FANFIC - PASSADO DISTORCIDO - CAPÍTULO 21

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 21° capítulo de "Passado Distorcido". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Um legado deixado em uma carta. Até onde Edward iria para vingar o sofrimento e a morte de Sebastian? Encontrar aquela mulher, Isabella, era o seu objetivo de vida e o destino a entrega de bandeja.

Porém, as verdades absolutas de Edward se rompem quando os caminhos da vida mostram quem é Isabella. E quem Sebastian foi. Afinal, o passado não é, exatamente, aquilo que sempre pareceu ser.


Autora : whatsername
Contato : kellydomingoss (skype)
Classificação : +18
Gêneros: Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo




Capítulo 21 - II - Primeiro elogio, dama de azul?




POV Bella



Tateei o espaço vazio ao meu lado, puxei o travesseiro para o meu rosto. O cheiro de Edward estava ali, mas ele não.


Permite-me ficar um pouco a mais na cama macia de Edward, joguei o edredom para o lado e afundei minha cabeça no travesseiro e sorri bobamente. Como uma garotinha deslumbrada.


Quando olhei no relógio e vi que ainda era sete e quarenta da manhã ponderei sobre levantar. Estava cedo e Edward provavelmente estaria dormindo no sofá da sala. Peguei minha bolsa e fui para o banheiro.


Meu cabelo estava um pouco grudento, então decidi tomar banho e lavá-lo. Sequei-os e optei por amarrá-los no alto. Olhei para minhas roupas na mala. Tinha um vestido branco com rendinhas, ele caia solto pelo corpo. O dia estava ensolarado. O vestido combinava com o dia.


Do alto da escada eu vi o corpo de Edward encolhido no sofá, a casa estava silenciosa. Desci sem tentar fazer muito barulho, ou simplesmente não cair pelos degraus.


Sentei-me no braço do sofá sem saber se era certo, vigiei o sono de Edward por um bom tempo. Eu queria saber sobre o que ele sonhava, sobre o que dava a ele um ar completamente angelical. Como um imã, levei minhas mãos para os fios dourados. Eu estava criando forte inclinação por aquele cabelo.


“Ele é lindo, não é?” A voz calma de Esme chamou atrás de mim.


O calor que se instalou em minhas bochechas fez meu rosto arder em vergonha, em câmera lenta me virei para ela. “Ele é!”


Ela sorriu e seus olhos brilharam. “Estou terminando o café de vocês, sim?”


“Não se preocupe comigo, Esme!” Eu disse atropelado, eu queria muito fugir da li.


“Edward, sempre acorda com fome!” Esme disse olhando para Edward. “Ele adora ovos com bacon!”


“Eu sei que sim!” Deixei escapar baixinho. “Onde está Carlisle?”


“Está limpando a piscina, Edward disse que você gosta!” Ela disse sorridente e depois voltou para a cozinha.


Segui para fora da casa, Carlisle enchia a piscina rusticamente com uma mangueira. Aquilo levaria o dia todo.


“Bom dia, Carlisle!” Eu lancei-lhe cordialmente.


“Hei Bella!” Ele disse com a voz enérgica. Caminhei para perto dele, notei também o pequeno jardim que tinha ali. Sorri sozinha quando vi as diversas orquídeas e, no meio delas, a que eu tinha dado a Esme tempos atrás.


“Edward não comentou que vocês tinham uma piscina!” Falei para chamar atenção de Carlisle.


“Edward costumava nadar quando morava com a gente!” Ele disse beirando a nostalgia.


“Vocês sentem falta dele, certo?” A pergunta soou um tanto retórica.


“Não é a melhor visão do mundo ver um filho saindo de casa.” O tom de Carlisle era desconhecido por mim, também não consegui decifrar as emoções que foram colocadas na fala.


“Ele ama vocês!” Eu disse baixinho, Carlisle parou os olhos nos meus.


“Eu sei que ele nos ama!” De novo, não soube identificar o porquê de uma fala tão carregada de emoções.


“Uh, o café cheira bem, Esme deve estar esperando por nós.” Carlisle disse e me fez segui-lo pelo jardim.


Quando passei pela sala vi Edward ainda dormindo, perguntei-me quando ele acordaria.


“Bella, o café está pronto, sirva-se!” Esme disse da cozinha, ela colocou uma colher generosa para Carlisle.


