FANFIC - O CARA DE JERSEY - CAPÍTULO 14

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 14° capítulo de "O Cara de Jersey". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Autora : Nana Medeiros

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Categorias: Saga Crepúsculo

Classificação: +18 

Gêneros: Romance

Avisos: Sexo

Capítulo 14

Por Isabella Swan.

Sua chegada a minha vida foi como um sonho desejado, tudo que eu poderia pedir. Um amor, um companheiro, um amigo e mais que tudo, um homem doce, inteligente, um amante desejado e provavelmente um ótimo confidente... Assim que eu me sentir segura ao ponto de dividir minhas dores. Tenho certeza que será!

...

Chegaram ao hospital e logo Isabella estava correndo pelos corredores indo em direção ao quarto onde estava Jessye. Anthony seguia ao seu encalço, e feliz por estar podendo a ajudar naquele momento, feliz por estar ao lado daquela mulher quando ela estava ali, precisando!

O quarto onde foi informado onde Jessye estava era na verdade uma sala de observação. Isabella passou pela porta esbaforida e gritando.

– Que diabos você aprontou desta vez Quer me matar de susto? Você não tem mesmo juízo né.... – Isabella dizia rápido, atropelando as palavras.

– Hey, calma ai! Não foi nada... Eu to bem, não esta vendo – Jessye disse tomando mais uma colherada de sua gelatina.

Isabella bufou e se jogou numa poltrona encarando a amiga que tinha um pequeno curativo na testa, e vestia um robe azul claro do hospital.

– Ta ok! Comece a me contar o que ouve? – Isabella pediu mais calma.

Jessye olhou para Anthony e Claire que estavam de pé próximo a porta. – Vocês poderiam me dar um minuto

Isabella encarou Anthony com um sorriso tranqüilo. – Tudo bem!

– Vou estar La fora, qualquer coisa me grita. – Ele disse saindo logo com Claire o seguindo, mas com uma expressão curiosa ao notar certa intimidade entre eles.

– Ta! Agora somos nós duas apenas, me conte!

– Isso é tão constrangedor! Nem sei por onde começar! – Jessye respondeu corada.

– Pode começar me explicando pelo inicio, e dizendo também onde esta aquele seu noivo desmiolado?!

Jessye respirou fundo e se afundou na maca. – Eu e Kelan fomos a uma boate e bebemos, bebemos mais um pouco, e daí resolvemos ir a um motel e tudo de errado aconteceu!

– Eu tenho até medo de perguntar como vieram parar aqui, ou a menos você veio! – Isabella disse já ficando em duvida se deveria ou não saber de tudo.

– Kelan me deixou! – Jessye disse amuada.

– Que canalha! Ele foi embora no aniversario de noivado!

– Não! A culpa não é dele! É minha.

– Não se culpe assim, me fale o que ouve!

– Eu estava alta, achei que teria coragem de acontecer ... Sabe, mas na hora eu...é – Jessye respondeu tímida.

– Você é virgem?! Oh god! – Isabella nem sabia como reagir a esta informação, ficou até corada por Jessye.

– O que tem isso demais! Eu queria esperar até o casamento, mas ai nossa relação foi ficando mais intensa e mais intensa... E eu acabei prometendo que faríamos amor no dia do nosso aniversario de noivado. Mas na hora tudo deu errado e eu desastrada do jeito que sou, escorreguei ao sair correndo nua da banheira, cai e machuquei a cabeça, desmaiei e foi horrível! Eu nunca senti tanta vergonha.

– Nossa Jessye eu nem sei o que te dize! Mas onde Kelan se encaixa nisto tudo? Por que ele foi embora?

– Ele chamou uma ambulância na hora. Ele não sabia o que fazer, e me trouxeram para cá! Quando acordei com uma baita dor de cabeça e alguns pontos na cabeça, fiz uma bateria de exames, mas esta tudo ok, só em observação como você esta vendo.

– Sim estou, graças a Deus nada mais grave aconteceu! Mas e o seu noivo?

– Eu pedi um tempo, disse que ainda não estava preparada, e ele se chateou comigo. Me disse um monte de coisas e foi embora!

– Ele é um canalha! Tem que respeitar seu tempo!

