de Robert. Seus braços serviam tanto para segurar uma criança quanto para enlaçar uma mulher. Kristen sentiu suas pernas ficarem fracas. Estava, sem dúvida, olhando para o homem mais sensual do mundo.


De repente, Marlowe começara a choramingar. O choro dela despertara em Kristen emoções com as quais não queria lidar no momento, especialmente com Robert assistindo. Um pouco assustado, ele entregou o bebê para a mãe.


- Ela deve estar com fome. - deduziu Sienna.


- Venha para o meu quarto. - Kristen sugeriu, guiando Sienna em direção a suíte.


Kristen e Sienna sentaram-se nas cadeiras em frente a lareira. Conversaram um pouco enquanto Sienna amamentava a filha. Aquele gesto era tão afetuoso que chegara a incomodar um pouco em Kristen. Ela ainda chorava por dentro a sua perda. Mas Kristen se esforçou para deixar a melancolia de lado.


 Assim que colocara o bebê para arrotar, Sienna percebeu que Kristen a observava curiosa. Então, ela perguntou:


- Quer segurá-la?


- Oh, não! - ela forçou uma risada para esconder seu incômodo. - Poderia deixá-la cair.


- Não, não deixaria.


- Não me dou bem com bebês, eu acho. Eles me olham e começam a chorar.


Para alívio de Kristen, Sienna não insistiu. Voltando a atenção para a filha, notou que ela adormecera. Logo em seguida, Robert batera na porta e Kristen permitiu que ele entrasse


Ele informou à Sienna que seu celular estava tocando. Sienna pôs a filha, que dormia, sobre a cama e saiu apressada para atender o telefone. Robert se aproximou da namorada que estava de pé, ao lado da cama, e colocou um braço ao redor do pescoço dela, abraçando-a.


- Está tudo bem? - ele quis saber.


Kristen apenas assentiu com a cabeça.


Ainda fitavam a criança quando Sienna retornou ao quarto e disse-lhes que precisava sair. Tom havia se envolvido num pequeno acidente de trânsito próximo dali. Ele estava bem, mas o carro seria rebocado.


- Tom pediu que eu fosse buscá-lo. - revelou Sienna.


- Eu irei com você... - disse Robert.


- Hey! E Marlowe? - Kristen protestou.


- Ah, não se preocupe. Ela está alimentada, não vai dar trabalho. E além disso não devemos demorar.


- Ma-mas... se ela acordar? O que farei? - Kristen estava nervosa.


Robert vestia sua jaqueta e respondeu à ela:


- Kris, ela é só um bebê! Não irá fazer nada. Nem dente tem para te morder. - ele riu.


- E também não cresce à velocidade da luz. - completou Sienna.


- Muito engraçado vocês dois! - Kristen balançava a cabeça.


E então, Kristen se viu sozinha com a pequena Marlowe. Os olhos da menininha estavam fechados. Ela fazia pequenos movimentos com a boca, como se estivesse mamando. Kristen teve vontade de tocar aquela pele macia e cheirosa. Queria pegá-la e niná-la em seu peito. Sobre seu coração.


Mas só para complicar, Marlowe acordou naquele momento com um bocejo que virou uma reclamação e rapidamente passou a choro intenso. Kristen achou que ela estava bem, que era só um choro normal de bebê, e que Sienna retornaria logo.  Porém, ela continuava a chorar.


Kristen aproximou-se, o rostinho dela estava amassado e vermelho, as pernas e os bracinhos se agitando. Sentando-se na cama, aproximou um dedo. Seu coração batia descontrolado. Tudo dentro dela desejava aquilo. Só um toque...


Assim que a tocou, o barulho cessou e Marlowe olhou para ela. Então a acariciou novamente. Kristen começou a cantar uma cantiga de ninar. Cantou tão baixo que mal se ouvia, mas a criança escutou. E parecia encantada.


Uma lágrima escorreu pela face de Kristen.


Porque o destino era tão insensível para lhe dar tal dádiva e, ao mesmo tempo, tirá-la?


"E se eu não puder mais ter filhos?" - Kristen pensou.


