FANFIC - PASSADO DISTORCIDO - CAPÍTULO 20

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 20° capítulo de "Passado Distorcido". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Um legado deixado em uma carta. Até onde Edward iria para vingar o sofrimento e a morte de Sebastian? Encontrar aquela mulher, Isabella, era o seu objetivo de vida e o destino a entrega de bandeja.

Porém, as verdades absolutas de Edward se rompem quando os caminhos da vida mostram quem é Isabella. E quem Sebastian foi. Afinal, o passado não é, exatamente, aquilo que sempre pareceu ser.


Autora : whatsername
Contato : kellydomingoss (skype)
Classificação : +18
Gêneros: Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo




Capítulo 20 - I - Batatas imprudentes.



POV Bella



Tirar minhas coisas da casa de Edward foi como um belo tapa na cara. Eu estava indo embora. Não existiria mais dormir na mesma cama, comer juntos, e ter minha escova de dente ao lado da dele.


Eu deveria me mostrar e ser indiferente àquilo, afinal eu estava consciente que uma hora eu iria voltar para meu apartamento, voltar para o meu trabalho idiota e, principalmente, sair da vida de Edward. Minha grande inquietação se dava por simplesmente não querer sair daquele apartamento.


Definir o que estava acontecendo entre mim e Edward era complicado, tudo tinha melhorado. Não poderia ser classificado como amizade; amigos não trocavam os olhares que Edward e eu trocávamos, amigos não se tocavam como nós. Amigos não flertavam a cada cinco minutos.


“Quer ajuda com isso?” Edward perguntou ao meu lado, eu tinha mil sacolas em minhas mãos.


“Não precisa, é só pegar um elevador!” Eu disse saindo pela porta da sala. “Quer ir comigo?”


Edward pareceu pensar, o cenho dele franziu um pouquinho, depois, ele sorriu de um jeito engraçado. “Bom, eu nunca conheci sua casa!”


“A oportunidade é agora!” Falei sorrindo também.


Os dois minutos que ficamos no elevador foram silenciosos. Edward parou um passo atrás de mim enquanto eu abria a porta.


“Deve estar uma bagunça, apenas ignore-a!” Falei e dei passagem para ele.


“É de bom gosto!” Edward disse observando a sala. “Minha mãe iria achar uma graça!”


“Alice gosta de decoração, é tudo feito por ela.” Falei e joguei as sacolas no sofá. “Sente-se, Edward!”


Ele o fez, acanhado, devo dizer. “Você vai morar sozinha agora, né?” Edward perguntou assim que me sentei ao seu lado.


“Uh, sim! Alice vai ficar morar com Jasper, sabe, aquela coisa para saber se eles vão se dar bem debaixo do mesmo teto?” Falei tudo atropelado.


“É claro que eles se darão bem, não tem como ser diferente.” Edward disse com tom sincero, eu tive que olhá-lo.


“Você vai casar um dia?” A pergunta saiu meio estrangulada, mas eu deveria dizer, Edward não tinha muito perfil de quem se casaria um dia.


Ele corou como poucas vezes eu tinha visto, as mãos correram pelos cabelos,incertas. “Hmm, se eu fosse projetar minha vida daqui uns cinco anos, ainda me veria solteiro.”


Trinta anos. Solteiro? Ok, Edward!



Fiz a mesma projeção para mim. Cinco anos a frente significava eu ter vinte e seis anos. Cogitei imaginar como estaria minha aparência, mas não, seria um pouco desastroso. Casamento também estava fora de meus planos, simplesmente por que eu sabia que eu terminaria sozinha. Não adiantava querer mudar essa projeção.


“Uh, vou arrumar minha mala. O que eu preciso levar?” Perguntei envergonhada, eu me sentia meio idiota perguntando para Edward quais peças eu deveria levar.


Ele me olhou divertido, querendo sorrir. “Roupas de ficar em casa, eu acho.”


Tentei não levar aquilo como indireta. Eu sabia que Edward iria sair, ver os amigos, mas pensei que eu iria acompanhá-lo e não ficar sozinha com os pais dele.


“Eu não demoro, sim?” Falei e fui para o meu quarto. A primeira coisa que fiz foi me jogar em minha cama perfeitamente arrumada, a colcha de florzinhas parecia romântica e doce demais.


Um pensamento bobo me ocorreu. A cama de Edward era mais confortável que a minha.


Rolei um pouco pelo colchão, apenas para matar a saudade. Decidi que não deveria deixar Edward me esperando, então encarei meu armário e joguei em cima da cama todas minhas roupas de ficar em casa.


Seriam três dias, eu não era muito ligada em carregar centenas de roupas. Optei por shorts, um vestido, blusas e uma calça jeans. É, eu não era a pessoa mais apropriada para fazer uma mala! Encarei na gaveta meus biquínis, Edward não tinha falado nada sobre piscina. Eles permaneceram na gaveta.


No final, minha mala não passou de poucas peças. Joguei também secador e cremes. Mesmo que eu fosse ficar apenas em casa, eu deveria estar pelo menos arrumadinha.


