FANFIC - SEDUÇÃO - CAPÍTULO 19

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 19° capítulo de "Sedução". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.




Autora :Marla Costa
Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Drama, Romance
Avisos: Heterossexualidade, Sexo




CAPÍTULO 19



Quando Angela contou que Jessica tinha levado Eddy para casa, Bella teve um pressentimento ruim. Sentindo a agonia se instalar em seu peito, ela arrancou com o carro. Quando se tratava do seu filho, não gostava de coisas estranhas acontecendo. Quando encontrasse Jessica diria poucas e boas... 


Enquanto isso, Mike levava Jessica e o bebê para o velho galpão localizado numa mina desativada...


– Mark, porque viemos para cá? – Jessica indagou.


– Preciso pegar uma coisa que esqueci...– ele respondeu, enquanto parava o carro um pouco afastado.


– E porque está parando o carro no meio do mato?



Sem respondê-la, Mike desceu do carro e abriu a porta traseira para Jessica sair.


– Eu prefiro esperar aqui.– disse Jessica. - E não demore, senão Bella vai me matar, aliás, vou ligar para ela avisando que...


Antes que Jessica terminasse de falar, Mike arrancou o celular da mão dela e o jogou no chão. Pisando em cima, logo em seguida.


– Mark! Porque fez isso?– Jessica perguntou chocada.


– Cale a boca! Você faz perguntas demais.– segurando-a pelo braço, ele a puxou para fora do carro. - Vamos, já perdemos muito tempo.


Assustada, Jessica obedeceu. Sem entender o que estava acontecendo acompanhou Mike, mas eles não entraram no galpão. Seguiram pela a lateral do velho lugar onde havia um alçapão, cuja porta encontrava-se aberta.


– Eu não vou entrar aí.– Jessica empacou.


Mike segurou com força o braço dela e disse com raiva:


– Já mandei calar a boca. E me obedeça, se não quiser que algum mal aconteça à criança.


Jessica, horrorizada com a atitude violenta do namorado, envolveu mais ainda o pequeno Eddy em seus braços e desceu uma escada que levava para o interior daquele túnel subterrâneo. Mike seguiu logo atrás e fechou a porta tão logo passou por ela. De posse de uma lanterna, ele iluminava o caminho a ser percorrido.


(...)


Momentos antecedentes ao desaparecimento do bebê.


Aquela quinta-feira amanheceu com um sabor especial, Bella estava bastante empolgada com a viagem que fariam no sábado. Pela primeira vez saíria do estado de Washington... Pela primeira vez iria a uma praia de verdade... Sim, porque a praia de La Push, em Forks, não contava. Inclusive, isto a fez lembrar que precisava comprar um biquíni... Pela primeira vez após o casamento, seria somente ela e Edward. Durante uma semana não precisariam se preocupar com reuniões de trabalho, papeladas para assinar, problemas domésticos para resolver... a única coisa que haveria entre os dois seria o filho, mas ele não era motivo de preocupação. Era uma dádiva de Deus!


Embora a atmosfera fosse diferente, aquele dia começou normal como todos os outros: às 5:30 da manhã o pequeno Eddy acordara. Edward brincava dizendo que ele possuía a pontualidade britânica. Uma característica proveniente do sangue inglês, herdado pela parte paterna, que corria nas veias do filho. E como de costume, Edward sempre acordava aos sons, emitidos pela babá eletrônica, dos barulhinhos que o bebê fazia ao despertar. Ele se levantava, ia até o quarto do filho, trocava-lhe a fralda e o entregava à Bella, para que amamentasse-o .


Mas o que eles não sabiam, sequer imaginavam, era que algo terrível estava prestes a acontecer.


Logo após Edward atender ao telefonema de J. Jenks, naquela manhã, informando que haviam pego um comparsa de Victoria, ele partira imediatamente para Seattle. E tomou conhecimento não só sobre a conclusão dos telefonemas anônimos que apontavam seu funcionário Riley como o autor, como descobrira que ele estava envolvido com Victoria e que ela era a mandante das tais ligações. Descobrira também, que Victoria usava um nome falso: Veronica Newman. E que Mark Newman, o hacker responsável pelo ataque à empresa dele era na verdade Mike Newton.


Enquanto Edward se encontrava no escritório de Jenks, Bella recebia em sua empresa de paisagismo uma futura cliente em potencial: Veronica Newman. Bella, juntamente com Jessica e Angela ficaram animadas com o grande trabalho que teriam pela frente.