“Parece delicioso, mas acho que vou esperar Edward acordar!” Eu sabia que era falta de educação não comer com eles, mas também não parecia de bom tom deixar Edward comer sozinho depois.


“Isso é gentil, Bella!” Esme me lançou um sorriso quente. “Sente-se conosco então?”


“Claro!” Sai do meio da sala, demorou um tempo para eu perceber que eu estava parada ali.


Puxei uma cadeira para mim. “Seu jardim é lindo, Esme!”


“Não o achou mal cuidado, não?” Ela perguntou e passou um copo com suco de laranja.


“As flores são lindas, estava pensando em ter um jardim em meu apartamento!” Falei despretensiosamente. Alice não era muito dada ao paisagismo, então, agora, eu poderia pensar em deixar aquele apartamento um pouco mais verde.


O café seguiu com conversas animadas sobre como ter um pequeno jardim em um apartamento igualmente pequeno. Eu estava fazendo mentalmente uma lista de tudo que eu precisaria comprar.


“Uh, Bella, Carlisle e eu temos que ir ao supermercado. Quer ir conosco, ou prefere esperar Edward acordar?” Esme disse depois de um silêncio confortável.


“Eu posso ficar aqui!” Falei e tentei dissipar o calor de meu rosto.


“Claro, não vamos demorar, ok?” Carlisle disse para mim. Eles saíram da mesa logo em seguida.


“Bella, o que você quer para o almoço?” Esme perguntou já com roupas trocadas e com uma bolsa a tiracolo.


Eu a olhei surpresa. “Esme, por favor, não se importe comigo! Eu como qualquer coisa!”


“Bella, querida, queremos o melhor para você, sim?” Ela disse e afagou meu ombro.


Eu estava um pouco emocionada por aquilo. “Uh, sério, eu fico muito grata pela atenção e carinho, mas eu como qualquer coisa mesmo!”


Esme e Carlisle sorriram cúmplices. “Você é tão adorável, Bella!”


“Obrigada?” Falei vacilante.


“Nós já vamos, fique à vontade, está bem?” Esme disse sorridente. Eles saíram pela porta, antes eles adoraram a imagem de Edward dormindo.


Os típicos barulhos de quando Edward acordava chamaram minha atenção. Caminhei lentamente para o sofá.


“Bom dia, Edward!” Falei perto de seu rosto, ele brigava para abrir os olhos.


“Bella?” Ele disse me encarando, a voz estava exponencialmente mais rouca.


“Sou eu, onde estão seus óculos?” Perguntei-lhe, aquele era o drama de todas as manhãs. Procurar os óculos de Edward.


“Eu não os trouxe, não se preocupe, tem lentes lá em cima!” Ele disse e virou para o lado.


“Seus pais saíram, o café está pronto!” Falei para ver se aquilo o instigava a levantar.


“Estamos sozinhos?” Ele disse sem me olhar, Edward tinha um tom divertido.


“Não seria nenhuma novidade para nós, certo?” Falei também divertida. Edward virou-se para mim. Seu rosto estava um pouco corado, ele tinha os olhos fixos nos meus.


“Não vai se levantar?” Perguntei um pouco mais alto e puxei Edward pelo braço. “O dia está quente lá fora!”


Ele sorriu sem jeito e voltou com o corpo para o sofá. “Dê-me um tempo, sim? São os fodidos problemas matinais masculinos!”


Eu não poderia descrever o quão quente meu rosto ficou, o calor queimava até as pontas de minhas orelhas. As palavras não vieram, eu olhava para Edward como se ele fosse um monstrinho.


Ele estava dizendo que, por debaixo daquele fino lençol, existia um homem completamente excitado?



“Uh, eu vou tomar café, sim?” Eu disse rápido demais, o próximo passo foi correr para a mesa.


Eu comi como uma louca apenas para não deixar meus pensamentos fixos em Edward, ele ficou mais uns minutos no sofá, depois, ele subiu as escadas correndo. Também não deixei meu cérebro pensar sobre o que Edward fora fazer no andar de cima. Como se a resposta já não fosse muito óbvia.


Ele voltou com novas roupas. Uma bermuda jeans e uma camisa xadrez sobre uma regata branca. “Está com um cheiro bom!”


