FANFIC - SEDUÇÃO - CAPÍTULO 4


Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 4° capítulo de "Sedução". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.



Autora :Marla Costa
Contato: @Marla_Chenobil; http://www.facebook.com/marla.costa.16
Classificação: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Gêneros: Drama, Romance
Avisos: Heterossexualidade, Sexo




CAPÍTULO 4 



O pior é que Edward estava certo. Quando Bella se encontrou novamente com Mike e disse que tinha decidido demitir-se do emprego, ele se distanciou dela imediatamente. Eles haviam se encontrado num pequeno restaurante, e quando ela começara a falar sobre sua saída do escritório, a falta de entusiasmo de Mike tinha sido óbvia. 

- Você não sabe como é... pensar uma coisa, então descobrir que estava completamente enganada! - ela exclamou. - Você é um bloco de gelo. 

- Ele era um canalha, Bella. 

- Sim, eu sei que ele era um canalha! Eu sei que não ia ter um relacionamento com Mike, mas teria sido bom se isso não tivesse sido esfregado no meu rosto! - Bella se aproximou de Edward. - É fácil para você, porque não quer se envolver com ninguém. 

- Eu lhe fiz um enorme favor. 

- Bem, não sinto vontade de lhe agradecer por isso. 

Eles estavam a centímetros de distância agora. Bella não sabia como tinha ido parar lá, mas de repente era como se o ar tivesse se esvaído de seu corpo. Edward a olhava com intensidade. 

- Sente-se melhor? - perguntou ele, e ela piscou, hipnotizada pela voz profunda dele. - Você precisava ficar com raiva, Bella. 


- Eu... não fico zangada. 

A gentileza na voz de Edward a deixou confusa. Seu rosto estava quente, e seu coração batia descompassado. 

- Se não ficar zangada de vez em quando, pessoas pisarão em você. - falou Edward. 

- Eu não acredito em violência. 

- Sente-se. Eu vou lhe preparar um café. - ele disse. 

- Você está sendo gentil comigo? - Bella espantou-se. 

Ele sorriu, e o coração de Bella disparou novamente. Ela se sentou no sofá, tentando recompor-se, enquanto o ouvia na cozinha. Aquele era um lado de Edward que ela nunca vira, e provavelmente o lado que atraía tantas mulheres. Porque, rico ou pobre, Edward sempre tivera centenas de mulheres ao seu dispor. Ele voltou e se agachou aos seus pés, colocando a xícara sobre a mesinha à sua frente, Bella se sentiu especial. Era ridículo, e ela queria lutar contra o sentimento, mas sua decepção com Mike enfraquecera suas defesas. 

- Você tem razão. Eu não pertenço a Seattle. 

- Porque você foi enganada? - ele sentou-se ao seu lado, e se virou para ela, de modo que a olhasse de frente. 

- Porque eu não fui esperta o bastante para ver a intenção de Mike. 


Edward estava tão perto que os braços deles quase se tocavam. Quando ele pegou a mão dela na sua, Bella quase a recolheu, mas então mudou de ideia. Aquele era um gesto de consolo. Ela estava arrasada. Era a primeira vez que Edward a tocava de modo deliberado e seu corpo respondeu com uma onda de calor que a deixou zonza. 

- De qualquer forma, não é bom que eu trabalhe na sua empresa, e acho que vai concordar comigo. Sei que quis me ajudar, e me sinto muito grata, mas sou uma ameaça... você mesmo disse isso. E se você não tivesse reconhecido Mike? E se ele tivesse feito o que tinha intenção de fazer? Eu não teria percebido que algo estava “cheirando mal”. Bella deu uma risada forçada e continuou: - Não tenho experiência com grandes negócios, ou finanças. Com homens, ou com nada, na verdade. 

Ela pensava nas esperanças que tivera quando chegou a Seattle. Achava que trabalhando num escritório ganharia experiência. Faria novos amigos, e encontraria muitos namorados. Sim, fizera alguns amigos, mas onde estavam todos aqueles jovens lindos que iriam fazê-la esquecer a paixão que nutria por Edward Cullen? 

- Eu me sinto bem melhor agora. - disse ela, sorrindo. - E não ficarei zangada de novo. 

- Por que não? Eu sou forte. Posso aguentar sua fúria. - disse Edward, sorrindo. 