Sim, talvez o destino pudesse ser mais cruel! Kristen não fizera novos exames... Estava com Robert há duas semanas, eles transavam todos os dias. Pareciam incansáveis e insaciáveis. Porque então ainda não engravidara? Não havia enjoos ou nenhum outro indício de gravidez.


E Robert se mostrara tão afável, tão sentimental com o bebê no colo, que chegou a doer no coração de Kristen ao lembrar-se de como o havia julgado.


Enquanto observava a pequena criança, que agora se mantinha calma, Kristen era cercada de dúvidas... Como Robert reagiria se soubesse que a namorada estivesse incapacitada de conceber? Ser rejeitada de novo, ver o homem que amava se afastar... Kristen jamais superaria aquilo.


Uns vinte minutos depois, Robert, Tom e Sienna acabavam de chegar. Kristen estava inclinada sobre o bebê quando Robert entrou no quarto. Ele se deteve na porta, admirado.


- Kris?


Com um sobressalto Kristen virou-se para ele, com os olhos arregalados..


- Ela estava chorando, mas se acalmou agora.


Robert não a viu encostar no bebê, mas podia jurar que vira alguma coisa naquele olhar. E naquele curto momento, assistiu ao futuro passar diante de seus olhos... Um futuro que incluía Kristen e filhos.


(...)


Tom e Sienna foram embora antes de anoitecer. Assim que fechou a porta, Robert envolveu Kristen num abraço e ela pode sentir o cheirinho de bebê que ficara impregnado na camisa dele. Com a voz um pouco embargada ela disse:


- Me desculpe.


- Do quê está falando?


- Quando o acusei de rejeitar nosso filho... Hoje vi o quanto ama crianças. Você sempre quis uma família. Fora completamente sincero em relação a isso o tempo todo. Eu é que não enxerguei. - Kristen afundou o rosto contra o peito dele. - E acabei fazendo com que se afastasse... Sei que sofreu muito com isso.


Robert a beijou no alto da cabeça e apertou mais os seus braços em torno do corpo delicado.


- Não mais do que você, que além da dor emocional, também sentiu a física. - ele segurou-lhe pelo queixo, obrigando-a a encará-lo. - Agora esqueça isso. Não devemos sofrer mais.


Robert inclinou-se para beijá-la, mas Kristen colocou as mãos contra o peito dele, impedindo de fazer.


- Tem uma coisa que quero lhe falar. - ela respirou fundo. - Estou com medo de que não possa engravidar novamente.


- O que está querendo dizer?


- Estamos aqui há duas semanas, fazemos amor todos os dias e até agora nada!


- Deixe de bobagem. Seu lado psicológico ainda está abalado e isso pode acarretar num bloqueio... Além do mais, é pouco tempo para sabermos se está ou não. - colocando o rosto dela entre suas mãos, Robert sugeriu:


- Amanhã iremos ao médico e resolvemos logo esse assunto.


- Não. Eu vou fazer isso quando voltarmos para Los Angeles.


- Se quer assim, tudo bem! Mas então, tire essas coisas de sua cabeça.


E finalmente Robert conseguiu beijá-la. E novamente um beijo cheio de paixão e cobiça. Apertando-a contra o corpo, esfregando-se com volúpia...


- Enquanto isso, porque não treinamos mais um pouco? Ducha, banheira ou aqui mesmo? 


- Robert falava e beijava ao mesmo tempo... boca, orelha, pescoço...


- Eu quero sair.- Kristen o cortou.


- Sair? Para onde? - Robert afastou-se para melhor encará-la.


- Sei lá, qualquer lugar. Daqui alguns dias estaremos indo embora e vamos enfrentar aquela maratona de premieres. Quero sair e me distrair um pouco.


- Hum... Tem certeza? - Kristen assentiu e Robert prosseguiu: - Podemos sair amanhã, Marcus vai se apresentar em algum lugar. O que acha? - Robert propôs.


- Pode ser. - ela concordou. - Então, vamos treinar? - ela sorriu.


Robert a pegou no colo e seguiu para o banheiro.


(...)


Robert acordou no dia seguinte com um sorriso. Tinha a agradável sensação de sair de um sonho erótico. Não, não fora um sonho. Cenas da noite anterior encheram a mente dele. Lembrou-se da paixão com que ela o beijara e como usara com sabedoria sua boca.


