FANFIC - AGORA E SEMPRE - CAPÍTULO 50

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 50° capítulo de "Agora e Sempre". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.



Edward Cullen põe fim a um fatídico relacionamento com a sua prima Tanya, que inconformada tenta de todas as maneiras trazer-lo de volta para sua cama, onde de fato ele esteve pouquíssima vezes. Isabella Swan de uma forma marcante conhece Edward Cullen irmão de sua melhor amiga Alice, e mesmo sem está preparada se entrega a magia do momento e tem uma maravilhosa noite de amor, porém nem tudo são flores.Será que o amor sobreviverá as armações, intrigas, mentiras, e a uma ex?


Autora : Mery Arruda
Classificação: +18
Gêneros: Hentai, Drama, Romance
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo





Capítulo 30 Espera.




Por Bella



A água fria escorria pelo meu corpo, levando consigo as dores, as frustrações, as mágoas os medos e junto com tudo isso as lágrimas. As lágrimas que tentava ocultar de todos, durante o dia, as que agora desciam livremente por meu rosto. Fechei os olhos com força, e pensei em meus filhos, só eles me davam a força necessária para me manter em pé, só eles...

—Deus! Como esta sendo difícil viver tudo isso.

O medo e o desespero tomaram conta de mim, no instante que percebi Edward baleado e no momento que ele me deixou, meu mundo começou a desabar.

Apertei mais uma vez meus olho com força, como se esse gesto fosse possível para afastar toda tristeza que ainda sentia, como se fosse capaz de afastar para bem longe todas essas lembranças ruins, e em um ato de desespero levei as mãos ao rosto e permiti meu corpo escorregar pelo frio azulejo até cair sentada, inutilmente tentei sufocar meu choro... Mas foi em vão, as lembranças voltavam fortes e vividas.

Não sei como conseguir forças, para continuar em pé, para chegar aquele hospital e esperar, esperar por horas afins por uma noticia que fosse. Em pouco tempo todos estavam lá comigo, Esme tão desesperada quanto eu, se abraçou a mim, tentando me passar conforto... Conforto que nem ela mesma tinha.

— Ele vai escapar. Deus! Ele vai sobreviver Isabella, tente ser forte.
— Há Esme... Ele é minha vida... Por quê...? Por quê...?

O bolo que estava formado em minha garganta não me permitia falar, as forças estavam indo embora e por mais que eu tentasse me manter em pé as pernas me falhavam, Deus! Como é sufocante se sentir tão impotente, como ver a razão de sua vida indo embora sem que você possa fazer nada.

— Eu sei filha e você é a vida dele. — Esme chorava e enxugava meu rosto todo banhado em lágrimas. — Ele não permitiria que nada de mal te acontecesse.

—O que vou fazer? O que vou fazer sem ele?

— Nesse momento só nos resta esperar, vá pra casa, tome um banho e fique um pouco com seus filhos, eles estão precisando de você.

— Eu... Eu não quero me afastar... Eu preciso saber como ele esta.

— Assim que tivermos alguma notícia te aviso.

— Não Esme, eu não quero me afastar dele...

— Isabella... As crianças precisam de você...

Nesse momento fomos interrompidas por Carlisle, ele saia da sala de cirurgia, seu semblante era cansado, e seus olhos estavam triste...

— Carlisle... — Esme correu e abraçou o marido chorando copiosamente em seus braços. — Diga que nosso filho está bem... Por Deus fale...

Carlisle também chorava e isso me deixou, se possível, mais desesperada do que já estava. Alice que ate então estava chorando nos braços de Jasper veio para perto de mim abraçando-me.

— A cirurgia, foi um pouco complicada...

— Oh...

O grito saiu involuntário de minha garganta e minhas pernas falharam, meu corpo todo tremia.

— Mas Edward é forte... — Ele enxugou as próprias lágrimas. — Ele vai sobreviver.

— Ele ficará com sequelas papai?— Perguntou Alice chamando a atenção de todos.

— Não sabemos ainda, a bala estava alojada perto do coração... — Ele respirou fundo. — Por isso demoramos tanto, mas conseguimos remove-la sem causar mais danos.

— Eu... Eu posso vê-lo?— Minha voz saiu forçada. — Eu preciso falar com ele.