(...)


De volta ao momento atual...


Após vasculhar sua casa e constatar que seu filho não estava lá, o nervosismo tomou-lhe conta. Imaginou que ele pudesse estar com fome naquele momento. Ela já podia sentir o leite se acumulando nos seios. No silêncio da casa e sob os olhares apreensivos da senhora Stanley, Bella pôs-se a andar de um lado para outro com as mãos por baixo dos braços, tanto para estancar o fluxo de leite quanto para se acalmar. E foi quando se lembrou de que Edward estava a caminho.


– Meu Deus... Edward! – ela exclamou. - Preciso falar com ele.


Bella correu até o telefone para ligar para o celular do marido.


(...)


Edward ainda dirigia pela estrada em direção a sua casa, quando recebeu uma ligação de J. Jenks. Ele ouviu do amigo investigador que Victoria tinha ido para Port Angeles.


A equipe de Jenks rastreava os passos de Veronica Newman, nome falso que Victoria usava, e chegaram até uma agência de aluguel de carros. Descobriram que ela havia alugado uma limousine e que o motorista que a acompanhava já tinha retornado. Baseado nas informações que ele prestara, Victoria estaria hospedada no Plaza Hotel, em Port Angeles. O que mais chamou atenção de Jenks, fora saber que ela estivera na empresa de paisagismo de Bella. Aquela novidade deixou Edward preocupado, pois Victoria havia se aproximado de Bella. O motorista ainda revelou que Victoria, antes de dispensá-lo, pediu-lhe que a deixasse numa estrada ao norte do centro da cidade, e segundo ele, um local totalmente ermo.


Mal havia deixado de falar com Jenks, Edward recebia outra ligação. E agora era de sua casa. Assim que atendeu, antes mesmo de dizer alguma coisa, Bella o atropelou com suas palavras. E num tom de voz aflito, perguntou:


– Edward, onde você está?


– O que houve, Bella?


– Edward... – ela começou a chorar.


– Bella, pelo amor de Deus, o que houve? Você está bem? – ele apenas a ouvia soluçar. - Bella, por favor, fale comigo! Aconteceu alguma coisa com nosso filho?


– E-eu não sei. Jessica o pegou para trazê-lo para casa, mas... mas ela não apareceu aqui.


– Onde ela está?– Edward perguntou agoniado.


– Não sei. Já liguei para o celular dela, mas não atende.


– Fique aí. – instruiu Edward. - Já estou quase chegando.


– Não, vou passar na casa dela. Não posso ficar parada, esperando. Deixarei um recado aqui, com a senhora Stanley, caso ela apareça.


– Tudo bem, mas se não tiver sucesso, volte para casa.


– Não. Se Jessica não estiver em casa, seguirei para a empresa. Ela deixou seu carro lá.
– Então me espere lá. Chegarei em dez minutos.


Bella falou com a mãe de Jessica e saiu rapidamente. Assim que chegou à casa de Jessica, não havia ninguém. Com a mesma rapidez que fora até lá, seguiu para sua empresa e onde também constatou que ela não aparecera e muito menos telefonara.


– Há alguma coisa errada. Não tem nenhuma razão para que Jessica ficasse com Eddy durante todo esse tempo. – Bella comentou com Angela.


– Eles vão aparecer.– disse Angela. - Jessica deve ter ido em algum lugar, comprar alguma coisa, sei lá...


– Espero que sim... - disse Bella com a voz trêmula.– Porque isso não faz sentido. Ela sabe que estou amamentando. Neste momento, ele deve estar faminto. Encharcado. E gritando. Por que ela não o trouxe de volta?


– Tenho certeza que é um mal-entendido. – respondeu Angela.


Tão logo Edward chegou na empresa de paisagismo, Bella correu para abraçá-lo. Tentando conter seu desespero, achando que aquilo não passava de um desencontro, ele quis saber como tudo se iniciou. Após um rápido resumo do que acontecera, estarrecido, Edward revelou:


– Essa Veronica Newman é Victoria. E esta "visita" dela foi intencional.


– Edward, meu celular sumiu depois que essa mulher esteve aqui. Ela o roubou, tenho certeza.– Bella começava deduzir. - Ela me atraiu para o hotel onde estava hospedada, só para me tirar daqui e depois enviou uma mensagem para Jessica do meu aparelho.