Edward serviu-se com o café preparado por Esme, sentou-se ao meu lado. “Bella, não me olhe deste jeito!”


Eu não o olhei, eu estava com vergonha e curiosa, mas preferi deixar transparecer só a primeira. “Eu nem estou te olhando, Edward!”


O sorriso baixo ecoou na cozinha. “Bella, essas coisas acontecem!”


“Eu não quero aulas de educação sexual durante o café da manhã!” Falei completamente constrangida.


“Então esqueça isso apenas!” Ele disse, eu sentia seu olhar em mim.


“Vou fazer o meu melhor!” Eu lhe devolvi sem, efetivamente, olhá-lo.


“Meus pais foram onde?” Ele perguntou depois de terminar de comer, aparentemente.


“Supermercado, eu acho!” Falei e tirei nossos pratos da mesa.


“Bella, não lave nada!” Edward disse um pouco mais sério, eu caminhava lentamente para a pia.


“É o mínimo que eu posso fazer!” Repliquei, e indo contra seu pedido, lavei o que nós tínhamos sujado.


“Por favor, pare de agir como uma empregada ambulante, eu lavo!” Edward falou atrás de mim, ele tirou delicadamente meu corpo de seu caminho.


“Você não vai lavar direito!” Ralhei para ele.


“Apenas, deixe eu fazer isso, sim?” Ele ignorou minhas palavras e começou a lavar as poucas louças.


Rendida e irritada caminhei para me sentar em uma cadeira, observei Edward lavando as louças. Esme teria quer lavar tudo de novo! Eu ruborizei quando desci meu olhar para a virilha de Edward, bom, não tinha nenhuma saliência ali. Sinal que ele realmente tinha feito alguma coisa com sua ereção.


“Já pensou em alguma coisa para fazermos durante a tarde?” Edward disse enquanto secava as mãos na própria bermuda.


“Uh, não!” Eu falei simplesmente.


“Se eu soubesse onde está meu piano, poderia te fazer tocar!” Ele disse quando se sentou ao meu lado.


POV Edward



Onde estava meu piano, onde estavam as fotos de Sebastian. Eu tinha mil perguntas, mas, por hora, aquelas eram as mais relevantes para serem feitas aos meus pais.


Eu buscava por essas respostas desde a hora que eu tinha entrado em casa. Meus pais pareciam felizes demais com Bella, ou, simplesmente, estavam ignorando minha inquietação.


“Eu não toco muito bem!” Bella disse me olhando por debaixo dos cílios.


Eu me identifiquei com a resposta. “Eu também não, mas é uma boa distração!”


“Charlie adorava!” Bella disse baixo, seus olhos vagaram por um instante. “Ele tocava bem!”


“Hmm, quer subir? Preciso arrumar algumas coisas!” Falei um tanto repentino, levantei-me da cadeira e esperei Bella fazer o mesmo.


Eu a olhei interrogativamente, Bella me olhava do mesmo jeito. “Bella, venha!”


Deixei que ela subisse a escada primeiro. Bella estava bonita de um jeito diferente. O vestido caia tão solto pela cintura, quase esvoaçante. O cabelo preso no alto deixava a pele de seu pescoço exposta e o mais importante, ela parecia extremamente feliz.


“Edward, esse quarto é de quem?” A voz de Bella ecoou na minha frente. Seu corpo estava parado em frente ao quarto de Sebastian, a mão pronta para girara a maçaneta.


“Não entre!” Eu falei alto demais, evidenciando meu estado de espírito. “Por favor!”


Bella me encarou por muito tempo, ela sorriu abertamente no final. “É aqui onde estão guardados seus pôsteres da Playboy?”


O alívio foi preenchendo cada parte de meu ser. “Não, mas não precisa entrar ai!”


Bella colocou um sorriso atrevido nos lábios e rodou a maçaneta. “Deu sorte, Edward; está trancado!”


Muita sorte!



“Pare de ser curiosa e venha me ajudar!” Segui para o meu quarto, encontrei a cama arrumada e as coisas de Bella também organizadas em cima da poltrona.


“Dormiu bem?” Perguntei de supetão. O pesadelo parecia ter afligido-a mais que das outras vezes.


“Eu gritei mais esta noite?” Ela devolveu envergonhada.