“Terminei!” Falei assim que encontrei Edward do mesmo jeito que eu o tinha deixado.


“Sério? Pensei que você fosse daquelas que ficavam a tarde inteira tirando roupas do armário!” De novo, não me deixei tomar aquilo como uma indireta.


“Eu não gosto de te fazer esperar!” Falei baixinho, talvez um pouco irritada.


“Quer subir, ou ficar por aqui mesmo? Sua casa é legal!” A última parte saiu engraçada pelos lábios de Edward.


“Você precisa dormir para conseguir dirigir durante a noite!” Respondi-lhe já fazendo caminho para a porta.


Assim que passamos pela porta do apartamento de Edward o telefone tocou com o característico som estridente. Perguntei-me o porquê de Edward correr para atendê-lo.


“Ei mãe!” Edward disse sorrindo e eu pouco sem ar.


“Nós vamos à noite, devemos sair daqui perto das oito.” Ele disse calmamente, a pluralidade me fez olhá-lo. “Bella também está indo, está bem?”


Eu queria saber quais foram as reações de Esme, mas Edward permaneceu bons três minutos apenas ouvindo o que sua mãe extremamente fofa dizia. Eu queria saber o motivo de Edward ficar sorrindo como um idiota durante os três bons minutos.


“Bella ficará contente quando souber!” Ele disse me olhando e sorrindo.


“Mãe, meu carro está ótimo. Não irá acontecer nada conosco, pode ficar tranquila!” Edward disse depois de algum tempo.


“Mãe, isso é bobeira!” Ele disse e rolou os olhos, internamente eu sabia que eles estavam discutindo por alguma coisa boba e Edward não queria dar o braço a torcer.


“Isso te fará ficar menos preocupada?” Edward perguntou rendido.


“Ok mãe, até amanhã!” Ele disse docemente e depois desligou.


Edward se voltou para mim ainda com o telefone na mão. “Minha mãe animada com sua visita!”


“Eu também estou animada para ver seus pais!” Falei e senti o calor subindo para minhas bochechas. “Era alguma coisa séria o que estavam discutindo?”


Ele riu abertamente, ruguinhas se formaram nos cantos de seus olhos. “Esme pediu para eu não dirigir durante a noite!”


“Preocupação de mãe?” Falei e sentei no meio das almofadas do sofá.


“Uh, é! Esme não gosta que eu pegue estrada à noite, nós vamos de madrugada, está bem para você?” Ele disse e também se sentou.


“Está ótimo!” Minha voz saiu enérgica. “É engraçado ver alguém da sua idadeobedecendo aos pais!”


Edward me olhou, os olhos cerraram um pouquinho. “Dizendo que eu sou muito velho?”


Minhas bochechas queimaram. “Oh não, eu não quis dizer isso, mas, bom, se você quiser nada te impede de dirigir durante a noite!” Falei sem pausar, Edward continuava a me olhar.


“Esme sempre sabe o que é melhor para mim!” Ele disse sorrindo. Poucas coisas eu sabia sobre Edward, a mais importante delas era que ele amava os pais, estava em cada palavra, em cada atitude. E isso era mais bonito que tudo, mas bonito que ele próprio.

(...)

“Você não vai arrumar suas coisas?” Perguntei repentinamente, Edward ainda não tinha feito menção sobre arrumar sua mala.


Ele rolou para o meu lado, o colchão baixou um pouquinho. “Eu tenho roupas em casa!”


Ainda era cedo, perto das oito; mas sabíamos que deveríamos dormir o mais cedo possível. “Eu não estou com sono!” Falei soando extremamente retardada.


“Eu também não!” Edward disse perto demais de meu rosto.


“O que te deixa com sono, Edward?” A pergunta saiu sem minha permissão, completamente desnecessária!


Ele riu abertamente, me convidando a fazer o mesmo. “Você não me perguntou isso, Bella!”


“Então vamos ignorar meu ato falho e dormir!” Falei e tranquei meus olhos, eu queria parar de sentir todo meu sangue em meu rosto.


“Boa noite, Bella!” Ele disse baixinho. “Acordar as quatro está bom para você?”


“Está péssimo, mas tudo bem!” Falei sorrindo um pouco, eu odiava acordar tão cedo.

(...)

Alguém estava sorrindo perto de mim, meus olhos não queriam abrir. Eu não queria abri-los. “Bella, acorde!”


Rolei pela cama e puxei o cobertor para mim. Ouvi alguns passos e depois um silêncio confortável.


“Bella, levante-se! Eu vou te deixar para trás!” A voz de Edward voltou logo depois.


Por que ele não me deixava dormir em paz?



Ele massageou meu ombro delicadamente. “Não seja chata, Bella!” A voz era de quem estava sorrindo.


“Mmm, Edward...” Falei com uma voz extremamente manhosa, desconhecida por mim. “Deixe-me dormir, sim?”


“Você pode dormir no meu carro, levante, por favor!” Ele pediu exasperado.


Resolvi abrir meus olhos para encontrar um Edward com cara de bobo na minha frente. “Você é insistente, Edward!”


Ele sorriu para mim. “Bom dia, Bella!” Saiu doce e calmo. “Não volte a dormir, ok?”