— Isabella. — Carlisle caminhou até mim, trazendo Esme consigo. — Vamos sentar aqui, preciso explicar algo a vocês.

— O que você esta nos escondendo Carlisle?— Esme perguntou em meio ao choro.

— Edward ficará inconsciente por alguns dias, mas eu lhes asseguro que ele estará bem, é só para ele se recuperar...

— O que você quer dizer com inconsciente? — ela perguntou.

— Ele foi induzido ao coma...

— Não!— O grito saiu sufocado pelo choro.

— Mas será por poucos dias eu lhes garanto.

— Não... Não... Eu quero vê-lo, por favor, eu quero vê-lo. — Eu tremia, chorava e falava ao mesmo tempo, não sabendo se as pessoas entendiam o que eu pronunciava.

— Isabella, você vai vê-lo, só estão acomodando-o na UTI— Ele olhou para todos. — Depois todos poderão vê-lo por alguns minutos.

O silencio sufocante tomou conta do ambiente, e só veio a ser quebrado muito tempo depois quando Jasper falou que iria avisar ao Emmett.

Emmett havia ficado com a Rose e as crianças na mansão Cullen, para que Esme pudesse vir para o hospital.

Pouco tempo depois de Jasper se afastar uma enfermeira se aproximou de Carlisle informando que Edward já estava devidamente acomodado.

— Vamos ter que entrar separadamente, não é permitido entrar mais de duas pessoas e não se pode ficar muito tempo lá, tudo bem? — Carlisle falava enquanto nos guiava ate a UTI.

Caminhava pelos corredores brancos, em silencio, sentindo o tamborilar de meu coração. Meu corpo trêmulo seguia os comandos que minha mente destroçada ditava, um passo após o outro, apoiado em Alice e Jasper.

— Isabella, seja forte — A voz firme, porém meiga de Carlisle me sobressaltou.

— Eu... — Antes de falar me desabei em choro.

— Você tem que tentar se acalmar antes de entrar naquele quarto. — Ele me sustentou em seus braços. — Eu acredito que tudo que o falarmos, ele ouvirá, e não será bom para o estado dele se perceber seu descontrole.

— Eu quero vê-lo.

— E você vai. — Carlisle tocou em meu rosto. — Edward te ama, e nesse momento precisa de você... Você tem que ficar calma.

— Eu vou... Eu me controlarei...

—Força Isabella, venha eu entrarei com você.

Caminhamos por mais um corredor, até entra na UTI, a cada passo eu podia ver outras pessoas, que estavam em quartos separados por vidro, todas pareciam que dormiam.

Paramos e Carlisle mais uma vez olhou para mim e disse para que eu fosse forte, e seguimos. Ao entrar onde Edward estava minhas forças se esvaíram de meu corpo, diante do quadro que o vi.

Meu marido, o Homem de minha vida, estava ligado a aparelhos, e seus olhos estavam fechados, como se dormisse, caminhei trôpega até ele sendo amparada por Carlisle.

— Oi meu amor, estou aqui com você. — Toquei em seu rosto, estava frio, muito frio. — Eu te amo e preciso de você, nós precisamos de você, nós te amamos muito, volte logo pra nós.

Minhas lágrimas escorriam silenciosamente por minha face, senti Carlisle apertar meu ombro.

— Temos que sair.

— Por favor... por favor, só mais um pouquinho.— Baixei até seu rosto, e toquei levemente seus lábios. — Volte logo pra mim.

Sai de lá mais destroçada que antes, minha mente tentava em vão, comandar meu corpo, e por mais que eu repetisse que ele estava fora de perigo e que em breve ele estaria comigo e nossos filhos, meu corpo e meu coração reagia diferente.

As visitas foram se intercalando, de forma que todos pudessem vê-lo antes de irem para casa.

— Você tem que ir para casa Isabella. — Dizia Esme. — Pense em seus filhos.

— Ele não vai acordar agora filha. — Falou Carlisle. — Ele ficara assim por algum tempo, vá para casa, tome um banho e fique com as crianças, com certeza Edward vai ficar feliz quando acordar e souber que vocês estão bem.

— Ele vai ficar sozinho?

— Eu vou ficar aqui, e qualquer noticia aviso a vocês. — Disse Esme.

— Eu vou, preciso alimentar os três.