– Mas porque ela faria isso?– perguntou Angela. - Além do mais, Jessica não saiu sozinha. Está com o namorado, você esqueceu?


– Espere um pouco.– interrompeu Edward, já prevendo o pior. - Vocês sabem como é este namorado de Jessica? Qual é o carro, a placa?


– Não sei como ele é, mas sei que o carro é uma BMW preta e com vidros escuros... – respondeu Bella.


– Ah, e que o nome dele é Mark. – acrescentou Angela.


–MARK! – exclamou Edward num tom de voz mais alto. - Isto não pode estar acontecendo.– ele murmurou.


– Você o conhece?– Bella disse com os olhos arregalados.


– O namorado de Jessica não se chama Mark. Ele é o maldito do Mike Newton. E está envolvido com Victoria. Descobri isso hoje pela manhã.


Bella e Edward se entreolharam em silêncio e perceberam que poderia se tratar de um sequestro.


No momento em que seu filho deveria estar sugando seu seio, satisfeito, Bella andava de um lado para outro, em pânico. Edward dava alguns telefonemas. Ligou para a polícia, ligou para Jenks...


– E se houve um acidente?– Bella perguntou.


– A polícia rodoviária já está avisada e está verificando essa possibilidade.– respondeu Edward.


Bella soltou um suspiro angustiado. Não queria ficar sem o seu filho por mais um minuto que fosse. À beira das lágrimas, ela disse:


– Onde eles estão?


Edward se aproximou e pegou o rosto dela entre as mãos, carinhosamente. E respondeu:


– Ele vai ficar bem.


– Quero nosso filho...


– Nós vamos tê-lo de volta. – Edward a envolveu num abraço.


Ele exibia uma expressão sombria e preocupada. Bella gostaria que ele pudesse assumir um rosto confiante para que ela se tranquilizasse, mas o fato de não fazê-lo agora dizia que Edward estava com medo também. Ela agora já sentia seus seios enormes e doloridos. Se afastou e passou a mão pelos cabelos. Tornou a andar de um lado ao outro vasculhando sua mente, tentando lembrar de algum fato significativo naquela manhã que indicasse uma pista.


(...)


No túnel subterrâneo...


Jessica embalava o bebê no colo. Ele começava a dar sinais de irritação. Mike estava sentado no chão com as pernas encolhidas e a cabeça apoiada sobre os joelhos. Ele esperava a chegada de Victoria.


– Mark, já faz meia hora que estamos aqui.– disse Jessica, sem saber ainda o porquê de estarem lá. - Daqui a pouco Eddy vai estar chorando de fome.


– Dá seu jeito.– Mike respondeu sem levantar a cabeça. - Você não trouxe a bolsa dele?


– Como vou dar meu jeito? Ele mama no peito. E além do mais, na bolsa só tinha uma chuquinha com água que ele já bebeu toda. E outra coisa, só tem uma fralda. Aliás, foi horrível trocá-lo no meu colo, não quero fazer isso de novo...


– PARE DE FALAR! – ele gritou. - Parece que engoliu um rádio. Sua voz é irritante, sabia? – Mike se levantou do chão.


Os olhos de Jessica se encheram de lágrimas. Ela não se lembrava de ter feito alguma coisa que pudesse deixá-lo irritadiço... Não podia pensar numa razão lógica para que ele se comportasse daquela forma grosseira e violenta. Tudo bem que ele não era nenhum cavalheiro, nenhum príncipe encantado como ela queria, mas também nunca havia a tratado tão mal. E naquele momento, começou a pensar nas coisas que Bella, Angela e sua própria mãe diziam-lhe sobre o namorado, de como era estranho um homem não querer se apresentar, não querer participar do círculo familiar dela. De repente, o menino começou a choramingar. Sentindo-se culpada por colocá-lo no meio daquela situação, Jessica o aninhou contra o peito e baixou a cabeça para sussurrar ao ouvido dele pedidos de desculpas. Imaginou que Bella estivesse morrendo de preocupação, e que Edward queria lhe matar.


Poucos minutos depois, Victoria chegava. Assim que Jessica a viu, arregalou os olhos de surpresa.


– Até que enfim, Victoria! – Mike exclamou.


– Hã?! Como assim, Victoria?– Jessica virou para o namorado. - Não, Mark. O nome dela é Veronica. E... – confusa, ela viu quando a mulher entregou uma bolsa para Mike. - Espere aí. Vocês se conhecem?