“Um pouco mais que o normal!” Falei para ela. “Você nunca me disse sobre o que esse pesadelo é!”


Bella sentou-se na ponta da cama, visivelmente pensativa. “É nada demais, Edward!”


Coloquei meu corpo ao lado do dela. “Eu sei que você sofre toda noite, eu quero te ajudar!”


Ela subiu os olhos para o meu, o marrom estava um tanto cheio de emoções. “Eu não quero te deixar preocupado, é bobeira de minha cabeça!”


Tracei a bochecha quente dela. “Quando quiser, conte-me!” Eu sabia que ela não iria me contar agora.


“Obrigada, Edward!” Ela disse baixinho com os olhos ainda nos meus.


Eu sorri para ela, sinalizando que o assunto ruim tinha acabado. “Eu preciso levar alguns agasalhos para Nova Iorque, quer me ajudar escolher?”


Bella abriu seu sorriso quente. “Claro!”


Meu armário estava perfeitamente organizado, coloquei todos os moletons e jaquetas para fora.


“Ainda não está fazendo frio, o outono é daqui dois meses!” Bella disse no meio do quarto.


“Eu não sei quando vou voltar aqui, eu vou ter que trabalhar sem parar para recompensar o tempo que fiquei em casa!” Respondi-lhe.


“Você ama ser bombeiro, não é?” Bella me perguntou enquanto tirava minhas roupas dos cabides.


“Eu amo!” Minha voz saiu quente e convicta. Do jeito que deveria ser.


Bella sentou no meio da cama entre minhas roupas. “Quais você prefere levar?”


“As que esquentem mais!” Eu não tinha muitos critérios para escolher minhas roupas.


“Você precisa de roupas para sair na neve, hmm, neva em Chicago?” Bella perguntou um pouquinho corada, ela mastigou os lábios no final.


“Ano passado nevou um pouco, Esme e Carlisle gostam!” Eu disse sorrindo, meus pais eram encantados com os flocos de neve.


“Uh, eu também gosto!” Bella disse com rosto vermelho. “Você prefere calor ao frio?”


“Não tenho muita preferência!” Falei quase indiferente.


“Eu gosto do calor, mas não gosto do sol. Adoro a neve, mas não gosto de sair toda empacotada!” Bella disse gesticulando e sorrindo um pouco confusa.


“Meio difícil de entender, sim?” Joguei para ela sorrindo.


Ela riu abertamente, vi ruguinhas se formando no canto dos olhos. “Você nunca me entende, Edward!”


“Um dia a gente chega lá!” Respondi-lhe e sorri sem minha permissão.


“Conto com isso!” Ela disse com as bochechas rosadas.


Ouvi meus pais entraram no andar debaixo. “Meus pais chegaram!”


“Vou ver se Esme precisa de mim para alguma coisa!” Bella disse e saiu da cama. Arrumou o vestido que tinha amassado um pouco. “Depois eu volto!”


Continuei dobrando minhas peças, seguindo o conselho de Bella, peguei roupas de neve, luvas e gorros. No final, minha cama estava cheia de pilhas de roupas, eu precisaria de caixas para levá-las.


Bella não voltou, eu sabia que ela tinha se entretido com Esme na cozinha. Deixei meu quarto, o cheiro da comida estava me matando. Antes, quando passei pelo corredor, girei a maçaneta do quarto de Sebastian apenas para conferir. Perfeitamente trancada.


Do meio da escada vi Esme e Bella na cozinha. A visão era bonita, minha mãe eela cozinhando.


“Isso cheira à rondeles!” Falei mais alto para elas notarem minha presença.


“São rondeles, Edward!” Bella disse sorrindo, o sarcasmo saiu divertido por seus lábios.


Eu sorri também. “Ei mãe!”


Esme tirou a atenção do fogão para me olhar e me lançar seu sorriso sincero. “Bom dia, filho!”


“Bom dia, cadê meu pai?” Perguntei, mas logo supôs que ele estaria na garagem ou no jardim.


“Deve estar lá fora!” Ela disse e voltou a fixar sua atenção nas panelas.


Fiquei ali as vendo cozinhar. Bella sempre me pegava a olhando, como reposta ela corava e sorria pequeno. Minha mãe via tudo, ela sorria sozinha.