Kristen estava completamente apagada. Afinal, ele a manteve acordada durante boa parte da noite. Robert não conseguia se cansar dela, do seu sabor, seu aroma, o cabelo caindo em ondas sobre ele... A maneira como gemia em seu ápice, o que aconteceu mais de uma vez.


Kristen se mexeu, sorrindo de leve, como se estivesse sonhando... com Robert, certamente, e as coisas que fizera com ela à noite. O que fizeram um com o outro.


A ereção dele pulsou, enrijecendo enquanto a observava. Mas ele não queria acordá-la. Levantou-se, vestiu a calça do pijama e colocou o roupão. Se dirigiu para a cozinha, longe da tentação, a fim de preparar o café para ambos.


O cheiro delicioso de café fresco invadia o quarto. Kristen esticou o braço, procurando por Robert. Queria sentir aquele corpo quente ao seu lado, mas a cama estava vazia. Ao abrir os olhos, um tímido sol entrava pela janela. Não olhara para o relógio, mas podia perceber que tinha dormido demais.


Ela fechou os olhos novamente e pensou no gemido impaciente que ele emitiu na noite anterior, pressionando a boca contra seu seio, quando a penetrou de madrugada. E começou a sentir os primeiros sinais de excitação.


(...)


Kristen sorriu quando Robert entrou no quarto e o cumprimentou numa voz sonolenta:


- Bom dia.


Ele sorriu também. Se aproximou da cama e debruçando-se sobre ela, roçou-lhe os lábios com os seus.


- Bom dia, linda! Quando foi a última vez que falei que amo você?


- Bem, vamos ver. - Kristen o enlaçou pelo pescoço. - Quando estávamos na banheira? Ou mais tarde, quando viemos para a cama?


- Hum... - Robert beijou-lhe novamente. - Você se esqueceu de hoje bem cedinho. Acordei de madrugada, lembra?


Sim, ela lembrava. Sua pele formigou com a memória. Mas Kristen preferiu continuar provocando-o.


- Acordou? Não me lembro disso, amor. Talvez você precise reavivar minha memória...


Ela parou de falar quando ele lhe beijou um dos seios, provocou o mamilo com a língua e os dentes.


- Oh, sim, lembrei que você fez isso.


Robert sorriu. Kristen ainda mantinha um desejo ardente. Mas, ciente de que ambos precisavam se alimentar, ele interrompeu as carícias.


- Não quer tomar café agora? Posso lhe trazer na cama. - ele sugeriu.


- Não. Cama é lugar para se fazer outras coisas. E quero fazer uma delas agora!


Com os braços ainda o prendendo pelo pescoço, Kristen o puxou e o beijou apaixonadamente. E Robert sentiu o seu próprio desejo se reacender. Queria-a novamente.


Deveriam estar saciados e não interessados em fazer amor outra vez.


 - Estimule mais a minha memória. - Kristen pediu.


Robert atendeu ao pedido da namorada. Ele escorregou pelo corpo dela, beijou-lhe a barriga, afastou-lhe as coxas, enterrou o rosto em seu calor, absorvendo a essência da mulher que dominava seu ser.


- Lembra-se disso também? - sussurrou ele, abaixando a cabeça para saboreá-la, deleitar-se nos gemidos suaves que o enlouqueciam...


Ávido para possuí-la, Robert ergueu-se e retirou o roupão e a calça. Em seguida, sentou-se no meio da cama e a puxou para o seu colo. Segurando-a pela cintura, conduziu o corpo dela permitindo que deslizasse profundamente sobre ele.  Ao sentir o corpo sendo invadido, Kristen suspirou forte. Envolveu-lhe os quadris com as pernas e o abraçou.


Agarrando-a com força, Robert comandava os movimentos. Ele a fazia alçar e descer devagarzinho. Ela consentiu que a controlasse daquela maneira e lhe proporcionasse o prazer que tão desesperadamente precisava naquele momento.


Com um movimento rápido, ele girou na cama, assumindo a nova posição com profundas e demoradas estocadas.