Ignorando o que Jessica dizia, Victoria se aproximou e tocou de leve na cabecinha do bebê.


– Deixe-me segurá-lo.– ela estendeu os braços.


– Não. – desconfiada, Jessica recuou. - Não, enquanto estivermos aqui e vocês não me dizerem o que está acontecendo.


– Ah... – Victoria deu de ombros. - Não vai fazer diferença mesmo.


– Você já ligou para eles? – perguntou Mike. - Não vejo a hora de meter a mão na grana e me mandar para o Canadá.


– Calma, Mike. Mudei o plano. – respondeu Victoria.


Novamente surpreendida, Jessica indagou:


– Como assim Mike?


(...)


Na empresa de paisagismo...


Bella permanecia ao lado do telefone, na possibilidade de alguém ligar. A polícia fazia uma ronda pela cidade. J. Jenks e seus homens buscavam informações no hotel e em outros lugares que Victoria e Mike poderiam ter frequentado. A medida que os minutos passavam, sem qualquer sinal de Jessica e o bebê, a ansiedade e o medo de que eles pudessem estar a quilômetros dali aumentava cada vez mais.


Edward fez menção de que iria sair. Bella pôs a mão no braço dele, para que ficasse, mas ele não suportava mais a falta de informação e o silêncio que se instalou naquela sala... Ele não podia ficar de braços cruzados enquanto seu filho poderia estar com fome, cansado, talvez machucado ou correndo perigo.


– Preciso sair...– murmurou Edward, soltando um suspiro angustiado. - Ficar aqui, sem fazer nada está me corroendo. Vou percorrer o perímetro rural. Talvez um lugar mais afastado seja mais condizente para um esconderijo.


Ao ouvir aquilo, Bella teve um lampejo: lembrou-se de quando Angela criticou o namorado de Jessica por levá-la para dormir num galpão abandonado.


– Espere! Me lembrei de uma coisa.– Bella se virou para Angela. - Você sabe onde fica o tal galpão que Jessica ia com o namor.. com aquele maldito?


– Bem, não exatamente. Só sei que fica numa área onde era uma mina de carvão.– Angela respondeu.


– Eu sei onde é, fica ao norte... Droga!– Edward praguejou. - Jenks disse que Victoria pediu ao motorista da limousine que a deixasse por aqueles lados. – Edward disse. - Como não lembrei disso antes...


Edward anotou o telefone de J. Jenks, pediu a Angela que ligasse e o informasse sobre aquela novidade, e dissesse também que ele estaria rondando por lá.


– Eu vou com você. – Bella disse.


Edward a olhou com dúvida, mas sabia que ela não iria aceitar uma recusa.


– Então vamos. Mas antes preciso passar em casa.


Quando chegaram, Edward pediu que Bella o esperasse no carro. Dentro de casa a senhora Stanley o interpelou, mas ele lhe dissera que ainda não haviam notícias e autorizou-a a ir para casa. Ele correu até seu escritório e voltou depressa para o carro. Ao olhar o objeto que Edward trazia, Bella perguntou assustada:


– Edward, desde quando você tem uma arma?


– Desde que viemos morar aqui. – ele respondeu, enquanto retirava a pistola do coldre e a municiava.


– Não, Edward. Isso não. Alguém pode se ferir. Você pode se ferir.


– Não vai acontecer nada. – ele colocou a arma de volta ao estojo de couro e acariciou o rosto de Bella, tentando acalmá-la. - Isto é só uma precaução.


– Mas você nem sabe usá-la, ou...


– Amor, eu nunca a usei. Eu apenas comprei esta pistola porque tinha receio de ficar desprotegido aqui.– Edward guardou a arma no porta luvas do carro. - Mas eu fiz um curso de tiro. Tenho registro e porte de arma. Portanto estou dentro da lei.


– Mas você nunca me contou...


– Bella, depois conversamos sobre isso. Nossa prioridade é outra.


Edward arrancou com seu carro e seguiu para o local que Angela indicara. Chegando naquela região, diminuiu a velocidade para que pudessem observar melhor qualquer movimentação suspeita. O lugar era totalmente deserto. Não haviam casas, apenas terrenos com vegetações rasteiras e alguns aglomerados de arbustos altos espalhados ao logo da estrada. Foi fácil avistar um barracão de madeira. Edward dirigiu até ele, bem devagar, e parou próximo. Não tinha nenhum carro por perto. Ele pegou a arma, pediu que Bella o esperasse e seguiu a pé. Apreensiva, ela unira as mãos e começava a rezar. Cautelosamente, Edward entrou no barracão. A porta já estava aberta, mas não havia vestígios de que alguém estivera por lá. O interior estava vazio e completamente abandonado.