Edward caminhou para o banheiro, percebi que ele já estava dentro de uma calça jeans e uma blusa pólo. Depois de muita motivação pessoal consegui sair da cama, peguei um par de roupas e segui também para o banheiro.


A porta estava encostada, pela fresta eu podia ver Edward fazendo a barba com perícia, eu ri quando ele penteou os cabelos umas três vezes. Ele não obteve muito êxito.


“Esme é a mulher de sua vida, não é?” Perguntei ainda da porta, Edward me olhou surpreso.


“Por que diz isso?” Ele perguntou e encarou seu rosto no espelho.


“Oras, você só está se arrumando assim por que vai vê-la!” Falei e também me olhei no espelho, meu rosto parecia uma bolinha de tão inchado por causa do sono.


Pelo espelho eu vi Edward sorrindo. “Minha mãe tem que ver o quão bonito o filho dela é!”


Eu ignorei a resposta idiota, Edward era uma pessoa matinal, pois eu nunca tinha visto alguém com humor tão leve as quatro da madrugada.


“Você sabe, né? Você vai ter que casar com alguém que ame Esme, por que se não, você vai ter as duas mulheres brigando por sua atenção!” Falei encarando o espelho, Edward entendeu meu ponto.


“Esse será o primeiro critério para eu escolher minha mulher!” Ele responde-me, minhas pernas bambearam quando ele deixou uma piscadela para mim.


“O primeiro critério não seria você amá-la ou não?” Devolvi também o encarando, Edward se voltou para ficar de frente para mim.


“Se eu propuser casamento a qualquer mulher já significa que eu a amo mais que qualquer coisa!” A voz saiu calma e com certa emoção, lufadas de hálito fresco sopraram perto de meu rosto.


“Eu preciso trocar de roupa, Edward!” Falei na falta de uma resposta melhor.


“Uh, claro!” Edward se olhou pela última vez no espelho e depois me deu licença.


Subi o jeans por minhas pernas com facilidade, fiquei feliz por aquilo, significava que eu tinha emagrecido. A blusa não tinha ficado boa com a calça, mas deixei assim mesmo, eu estava com sono e com preguiça para pegar outra.


Deixei meus cabelos presos num rabo, escovei os dentes e passei protetor. Meu rosto inchado tinha melhorado um pouco.


“Edward, quer comer antes de ir?” Perguntei assim que voltei para o quarto.


“Hmm, não! Eu estou levando biscoito para você comer, pegue o que quiser na cozinha!” Ele disse me analisando.


“Acho que estamos prontos para ir!” Falei por fim.


Edward terminou de calçar os tênis e lançou mão de um cobertor e travesseiro.


Eu o olhei interrogativamente, ele segurou meu olhar rindo de canto. “Para você dormir, Bella!”


“Isso é gentil, Edward!” Falei baixinho, minhas bochechas esquentaram na mesma hora.


“Onde está sua mala?” Ele perguntou vagando os olhos pelo quarto.


“Na sala, eu acho!” Falei e corri para pegá-la. Edward veio atrás de mim. Sem aviso, ele pegou a mala de minhas mãos, o contato tinha sido firme e um puto causador de arrepios.

(...)

O sol bateu contra minha pele, me fazendo despertar. Edward tirou os olhos da pista por uma fração de segundos. “Quer ir deitar no banco de trás?”


Ajeite-me melhor no banco confortável; olhei o relógio, já denunciava oito da manhã. “Eu sou uma péssima co-piloto, não sou?”


Ele riu e me olhou de soslaio. “É bonitinho te ver dormir! Já estamos na Pensilvânia.”


“Sério? Você está a quantos por hora?” Encarei o painel, os ponteiros marcavam oitenta quilômetros por hora.


“Não se preocupe, eu ainda na infringi nenhuma lei de trânsito!” Edward disse sem me olhar.


“Vou tentar não dormir!” Falei e olhei para estrada, era bom sentir o vento contra meu rosto.


“Está com fome? Podemos parar se quiser!” Edward me deu a opção. Lembrei-me dos biscoitos, eu sabia que eles estavam em algum lugar nos bancos de trás.


Tirei o cinto e os peguei, eu sentia Edward me analisando pelo espelho. “Você parece aquelas crianças que não conseguem ficar quietas no banco!”


Eu tive que rir para ele. “Eu quero comer os biscoitos, quer também?” Ofereci-lhe.


“Dê-me um, por favor!” Ele disse e pegou o biscoito que estava em minhas mãos.


Edward comeu de uma vez só, avisando que ele também estava com fome. Ele era um motorista cheio de manias; braço para fora, pé sempre no acelerador, apenas uma mão no volante. Olhei para os pedais, eu quase cuspi quando vi Edward apenas de meia.


“Por que você tirou os tênis?” Perguntei tentando descobrir a origem daquele habito estranho.


Ele olhou para os próprios pés e sorriu meio envergonhado. “Não gosto de dirigir calçado!”


“Você é a pessoa mais estranha que conheço!” Deixei escapar, mas sabia que ele não iria implicar com aquilo.