— Eu ficarei com você Belinha. — Disse Alice. — Eu lhe ajudarei.

Por mais que eu soubesse que eles estavam certos, que eu precisava ficar com meus filhos, afinal havíamos passado o dia todo fora, eu não conseguia me levantar e ir embora.

— Vamos Belinha?

— Eu sei que é o certo, mas eu não consigo.

— Venha. — Alice me abraçou— Eu lhe ajudo, vamos para casa cuidar dos três tesouros de vocês, que quando Edward acordar vai querer saber como anda a cria dele. — Ela falava com tom de brincadeira, talvez no intuito de fazer-me sorrir, mas nada tinha esse poder, nada poderia acalmar meu coração ou devolver a alegria a ele, até que meu Edward estivesse realmente fora de perigo.

****

Os dias foram passando, e cada vez mais difíceis para mim, era insuportável a ausência dele, Edward sempre foi um marido presente, em todos os momentos, e desde que nossos filhos haviam nascido ele estava mais atencioso que antes, se isso possa ser possível... Sempre junto a mim e as crianças independentemente da hora, ele sempre estava lá com um sorriso enorme no rosto, conversando e brincando com os filhos.

As crianças pareciam notar que algo estava errado e por mais que Alice tentasse brincar e conversar com eles, nada conseguia chamar a atenção deles e seguiam sempre agitados e chorosos, mas de todos Thomas era o mais desinquieto, choramingava o tempo todo, por mais que eu acalentasse, brincasse com ele, parecia que faltava algo... E realmente faltava, faltava ELE... A presença dele, o abraço dele, o cheiro inebriante dele, o sorriso que iluminava nossos dias...

Eu estava terminando de amamentar o Anthony, quando Alice entrou com Thomas nos braços.

— Belinha, o Thomas não para de chorar e estou achando ele um pouco quente.

— Deixe-me ver. — Coloquei Anthony na cama e peguei meu pequeno. — Deus! Ele esta febril Alice, por favor, pegue o termômetro na gaveta da cômoda.

— Aqui está, vou ligar para a pediatra dele.

— Faça isso, — Aferi a temperatura, e quase tenho um AVC. — Ele ta com 39,5°C.

— Tome é a pediatra. — Alice me passou o telefone.

— Bom dia, ele está com quase 40 graus.

— Ele apresentou algo fora do normal.

— Não.

Ela me passou as orientações de medicação me aconselhou a dá um banho frio para que ajudasse a baixar a febre e logo em seguida mediquei meu bebê.

— Oi meu amorzinho, mamãe sabe que você sente falta do papai, mas logo ele estará aqui conosco viu, tenho certeza que ele sente muito a falta de vocês também.

Apertei Thomas em meu braço, deixando que as lágrimas que a muito eu reprimia escorresse livremente. Há uma semana Edward estava em coma induzido, mas Carlisle nos garantia que ele estava bem, porém nas breves visitas eu percebia que seu quadro era o mesmo, bem, eu nada entendia sobre medicina, mas sempre o encontrava da mesma forma, desacordado, pálido e ligado a um monte de aparelhos.

— Deus, eu preciso de forças!

Sussurrei enquanto embalava meu Thomas em meus braços, ele já estava melhor da febre e estava quietinho, olhando-me, como se estudasse meu semblante.

— Oi meu amor. — Beijei sua cabecinha. — Vamos buscar seus irmão, já está na hora de agasalharmos todos aqui.

Era assim minha rotina, há uma semana, pela manhã ia ao hospital e ficava um pouco com Edward, falava como estava morrendo de saudades dele e de como nossos filhos estavam.

Pouco antes do almoço eu voltava para casa, e alimentava nosso trio sempre com a ajuda de Alice ou Esme, ficava com eles a tarde toda, e logo depois do jantar voltava ao hospital e visitava novamente meu marido e contava como havia sido nossa tarde e que as crianças estavam com muita saudade dele.

Voltava para casa arrasada, sentindo que faltava um pedaço enorme de meu coração, era doloroso demais deixá-lo lá sozinho, mas eu tinha que ficar com nossos filhos. Eu precisava ser forte... O problema é que minhas forças estavam se esvaindo.