- Eu serei realista. - ela afirmou, enquanto seu coração continuava descompassado. - Vou voltar para Forks. Não faz sentido continuar aqui. Não levo jeito para nenhuma outra coisa. 

- Por que não me olha quando fala comigo? - Edward perguntou curioso. - Eu não mordo. Edward manteve o tom de voz baixo e divertido, mas a recusa dela em encontrar seu olhar começava a irritá-lo. Bella sem dúvida tinha medo dele, ou temia revelar alguma coisa nos próprios olhos... e o momento de raiva dela acabou revelando uma natureza apaixonada. - Então era isso que você estava escondendo? 

Ela conseguiu ser tão discreta por um bom tempo que nem mesmo a experiência de Edward o fizera suspeitar daquilo, mas agora... 

- O quê? - perguntou Bella num tom de voz agoniado. O silêncio se seguiu. Bella mal conseguia respirar com os olhos dele, ainda, em cima dela. - Não sei do que você está falando. - Bella tentou disfarçar. 

- É claro que sabe. - Edward estendeu o braço e roçou seu dedo no rosto dela... então, foi tomado por uma tensão tão imensa que teve de respirar fundo. 

Bella tremeu, fechou os olhos e recostou no sofá, seu corpo inclinando-se em direção a ele. Com um gemido abafado, Edward a puxou para si. Seus dedos deslizaram pelos cabelos dela. 

Ela, agora, saiu da fantasia para a realidade, e estava perdida. Aquele momento tinha sido o alimento de milhares de sonhos! Uma sensação surreal percorreu seu corpo. Aquilo estava realmente acontecendo? 

Edward cobriu-lhe a boca com a sua, e Bella se rendeu ao beijo com um gemido de prazer, abraçando-o e moldando o corpo contra o dele enquanto eles tombavam no sofá. Bella sentiu-se fraca de tanta excitação. 

- Você não está num bom lugar no momento. - murmurou ele, esforçando-se para ter alguma racionalidade. 

- Não fale. Por favor, não fale. Eu... quero isso. Quero você. 

Bella se deleitou com a sensação daquele corpo quente quando, ousadamente, deslizou as mãos por baixo da camisa dele e lhe acariciou o peito. Edward se moveu contra ela, e a ereção, pressionando seu ventre, a fez tremer de desejo. 

- Vamos para o quarto. - sussurrou Bella. 

Se houve uma pequena hesitação, ela não notou. E gemeu quando ele se levantou do sofá, levantando-a consigo. Ainda tentava recuperar o fôlego quando Edward pegou seu rosto entre as mãos e o ergueu. Ele a beijou novamente. 

Bella sentiu as pernas bambas e agarrou a camisa de Edward para não cair. Queria que ele a abraçasse, que fizessem amor, fizessem todas as coisas em que vinha pensando desde a primeira vez em que o vira... E se tudo isso fosse errado? 

Ele pegou-a no colo e levou-a para o quarto. Mesmo com a luz fraca, Bella sentiu um momento de inibição quando ele a pôs na cama. Edward curvou-se sobre ela, acariciando-lhe os braços do cotovelo até os ombros. Seus lábios estavam a pouco centímetros dos dela, então Bella ergueu a cabeça, cruzando os últimos centímetros que os separavam... Bella suspirou e Edward aproveitou para aprofundar ainda mais o beijo. Quando se afastaram havia um forte brilho de desejo no olhar dele. Ela sentiu-se arder por dentro, sentiu também o medo e a avidez explodirem em seu íntimo... 

Ele agora estava esperando. Não se movera... até que viu nos olhos tímidos de Bella o que ela queria, desesperadamente... Aquela era a maior excitação que Edward já experimentara. 

Um resquício de bom senso o fez perguntar: 

- Tem certeza sobre isso? 

Diante daquela voz rouca e erótica, Bella assentiu com um gesto de cabeça, e esse foi todo o encorajamento de que ele precisou. 

Edward retirou sua camisa sem pressa, certificando-se de que ela absorvesse todos os detalhes e agora, Bella abençoava a luz acesa. Ele tinha um corpo incrível. 

- Preciso tirá-la dessas roupas. - sussurrou Edward. 

Ela se pôs de joelhos sobre a cama obedientemente. E ele então, removeu-lhe a saia e a blusa. Bella sentiu outra pontada de puro desejo. 

- Você é tão linda. - ele disse, admirando-a. 