- Rob...


- Fale. - pediu ele. - Fale as palavras, amor. Preciso ouví-las.


- Eu amo você. - sussurrou Kristen. - Amo muito, muito, muito...


Em algum momento da escalada frenética em busca do prazer máximo, eles ouviram a campanhia do interfone soar. Porém, nenhum dos dois se incomodou em interromper a jornada para atender quem quer que fosse que os tivesse procurando naquele horário inoportuno. O que acontecia entre eles era mais importante do que qualquer outra coisa no momento.


E naquele momento, Robert estava tão ávido pelo doce gozo que antevia nela, que na mesma hora soube que também não demoraria em atingir o seu. Não conseguia se controlar. Até que ele a escutou gritar, sentiu o corpo dela apertar-se ainda mais ao redor de si e, então sua mente se estilhaçou. Deixando escapar um grito também, Robert deu o golpe final e derramou-se dentro dela.


Ambos saborearam o momento, aguardaram, e depois sentiram a paz tomar seu lugar.


Quando terminaram o ato de amor, Kristen se sentia nas nuvens, sem o mínimo desejo de retornar para a realidade. Robert permanecia tombado e imóvel ao lado dela e tentava acalmar as batidas do coração, ainda acelerado por conta do incrível orgasmo que ambos acabavam de experimentar juntos.


Mas a campanhia voltou a tocar insistentemente. Robert praguejou em tom baixo. Em seguida, levantou-se contrariado da cama e procurou pela calça.


- Parece que alguém está desesperado. Será que aconteceu alguma coisa? - Kristen pareceu preocupada.


- Deve ser o Nick. Ele ficou de me ligar para acertarmos a volta para Los Angeles. - Robert disse, enquanto vestia a calça.


- E porque não ligou então?


- Bem, eu esqueci de carregar o celular. E depois, estávamos muito ocupados para ouvir qualquer outro barulho que fosse fora do quarto. - ele sorriu e vestiu o roupão.


Robert deixou o quarto e Kristen permaneceu deitada. Esperaria até que Nicholas Frenkel fosse embora.


(...)


Após alguns minutos, Robert retornara ao quarto com uma expressão séria.


- Sua mãe e Nikki estão aqui.


Kristen sentou-se na cama imediatamente.


- Aqui? - ela indagou surpresa.


Ao observar que Kristen começava a se levantar, ele pediu:


- Fique aqui. Deixe que eu resolvo isso.


- Não desta vez! - ela exclamou e, abandonando a cama, vestiu o roupão. - Se Nikki está aqui para ocasionar problemas, ela terá que se entender comigo e falar na minha cara que tem para dizer! - finalizou furiosa.


Robert pensou em impedi-la, porém, assistindo à determinação exibida nos olhos verdes e enfurecidos de Kristen, decidiu permitir que ela enfrentasse Nikki sem interferir com sua presença.


- Vai atendê-las dessa maneira? - ele perguntou com um sorriso malicioso ao olhar o cabelo desalinhado e as faces ainda coradas de prazer da namorada.


- E por que não? - Kristen questionou empinando o nariz. - Por acaso, está preocupado que Nikki desconfie do que estávamos fazendo há pouco tempo atrás?


- Deus! Você ainda não acredita que não tive nada íntimo com ela?


- Nunca deveria tê-la trazido para este apartamento!


- Bem, se quer persistir em viver desconfiada, então vá em frente. - ele estendeu um dos braços, convidando-a a sair do quarto.


Kristen aceitou o desafio e, com o queixo erguido, tentou passar por ele. Robert a impediu, enlaçando-lhe a cintura delgada, para seguirem abraçados.


- Um dia... - murmurou ele. - ... você terá que admitir o quanto estava errada a meu respeito. E quando esse dia chegar, espero que as desculpas sejam feitas de uma maneira muito especial...


(...)


No instante em que entraram na sala de estar, Jules estava junto da janela apreciando a vista. Quando ela percebeu a presença de Kristen, girou o rosto, exibindo as feições preocupadas.


Nikki estava sentada em uma das poltronas e demonstrava preocupação também. Ergueu os olhos para Kristen por um breve instante e depois fitou o chão.