Desapontado, ele voltou para o carro e continuou sua busca. Alguns quilômetros a frente, eles encontraram um outro barracão. Maior e com mais árvores e arbustos. Ele procedeu da mesma forma que anteriormente, porém, quando ele começava a andar em direção a velha construção, Bella o chamou baixinho. Devido a calmaria do lugar, Edward a ouviu e retornou.


– Atrás daqueles arbustos.– Bella apontou. - Tem alguma coisa ali refletindo os raios de sol.


Edward caminhou devagar e atento. Antes de afastar as folhas aguardou. Como não escutara nenhum barulho, adentrou no meio dos arbustos e viu um carro igual ao que Bella descrevera. Lentamente se aproximou, com a arma em punho, e notou que a porta traseira estava apenas encostada. Quando ele ia abri-la, pisara em algo que chamou sua atenção: eram pedaços de um aparelho celular. Edward recolheu aquele material. Em seguida abriu a porta do carro e constatou que estava vazio, mas reconheceu o cheiro que impregnava o interior do veículo... Um cheirinho característico de bebê. Seu coração doeu. Ele encostou a cabeça no carro e tentou respirar longa e pausadamente para se controlar. Lembrando-se que Bella o esperava no carro e que seu filho precisa ser encontrado o mais rápido possível, Edward levantou a cabeça, limpou as lágrimas que rolaram em sua face e saiu dali. Contou o que o que vira e Bella se encheu de esperanças.


– Calma.– Edward pediu. - Isso não significa que estão aqui. Victoria e Mike podem ter apenas trocado de carro.


– Não... Eu sinto que eles estão aqui.


Edward também sentia, mas precisava usar alguma racionalidade. O momento era delicado e agir por emoção poderia colocar tudo a perder.


– Bella, ligue para Angela e peça que avise a todos que encontramos o carro. – ele entregou o celular na mão da esposa. - Dê à ela algumas referências desse local, embora não seja difícil encontrar.


Edward virou-se para ir em direção ao velho galpão. Assim que desligou o celular, Bella saltou do carro e o seguiu.


– Não, Bella.– ele a segurou pelo braço, impedindo-a de continuar. - Você fica aqui.


– Não. Eu vou com você.– ela disse firme.


– Eu não posso entrar lá e lhe proteger ao mesmo tempo. Volte para o carro.


– Não.– ela teimou. - É melhor você saber que estou indo junto do que pensar que estou no carro. E não me importo se alguma coisa acontecer comigo. Se tiver que morrer para salvar meu filho, que assim seja.


– Meu Deus! – Edward passou a mão pelo cabelo. - É a coisa mais estúpida que já disse. Ninguém precisa morrer... ninguém vai morrer aqui. E se nosso filho estiver lá dentro, eu vou trazê-lo. Ele precisa de nós dois, entendeu?– ele a segurava pelos ombros e a olhava dentro dos olhos. - De. Nós. Dois!


– Inútil esta discussão. Só estamos perdendo tempo, porque eu vou junto, entendeu?– ela devolveu.


Edward a encarou, em seguida girou o corpo para um lado e depois para o outro, olhando em volta. O lugar era descampado, pelo menos ali fora não havia nada. Soltou um suspiro longo e pesado, e disse.


– Está bem. Mas ande atrás de mim. Primeiro vou entrar e olhar. So-zi-nho! Depois, com minha autorização, você poderá entrar. E, não importa o que aconteça... Não aja com impulsividade. – Edward enroscou um braço em torno do pescoço de Bella, puxando-a para um beijo. - Eu te amo. Vai ficar tudo bem. - ele murmurou contra os lábios dela.


(...)


Enquanto isso, há alguns metros de profundidade daquele lugar, Jessica tomava conhecimento de que ela e o pequeno Eddy eram vítimas de um sequestro. Na verdade, apenas o bebê. Quanto a ela, fora apenas uma ferramenta para que eles pudessem se aproximar do menino. De certa forma, Mike também fora usado. Ele agora descobria que Victoria não iria pedir resgate nenhum.


– Você está completamente louca!– ele exclamou.


– Eu paguei muito bem pelos seus serviços, mas isso não lhe dá o direito de opinar sobre o que devo fazer.– Victoria respondeu.


