FANFIC - A PENA DO ANJO - CAPÍTULO 4

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 4° capítulo de "A Pena do Anjo". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.



Autora : ValentinaLB
Categorias: Saga Crepúsculo
Classificação: +18
Gêneros: Drama
Avisos: Sexo



Capítulo 4




(DOIS ANOS DEPOIS)




Pedi para a vendedora da loja de brinquedos que enviasse o presente para o endereço indicado. Queria eu mesmo entregá-lo a Ethan, afinal era seu aniversário de dois aninhos, mas com a chuva torrencial que caía, seria impossível sair com aquele embrulho sem que ele se molhasse.




Puxei o capuz do sobretudo e cobri a cabeça. Se teria de ficar esperando aquele aguaceiro passar para chegar ao estacionamento onde estava meu carro, o melhor seria atravessar a rua e entrar no bar que tinha do outro lado. Tudo o que eu queria era uma bebida quente e um jornal para ajudar a passar o tempo.



Corri rapidamente entre os carros. Ao abrir a porta do bar, o vapor quente do lugar lotado esquentou meu rosto, trazendo um pequeno alívio para o frio que tomava conta do meu corpo.



Tirei o casaco molhado, dependurando-o no gancho perto da entrada e balancei meus cabelos, retirando a água que se acumulara neles.



Sem querer algumas gotas caíram sobre a mesa ao meu lado, molhando a folha de papel na qual uma moça escrevia.



– Desculpe-me, não imaginei que os pingos fossem alcançá-la. Espero não ter estragado nada importante.- Desculpei-me.



Estava muito sem graça com minha falta de senso e educação.



A garota, que estava de costas para mim, não se virou. Apenas levantou a mão com o polegar estendido, fazendo um gesto de que não tinha sido nada.



Sentei-me, peguei um jornal no balcão e pedi um chocolate quente. Esperava que a chuva não demorasse tanto, senão acabaria chegando atrasado à festa do meu sobrinho.




As vozes se misturavam ao barulho da chuva que vinha do lado de fora. O ambiente, apesar de cheio, era acolhedor. O chocolate quente começou a se mostrar um excelente calmante. Olhei para o lado e a moça continuava a escrever, com o rosto abaixado no papel, demonstrando uma concentração invejável no que fazia. Continuava não dando para ver seu rosto.



Acabei absorto nas notícias que estava lendo.



O barulho do objeto batendo na lixeira ao meu lado me trouxe de volta ao bar. A esfera de papel, caprichadamente amassado, parecia demorar a se decidir se entrava no cesto ou se tomava outra direção. Depois de segundos de indecisão, quicou no chão algumas vezes e parou bem ao lado do meu pé. Automaticamente olhei para a mesa ao lado, estava vazia. O papel cor-de-rosa era o mesmo que eu tinha molhado quando cheguei. Senti-me mal, tinha verdadeiramente estragado o trabalho da garota.



Nunca fui curioso, mas era muito tentador dar uma olhada no que tinha escrito naquela folha amassada.



Peguei-o, disfarçadamente, e o desenrolei. Era uma letra bonitinha, quase infantil. Dava para ver, ao longo da folha, alguns leves borrões azuis claro de esferográfica manchada, em forma de pingos. Aquele designer fora obra minha, pensei.



Comecei a ler e fui aos poucos percebendo do que se tratava. Senti como se tivesse levado um soco no estômago. Alguém muito poderoso estava de brincadeira comigo.



Queridos pais,



Não se desesperem nem chorem sobre o meu corpo. Ele não é digno do sofrimento de vocês. É só um amontoado de órgãos que insistem em me manter consciente do meu sofrimento.



Eu morri naquele galpão, há cinco anos. Foi naquele dia que vocês me perderam.



De lá pra cá, o que sobrou de mim foi apenas dor. Uma dor tão insuportável que não me deixa sequer enxergar as cores. Meu mundo tem sido preto e branco desde então.



Tentei uma vez, mas não deixaram que me livrasse dessa dor. Hoje farei de novo e com certeza, quando lerem esta carta, eu já terei me libertado.



Não pensem no meu ato como um suicídio. Não estou tirando minha vida, pois não a tenho. Estou apenas me livrando de um coração que insiste em manter meu corpo funcionando, fazendo-me ter de conviver com as cicatrizes que aquele demônio me deixou. Cicatrizes que me fazem lembrar, todos os dias, o que ele me fez.



Deixem-me ir, por favor! Se me amam, fiquem alegres. Estarei feliz e em paz.



Amo vocês e espero que entendam o que eu fiz.



Sua filha que não sofrerá mais,



Isabella.



Minhas mãos tremiam enquanto lia a carta. Só podia ser ela, não tinha como ser coincidência.



Que sina era essa, meu Deus? Quantas vezes minha vida se cruzaria com a morte desta garota?



Eu sabia o que ela iria fazer, só não sabia o que eu podia fazer para evitar...



Se deixasse que ela se matasse nunca mais teria paz, mas se a impedisse estaria condenando-a a viver com esta dor insuportável.



Por que esta decisão dependia de mim? O que eu e ela tínhamos em comum para ficarmos nos encontrando no transcorrer de nossas vidas?



Coloquei as mãos na cabeça sem saber o que fazer. Por que eu?