“Estranho, bobo e idiota. Quando você vai começar a me elogiar?” Edward disse com falsa indignação, ele tinha um sorrisinho idiota no rosto.


Antes que minhas bochechas pegassem fogo tirei meus olhos do rosto de Edward. “Fale-me você suas qualidades, Edward!”


Ele sorriu não apenas com os lábios, seus olhos também brilharam. “São muitas, quer ouvi-las pelas próximas sete horas?”


Quer que eu comece a lista? Hmm, vamos lá, você fica absurdamente sexy quando arrogante!



“Em quinze minutos elas acabam!” Falei e ganhei um par de olhos estreitos.

(...)

POV Edward



Dirigir com Bella ao lado era uma experiência boa demais para ser esquecida. Ela era particularmente uma graça. Eu adorava irritá-la, era isso. Eu fazia tudo para ter suas bochechas coradas ou vê-la mordendo os lábios.


Ela tinha dormido durante boa parte da manhã, o rádio ligado embalava seu sono. Ela acordava, me perguntava onde estávamos, trocávamos alfinetadas e depois ela tombava seu rosto contra a janela.


Perguntei-me se ela teria seu rotineiro pesadelo, a tarde veio e ele não. Eu não poderia ficar mais feliz. Quando o relógio marcou uma da tarde decidi que deveríamos comer. Quilômetros depois encontrei um posto. A próxima tarefa era acordar Bella.


“Bella?” Chamei assim que estacionei. “Acorde!”


O sono dela estava leve, pois não precisei chamá-la mil vezes. “Mmm, chegamos?” Ela disse esfregando os olhos.


“Indiana ainda!” Falei e abri a porta do volvo. “Nós precisamos comer!”


O simples fato de falar sobre comida fez Bella abrir definitivamente os olhos. “Eu estava sonhando com Milk Shake!”


Eu sorri pela confidência. “Aqui deve ter, vou lá comprar.”


“Fique, você parece cansado! Quer o que comer?” Ela perguntou calçando os chinelos e arrumando os cabelos.


“Pode trazer refrigerante e hambúrguer!” Tateei meu bolso até encontrar a carteira.


“Deixe eu comprar?” Bella pediu sem me olhar diretamente, eu deveria negar-lhe, mas o leve morder de lábios fez-me ponderar.


“Hmm, tudo bem!” Respondi-lhe; Bella pareceu surpresa, ela não esperava uma resposta tão positiva.


“Não arranque esse carro sem mim, sim?” Bella disse assim que bateu a porta, ela tinha usado força demais com meu carro.


Por qual motivo eu a deixaria num posto no meio do nada?



Esperei Bella voltar, aumentei um pouco o som sem me concentrar na letra arrastada da música desconhecida, olhei para o lado apenas para tentar assimilar tudo que estava acontecendo. O travesseiro, o cobertor, o celular jogado. Tudo era dela; os dois primeiros estavam impregnados com o cheiro doce. E o último tinha como proteção de tela o sorriso que eu gostava. Grande e verdadeiro.


Deitei minha cabeça no volante buscando elucidar meus pensamentos, nada veio. Quando olhei pela janela foi como querer ter uma máquina fotográfica para apenas registrá-la. Por que, céus, ela estava tão bella. Estava tão ela.


Ela caminhou sem tirar os olhos dos meus, eu desviei apenas para observar o quanto ela sorria. O refrigerante iria derramar a qualquer momento, pois ela tropeçou algumas vezes também; deixei meus olhos correrem pelo corpo esguio, eu gostava do jeito que a camisa de caveira caia sobre o jeans claro e, estranhamente, eu apreciava os pés apenas protegidos por um chinelo. Ela era a simples e, definitivamente, encantadora.


“Edward, experimente isso!” Ela passou o copo com Milk Shake. “É o melhor que já tomei!”


Sorvi do liquido gelado e viscoso, era bom; eu não tinha muita experiência com Milk Shake para saber se era o melhor dos últimos tempos. “Parece bom.” Deixei um sorriso rápido no final.


“Eu trouxe o hambúrguer e seu refrigerante.” Bella disse e me deu o pacote, o cheiro era fodidamente comestível. Bem sinestésico, eu sei!


A primeira mordida sempre vinha com apreensão. A segunda, a terceira vinha com deleite, eu estava criando grande inclinação para aquela lanchonete no meio do nada.


Bella também comia com certo deleite, apesar da combinação estranha, Milk Shake e batatas fritas. “Quer que eu dirija um pouco?” Ela disse depois de comer.


A verdade era que eu estava cansando, precisando esticar as pernas e com sono. “Você sabe chegar a Chicago?”


Bella rolou os olhos para mim. “Eu sei ler placas, Edward!”


“Não maltrate meu carro, sim?” Pedi e sai do carro para trocarmos de lugar.


“Não me subestime, Edward!” Ela disse fingindo irritação. “Falta quanto tempo para chegarmos?”


“Umas duas!” Falei depois de conferi o relógio.


Ela riu abertamente, me olhou, bateu os cílios. “Que tal em uma hora e meia?”