Quarenta minutos mais tarde o almoço estava na mesa. A comida estava duplamente boa, afinal tinha as mãos de minha mãe e de Bella ali. Eu estava em casa, então comer duas vezes não seria muita falta de educação.


“Muita fome?” Bella disse baixinho ao meu lado.


“Está delicioso!” Eu disse igualmente baixo.


Ela sorriu para mim. “Um adorador de massas, então?”


“Pode dizer que sim!” Comi mais um pouco. Era impossível não se deleitar com a massa e o molho.


“Eu não sei como você consegue comer tanto!” Bella disse depois tomar um pouco de suco de laranja.


“Homens comem muito, Bella!” Eu disse simplesmente.


Bella, para variar, corou e corou.

(...)

“Eu estou com sono!” Bella disse quando eu olhei para ela. Nós estávamos ouvindo minha mãe falando há uns bons vinte e cinco minutos, o que eu mais queria era tombar minha cabeça no sofá e dormir durante a tarde inteira.


“Pode dormir se quiser, depois eu te levo para o quarto!” Ela teria que fazer leitura labial para me entender.


Bella curvou os lábios em aprovação, ela deitou a cabeça em meu ombro e continuou ouvindo minha mãe, o assunto era sobre um novo projeto de decoração, até Carlisle bocejava um pouco.


“Eu falo muito, não é mesmo?” Minha mãe disse um pouco ultrajada. “Desculpe, eu sei que vocês querem descansar!”


“Edward, leve Bella para seu quarto. Ela vai dormir a qualquer momento!” Minha mãe disse docemente.


Bella se remexeu desconfortavelmente ao meu lado. “Quer vergonha, Edward!”


“Não se preocupe!” Eu disse baixinho para ela. “Minha mãe não liga para isso, quer subir?”


“Uhum!” Saiu como um sussurro.


Coloquei-a de pé e guie-a pelas escadas. Bella tropeçava algumas vezes então decidi passar meu braço por sua cintura.


“Sua mãe está achando que eu sou a pessoa mais grossa desse mundo!” Ela disse assim que nós caímos na cama.


“Você é a pessoa mais adorável que minha mãe conhece!” Falei cheio de certeza.


“A segunda mais adorável, certo? A primeira é o filho dela!” Bella falou sem me olhar, as bochechas tingiram-se de vermelho rapidamente.


“Obrigado, Bella! Esse é o primeiro elogio que você me faz!” Eu sabia que aquilo a faria corar, era o que eu mais queria no momento.


“Primeiro e último!” Ela disse divertida, o sono estava deixando-a completamente leve.


“Quanta gentileza!” Eu falei fingindo irritação.


“Por que não dormimos?” Bella disse sorrindo.


“Como você quiser, segunda pessoa mais adorável!” Devolvi para ela. Rolei para o lado, minha cama parecia o melhor lugar do mundo naquele momento.


Bella rolou também até nossos joelhos se tocarem. “Não me deixe dormir muito!” Ela disse já letárgica.


Ela estava tão perto, minhas mãos queimaram para envolver-lhe a cintura, ou, simplesmente, tocá-la. Para minha completa surpresa e felicidade, Bella pegou minha mão com as suas e a colocou sobre sua cintura. Era o aval que eu queria, enlacei sua cintura e puxei seu corpo ainda mais para o meu. Rosto com rosto.


A respiração calma soprou em meu rosto, o que me fez sorrir e fechar os olhos e dormir logo depois.

(...)

Se fosse com qualquer outra, eu estaria reclamando por meu braço estar totalmente dormente. O simples fato de ser Bella a mulher que dormia em sobre meu braço fez-me sorrir, não praguejar metade do mundo.


Ela estava realmente com sono, já se passava das quatro e ele ainda não tinha acordado. Deixei minha mão vagando por suas costas, me policiei não descer muito o toque. Bella tinha a cabeça apoiada em meu braço, aquilo doía e incomodava. Meu braço não me obedeceria pelos próximos trinta minutos.


Observei as feições delicadas, ela parecia sonhar. Eu poderia supor que ela estava feliz no sonho, um leve sorriso teimava em se desenhar em seus lábios. O cabelo tinha se soltado e caia pelos ombros, uma pequena bagunça.