“Porque você é um paramédico, Edward Cullen, você salva vidas!” - A voz da minha consciência me falou.



Deixei uma nota sobre o balcão, peguei meu casaco e saí correndo. Por sorte a chuva já tinha parado. Eu precisava achá-la antes que fizesse a besteira que estava planejando.



Olhei para os lados e nem sinal dela. Provavelmente eu agora só a veria em uma foto de jornal.



Comecei a correr pelas ruas na esperança de encontrá-la, torcendo para que não fosse tarde demais.



Meus olhos foram atraídos pelo vulto que entrava no edifício no fim do quarteirão. Era ela, reconheci pela roupa.



Corri o máximo que pude, chamando-a pelo nome, mas o barulho das buzinas do trânsito engarrafado fazia minha voz se perder antes mesmo de alcançá-la.



Quando entrei no saguão, só pude ver a porta do elevador expresso se fechando. Antes que eu piscasse ela já tinha subido mais de cinco andares.



Apertei desesperado o botão, chamando outro elevador, mas o tempo estava contra mim.



Já que o “Senhor Pode Tudo” tinha me colocado na função de super herói do dia, custava nada me dar uns poderzinhos, ou pelo menos um pouquinho de sorte, pensei.



Comecei a subir pelas escadas, na esperança de que em algum andar eu encontrasse a porta do elevador aberta. Isso só aconteceu no décimo nono andar.



Sem forças nem fôlego para falar com o ascensorista, apenas indiquei com o dedo indicador que queria subir pro céu, que neste caso ficava no quadragésimo andar. Ele entendeu.



Sai apressado e subi as escadas que levavam à laje. A porta, como suspeitava, estava aberta.



Isabella era uma garota pequena, mas de pé naquele parapeito ela parecia menor e mais frágil ainda. Ela não estava convicta, deduzi, pois já teria tido tempo de pular se quisesse. Temi que uma simples brisa pudesse empurrar seu corpo para baixo. Eu estava quase em choque. Se ela saltasse na minha frente, não sei o que faria.



Tentei gritar, mas a voz não saía. Ela ainda não tinha percebido minha presença.



Percebi seu corpo se pendendo finalmente para frente.



– VOCÊ TEM UM ISQUEIRO? – Gritei.



O que é que eu tinha acabado de dizer?!?!



Ela olhou assustada para trás, quase se desequilibrando, para meu completo estarrecimento.



– Hã?



– ISQUEIRO... TEM UM? – Já tinha começado com aquele argumento absurdo mesmo, o jeito era continuar. Pior é que estava dando certo.



Tentei ao máximo não demonstrar que sabia qual era sua intenção. Agi naturalmente, se é que isso era possível naquele momento.



Ela deu um suspiro profundo, demonstrando impaciência. Afastou-se da beirada, dando uns passos em minha direção.



Meu coração batia acelerado. Além do medo de não conseguir dissuadi-la a não pular, era a primeira vez que a via acordada. Seus olhos eram lindos, de um verde que lembravam o mar.



– Tenho. – Ela acendeu o fogo e ficou esperando eu pegar o cigarro.



Só tinha um probleminha... Eu não fumava.



– Na verdade eu quero comprá-lo. – Ela ia acabar pulando era de medo de mim. Eu estava me comportando feito um louco.



– Como? – Sua expressão era de estranheza.



– Preciso de um isqueiro. Quer vender o seu? – Alguém lá em cima iria se conscientizar de uma vez por todas de que tinha contratado o herói errado.



– Pode ficar com esse, não vou precisar mais dele. - Ela se aproximou mais, esticando o braço para me entregá-lo. Seus pulsos estavam cobertos com faixas elásticas, iguais as que os tenistas usam.



– Obrigado! – Estiquei meu braço também e nossas mãos se tocaram quando o peguei. Ela afastou-as rapidamente.



Sem nem se despedir, foi se encaminhando para o portãozinho que levava à escada por onde tínhamos acabado de subir.




Não sei por quanto tempo, mas eu tinha conseguido evitar seu pulo.



Era a terceira vez que eu salvava sua vida... Ou a condenava a mais sofrimento...





Continua....







6 comentários:

Anônimo disse...

COITADA DA BELLA :( BJS JANNAYRA..ESSA FIC AINDA PROMETE MUITA COISA

marylloulovyou disse...

Ai socorro ....quem vai se matar aqui sou eu ....de ansiedade ...kkkk . Desculpe mas é tá boa demais e um pouco curta amiga . Sei que o seu tempo deve ser pouco pra escrever né . Mas paciência . Aguardo desesperadamente (exagero )...pelo próximo cap.

Anônimo disse...

AMEI SO QUE FOI TAO POUQUINHO HOJE QUE PENA MAS SEI QUE ESSA MENINA E MUITO REVOLTADA ESPERO LOGO ELA PERCEBER EDWARD E SE APAIXONAR PARA PARAR DE QUERER SE SUICIDAR BEIJOS UMA OTIMA NOITE PARA VCE

Anônimo disse...

Muito curto vou esperar postar toda para continuar lendo...

Unknown disse...

queria q o capitulo fosse maior enfim vou espera ate amanha quero ele juntos logo por favor

Bells disse...

Aww q stress q eu fiquei. ..
Meu Deus qto sofrimento
A parte do isqueiro foi a melhor...rsrs

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