- Não foi o que você disse antes. 

- Suas roupas não lhe fazem justiça. 

Ele a abraçou e Bella estendeu uma das mãos para os cabelos dele, em resposta ele gemeu. Em seguida, ele inclinou a cabeça e a beijou. Um beijo voraz e exigente. 

As mãos de Bella deslizaram pelo seu peito nu até chegarem ao obstáculo das calças. O tecido pareceu macio, mas ela queria se livrar dele. Queria tocar Edward. Antes tímida e temerosa, era agora movida pela necessidade e nenhum senso de vergonha. Quando ele a abandonou por um instante, para remover o que restava de suas roupas, tudo o que ela queria era tê-lo de volta, pele com pele, sua nudez de encontro à dela. 

Edward se aproximou e passou um dedo dentro da alça do sutiã, deslizando-o em direção ao seio e assistindo, fascinado, ao mamilo enrijecer sob a renda. Em vez de remover-lhe o sutiã, ele provocou o mamilo com a língua através da renda. Bastante sensível ali, Bella mordeu o lábio inferior e soltou um gemido doce e baixinho. 

Normalmente habilidoso em despir uma mulher, Edward descobriu que não conseguia lidar com o fecho daquele sutiã, e o teria rasgado se Bella não tivesse levado as mãos para trás e aberto o fecho. 

- Eu devo estar perdendo o toque... 

Ele estava tão absorto na visão dos seios agora desnudos, que mal a ouviu sussurrar que seu toque era perfeito para ela... Os seios dela eram lindos e firmes e estavam enlouquecendo-o; aqueles mamilos eretos pareciam suplicar por sua boca. Quem era ele para negar-lhes prazer? 

Segurando-os em suas mãos grandes, massageou-os, roçando os polegares nos bicos intumescidos, antes de curvar-se de modo que pudesse dedicar toda a sua atenção e enlouquecê-la. 

Bella gritou nesse instante. Não pôde se controlar... 

Admirada e curiosa para tocar Edward, Bella não resistiu a tentação e estendeu a mão. Ele parecia sedosamente macio, porém, quando passou os dedos ao longo de sua ereção, ele lhe agarrou o pulso com tal força que ela deixou escapar um suspiro de surpresa. 

- Não, ou me desgraçarei. - Edward disse. - Eu a quero demais... 

Diante disso, ele a deitou delicadamente na cama e ela o escutou prender a respiração quando o cabelo dela se espalhou sobre o travesseiro. Ele deslizou a palma de uma das mãos sobre a barriga dela até a parte interna da coxa. Ela arfou e tremeu, ele então inclinou-se para beijá-la, seduzindo-a a relaxar... 

A intensidade das sensações entre os dois parecia pairar no ar. 

Era tarde demais para mudar de ideia agora. Parte dela estava com medo, porém, uma parte mais forte também estava excitada, atraída por ele e pelo calor de seu corpo. E ela se deu conta de que realmente não iria mudar de ideia. 

- Por favor... - ela entrelaçou os dedos nos cabelos dele. 

- Por favor, o quê? 

- Eu... eu quero você. - Bella murmurou. 

- O quanto você me quer? 

Desde quando Edward fazia esse tipo de pergunta para uma mulher? 

Bella deu uma risadinha nervosa. 

- Sei que é loucura, mas eu o quero muito. - ela deslizou a mão ao longo do peito dele. - E não quero falar. 

- Às vezes, falar pode ser sexy. 

E foi o que Bella logo descobriu, enquanto ele falava e tocava, elogiando seu corpo, contando-lhe o que faria com ela. 

- O quanto você está molhada para mim? - Edward sussurrou no seu ouvido, parando para estudar-lhe o rosto, então sorrindo. 

- Você está me deixando envergonhada! 

- Você está gostando disso. Eu também. Nunca imaginei... nós... Mas quando me olhou... - ele circulou-lhe o mamilo com os dedos, brincando com o bico até que ela estivesse ofegando. -... Então, quanto você quer isso? 

- Mas do que você imagina. 

O efeito daquelas palavras sobre Edward foi eletrizante. Removendo-lhe a calcinha, ele inseriu um dedo em seu interior, massageando-a. Bella se contorceu contra sua mão, arqueando o corpo. 

- Oh, não, você não quer... - provocou Edward, removendo a mão. 