À noite a nossa cama era espaçosa demais, mesmo com os três, Nikoly, Anthony e Thomas sempre comigo, mas faltava ele, o lado dele estava lá, esperando por ele.

Minhas noites eram em claro, por mais que tentasse dormir, não conseguia e nada prendia minha atenção, ficava olhando nossos filhos dormirem, e as lembranças das madrugadas que passávamos com eles me tomava, deixando-me ainda mais angustiada... Não era justo, não era justo comigo, com ele e principalmente com os nossos pequenos...

Há uma semana eu via as noites indo embora e o amanhecer de um novo dia e sempre renovava minhas esperanças para que nesse novo amanhecer as notícias fosse diferente.

— Bella? Bella cadê você?

Era a voz delicada de Alice, eu podia escutá-la ao longe, mas não tinha forças para me levantar.

— Bella!

O alarme na voz dela me trouxe de vez para minha dura realidade.

— Ô Bella, venha... Vamos saía daí.

Alice desligou a ducha ajudando-me a levantar e envolveu-me com uma enorme toalha.

— Você está com os lábios roxos, o que esta pretendendo? Ficar doente? Pegar uma pneumonia? O que será das crianças o que será de Edward?

— Eu não aguento mais... Eu sinto falta dele.

— Então levante-se, troque de roupa que papai ligou, ele pediu que fossemos imediatamente para o hospital.

— Alguma novidade?

— Ele não falou, só disse que fossemos o mais rápido.

Meu coração disparou, eram mais de oito horas da noite, será que Edward havia acordado? Ou Deus! Será que ele havia piorado?

— Alice, por favor, fale-me, ele...

— Papai não disse nada, a não ser que não demorássemos.

— E as crianças?

— Rose e Emmett ficaram aqui com as babás.

— Em um minuto estou pronta.

Falei já caminhando para o closet e pegando uma calça jeans e uma camiseta branca, peguei uma sapatinha e em tempo recorde prendi meus cabelos em um rabo de cavalo.

Quando desci as escadas todos já estavam apostos, fomos levados no carro de Esme, mas, sendo guiado por Jasper que de todos aparentava ser o mais calmo.

Fomos recebidos por um dos médicos, amigo de Carlisle e imediatamente levados a uma sala de espera, em pouco tempo Carlisle saia de uma das portas do corredor com um enorme sorriso.

— O que aconteceu? Edward acordou? — Perguntei já ficando em pé.

—Venha logo Isabella, ou ele se levanta daquela cama.

Meu coração disparou e caminhei apresada para a porta que Carlisle havia saído, quando entrei meu coração perdeu uma batida para disparar logo em seguida de tanta felicidade.

Ele estava sentado, com a cabeça tombada pra trás encostada na cabeceira da cama com seus olhos fechados, em seu peito havia um curativo e sua respiração estava normal.

— Oi amor!

Falou Edward ainda na mesma posição, mas com um sorriso nos lábios. Fui me aproximando e a cada passo meu coração pulava mais, maltratando meu peito. Quando me aproximei o suficiente da cama ele me olhou, e sorriu.

— Estava morrendo de saudades. — falamos juntos.

Ele me puxou para seu peito e me beijou, primeiro meus cabelos depois cada pedaço de meu rosto para finalmente beijar meus lábios.

— Nunca mais faça isso comigo senhor Cullen, nunca mais ouviu bem, nunca mais...

Eu falava enquanto as lágrimas escorriam por meu rosto, mas agora eram lágrimas de felicidade... Felicidade de vê-lo acordado, de saber que ele estava bem.

— Eu prometo, nunca mais... — Ele falou e voltou a me beijar, sua mão mantia-me colada a ele enquanto a outra alisava minha nuca. — Como estão nossos filhos. — Ele perguntou quando nos afastamos.

— Estão bem, mas morrendo de saudades do pai. — Ficamos um momento nos olhando, nariz com nariz envolvido em nossa bolha até que fomos trazidos a realidade.

— Filho. — Era Esme chorosa que se aproximava da cama, pelo lado oposto. — Que bom que você acordou, não aguentávamos mais essa espera.

Edward abraçou Esme, mesmo não me largando, depois foi à vez de Alice que ainda chorava.

— Que bom que você está bem, seus filhos não param de chorar, até parece que sabem o que aconteceu. Até febre Thomas teve.