Ela deveria parar de fazer aquela combinação perfeita e, principalmente, me instigar.



“Eu conto com isso, Bella!” Falei, minha voz saiu nervosa igual à de um adolescente cheio de espinhas.


“Ei, não coma minhas batatas fritas!” Bella disse quando percebeu que eu estava acabando com nossa reserva de energia.


“Você quer um pouco?” Falei e dei-lhe uma batata na boca. Atitude impensada, completamente instintiva.


O ato tinha nos pegado desprevenidos, Bella corou e eu fiquei sem saber o que falar. Apesar do constrangimento, eu tinha gostado. Ela também, eu tinha certeza.


Sem saber o que falar ou fazer, deitei minha cabeça no banco e deixei o travesseiro em minhas costas, o cobertor estava embolado entre mim e a porta. “Vai ser falta de educação se eu dormir?”


“Claro que não! Você parece realmente cansado, sem contar que eu dormi a manhã inteira.” Bella disse sem tirar os olhos da pista.


Busquei o sono, mas ele parecia fugir a cada vez que eu fechava os olhos. “Isso não vai dar certo!” Falei meio irritado.


“Falou comigo?” Bella perguntou repentinamente.


“Oh não, eu apenas não consigo dormir!” Ajeitei-me no banco, minhas costas me dizendo que eu precisava de um relaxante muscular.


Bella riu baixinho. “Você está parecendo um pouco mal humorado!”


“Como um velho?” Perguntei-lhe.


“Não como um velho, mas ainda assim, mal humorado!” Ela disse e me olhou de lado. “Ainda tem batata?”


“Algumas. Querem-nas?” Peguei a embalagem em cima do painel. “Parecem um pouco murchas!”


“Não tem problema, pode me dar assim mesmo!” Bella falou tranquilamente, mas o rubor se fazia presente em suas bochechas.


‘Pode me dar assim mesmo?’ Que infernos estava acontecendo?



Puxei uma respiração pesada, processando as palavras. “Vire para cá então!” Falei já com uma batatinha murcha em mãos.


E assim fomos até não restar nenhuma batata. Bella sorria envergonhada a cada batata, e eu ficava cada vez mais zonzo a cada sutil roçar dos lábios de Bella em meus dedos. Era um toque inocente, mas aquilo estava dando muita asa para minha imaginação.


“Chicago!” Bella leu alto a placa de boas vindas. “Sua casa, Edward!”


Certa inquietude me acometeu, eu amava Chicago e estar aqui com Bella era estranho e certo, tudo ao mesmo tempo.


Quando a cidade começou a se formar com ruas e prédios, Bella parecia fascinada. “Edward, esse lugar é incrível!” Ela tinha uma voz quente e sincera.


“Posso te mostrar um pouco mais amanhã!” Dei-lhe a sugestão, Bella me olhou completamente perdida.


“Esqueceu que minhas roupas são de ficar em casa?” Perguntei-me o motivo dela ter sido tão irônica.


“Bella, suas roupas de ficar em casa são melhores que as minhas!” Falei olhando-a, não que eu soubesse o nome das grifes que Bella usava, a única coisa que eu sabia era que sutiã era La perla.


“Vamos discutir isso?” Ela me perguntou me encarando.


“Não.” Falei e peguei meu celular para ligar para casa.


“Mãe, estamos chegando!” Falei assim que Esme atendeu.


“Edward, você não foi imprudente, certo? Vocês chegaram rápido demais!” Ela disse, a preocupação de Esme era algo de outro mundo.


“Mãe, é Bella quem está dirigindo agora!” Olhei para Bella, ela segurava um sorriso quente. “Vejo-te logo, mãe!”


Assim que desliguei Bella virou-se para mim. “Você já foi um motorista imprudente, não já?”


“Aos dezesseis eu bati o carro de Carlisle!” Falei desconcertado, era incrível como Bella era tão intuitiva para certas coisas.


“Estava bêbado?” Ela continuou incisiva.


“Eu não sabia dirigir direito. Você fala como se eu fosse um alcoólatra!” Coloquei pausadamente.


Bella me olhou envergonhada, ela procurou as palavras. “Desculpe-me, eu não queria dizer isso. Hmm, você só bebe um pouquinho a mais!”


Relevei aquilo. “Segunda à esquerda!” Falei quando estávamos nos aproximando do bairro residencial.


“Eu não posso acreditar que você morava numa casa branca com grama verde na frente!” Bella disse animada. “Sempre foi o meu sonho!”


“Sempre morou em apartamento?” Perguntei apenas para confirmar.


“Sempre!” Ela disse e continuou olhando as casas pelo vidro.


Morar em apartamento era uma droga. Não tinha espaço, não dava para ter um cachorro e a piscina nunca seria exclusivamente sua.


“É a primeira casa depois da esquina!” Falei assim que tive um vislumbre de minha casa. Branca e com a grama aparada e verde.


Esme e Carlisle estavam parados no jardim. Meu pai tinha as mãos sobre os ombros de minha mãe. Quando meu olhar pegou os deles eles sorriram tão abertamente que foi impossível não fazer o mesmo.