Ele começou uma trilha de beijos molhados a partir da barriga dela. Bella arregalou os olhos e deu um grito de protesto: 

- Você não pode fazer isso! 

Edward parou o que estava fazendo para olhá-la com expressão interrogativa, então deu um sorriso devastador e se posicionou entre as pernas dela. 

Ainda olhando-a levou a boca em direção ao meio das coxas. 

Bella gemeu enquanto aquela boca explorava, levando-a a uma excitação extrema. 

- Eu não posso esperar mais. - Edward gemeu. 

Com um movimento súbito, Edward rolou para cima dela e afastou-lhe as pernas com mais firmeza... se apossando de seus quadris, e, quando Bella o sentiu arremeter para dentro dela, a penetração cortante e desconfortável quase a fez gritar. Ela ficou imóvel, metade de sua mente lutando contra o desconforto, e a outra metade girando ao se dar conta subitamente de que acabara de perder a virgindade. 

Edward pausou quando sentiu Bella enrijecer-se automaticamente. 

- Bella você está muito tensa... 

- Por favor, não pare... - Bella implorou gemendo e cravando as unhas nas costas dele. 

E no momento em que ele viu o desejo ardente nos olhos dela, começou a mover-se em seu interior. Bella gemeu mais alto, e Edward acelerou o ritmo das investidas, incapaz de continuar controlando... 

Fazer amor sem pressa era muito bom em teoria, mas, na prática, quase impossível. 

Sentir Edward liquefazer-se dentro de seu corpo, no mesmo momento em que um orgasmo a abalou, deu a Bella a sensação mais libertadora que já tinha experimentado em sua vida. 

Edward fez um movimento para sair, Bella fechou as pernas. 

- Espere... 

Até mesmo o último movimento de Edward provocara um prazer intenso. Não queria que terminasse. Ela se sentia incrivelmente cansada e pacífica. 

Mas depois, Bella compreendeu que ele não deveria estar sentindo a mesma coisa. Por isso abriu as pernas e sussurrou: 

- Desculpe. 

Edward permaneceu em cima por mais um minuto, os músculos dos braços tremendo um pouco, e foi quando ele rolou para o lado. 

Ele estava deitado de costas, olhando o teto. Embora Bella quisesse se aconchegar ao corpo poderoso e deitar a cabeça no peito dele, o silêncio a deixava desconfortável. Ela pensou que aquela era a definição da realidade, um balde de água fria depois de um momento ardente. 

- Isso foi um erro. - sussurrou Bella. - Você não precisa dizer. 

Ela se esforçou a rir, mesmo sentindo-se envergonhada quando ele se virou de lado para fitá-la. Bella não conseguia encará-lo. O que ele deveria estar pensando? Edward estivera lá para confortá-la, e ela havia se atirado para ele com abandono. Que homem de sangue quente resistiria? Ela poderia culpá-lo por aceitar o convite? Não, apenas tinha de aceitar que a culpa era toda sua. 

Ela agarrou a colcha junto ao peito. 

- É melhor você ir embora. - disse Bella. 

- Nós precisamos conversar sobre o que acabou de acontecer. 

- Não, não precisamos. - ela se virou para olhá-lo. 

Edward estava apoiado sobre um cotovelo, com a colcha somente até a cintura. Seus olhos foram atraídos para o magnífico peito. 

- Você era virgem. Por que não me contou? - ele indagou. 

- Eu lhe disse que era inexperiente. Isso faz diferença? 

Fazia. Ela podia ler nos olhos dele. 

Bella nunca decidira se guardar para depois do casamento, mas sempre soubera que se guardaria para alguém de quem realmente gostasse. Foi apenas falta de sorte que tivesse escolhido um homem que não lhe dava a mínima. Sua virgindade era algo embaraçoso para Edward. 

- É claro que faz diferença. - Edward respondeu. - Você vai falar comigo?... Ora, Bella, precisamos pelo menos discutir o fato de eu não ter usado nenhuma proteção. 

Bella empalideceu diante das complicações que nem imaginara. Estivera tão mergulhada na paixão que as possíveis consequências mais básicas não tinham passado pela sua cabeça. 

- Não se preocupe. - Bella disse, um pouco embaraçada. 

Não se preocupe? É claro que ele se preocuparia... muito! 

- Normalmente, eu uso preservativo, mas este foi um evento que não previ. 