Desci meu olhar para seu corpo delicado, o vestido tinha subido muito. A visão era uma das melhores, contra a vontade de meu instinto, desci a barra do vestido até cobrir a coxa descoberta. O decote também tinha saído do lugar, não o suficiente eu ver a curva de seus seios arredondados. Se eu fosse um pouquinho mais canalha, eu poderia enviar minha cabeça no decote discreto.


Lembrei-me da manhã e daquela ereção inoportuna. O jeito que ela me olhou e corou não tinha me ajudado. Movi discretamente minha pélvis para encontrar com a de Bella, não tinha nada de erótico na proximidade, era bom apenas estar perto dela.


O sonho parecia estar cada vez melhor na cabecinha de Bella, fiquei feliz por aquilo. Eu gostava de quando ela sonhava. O sorriso cresceu em seus lábios e uma ruguinha apareceu na testa. Delicadamente, tracei os lábios vermelhos com a ponta de meus dedos. Minha pele queimou um pouco pelo contato.


Quando a porta rangeu baixinho gemi em frustração. Esme tinha apenas a cabeça para dentro do quarto. “Eu não queria incomodar vocês!”


“Entre, não está atrapalhando nada!” Falei, não me mexi para preservar o sono de Bella.


“Eu trouxe doce para vocês!” Esme disse sorridente e entrou.


“Bella adora doces, ela vai gostar!” Eu falei quando vi o pedaço de torta.


“Ela é tão adorável!” Esme falou baixinho, observando também o sono de Bella.


“Eu sou mais, certo?” Perguntei sorrindo.


Minha mãe parou os olhos nos meus. “Você é!”


O jeito que Esme me olhava beirava a emoção, eu sabia que ela me amava, mas tinha muito amor naquele olhar. “Mãe, eu posso conversar com você mais tarde?”


Esme piscou antes de responder. “Claro, Edward!”


Ela saiu logo depois deixando o prato com a torta para trás, para Bella. Eu não sabia o que exatamente esperar daquela conversa, pedi internamente que, pelo menos, metade de minhas dúvidas sanassem.


“Mmm.” Bella ressonou baixinho, seu corpo remexeu de um jeito engraçado.


Quando ela pendeu a cabeça para o lado aproveitei para tirar meu braço. Ele parecia pesar uns oitenta quilos. As mãos de Bella subiram por minha camisa, ela falava coisas desconexas.


“Bella?” Chamei em seu ouvido, eu ri feliz quando os pelinhos de sua nuca se eriçaram.


“Hum?” Ela disse meio rabugenta. Ela jogou seu corpo para o meu.


“Acorde, sim?” Massageei suas costas. Depois de muito tempo ela decidiu abrir os olhos.


“Quantas horas?” A voz saiu um pouco estrangulada.


“Quatro e meia, quer dormir mais?” Tirei os cabelos que caiam em sua testa.


Bella me olhou surpresa e irritada. “Edward, eu disse para não me deixar dormir muito!”


Eu sorri para ela. “Você estava sonhando, não pareceu certo te acordar!”


Bella esticou os braços, ouvi um sorriso baixo. “Eu estava sonhando com meus pais, eu acho!”


“Está vendo? Ainda bem que não te acordei!” Falei para ela, sai da cama para deixá-la mais a vontade.


“Onde você está indo?” Bella perguntou atropelando as palavras.


“A lugar nenhum na verdade!” Voltei para cama, parecia certo ficar com ela.


“Minha mãe trouxe torta para você!” Eu disse e peguei o prato com o doce.


Eu juro que Bella salivou quando viu o que eu tinha nas mãos. “Posso comer sozinha?”


“É todo seu!” Passei o prato para ela. Os olhos de Bella brilharam.

(...)

“Bella, nós temos um presente para você!” Esme disse amavelmente para Bella.


“Para mim?” Bella perguntou surpresa. Eu também estava.


Esme saiu por um segundo e voltou com uma caixa branca enfeitada com laços. “Bom, eu quero muito agradecer o que você fez por Edward!”


Bella piscou algumas vezes, sua expressão era o retrato da timidez. “Esme, não precisa agradecer!”


Esme apenas sorriu. “Bella, apenas aceite!”


Minha mãe passou a caixa para Bella. Ela tinha as mãos um pouco trêmulas e um semblante envergonhado e cheio de emoções. “Posso abrir?”