Edward me olhou, antes de falar.

— Você disse que eles estavam bem.

— E estão. — Olhei para Alice. — O Thomas teve febre emocional.

— Mas ele esta bem?— Edward perguntou alarmado.

— Esta sim, isso foi há dois dias, não tem motivo de você ficar preocupado ok? Ele está bem sim e ficará melhor quando você estiver em casa conosco.

Edward olhou para Carlisle.

— Quando posso ir para casa papai?

— Vamos continuar com alguns exames e logo em seguida você será liberado.

— Ainda hoje?

— Sim, ainda hoje. — Carlisle sorriu e explicou. — Ele acordou a mais ou menos uma hora e já fizemos alguns exames de rotina, só para sabermos que ele está bem, só falta fazer um exame e ele será liberado.

— Carlisle, por que você não avisou assim que ele acordou?

— Por que precisávamos fazer os exames Esme, e com vocês aqui seria mais demorado. Eu queria ter a certeza de que nosso filho esta bem para poder avisar a vocês.

— Vai demorar muito para esse último exame?— Perguntou Edward.

— Não, vamos encaminhá-lo agora para sala e pouco mais de meia hora, ou melhor, dizendo uma hora você será liberado.

Minutos depois uma enfermeira entrava com uma cadeira de rodas para que Edward fosse nela para a sala onde fariam o exame.

— Papai eu não estou invalido, não vou nessa cadeira.

— Edward, não dificulte as coisas, você acabou de sair de um coma, não esta com as forças todas renovadas ainda.

—Mas eu me sinto bem.

Carlisle me olhou e entendi que eu precisava intervir.

— Vamos amor, senta logo nesta cadeira para acabar logo com isso, nossos filhos esperam por nós em casa.

— Bella...

— Por favor?

Ele me olhou resignado, mas me atendeu, como recompensa, me aproximei para da um selinho, mas ele me surpreendeu e intensificou nosso beijo.

— Edward! — Repreendi sorrindo.

Ele sorriu pra mim, aquele sorriso que faz qualquer mulher flutuar, e piscou um olho antes de puxar-me de encontro a seu rosto, prendendo-me em um beijo.

— Me espere, eu volto logo, para irmos embora.

— Estarei aqui a sua espera. — Sorri vendo-o se afastar. — Eu te amo.



Fim por Bella





Por Edward

As dores queimavam em meu peito, mas eu tentava me manter firme, por ela, eu não suportaria ver tanta dor naqueles olhos.

Mas minha luta foi em vão e por fim apaguei.

Quando acordei estava em uma sala, com luzes fortes sobre mim, a principio fiquei assustado, não conseguia entender nada até que reconheci a voz de meu pai, ele falava algo comigo que eu não conseguia entender.

Girei meus olhos pelo local a procura de Bella, seja lá onde estivesse eu sabia que ela estaria comigo, mas eu não a encontrei, voltei minha atenção para meu pai e forçando a voz eu perguntei.

— Bella?

— Ela está lá fora. — Meu pai me olhou e percebi algo entrando em seu olhar. — Edward você foi baleado, e estamos tentando remover a bala.

— Bella? — Eu precisava saber que ela estava bem, eu lembrava vagamente de ter visto o corpo de Tanya caído, mas não sabia ao certo se ela havia morrido, por isso tinha medo que mais uma vez ela conseguisse fazer algo contra Bella. — Bella...

— Ela está bem. — Ele voltou à atenção para algo que estavam fazendo sobre mim e depois voltou a falar comigo. — Vamos remover a bala, está perto do seu coração. — Meus olhos voltaram a ficar pesado e olhei para meu pai.— Você foi sedado.

— Bella... Eu a amo... — Sussurrei, não sabendo se ele ouviria.



*****

Eu caminhava sem parar por um caminho escuro, às vezes escutava a voz dela, às vezes de minha mãe, mas logo elas sumiam deixando-me novamente vagando.

Era uma sensação estranha, eu percebia as coisas a minha volta, mas não tinha forças para falar ou me mover, e sempre estava ela lá, sempre ouvia Bella falando comigo, às vezes ela sorria, mas sempre chorava e logo em seguida partia.