– Mas estamos a anos juntos, e eu sempre ponho fogo e corro! Ele disse que não aguenta mais a minha indecisão, disse também que não acredita que eu o ame!

– Mas você o ama? – Isabella perguntou seria.

– Eu acho que sim! Quero dizer.. Tudo é incrível com ele, nos damos muito bem. – Jessye respondeu de cabeça baixa.

Isabella respirou pesado e se levantou andando pela sala e pegando aos pertences da amiga ela disse.

– Vamos embora daqui! E quanto a tudo que aconteceu, você fez certo em pedir um tempo. Vai ser bom pra você e pra ele avaliarem os sentimentos. Agora vamos, vou te levar pra minha casa!

– Pra sua casa? – Jessye perguntou em duvida de não ter ouvido bem.

– Sim! Pra minha casa! Ou você acha que vou deixar minha amiga que esta precisando de mim sozinha! – Isabella respondeu com um sorriso doce, totalmente diferente do que costumava ser.

Jessye deu um pulo da maca e se jogou nos braços de Isabella. – Ah Isa! Eu amo tanto você, e agora somos mesmo amigas! Quero dizer que não tinha duvidas disto, mas agora... Com você falando assim não me sobra duvidas! Você me ama também! – Jessye sorria e falava alto quando sua cabeça doeu. – Ai! Isso esta realmente doendo.

Isabella revirou os olhos e separou o abraço. – Vá se trocar, ou vai querer sair daqui vestindo essa coisa horrorosa?

– De jeito algum! Como eu vou ser uma amiga de Isabella Swan A toda poderosa, vestindo trapos hospitalares?! Jamais! – Jessye respondeu animada.

– Já começo a me arrepender de te levar pra minha casa! Que Deus me ajude a não perde a minha paciência com você! – Isabella assumiu a postura durona, mas agora esta postura não funcionava mais com Jessye.

– Eu juro que vou me comportar amiga! – Jessye jurou cruzando os dedos sobre os lábios. – Ain Isa... Vai ser tão bom ficamos juntas!

...

Anthony seguiu com sua moto para a fazenda, e Claire para empresa de taxi, já Jessye e Isabella chamaram o carro da empresa e seguiram para o apartamento, onde ficaram o restante do dia, e juntas chegaram a adiantar o serviço mais leve para o dia seguinte.

Pediram para janta pizza pepperoni, e Jessye brincou com Isabella sobre ela comer mais que um pedaço da pizza, e ela a ameaçou caso ela contasse a alguém que ela estava se fartando de pizza e refrigerantes.

Sorriram o tempo todo, e na hora de dormirem, Marie arrumou o quarto de hospedes ao lado do de Isabella e ambas foram dormir.

...

– Bom Dia Isa! – Jessye entrou no quarto de Isabella com uma bandeja recheadas de frutas e torradas e tudo mais para um café da manhã.

Isabella se revirou na cama e olhou com apenas um olho aberto à animação de sua mais recente amiga entrando no seu quarto pela amanhã. – Onde diabos esta Marie?

– Ela esta por ai, eu pedi a ela pra trazer seu café! Uma forma de lhe agradecer o que você fez por mim ontem!

– Minha nossa! Eu juro que se isso se repetir amanhã eu pulo no seu pescoço!- Isabella resmungou se sentando na cama e olhando para a bandeja, e seu estomago roncou. – Mas até que esta linda esta bandeja hein.

– Que bom que gostou! – Jessye disse sorrindo. – Bem, eu vou tomar café da manhã com você e depois pedir um táxi, preciso passar em casa e trocar de roupa antes de ir para empresa. Se importa se eu chegar depois de você? – Jessye perguntou, sabendo que mesmo sendo amigas, ainda existia a hierarquia e Isabella era sua chefe.

Isabella pegou uma uva e pensou por alguns segundos.

– Sabe Jessye, tem umas caixas em meu closet que vieram de Milão! Você poderia ver se algo lhe serve!- Isabella disse fazendo o tipo sem importância, e os olhos de Jessye brilharam.

– Jura? – Jessye perguntou como uma criança feliz. – Não quero abusar Isa, sabe eu posso ir em casa e... – Jessye tentava conter a empolgação.