- Que surpresa inesperada! - exclamou Robert. - O que fazem aqui em Londres? E o que fazem aqui a uma hora dessas?


- Sinto muito se estamos incomodando. - Jules desculpou-se, repassando o olhar na maneira como eles estavam vestidos. - Acontece que já passa de uma da tarde e...


- Tão tarde? - ele a interrompeu, demonstrando surpresa. - Nós nem percebemos... - Robert murmurou com um sorriso malicioso.


- Porque não telefonou antes? - Kristen interrompeu.


- Eu tentei. Desde ontem, quando chegamos. Mas parece que vocês não querem atender as ligações. - Jules se justificou. - Então, hoje pela manhã falei com a mãe de Rob e, ela me garantiu que vocês estavam em casa.


Jules demonstrou embaraço, e Nikki levantou-se para falar:


- A culpa é toda minha. - hesitou, olhando na direção de Jules. - Acho melhor irmos embora.


Nikki percebeu também a maneira improvisada como Robert e Kristen estavam vestidos: roupão e chinelos, cabelo revolto e faces coradas.


- Não vamos embora coisa nenhuma. - disse Jules. - E agora se sente, antes que acabe desmaiando!


Kristen ficou surpresa em ver como Nikki acatou as ordens de sua mãe. O que Nikki fora fazer lá?


Nikki tornou a se sentar na poltrona. Contudo, a palidez e o tremor nos lábios indicavam que algo não estava bem.


- Está se sentindo enjoada? - Kristen quis saber, reconhecendo os sintomas. Afinal, não havia tanto tempo assim que ela mesma experimentara as famosas náuseas típicas do início de uma gravidez.


- Acho que foi o movimento súbito. - Nikki declarou e cobriu a boca com a palma da mão. 


- Ficarei bem num minuto. Só preciso...


- Esperar o enjoo passar. - Kristen completou. - Sei como é. Gostaria de tomar um copo de água ou descansar um pouco no quarto de hóspedes?


- Ah, Kris! Não sei como ainda pode ser tão gentil comigo depois do que fiz na festa! - Nikki comentou arrasada. - Eu me esqueci completamente de que você havia perdido seu bebê e anunciei a minha gravidez.


- Mas como? Você nem sabia que eu tinha engravidado! - Kristen a interrompeu.


- Foi Rob. No dia em que me encontrei com ele no restaurante. Ele contou sobre o que vocês tinham passado.


Robert estava o tempo todo sentado numa poltrona. Calado. Observando o desenrolar da conversa. Quando Kristen soube que ele expusera a intimidade deles e justamente para Nikki, ela lhe lançou um olhar recriminador.


- Mas afinal de contas, o que vocês vieram fazer aqui? - Robert enfim abriu a boca.


- Cale a boca, Rob. Ou você vai acabar se complicando. - Kristen esbravejou.


Robert abanou a cabeça e revirou os olhos, mas não quis protestar. Kristen estava irritada e antes que se virasse contra ele, era melhor se calar mesmo. Foram Nikki e Jules que causaram todo aquele problema, então, elas é que se entendessem com Kristen.


- Não fique brava com ele, Kris. Rob só estava querendo me ajudar. - Nikki o defendeu. - Ele só me contou, porque eu estava prestes a cometer uma grande besteira. Enquanto você tentava superar a perda de seu bebê, eu queria me livrar do meu.


Envergonhada diante daquela dura realidade, Nikki baixou a cabeça.


- Agora, qual das duas vai responder a pergunta do Rob? - Kristen indagou.


Robert reprimiu um riso. Kristen estava confusa com toda aquela movimentação em torno dela. Tomando a palavra, Jules se dirigiu à filha:


- Dois dias depois da festa, Nikki me procurou. Ela queria falar com a você, mas não conseguia fazer contato. Aliás, com nenhum dos dois. Eu lhe disse que estava com viagem marcada para vir para cá e que conversaria com você....


- E porque ela veio junto então? - Kristen quis saber.


- Na verdade, eu teria que estar em Paris... - a própria Nikki respondeu. - Então, pedi insistentemente para que sua mãe me trouxesse até aqui. Eu queria lhe falar pessoalmente sobre esse assunto.