“Faça isso, espero que goste!” Esme disse sorrindo, eu podia ver um traço de expectativa também.


Bella sentou-se no sofá para tirar as fitas. A caixa era grande e cheia de papeis de seda. Os olhos de Bella saltaram um pouco quando ela viu o que tinha dentro.


Eu também tinha ficado curioso, seria feio eu espiar o presente dela, mas eu queria ver o que deixava Bella tão sem palavras.


“Esme, é tão lindo!” Bella disse encarando minha mãe.


“Você gostou mesmo?” Esme ainda não tinha conseguido tirar a ansiedade de sua expressão.


Bella então resolveu liquidar com minha curiosidade, ela puxou o vestido para fora da caixa, um sapato também veio junto.


“Eu adoro azul e, céus, esse sapato é incrível. Obrigada de verdade!” Bella abraçou minha mãe com fervor, as duas ficaram enlaçadas por um bom tempo.


“Qualquer coisa, podemos trocar amanhã antes de vocês irem!” Minha mãe disse pausadamente.


Bella colocou o vestido na frente do corpo. Pude observar que não tinha decote na frente, mas as costas ficavam completamente despidas e, claro, era curto! O sapato tinha o salto fodidamente alto, do jeito que Bella gostava.


“Eu vou tomar banho e experimentar!” Bella disse para ela.


“Conte-me amanhã, querida! Carlisle e eu estamos indo nos deitar!” Minha mãe disse sorrindo.


“Esme, eu não sei como agradecer!” Bella a abraçou novamente. “Boa noite para vocês!"


Bella se virou para mim. “Boa noite, Edward!” A voz saiu engraçada; eu sorri baixinho, afinal aquilo era completamente desnecessário para nós dois. Eu iria dormir com ela mesmo.


“Boa noite, Bella!” Eu falei sorrindo.


Quando eu ouvi Bella trancando a porta de meu quarto soube que era a hora de fazer as perguntas que eu tanto queria. “Mãe, eu posso conversar com você?”


Esme me deu um sorriso grande. “Claro, Edward!”


Sentei no sofá sem saber realmente por onde começar. “Roubaram meu piano?”


Eu analisei cada reação de minha mãe, cada atitude suspeita. “Carlisle o levou para ser afinado!”


“Mãe, meu pai sabe afinar piano!” Eu odiava fazer o que eu estava fazendo, mas eu sabia que e pressão era necessária.


Esme apenas afagou meu ombro, delicadamente. “Tirar as manchas, um pouco de brilho e, por que não, afiná-lo corretamente?”


Aquela era a menor das preocupações, dei um voto de confiança a ela então. “Uh, as fotos de Sebastian sumiram do meu quarto!”


Não tirei os olhos dos olhos de minha mãe, eles estavam calmos e um tanto indiferentes. “Eu as tirei daqui debaixo também, eu preferi mudar um pouco!”


“Mãe, ele é o meu irmão e seu filho!” Tentei deixar minha voz normal, sem transparecer a indignação que me dilacerava.


“Eu sei disto, Edward! Ter ou não as fotos não muda nada!” Esme disse ainda afagando meu ombro.


Por um breve instante cogitei contar tudo que Bella tinha me contado, dizer-lhe o que, supostamente, Sebastian fez em Nova Iorque. Porém, aquilo era uma história de Bella, não era justo contar para todos.


“Por que o quarto dele está trancado?” Perguntei por fim.


“Vou reformá-lo, tem muita poeira lá!” Esme disse sem inflexão. Era de espantar o tamanho da indiferença.


“Vocês nunca irão me dizer o porquê de tanta frieza, não é?” Perguntei-lhe conciso.


Esme me analisou por uma fração de tempo. “Eu posso te fazer apenas uma pergunta?”


“Uhum!” Falei superficialmente.


“Você não foi para Nova Iorque apenas por causa daquela transferência, não é?” A pergunta saiu calma.


Eu odiava mentir, enganar as duas pessoas que eu amava mais que tudo nesse mundo, mas, contar a verdade estava fora de meus planos. “Mãe, eu fui transferido, não poderia deixar de ir!”


Minha mãe tocou minha bochecha sem me olhar. “Edward, eu te conheço mais que você possa imaginar! Eu sei que você nunca largaria essa casa, você nunca deixaria Chicago por causa de uma transferência!”