– Pare de fingir que não quer Jessye! – Isabella disse debochada. – E vamos logo ao café, porque o dia hoje vai ser uma loucura, as fotos de Anthony estão saindo hoje e eu nem vi como a revista ficou!

Tomaram café juntas, e após o café enquanto Isabella tomava seu banho, Jessye estava pelo closet de Isabella com varias caixas aberta, sem saber o que vestir diante de tanta coisa linda. Até que optou por um vestido de mangas rendado na cor branca, e modelo tomara que caia feito em tafetá com estampas florais.

Isabella já estava pronta e na sala esperando por Jessye, vestindo um lindo vestido azul claro de seda, todo enviesado com alças finas e um blazer feito de algodão num tom claro. Sapatos peep toe altíssimo azul turquesa e bolsa bag marfim com algumas tachas douradas.

– Ual Jessye, onde é a festa? – Isabella perguntou, em ver a amiga vestida tão bela, já que o habitual eram jeans e blazers.

– Esta de mais pro trabalho Isa? – Jessye perguntou insegura.

– Bem, se fosse eu a vestir isto diria que não! Mas como só a vejo usar o básico do básico, esta no mínimo diferente. Mas lembrando que eu aprovo sua escolha! Esta mais ... Estilosa! Perfeita assim, acho que preciso enviar mais coisinhas para sua casa! – Isabella respondeu sincera.

– Que bom que gostou amiga! E sinceramente, fico muito feliz em saber que tenha aprovado, sua palavra vale ouro no mundo fashion! – Jessye respondeu dando pulinhos em seus novos saltos Ferragamo.

...

Não teria como alguém não olhar para as duas assim que saíram do elevador juntas. Isabella a versão alta, magra com longas madeixas amadeiradas, e Jessye a baixinha magra mas nada chamativa, com cabelos loiros claros! Ambas estavam lindas.

Ao passarem por Claire ela quase caiu da cadeira ao se virar para ver Jessye e Isabella passando. E quando as duas entraram na sala de Isabella, Claire ficou suspirando do lado de fora.

– Minha nossa! Que sapatos eram aqueles, que sortuda essa Jessye! – Ela murmurou pra si mesma olhando seus simples sapatos de lojas magazine.

...

– Nosso dia hoje esta mais que lotado, vou precisar daquele maravilhoso cappuccino Jessye, preciso de cafeína pra aguentar o dia!

– Tudo bem Isa... Quero dizer Chefa! Vou buscá-lo! – Jessye respondeu batendo continência como num quartel, e saiu feliz.

Isabella sentou-se em sua cadeira de veludo e tirou seu blazer o jogando junto com a bolsa por cima da mesa, e já abria as gavetas para começar sua rotina diária. Quando Jessye retornou a sua sala gritando!

–Você não acreditar! As fotos estão bárbaras Isa! E seu fazendeiro arrasou! – Jessye disse jogando a revista aberta sobre a mesa.

Isabella pegou a foto e encarou por alguns segundos, logo levando à mão a boca. – Minha nossa! Como ele esta lindo!

– Esta sim! Seu fazendeiro deveria ser modelo, ele fotografa incrivelmente bem!

– Ah não! Não devia mesmo! Não posso imaginar um bando de mulheres babando em cima do que é meu! – Isabella respondeu com propriedade e orgulhosa! – Preciso mostrar isso a ele!

Isabela já ia se levantando quando Jessye a impediu. – Nem pensar! Essa Revista esta uma loucura por conta da nossa falta ontem e hoje você não terá tempo nem para suspirar! Por tanto eu lhe dou alguns minutos para ligar para ele, e logo vamos porque já tem um bando de representante nos esperando para a primeira reunião!

– Como você é má!- Isabella resmungou feito criança e Jessye sorriu e a deixou só na sala pra ligar pro seu amor.

– Bom dia amor! – Isabella disse assim que ele atendeu.

– Bom dia! – Ele disse frio. Isabella sentiu um bolo subir por sua garganta.

– O que houve? A algo errado? – Ela perguntou receosa, estava tensa e com o coração apertado.

– Você tinha razão Isabella, não temos mesmo nada haver um com outro! – Ele disse triste e contrariado.

– Porque diz isso amor? – Isabella perguntou com a voz sussurrada, já sentido o choro vir.

– Estamos em todos os jornais e revistas!