Não deixei Bella estacionar corretamente, eu só queria abraçá-los e nada mais.


Bella sorriu para mim antes de sair do carro. “Obrigada por ter me convidado, Edward!” Ela disse baixinho, nos olhos, um bocado de emoções diferentes.


“Sinta-se em casa!” A intensidade de minhas palavras chocou até a mim.


O abraço que dei em minha mãe a deixaria dolorida mais tarde. “Saudades de você!” Eu disse enquanto ela pairava seu olhar de mãe sobre mim.


“Eu também estava, filho!” Ela beijou minha bochecha. “Você parece ótimo!”


“Eu estou!” Devolvi-lhe o afago. “Bella cuidou bem de mim!”


A menção do nome de Bella fez Esme me olhar de um jeito diferente, ela sorriu quando nos voltamos para Bella e Carlisle, eles conversavam animadamente.


“Seu pai ainda vai te roubar essa menina, ele simplesmente a adora!” Esme disse baixinho, nós dois rimos. Eu ignorei completamente o teor do comentário.


“Esme!” Bella disse calorosamente. As duas se abraçaram por um bom tempo, no final, as bochechas de Bella saíram coradas como dois grandes tomates maduros.


“Ei pai!” Abracei Carlisle. “Senti sua falta!”


“Nós ficamos preocupados, filho!” Meu pai disse me encarando. “Fico feliz por te ver tão bem!”


“O que dizem sobre entrar? Vocês precisam descansar e comer!” Esme disse e nos puxou pelos pulsos.


Bella parecia encantada por tudo, ela observava cada detalhe. Eu sorri quando ela sorriu ao ler na porta Família Cullen!


“Bella, querida, fique a vontade, sim?” Esme disse afagando as costas de Bella.


Quando a porta foi aberta a sensação de acolhimento me preencheu, os móveis estavam no mesmo lugar, senti falta do meu piano na sala. E do mesmo modo que a sensação boa tinha me preenchido uma ruim também se apossou de mim. Era o medo. Era o medo de Bella descobrir tudo.


Como eu não tinha pensado naquilo?



Sebastian e eu tínhamos diversas fotos juntos, de quando pequenos e até pouco antes dele sumir no mundo. Elas estavam por toda casa, meu quarto era um mar delas. Bella não podia vê-las. Não podia.


Meu estômago revirou um pouco, eu saberia o que fazer se Bella descobrisse tudo.


“Aconteceu alguma coisa, Edward?” Bella perguntou baixinho.


Então eu tive que olhá-la, intensamente. Por um momento me perguntei se era correto trazê-la para a casa onde meu irmão viveu. “Tudo vai ficar bem, Bella!”


Praticamente juntos nós entramos. Corri meus olhos pela sala, os portas retratos estavam por todos os lugares, em nenhum deles havia Sebastian. As fotos tinham mudado, me vi em uma porção delas. Eu estava em todas, ele não estava em nenhuma.


A sensação boa voltou a me preencher, mas dessa vez era o alívio. Olhei ao redor, minha mãe tinha mudado alguma coisa na cozinha, mas eu não saberia dizer o que era, a geladeira talvez.

“Eu preparei um lanche para vocês.” Esme disse guiando-nos para a cozinha.


“Está com um cheiro incrível, Esme!” Bella disse aparentemente envergonhada.


“Espero que goste, esse é o preferido de Edward!” Minha mãe disse e nos serviu. Eu quase gemi quando senti o gosto do molho barbecue em minha boca.


“Mãe, eu amo você!” Falei ainda de boca cheia, Esme praticamente quis me esfaquear.


“Edward, seja educado, pelo amor de Deus! Espero que você tenha sido mais cavalheiro com Bella durante o tempo que ela ficou com você!” Esme disse irritada.


“Ele foi, Esme!” Bella disse cheia de rubor.


Obrigado por ajudar, Bella!



“Edward, mostre seu quarto à Bella, ela parece com sono!” Minha mãe disse depois de tirar os pratos da mesa.


“Claro!” Levantei-me da mesa e Bella fez o mesmo. Busquei sua mala no carro, ela caminhava ao meu lado.


“Sua casa é linda!” Bella disse baixinho, ela parecia extremamente feliz.


“Não ria do meu quarto, sim?” Pedi enquanto subia as escadas.


“Devo ficar preocupada com o que vou ver?” Ela disse mastigando o lábio inferior.


“Não tem pôster da Playboy nem edredom do Batmam!” Falei sorrindo também.


Meu quarto ficava no final do corredor. Ao lado, tinha o de Sebastian. Meu corpo tremeu e gelou.


“Entre!” Falei assim que abri a porta, e assim como no primeiro andar, as fotos de meu quarto não tinham Sebastian. Nenhum vislumbre dele.


POV Bella



Era tão Edward aquele quarto! A cama de casal preenchendo boa parte do espaço, uma poltrona de couro no canto. Uma escrivaninha com um computador pré-histórico. Eu sabia que a porta dava para um banheiro. E ainda tinha uma varanda, lá tinha uma cadeira velha, quando eu olhei para baixo eu quis bater em Edward.