– Pelo menos tem noção de que corremos riscos por estar aqui embaixo? Esse túnel está desativado há anos, a simples vibração de nossas vozes pode provocar um desmoronamento.


Sempre atenta ao diálogo dos dois, Jessica se meteu na conversa:


– A esta hora, Edward já deve ter colocado até o FBI para encontrar o filho dele. Acho melhor vocês me deixarem sair e depois sumirem daqui.


Victoria gargalhou. Riu tão alto que o som ressoou por mais tempo entre aquelas paredes deterioradas.


– Ninguém vai nos achar aqui garota. Aliás, se Mike não tivesse lhe apresentado este lugar, nem você saberia que existia.– Victoria relanceou o olhar para Mike. - Ele trouxe-a para cá só para não pagar um motel para transar.


Jessica sentiu seu rosto corar de vergonha.


– E você acha que eu ia gastar meu dinheiro com ela?– Mike desdenhou.


– Pois é, preferiu gastá-lo nas suas festinhas regadas à puta.


Jessica sentia que iria explodir de tanta raiva. Nunca fora tão humilhada em sua vida. Porém, decidiu guardar sua ira para uma hora mais propícia. Talvez ela até merecesse ouvir toda aquela zombaria em torno de sua pessoa, afinal tivera sido desfrutável desde o começo, mas no momento ela queria proteger o filho de Bella. E rezava para que Angela se lembrasse da conversa que tiveram dias atrás, quando mencionou o galpão.


(...)


Ao se aproximarem do barracão, Edward e Bella sentiram um leve tremor. Mas fora tão rápido e tão suave que tiveram dúvidas sobre o que poderia ser. Apenas se entreolharam e nada falaram. Parados à porta, Edward entrou, mas não avançou muito. Olhou atentamente para várias direções. A luz do sol, que penetrava no ambiente através de frestas obtidas nas paredes de madeira pela ação do tempo, dava-lhe uma iluminação razoável. Ele observou uma escada que levava a uma espécie de "mezanino", de resto, não havia mais nada ali além de caixotes quebrados e ferramentas inutilizadas.


Edward sinalizou para que Bella entrasse.


– Fique aqui. – ele falou baixo. - Eu vou checar lá em cima.


Bella assentiu e acompanhou com o olhar seu marido subir a escada com cuidado e empunhando a arma.


Enquanto ele verificava o andar superior, Bella procurava por algum indício de que seu filho estivesse, ou pelo menos, estivera por ali. Quando desceu, Edward disse-lhe que tinha um colchão e embalagens vazias de comida e bebida. Obviamente, produtos utilizados por Mike.


– Me dê o celular. - ele pediu. - Vou ligar para Jenks e saber se já está a caminho.


– Eu o esqueci no carro.


– Eu vou buscá-lo. E não saia daqui. – ele beijou-lhe a testa e saiu.


Bella vagueava por entre os pedaços de madeiras e ferros retorcidos espalhados pelo chão, e num determinado ponto o piso sob ela cedeu, fazendo-a cair num buraco. O orifício não era muito fundo e ficando de pé, Bella poderia facilmente sair dele. Porém, uma coisa lhe chamou a atenção: havia um túnel subterrâneo. Mas a entrada dele era estreita e não tinha como seguir adiante. Sem uma lanterna não podia enxergar muita coisa, mas podia perceber que estava vazio... vazio, escuro, deprimente...


Sentindo-se desamparada, Bella sentou na entrada daquele túnel e cobriu os olhos com as mãos. As lágrimas caíram facilmente pelo seu rosto e com uma dor lancinante ela gritou:


– Onde você está, Eddy? Onde você está?


Sua voz ecoou pelo túnel, tornando-se mais e mais distante. E continuou mesmo depois que já deveria ter desaparecido. Bella achou estranho... Ergueu a cabeça e tornou a olhar pelo buraco. Havia vozes ali. Podia ouvi-las. Tinha certeza. Com o coração batendo forte, ela levantou-se. Vozes. Não o eco de sua própria voz. Outras vozes. Bella secou as lágrimas com suas mãos sujas pela terra e lembrou-se do que Edward lhe dissera: "Não importa o que aconteça... Não aja com impulsividade". Tentando controlar sua respiração, tentando conter seus batimentos cardíacos, embora estivesse sendo difícil, Bella se agachou e apurou sua audição, e identificou duas vozes: Uma alta, uma baixa. Uma de mulher, outra de homem. As vozes estavam abafadas, mas ela percebeu que discutiam. Bella prendeu a respiração e escutou:


"- Isso não deveria acontecer...