– Como assim? Eu não vi nada, apenas estou ligando pra dizer que a revista saiu com suas fotos e ....

– Isabella! Estas fotos estão não só em sua revista mas em todas as outras, e junto com elas tem fotos nossas de ontem, quando te encontrei no café!

– Minha nossa! Eu sinto muito, eu tentei te preservar, juro ...

– E juro que achei que poderia conviver com isso! Mas é muito pior do que pensava da Isabella, não sei se posso suportar isto!

– Por favor, não leve a serio nada que eles publiquem, é só fofocas para vender! – Isabella implorou, sentindo medo.

– Amanhã é dia de feira e não vou poder ir, você não sabe a loucura que esta aqui em casa, tem repórteres em minha porta desde as sete da manhã, e o telefone não para de tocar!

Isabella estava muda do outro lado da linha, sem saber o que responder, seus olhos desciam lagrimas.

– Isabella? Esta me ouvindo? – Anthony perguntava do outro lado da linha.

– Eu sinto muito! – Isabella disse desligando o celular, pegou sua bolsa e blazer e saiu sem dar ouvidos a quem quer a chamasse, e quando saiu do prédio seu porshe amarelo foi bloqueado por um exercito de repórteres, existiam câmeras de TV de muitos emissoras, e flashes disparados de todos os lados.

Isabella pôs seus enormes óculos escuros, uma mascara que não usava há algum tempo, e acelerou sem medo pra cima de todos aqueles urubus que a rodeavam, e partiu cantando pneu com seu carro.

A entrada de seu prédio não estava melhor. Estava um caos. Isabella acelerou e entrou direto a garagem sem se importar em dar o carro ao manobrista.

...

Isabella entrou em sua casa chorando e foi amparada por Marie.

– Senhorita, o que aconteceu? O telefone não para de tocar desde que saiu de casa, e Jessye ligou e disse que esta vindo pra Ca.

– O Marie! Minha felicidade esta se esvaindo! - Isabella disse entre os soluços e pela primeira vez em anos ela se jogou nos braços de sua governanta.

– Oh menina, não fique assim! – Marie disse com carinho, passando as mãos pelos cabelos de Isabella.

– Eu o amo tanto! Como isso vai poder dar certo!

– Isso vai passar, é novidade por hora, logo toda a mídia deixam vocês em paz! – Marie disse separando o abraço e olhando Isabella nos olhos com um carinho de uma mãe.

Isabella enxugou suas lagrimas com a costa da mão.

– Você tem razão Marie! Me prepare um chá, vou pro meu quarto, quando Jessye chegar diga a ela pra ir até La!

– Vá se deitar, logo levarei seu chá querida!

...

Isabella saiu do banho enrolada em seu roupão cor de rosa, e a mesa de chá já estava posta num canto de sua suíte, mal ela se sentou a pequena mesa redonda Jessye entrou em silencio pelo quarto.

Foi até a amiga e lhe deu um beijo na testa.

–Eles ainda estão La embaixo. – Jessye comentou sem vontade, se servindo de chá também.

– Eu imagino que sim! – Isabella bebia apenas chá, mesmo com vários quitutes a mesa, e já era inicio de tarde e Jessye duvidada que ela houvesse almoçado.

– Coma algo Isa!

– Estou sem fome Jess. – Jessye ficou ainda mais emocionada com a amiga, por ver que ela também havia acabado de lhe dar um apelido carinhoso.

– Ok! Pode ate ficar só no chazinho agora, mas a noite irei cozinhar uma ótima lasanha para nós!

Isabella sorriu para a amiga se sentindo amparada por ela.

– Você é tão boa comigo Jess! Eu não mereço nem a metade disso.

– Merece sim! Eu entendo você, sei que tudo que você precisa é disto! De atenção, de alguém se preocupando por você! – Jessye respondeu com a voz emocionada.

– Você também se sente assim? – Isabella perguntou à amiga.

– O tempo todo amiga! – Jessye respondeu triste.

Ficaram em silencio por alguns minutos.