- Não há risco de eu estar grávida. - Bella fez alguns cálculos mentais, e decidiu que provavelmente estava falando a verdade. - Então, você não precisa acrescentar mais essa preocupação à lista. Eu... gostaria que fosse embora agora. 

- Engraçado, mas não estou acreditando em você. Por que decidiu me dar sua virgindade? 

- Eu não decidi nada! Simplesmente aconteceu. Eu estava chateada sobre o problema com Mike e não raciocinei direito. - disse ela. Nada em sua vida a tinha preparado para lidar com uma situação como aquela, e Bella queria muito ser honesta com ele, mas não conseguiu. - Eu só fui para a cama com você porque estava aqui e eu precisava de conforto. 

- Está me dizendo que eu fui conveniente? 

- Eu... Talvez... Não sei... 

- Você me usou, em outras palavras. - Edward estava aborrecido. 

- É claro que não o usei. Mas as pessoas não raciocinam com clareza quando estão muito chateadas. E eu estava muito chateada. 

- Você mal conhecia o homem! - exclamou Edward com raiva. 

- É verdade. - concordou Bella numa voz trêmula. - Mas isso não torna as coisas certas. Eu não sou o tipo de garota que vai para a cama com um sujeito sem medir as consequências. 

- Mas sofreu tanto por um relacionamento arruinado com um canalha que conheceu por 5 minutos... - ele lhe disse com certo sarcasmo. - Bem, pelo lado positivo... de acordo com que você me garantiu, ao menos não haverá nenhuma consequência duradora entre nós. 

O coração de Bella pareceu parar por um momento quando ele desceu da cama e começou a procurar as roupas. Ela o observou saindo do quarto, a magnífica nudez masculina, e tentou reprimir a tristeza. 

Lembrou a si mesma da importância de não mergulhar ainda mais fundo em sua paixão. Paixões loucas levavam a lugares perigosos. Apaixonar-se de verdade por Edward seria um desastre. O que não aconteceria, porque eles não combinavam, e porque ele era o tipo de homem que as mães desaconselhavam para as filhas. Exceto por sua mãe, é claro, ela o adorava. 

- Alô? Ligando para planeta Terra? - ele disse. 

Edward se aproximou da cama, apenas de boxer. Então, abaixou-se, e colocou as mãos na cama de cada lado dela, aprisionando-a. Não era assim que a situação deveria ter terminado. Mas ele estava de mau humor. Não estava gostando nada do jeito que Bella continuava deitada lá, assumindo a culpa e fazendo-se de vítima. 

Edward também não gostava da maneira como seu corpo pulsava, dizendo-lhe que o que ele realmente queria era voltar para aquela cama e perder-se de novo nas curvas dela. O que estava acontecendo? 

- Sinto muito. - ela murmurou. 

- Poupe-me dos pedidos de desculpas. Nós estávamos falando sobre consequências... pelo menos, não haverá nenhuma. 

Os olhos dele foram para os lábios dela, então desceram para os seios, que Bella não conseguira esconder sob a colcha. Com seu autocontrole por um fio, Edward desviou o olhar. 

- A última coisa de que eu preciso é que um caso de uma noite termine em gravidez. 

- Isso é uma coisa horrível de dizer. - Bella sentiu as lágrimas encherem seus olhos. 

- Por quê? 

- Por que... isso me faz parecer vulgar. 

- Seu senso de moral não justifica... não depois de ter admitido que me usou como um remédio para depressão! 

- Sinto muito se você se sentiu ofendido. Eu não quis magoá-lo. 

- Magoar-me? Desde quando você se acha capaz de fazer isso? 

Edward se afastou da cama e andou para a janela. Embora a razão lhe dissesse que era hora de ir embora, ficou irritado ao descobrir que isso não parecia tão fácil. 

- Eu não o usei como um remédio. Não sou esse tipo de pessoa. De qualquer forma, não sei por que minhas razões deveriam incomodá-lo. Afinal de contas, você não tem muita moral no que se refere a dormir com mulheres. 

Edward a mirou com olhar frio. 

- Eu não acredito que estou ouvindo isso. - ele disse em alto e bom tom. 

Bella se sentou, com a colcha ainda sobre o corpo, e dobrou os joelhos junto ao peito. Abraçando-os. 

- Então? Você vai explicar essa observação? 