- Então diga logo o que quer. - Kristen ordenou.


- Está certo... Eu vim me desculpar. Robert já havia me prevenido para não falar com você sobre a gravidez por enquanto, mas pensei...


- Ela pensou que você já estava recuperada. - Jules se intrometeu na conversa. - Acontece que acabou ocasionando um problema maior.


- Mãe, deixe Nikki falar! - Kristen já se mostrava impaciente.


Jules olhou para a filha e ignorou o pedido dela, tornando a falar:


- Conte logo para Kristen de quem é o filho que está esperando e acabe com essa história de uma vez!


Robert respirou fundo e enrijeceu o corpo. Kristen sentiu o coração na garganta... Nikki engoliu em seco antes de se encorajar a falar:


- Paul é o pai do meu filho!


- Mas na festa você disse... - insistiu Kristen, sendo interrompida por Nikki.


- Eu não falei o nome do pai do meu filho e muito menos insinuei que fosse Robert.


Kristen olhou para Robert, que exibia um sorriso vitorioso. Em seguida, virou-se para a mãe que começava a falar novamente:


- Eu é que sou a verdadeira responsável por toda essa confusão. -  Jules admitiu com voz embargada pela vergonha.


- Não estou entendendo nada. - Kristen olhava confusa para Nikki e depois para a mãe.


- Deixe-me explicar. - Jules sentou-se no sofá. - Eu lhe contei que havia visto Robert e Nikki jantando juntos. E, pela maneira como estavam entretidos numa conversa que parecia bastante íntima, imaginei que algo a mais estivesse acontecendo entre eles. E, como você já sabe, resolvi segui-los até este prédio e depois contei-lhe o que vi.


Robert acompanhava com atenção o que a sogra revelava. Kristen também. Para ela era muito importante saber toda a história e com os envolvidos ali presente.


- Porque você foi correndo contar para Kristen sobre o meu encontro com Nikki? - Robert questionou. - Não acha que foi precipitada demais?


- Rob, eu estava muito preocupada com Kristen. Ela precisava reagir. O relacionamento de vocês estava correndo sério risco de acabar e quando vi você e Nikki juntos, achei que aquilo seria o ponto final entre vocês. Contei para ela por que queria que saísse da apatia para lutar e evitar que se separassem. E, apesar dessa confusão toda, não me arrependo de nada!


- Mãe, por favor! Termine de concluir o que estava falando antes. - pediu Kristen.


- Bem... no dia da festa, quando Nikki declarou que estava grávida, apenas juntei os fatos e deduzi que o filho só poderia ser de Robert. E, quando vi você sair apressada do salão, senti vontade de esganá-lo. - Jules relanceou o olhar para Robert. - Porém ele já havia saído atrás de você. Então, puxei Nikki para um canto e a acusei de estar tendo um caso com Rob e que tinha certeza de que o pai da criança que ela esperava era dele.


- Eu deveria ter negado o que sua mãe dizia. - comentou Nikki. - Mas eu fiquei tão assustada que deixei as coisas prosseguirem como estavam.


- Preferiu se proteger e permitir que Rob levasse a culpa... - disse Jules com um olhar sarcástico na direção de Nikki.


- Eu não imaginei que você tivesse contado para Kris sobre o encontro de Londres. - defendeu-se Nikki.


- Pois deveria. Sou a mãe dela. Jamais iria deixar minha filha fazer papel de idiota. - Jules retrucou.


- Acontece que você não tinha provas suficientes para dizer que eu estava tendo um caso com o Rob. - devolveu Nikki.


Kristen levantou-se do sofá e se manifestou:


- Como não? Vocês já saíram juntos... para uma recaída, bastava só um momento oportuno.


- Lembrou bem, Kris. Nós já saímos antes, mas era você que Robert queria desde o começo. Portanto, nunca houve uma "recaída" e nunca haverá. Além do mais, eu amo Paul.


No momento em que a conversa começava a se inflamar, Robert decidiu dar um basta naquele bate boca. Pigarreou forte, chamando a atenção delas. As três mulheres olharam ao mesmo tempo para ele. E, pelas feições exibidas no rosto de cada uma delas, estava claro que haviam se esquecido completamente da presença dele na sala.