– Quando eu tinha doze aos eu sofri algo que mudou a minha vida completamente, me deixou essa pedra de gelo que sou hoje, mas ela não foi à única, tantas coisas ruins aconteceram durante toda a minha vida que só me fizeram endurecer ainda mais. E de todo este sofrimento só o que eu recebia em troca era o dinheiro, as roupas de grife, as jóias e tudo mais luxuoso. Minha vida é horrível! – Isabella desabafou sem que Jessye esperasse, e se levantando ela foi para sua cama e deitou-se encolhida como um feto.

Jessye a seguiu em silencio. Deitou-se ao lado da amiga e a abraçou, deixou que Isabella chorasse até dormir.

...

Isabella abriu os olhos e viu seu quarto quase em escuridão total, se não fosse pelo abajur ligado ao lado da cama, sentiu também seus olhos pequenos e inchados por conta do choro. Sentando-se na cama pegou seu celular no criado mudo e viu que tinha muitas ligações, e entre ela existia apenas uma de Anthony. Mas ela teve medo de retornar a ligação, teve medo de ouvir dele o que seu coração apertado já lhe dizia. O fim.

Após uma ducha Isabella desceu as escadas e ouviu a musica baixa e gostosa tocar, ela vestia uma regata e shorts de pijama cor de rosa.

Andando pela casa sentiu o delicioso cheiro vir da cozinha, e encontrou Jessye vestindo apenas uma camiseta e calça jeans simples e descalça na cozinha, ela mexia numa panela e cortava coisas verdes sobre a bancada.

– Hum! Minha amiga Bela adormecida acordou! O jantar ainda não esta pronto, mas se quiser pode me acompanhar com uma taça de vinho! – Jessye disse ainda de costas, e foi até uma prateleira e pegou mais uma taça.

– Obrigada. – Isabella agradeceu quando Jessye parou a sua frente já com a taça cheia.

– Vamos brindar?- Jessye perguntou.

– Brindar a que? Nossas vidas estão um caos, eu não posso amar o homem mais perfeito do mundo livremente, e você é uma virgem patética com medo de homem! – Isabella debochou com certo desprezo.

– Esse é um bom motivo para um brinde! A nossas vidas patéticas! – Jessye ria sem vontade.

Ambas disseram juntas – TIM TIM!

...

Já era por volta da meia noite e ambas já estavam altas, já havia jantado e estavam na sala pulado e dançando feitos loucas, e não notaram quando a campainha foi tocada e Marie atendeu a porta.

Anthony parou de pé na entrada da sala e ficou ali olhando a cena, onde ambas dançavam,bebiam e cantavam, elas estavam camuflando suas tristezas com champanhe e risada, e pra quem estava de fora olhando a cena parecia uma espécie de comemoração.

Foram interrompidas pela voz máscula, triste e de alguma forma rude de Anthony.

– Vejo que atrapalho! Parecem estar comemorando algo!

– Anthony! – Isabella sorriu ao ve-lo, e isso foi mal interpretado.

– Me desculpe, não queria atrapalhar, já estou de saída! – Ele disse rude e virou as costas saindo a passos apreçados.

Isabella olhou para Jessye assustada.

– Vá atrás dele! Esta esperando o que! – Jessye gritou com Isabella, tirando ela do transe.

– Anthony! Espere, não é nada disso que esta pensando!

Quando Isabella chegou a aporta Anthony já estava na porta do elevador, mas deu tempo de Isabella se jogar dentro do elevador antes que o mesmo se fechasse.

– Eu te liguei, e você não retornou! Parece que somente eu sofri por tudo hoje! – Anthony disse recostado na parede do elevador encarando Isabella de cima a baixo, ela estava descalça, com os cabelos soltos e bagunçados naturalmente, a face corada pelo efeito da bebida, e isso a deixava ainda mais bela.

– Eu não retornei porque tive medo! Tive medo de você me dizer que não me queria mais! – Isabella disse sussurrado e de cabeça baixa.

Neste momento o coração de Anthony se inflou e ele surpreendeu Isabella com um abraço que a esmagou contra a parede do elevador, ele a beijou urgente pelo pescoço, queixo até chegar a sua boca. Isabella se entregou ao beijo de forma ainda mais urgente, ela sentia tanto amor por ele, que aquele momento de reconciliação chegava a ser doloroso a mistura de medo e paixão.