“Edward, por que você não disse que vocês têm uma piscina?” Eu disse um pouco alto.


Ele me olhou sorridente, mas um pouco envergonhado. “Isso era um fato importante?”


Claro que era!



“Piscina é tão legal!” Minha voz soou como de uma criança mimada. Preferi esconder o fato de eu não saber nadar, mas mesmo sempre engolindo litros e mais litros, eu amava mar, piscina, cachoeira. Água.


“Posso enchê-la mais tarde!” Edward disse e sentou-se em sua cama. Eu fiz o mesmo.


“É mais macia que a de seu apartamento!” Falei debilmente.


“Gostou?” Edward deitou-se na cama e rolou um pouco, fazendo um reconhecimento.


“Parece ótima!” Respondi-lhe.


“Você vai dormir aqui, sim?” Ele disse e me puxou para deitar com ele.


“Edward, eu não vou dormir aqui! Essa cama é sua!” Falei encarando-o. “Eu posso dormir em outro quarto, eu vi que tem um sobrando!”


Edward tencionou com aquilo, seus olhos fuzilaram os meus. “Você vai ficar aqui e ponto!”


“Você vai ficar onde então?” Lancei para ele.


“O sofá da sala é grande!” Ele deu de ombros. “Eu já dormi muitas vezes lá!”


Eu não estava ouvindo aquilo. “Dormia quando você tinha dez anos, certo? Edward, olhe seu tamanho! Você não cabe naquele sofá!”


“Bella, eu não me importo, pode ficar aqui!” Ele disse beirando a súplica.


Edward fechou os olhos por um breve momento, ele estava morto de cansado. “Edward?” Chamei perto de seu rosto.


“Sim?” Ele disse baixo.


“Por que você não dorme aqui comigo?” Minha voz saiu meio incerta. Edward não me respondeu a princípio.


“Você sabe, né? Eu vou acabar gritando como uma louca, eu não quero que seus pais pensem que estão hospedando uma psicopata!” Eu tinha um ótimo argumento.


“Você está quase me convencendo, dê-me mais argumentos!” Ele pediu ainda mais próximo de meu rosto, a respiração dele era baixa e regular.


“Você está acostumado a dormir comigo, eu vou fazer falta naquele sofá!” Eu disse sem usar meu filtro.


Eu não tinha dito aquilo. Isabella Swan, sua vadia!



Edward não abriu os olhos, apenas sorriu debilmente para mim. “Eu fico lá em baixo e depois eu subo para dormir com você, depois de seu pesadelo eu desço de novo!”


“Para que subir e descer toda hora?” Não fazia nenhum sentido Edward subindo e descendo escadas durante a noite.


“Minha mãe iria te fazer um interrogatório se me vê na mesma cama que você!” Ele disse sorrindo. Ele tinha um ótimo argumento.



“Então no meio da noite você aparecer na minha cama?” Perguntei-lhe, sem perceber, eu já estava muito perto dele.


“Uma doce surpresa para você!” Ele disse com o sorriso idiota de sempre.


Açucarada, eu diria!



“Eu vou tomar um banho, posso usar esse banheiro aqui?” Sai da cama e peguei a toalha e um par de roupas limpas.


“Claro, eu vou descer. Fique a vontade, depois desça também!” Edward disse já perto da porta.


Eu já conhecia o quarto, fui conhecer, então, o banheiro. Ele também era tão Edward!


Eu não sabia o que vesti, era muito cedo para pijama e colocar uma calça parecia casual demais. Arrependi-me pela escolhas dos shorts, eles estavam curtos demais, Edward já tinha me visto em todos, mas eles não pareciam descentes o suficiente.


Encarei minhas roupas sem saber como me portar. Depois de muito tempo raciocinando decidi pelo short menos curto e uma blusa larguinha.


Todos estavam na sala, eu ri sozinha quando vi Edward com o rosto deitado no ombro de Esme. Ele parecia o filho mais amado do mundo.


“Junte-se a nós, Bella!” Carlisle disse assim que me viu no meio da escada.


Sentei ao lado de Edward, tinha uma boa distância entre nós. “Seu chuveiro é tão quente!” Eu falei apenas para ele ouvir.


Ele curvou os lábios para mim. “Eu tomar um banho também!”


Edward saiu me deixando sozinha com Esme e Carlisle. Eles eram ótimas companhias, mas era estranho começar uma conversa. “Edward se recuperou tão rápido!” Coloquei brevemente.


“Eu não sei como posso te agradecer!” Esme disse e pegou minha mão entre as dela. “Você foi excelente, Bella!”


“Obrigada?” Falei perdida, eu nunca conseguia retribuir gestos doces e gentis.


A conversa seguiu sobre Edward, a viagem de carro e tudo relacionado a ele.


Edward voltou vestido em um pijama desconhecido por mim. Para começar, não era a típica calça de moletom, ele usava um short de pijama e uma camisa. Ambos azuis marinho. E ele trouxe um travesseiro e um lençol também.


“Já vai dormir, Edward?” Carlisle perguntou pausadamente.


“Hmm, sim!” Ele disse e ficou olhando para mim.


Por que para mim, meu Deus?