Ela ergueu os olhos, percebendo que ele estava de novo perto da cama, a postura indicativa de um homem exigindo respostas. Mas Bella não queria lhe responder. Na verdade, nem mesmo queria falar. Queria apenas pensar sobre a terrível verdade de que ele a via como o caso de uma única noite que acabaria grávida. 

Mas mesmo assim falou: 

- Eu encomendo muitas flores para as mulheres que não lhe servem mais. - acusou ela. - Parece não haver nenhum problema quando você usa as mulheres. 

- Existe um acordo com cada mulher com quem durmo. 

- Certo, certo. 

- Eu não encorajo compromisso. - continuou Edward. - Isso é entendido desde o começo. 

Ela o estudou por um longo momento, antes de exclamar: 

- Eu não entendo como você pode fazer isso! 

- Nem todas as mulheres entram num relacionamento pensando em casamento e famílias felizes, Bella. - ele disse. 

- Não. - Bella concordou, apesar de querer dizer que ele estava errado. 

- Você é a mulher mais frustrante que já conheci na vida. - Edward praguejou. 

- Você não está acostumado com mulheres tendo opiniões. 

O ar entre eles estava carregado. Cada nervo do corpo de Bella estava tenso. 

- É claro que estou. Essa é a maior bobagem que já ouvi! Encontro mulheres em posições de poder todos os dias. Nós não vivemos mais na Idade Média, Bella. Mulheres tem opiniões e falam o que pensam. 

- Mas não aquelas com quem você sai! - os olhos de Bella brilhavam. 

Era impressão sua, ou Edward podia ver traços de pena naqueles olhos? Ela estava com pena dele? Não deveria se o contrário? 

- Eu não entendo. - sussurrou Bella. - Você tem tudo... é bem sucedido... Sei que houve todo aquele problema com a empresa, mas você superou e mostrou isso a todos. Então por que nunca quis dar o próximo passo e se casar? 

Edward ficou momentaneamente sem fala. E tentou substituir a dúvida pela raiva que estava sentindo. Mas fracassou. 

- Algemas não me atraem muito no momento. Então, é melhor você guardar esse conselho para si mesma. 

Ele não perdeu o controle. Nunca perdia o controle. Mulheres nunca lhe causavam esse efeito. Ocasionalmente elas podiam, no máximo, irritá-lo. 

- E acho que é hora de eu ir. Você está certa: foi um erro, hora de seguir em frente. - Edward começou a se vestir. 

Depois que Edward foi embora, Bella ainda permaneceu na cama. Sentia-se vazia. Até que num rompante de raiva levantou-se e retirou o lençol e as fronhas. Teria colocado fogo se não fosse pelos vizinhos, então resolveu jogá-los no lixo. 

Não queria que houvesse vestígios da presença de Edward em sua cama e nem em seu corpo. Seguiu para o banheiro e passou um longo tempo no chuveiro, deixando a água correr pelos cabelos e corpo. Depois enxugou-se, vestiu seu roupão e adormeceu no sofá. 



Edward estava com muita raiva e preferiu dirigir pela cidade, sem rumo. Ao procurar um CD no porta-luvas se deparou com alguns preservativos e riu ironicamente. Ter transado com Bella sem proteção o incomodava; mas, mais ainda, era o fato dela ser virgem e não ter lhe contado. 

Durante o ato ele havia percebido, mas já era tarde, já a tinha possuído. Não pode se controlar diante da mulher frágil e tímida que estava sob ele gemendo de prazer, enlouquecendo-o, pedindo que não parasse. Porque ela fizera aquilo? 

A pergunta sem resposta o deixava mais furioso ainda. Resolveu parar num bar e beber alguns drinques antes de seguir para casa. Mas mudou de ideia ao encontrar-se com uma antiga conhecida e passou a noite em um motel. 



Continua...

4 comentários:

Marla Costa disse...

Ohhhhhh..... Quem esperava pelo que aconteceu??? hehehe Bjos e uma boa noite.

Anônimo disse...

amei demais espero que ele volte logo a procurar bela e ficar juntos e que ele se apaixone por ela beijos amore

Unknown disse...

Ai..ai..ai.. sera q depois de tudo isso teremos uma surpresinha .... kkkk vamos aguarda ta ficando hot ... bjs !!!

Unknown disse...

Ansiosa p saber o q vai acontecer

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