“Talvez você não me conheça muito bem!” As palavras foram absorvidas em doses homeopáticas por minha mãe. Eu tinha me arrependido brutalmente por escolhê-las.


“Eu sei que você está mentindo, Edward! Só diga que sua ida para Nova Iorque não tem nenhuma relação com Bella!” Esme afagou minha bochecha maternalmente.


“Bella não precisa entrar nessa discussão!” Eu falei alto demais, quase irritado.


“Bella é o centro dessa discussão, Edward!” Minha mãe disse me fuzilando com os olhos. “Porque se eu descobrir que você machucou esta menina, pode ter certeza, Edward, eu vou ficar inexplicavelmente decepcionada!”


As palavras vieram como pequenos golpes, machucando cada parte de mim. “Por que você se preocupa tanto com Bella?”


“Ela gosta de você, Edward!” A fala saiu quase cantada. “E você não fica atrás!”


“Você está falando besteira!” Soltei de qualquer jeito.


“Ela pode não gostar de você, mas eu sei que ela está feliz. E você é o culpado por essa felicidade!” Esme levantou meu rosto para eu olhá-la.


“Você não percebe o jeito que ela te olha, o jeito que ela cuida de você?” Esme sorriu um pouquinho. “Os olhos dela brilham quando eles estão parados nos seus!”


“Edward, apenas me escute, sim? Eu não conheço Bella do jeito que te conheço, mas eu sei que ela está feliz. Ela parece radiante quando está ao seu lado! Lembra quando almoçamos juntos semanas atrás?” Esme me perguntou.


Era fácil lembrar. Eu tinha sido um primata com Bella. A discussão, o aperto forte demais em seu braço delicado, a gritaria. Era tudo muito nítido.


“Lembro, o que tem?” Falei quase inaudível.


“Bella só foi chorar no banheiro por que ela estava confusa e estranhamente feliz!” Esme sorriu sozinha; aparentemente lembrando da conversa. “Ela disse que só queria que você parasse de olhá-la torto e que você deixasse de gritar com ela. Sabe o que ela disse mais?”


Acenei negativamente com a cabeça. Meu cérebro estava uma confusão, nada parecia linear ou racional.


A mão de Esme amassou meus cabelos, um carinho que ela fazia desde minha infância. “Ela disse que estava feliz por você a ter deixado almoçado comigo e com Carlisle, por que tinha muito tempo que ela não tinha um almoço de família!”


E tudo veio como um espiral, sem começo ou fim. Bella chorando por causa da morte dos pais, ela contando como foi vê-los mortos, eu gritando com ela muito tempo atrás.


“Eu sei que pode parecer loucura, mais eu sei que seu peito esquenta quando Bella está por perto!” Minha mãe disse sorrindo baixo. “Edward, você nunca cederia sua cama tão facilmente, você nunca traria uma mulher para passar o fim de semana conosco, você nunca ficou tão bobo na frente de uma mulher como você fica na frente de Bella!”


Eu ouvi a fala longa sem encarar minha mãe, talvez por que eu não quisesse ver o sorriso vitorioso de Esme, ou, talvez, eu não quisesse me encontrar com a realidade.


“Eu nunca te vi tão feliz Edward, nunca! Eu poderia supor que a parte mais feliz da noite é quando você sobe para o seu quarto, certo?” Esme riu um pouco mais alto no final.


No mesmo momento senti o que Bella sempre sentia. O calor interminável nas bochechas, porra, aquilo realmente queimava.


“Você deveria ser mais discreto ao subir as escadas, Edward!” Esme sorriu abertamente para mim. “Eu preciso me deitar, filho. Boa noite!” Ela deixou um beijo em minha bochecha.


Sem saber o que exatamente pensar ou fazer, vaguei pela sala. Subir para encontrar Bella soava como uma péssima ideia, e ficar caminhando como um idiota também não soava muito inteligente.




Continua...



3 comentários:

Val RIBEIRO disse...

ESME foi direto ao ponto....

Anônimo disse...

É Pelo.visto edward.esta caindo na real aos poucos. jannayra*

Anônimo disse...

A estória tá muito bonita, mas quando começa o rala e rola pra animar, um pouco.

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