Isabella ainda vestia apenas a regata e shorts de pijama, e as mãos de Anthony já estava por baixo de sua regata acariciando os seios arrepiados pelo desejo. Quando a porta do elevador foi aberta.

E o que parecia não poder piorar, ficou ainda pior.

Flashes foram disparados, muitos repórteres estavam disfarçados no hall de entrada do prédio para poder pegar algum furo ali, e conseguiram o melhor que podia.

Anthony e Isabella estavam agarrados, suados e esbaforindo por conta do momento de rompante de paixão. Uma cena que os tablóides de fofoca não se cansariam de falar por muito tempo.

Emmett correu com um casaco e ofereceu a Isabella para que ela se cobrisse, e fechado a porta do elevador rapidamente voltaram os três em silencio ao andar de Isabella.

Não tinham nada a dizer, Anthony parecia querer socar um, tamanha fúria que escapa de seus olhos, Isabella chorava em silencio, permitindo apenas as lagrimas.

– Obrigada Emmett! – Isabella agradeceu e devolveu o casaco ao jovem assim que saíram do elevador no seu andar.

– Não a de que! – O jovem respondeu com um sorriso solidário, exibindo suas covinhas inocentes.

Quando chegaram à sala, Jessye já não estava mais ali, e som desligado, provavelmente ela já havia se recolhido no quarto de hospedes.

– Isso vai ser um inferno! – Anthony disse se sentando no sofá esfregando os cabelos. Nervoso.

– Você não precisa passar por isso! – Isabella disse, tentando manter sua dignidade.

– Como não preciso? Acha mesmo que posso sair pela aquela porta e sumir da sua vida, assim tão facilmente? – Anthony gritou, de forma nervosa desesperada.

– Você não esta preso a nada! – Isabella disse tentando ser orgulhosa, tentando se fizer de forte.

– A nada?! Você quer dizer que o que sentimos um pelo outro é NADA? Por que pensa assim, você realmente não entende o que eu sinto! – Anthony disse se levantando e indo até Isabella, que estava sentada de cabeça baixa.

Ele se ajoelhou e puxou seu rosto para encara seus olhos, e viu que ela chorava.

– Eu a amo! A amo como nunca amei ninguém! Entenda isso Isabella, meu coração não me permiti sair por aquela porta! Acho que nunca mais! – Anthony se declarou a Isabella, dizendo claramente que sentia por ela o amor mais puro e intenso que já sentiu e sua vida.

Isabella pode ver que ele também tinha os olhos marejados, e não se conteve mais, se entregou ao choro se declarando também.

– Me desculpe meu amor! Eu não falava serio! Eu só estou com medo, medo de você ir embora a qualquer momento, eu também o amo tanto que sinto meu peito doer, sinto que nunca mais vou poder viver sem você, como se precisasse de você pra respirar!

Anthony a abraçou e sorriu a ver que era correspondido com a mesma intensidade.

– Ah minha rainha de gelo! O que faremos? – Ele murmurou enterrando o nariz nos cabelos de Isabella sentindo o prazer do cheiro, do toque.

– Você é minha vida agora Ed! E eu não posso te perder!

Ela - She Elvis Costello

Ela

Pode ser o rosto que não consigo esquecer

O caminho para o prazer ou para o desgosto

Pode ser meu tesouro ou o preço que tenho que pagar

Ela pode ser a música que o verão canta

Pode ser o frio que o outono traz

Pode ser cem coisas diferentes

No decorrer de um dia

Ela

Pode ser a bela ou a fera

Pode ser a fome ou a abundância

Pode transformar cada dia em um paraíso ou em um

Inferno

Ela pode ser o espelho dos meus sonhos

Um sorriso refletido em um rio

Ela pode não ser o que ela parece

Dentro da sua concha

Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.

Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos

Ninguém pode vê-los quando eles choram

Ela pode ser o amor que não se espera durar

Pode vir até mim pelas sombras do passado

Que eu lembrarei até o dia que eu morrer

Ela

Pode ser a razão pela qual eu sobrevivo

O porquê e pelo que eu estou vivo

A pessoa que cuidarei durante os rudes e fáceis anos

Pegarei suas risadas e suas lágrimas

E farei delas minhas lembranças

Para onde ela for, eu tenho que estar

O sentido da minha vida é

Ela, ela, ele

Continuaaaaaa...