– ... ah, cala essa boca...


– ... sua louca..."


Bella tremia toda, incapaz de se levantar, incapaz de sair de lá, paralisada pelas vozes. Até que ouviu outro som. Um grito. Um grito de bebê. Era Eddy. Ela reconheceria o grito de seu filho em qualquer lugar. Sentido as pernas bambas, Bella rastejou de volta até sair do buraco. Levantou-se, cambaleando, saiu correndo e gritando o nome de Edward, e antes mesmo de alcançar a porta, ele aparecera.


– Bella, o que houve com você? – ele a olhou espantado. - Porque está toda suja?


Bella pegou nas mãos dele e o puxou em direção ao buraco.


– Há vozes lá embaixo, Edward! Ouvi vozes!


Edward estancou na beirada do buraco e procurou ouvir. Em seguida, livrou suas mãos e colocou-as sobre os ombros dela. E disse:


– Não ouço nada. Não há vozes. É sua imaginação. Venha... Vamos sair daqui, a polícia e Jenks já estão chegando.




Continua...





17 comentários:

Anônimo disse...

meio chata esta história ta ficando...

marylloulovyou disse...

Aflita !!!! Muiiiiito !!!!! Aguenta meu coração....passa logo hora .....amanhã tem mais . Ansiosa demaaais !

Anônimo disse...

amei vce e demais esta estoria e maravilhosa sei que vai da tudo certo para nosso casal lindo beijos e um final de semana lindo para vce

Marla Costa disse...

Eu entendo. Bjos e um bom fim de semana! :)

Marla Costa disse...

Acalme o coração.. hehehe
Bjos e bom fim de semana! :)

Marla Costa disse...

Com certeza que dará tudo certo.
Bjos e bom fim de semana! :)

marylloulovyou disse...

Só uma coisa : a história tá ótima ,vai ficando cada vez melhor . Na minha opinião e de muitos tbm. É simplesmente divertido ler algo que nos faz sair um pouco da realidade do dia a dia e sonhar um pouco. A vida real ás vezes nos estressa . Faz bem distrair sempre foi. É relaxante . Bjos ótimo fim de semana .

Anônimo disse...

adoreiiiiiiiii

Unknown disse...

Nossa ja to aflita , sera q vai ficar tudo bem... ah meu Deus so de pensar no pobre bebe com aqueles dois loucos , me da arrepios ... to amando essa fic , fico esperando o post toda noite rsrsrs.. so termino de arrumar a cozinha depois de ler o capt .. isso q nao leio duas vezes ..kkkk. Marla querida sua cabecinha e iluminada .. espero q continue escrevendo fics maravilhosas para nos alegra !!! bjs um otimo fim de semana pravc ..anciosa pelo proximo capt..

Marla Costa disse...

Concordo com você Maryllou. Eu procuro ler para me distrair. Gosto de histórias que me fazem imaginar as situações, sonhar... É preciso estar a par do que acontece verdadeiramente no mundo, mas se não distrairmos nossa mente, a gente entra em parafuso..hehehehe.
Bjos e obrigada pela sua colocação.

Marla Costa disse...

Obrigada. Um bom fim de semana para vc.

Marla Costa disse...

Uau Flavia, vc é do meu time... Eu tbm fico esperando dar a hora para ver os comentários de vcs... Nem sempre consigo (só no dia seguinte)..
Bjs e bom fim de semana para você.

Unknown disse...

meu Deus espero q nada d mal aconteça ao pequeno Edward ! Marla eu amo essa fic e sou igual a Flavia so faço as coisa depois q leio a fic e quando chega gente aqui em casa na hora q vou ler fico P da vida kkkkkkkkkk

Marla Costa disse...

Olá Joelma.
Eu sempre a vejopor aqui.Que bom que está gostando.. hehehe Vc e Flávia.
Bjos e que tenha um ótimo fim de semana. Obrigada.

Suelen Cybis disse...

Ai meu DEUS eu preciso ler hoje esse proximo capitulo, Marla hoje tem né??? ]Ficando desesperada em 3,2,1....

Unknown disse...

Oi...e a continuação ? To locaaa aqui marla

Unknown disse...

Oi...e a continuação ? To locaaa aqui marla

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