- Sinto muito se estou interrompendo a festa de vocês. - ele ironizou. - Mas a finalidade dessa "pequena reunião" era esclarecer todo esse mal entendido e deixar evidente de que não sou o pai dessa criança. Certo, Nikki?


Nikki concordou com um aceno de cabeça e, em seguida, Robert lançou um olhar insinuante para Kristen, como se estivesse querendo dizer que aguardava as desculpas especiais a que teria direito.


Kristen sentiu as faces esquentarem.


Jules se virou para Robert e disse:


- Mas o fato de eu ter me enganado a respeito do que vi e criado toda essa confusão, não o inocenta por ter se afastado de minha filha quando ela mais precisou de você.


- Mãe, está tudo bem! - exclamou Kristen. - Não vamos começar uma nova guerra! Nesta parte eu já me entendi com Rob.


- Obrigado, amor. - murmurou Robert.


- Não se empolgue muito. Isso não significa que o que minha mãe falou estava errado. Além do mais, precisamos conversar sobre alguns detalhes. - Kristen comentou com um brilho fulminante nos olhos.


- Nossa! Você está parecendo viva outra vez, minha filha! - admirou-se Jules.


- Eu não estava morta, mãe! Apenas depressiva.


Robert levantou-se da poltrona e ao se aproximar de Kristen, a abraçou. E inclinando a cabeça, ele depositou um beijo carinhoso nos lábios dela.


- Acho que está na hora de irmos. - Jules afirmou e pôs-se de pé.


Nikki também se levantou e foi até próximo de Robert e Kristen.


- Você já contou ao Paul? - Robert perguntou.


- Sim. Falei com ele pelo telefone e vamos nos encontrar quando eu retornar. Estou indo para Paris hoje à noite e daqui há dois dias volto para Los Angeles.


- Bem, eu espero que vocês se acertem... - desejou-lhe Kristen.


- Eu também, mas se isso não acontecer, não me deixarei abater. - respondeu Nikki.


- Minha oferta ainda é válida. - Robert lembrou a ela.


- Que oferta? - Kristen quis saber, porém Robert nada respondeu.


- Obrigada. - agradeceu Nikki. - Mas não vai ser preciso. - e olhando para Robert, acrescentou: -  Você estava certo. Eu apenas precisava aprender a amar esta criança. - Nikki colocou as palmas das mãos sobre o próprio ventre. - Agora estou disposta a lutar pelo meu filho, sem me importar com o que Paul decidir ou com o as dificuldades que terei de enfrentar.


- Você está completamente certa, Nikki. Eu faria a mesma coisa! - Kristen concluiu.


Nikki se despediu do casal com a promessa de revê-los na premiere em Los Angeles.


Assim que Jules e Nikki saíram e eles estavam novamente a sós, Kristen insistiu:


- O que foi que você ofereceu para Nikki?


- Eu apenas me ofereci para conversar com Paul sobre ela e a gravidez.


- Bem, você a ouviu dizer que não vai precisar. - Kristen disse séria. - Graças a Deus tudo está resolvido, mas eu espero que  você se mantenha longe dela.


- Você não se cansa de ter ciúmes, não é? - Robert começou a rir.


E a única coisa que seria sensato fazer naquele momento, era carregá-la nos braços e levá-la para o quarto. E foi exatamente o que Robert decidiu fazer...


- Ah, não! - Kristen protestou e o afastou com as palmas das mãos sobre o peito de Robert. - Estou morrendo de fome! Tem ideia de que não nos alimentamos desde ontem?



Continua...





PS : MAIS UMA FIC CHEGANDO AO FIM :'( ESTE SERÁ O NOSSO ÚLTIMO CAP, AMANHÃ VOLTAMOS COM O EPÍLOGO ... ATÉ MAIS NOS COMENTÁRIOS BJS AMORES





2 comentários:

Cris disse...

Adorei, vc esta de parabéns!

Anônimo disse...

Anem. ..que chato amanha..ja vai ser o final.. :-( eu amooooo essa fic. bjs jannayra

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