Olhei para o lado, Esme já estava em pé também, ela sorria docemente. Edward me lançou um sorriso retardado. “Eu preciso do sofá para poder dormir, Bella!”


E em um grande salto eu pulei do sofá. “Desculpe-me por ser tão idiota!”


“Você não é idiota!” Ele disse simplesmente.


“Bella, nós também já vamos nos deitar.” Esme disse me abraçando. “Tenha uma ótima noite de descanso e se precisar de qualquer coisa, pergunte ao Edward!”


“Muito obrigada, Esme! Tenha ótima noite também.” Desejei-lhe cordialmente.


“Seus pais são tão fofos!” Falei admirada e, com certeza, meio boba.


“Eles são!” Edward disse do sofá. Ele moveu o corpo para me dar espaço.


“Você vai ficar bem nesse sofá?” Perguntei fitando-o.


“Você está louca para eu dormir com você, não está?” Ele perguntou baixinho.


“Claro que não, Edward!” Falei prontamente, Edward estava especialmente metido.


“Daqui a pouco eu subo, pode me esperar!” Ele disse, o par de orbes verdes estava brilhando um pouquinho.


“Eu vou subir, então!” Falei e me dirigi para a escada.


O quarto de Edward parecia grande sem ninguém para dividi-lo. Coloquei meu pijama, apesar do sono, eu não queria dormir.


Observei as prateleiras, tinham livros e mais livros, peguei o menor de todos. Eu tracei a capa envelhecida, era dos tempos de faculdade de Edward, era um livro de Direitos Humanos.


Fui para a cama para lê-lo, imaginei Edward lendo-o, definitivamente, ele tinha escolhido a profissão certa. Edward nasceu para ser bombeiro.


O assunto era pertinente, mas não me instigava. Corri o olho mais uma vez pelo quarto, observei as fotos. Edward tinha sido uma criança encantadora, um adolescente desengonçado e era um homem bonito.


Quando ouvi a maçaneta sendo girada, meu coração perdeu uma batida. “Bella?” Edward praticamente sussurrou.


Joguei o edredom para o lado. “Oi?”


Ele caminhou mansamente para a cama. “Pensei que já estava dormindo!”


“Estava te esperando!” Falei e coloquei o livro no chão ao lado da cama.


Edward pegou-o. “Direitos Humanos, Bella? Eu odiava essa matéria!” Ele disse e depois se deitou ao meu lado.


“Qual matéria você não odiava?” Perguntei sorrindo, ele não gostava de nenhuma parte do curso de direito.


“Com sono?” Ele perguntou jogando seu corpo para o meu.


“Um pouco!” Meu bocejo deixou a fala não muito entendível.


“Vamos dormir então!” Edward puxou o edredom para nos cobrir. A cama era pequena, então era impossível não sentir cada pedaço de Edward contra meu corpo.


“Boa noite, Edward!” Falei e fechei meus olhos.


Meu corpo tremeu inteiro quando o pé de Edward tocou o meu, eu sabia onde aquilo iria parar, e eu não estava me importando.


“Quais são nossos planos para amanhã?” Edward perguntou perto de meu rosto, o pé subiu para minha panturrilha.


“Ora, eu não sei o que você vai fazer amanhã! Ver seus amigos talvez, sair para beber, sei lá...” Pouco importava o que ele iria fazer amanhã, eu não estava dentro dos planos dele.


“Eu não tenho muitos amigos aqui e eu não quero que você pense que eu sou um bêbado ambulante!” A pressão em minha panturrilha aumentou, o ritmo dos dedos de Edward era fodidamente delicioso.


“Estava pensando sobre ficarmos em casa, o que acha?” Ele perguntou, meus olhos estavam fechados, mas tive que abri-los quando senti a mão de Edward em minha coxa coberta pela calça de pijama.


Era hipocrisia tirar aquela mão máscula de mim, afinal o contato era bom, mas preferi encerrar o que mal tinha começado. Delicadamente peguei-lhe a mão e deixei-a cair entre nossos corpos. A minha mão também foi junto.


“Caseiro, Edward?” Perguntei e brinquei com nós dos dedos longos.


“Não é sempre que estou em casa!” Ele disse no meio de um sorriso.


“Parece excelente!” Eu disse por fim.


“O que parece excelente?” Edward disse e subiu sua mão por meu braço.


“Ficar com você em casa amanhã!” Respondi-lhe sorrindo sem saber exatamente o motivo.


Aconcheguei-me contra o corpo de Edward e esperei o meu sono. O pé permaneceu em minha panturrilha e a mão em meu braço. Fui embalada pelos toques e pela respiração regular de Edward. Dormi um pouco mais contente, no fim, as roupas de ficar em casa seriam usadas e Edward estaria comigo. Não sei qual das duas partes me deixava mais feliz.





Continua...




4 comentários:

Anônimo disse...

Ai que fofo.

Val RIBEIRO disse...

Muito bom....

Anônimo disse...

Ai amei o cap.Jannayra*

Anônimo disse...

Adoro essa fic, cada vez melhor...parabéns. Um bom inicio semana a todos.

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