— Oi meu amor? Voltei, demorei hoje não foi, mas são nossos filhos eles querem mais atenção, — ela sorriu mais logo sua voz voltou a ficar triste. — Sem você lá tudo parece tão solitário e triste, até nossos filhos sente sua falta. — Ela chorou um pouco. — Eu te amo, volta logo pra mim, para nós.

Como eu queria dizer que também a amava e muito, que também sentia falta dela e de nossos filhos. Mas não, eu tentava e não conseguia, eu queria falar, mas nada saia de minha boca e logo ela partia novamente.

A voz de meu pai era constante, sempre falando, que logo eu estaria de volta, que iria ficar tudo bem, eu o sentia perto, tocando em meu pulso, e falando com outras pessoas, que não me eram familiar, eles discutiam sobre dosagens e coisas que não eram de meu conhecimento, mas depois eles também saiam.

Entre essas visitas e outras novamente eu escutei a voz dela, ela estava mais triste que das outras vezes, alisava meu rosto, tocava em meu peito e chorava.

— Ô Deus! Por que isso foi acontecer com ele? Deus por favor, não permita que nada de mal aconteça a ele, eu não consigo mais, eu não tenho mais forças, ele é minha força, ele é meu porto seguro, por favor, traga-o de volta, eu preciso dele, nossos filhos precisam dele.

Ela chorava e falava, sustentando minhas mãos, minha vontade era de aperta a dela, mas forças em mim não existiam, eu queria afagar seu rosto, queria afastar essa dor que estava em sua voz para bem longe dela, mas eu não conseguia, eu estava impotente diante de tudo.

— Edward meu amor, volte logo... Por favor... Por favor...

Senti seus lábios tocando os meus e suas mãos alisando meu rosto antes de mais uma vez ela partir.

***

Era a voz de meu pai, que conversava com outros que eu não conseguia identificar.

— Será que a medicação... — Era a voz de outro homem.

— Ela está funcionando— Respondeu meu pai. — Ela tem que estar funcionando, meus netos precisa do pai e eu não aguento mais ver a desolação no rosto de minha nora.

Ele estava falando de Bella, ela sofria por eu está aqui, mas como eu poderia achar a saída? Eu caminhava e caminhava e não achava a porta, era um labirinto, escuro só com uma fresta de luz lá no final.

— Ela vem todos os dias visitá-lo. — Era a voz de uma mulher que eu também não conhecia.

— Os únicos momentos que a vejo sorri é quando ela diz que vem vê-lo ou quando está com os filhos. Ela está muito abatida e não dormi. — Falou meu pai e senti seu toque em minha mão. — Edward, filho, já está na hora de você voltar, sua Bella precisa de você.

Senti algo estranho em meu corpo e uma força que antes estava ausente, e comecei a correr, sim corria em direção à luz, e a cada passo ela ficava mais forte aos meus olhos, fui sentindo meu coração disparar e minha respiração ficar pesada.

Mas logo eu conseguia ver a imagem de Bella, ela estava linda, sorrindo pra mim de braços abertos, enquanto falava algo, eu não conseguia ouvi-la, mas retribui o sorriso, ela sorria e me chamava com os braços...

Quando estava muito perto dela conseguir ouvir o que ela falava:

— Volta pra mim meu amor.

— Bella... Bella! — Eu gritava a medida que a luz ficava mas forte, mas Bella não me respondia. — Bella!

— Edward. — Era a voz de meu pai— Edward, filho fale comigo.

Olhei ao redor tentando me acostumar com o clarão que se apresentava pra mim, até que identifiquei o rosto dele.

— Edward, está me escutando?

— Papai?

— Ele ta consciente, prepare a sala de exames vamos transferi-lo imediatamente, para fazer todos os exames de praxe. — Era a voz de meu pai que comandava forte.

— Bella?

— Isabella está em casa com seus filhos. — Ele sorriu. — Ela vai ficar feliz em saber que você acordou.

Eu apenas sorri.

— Vamos fazer uma série de exames, para ver se está tudo bem, você ficou inconsciente uma semana.

— Uma semana.

— Sim, uma semana.

— Já está tudo pronto Drº Cullen.

—Obrigada. — Meu pai respondeu a uma enfermeira que acabara de sair novamente e voltou sua atenção para mim.— Vamos fazer os exames e logo em seguida aviso a Isabella e sua mãe, tudo bem?

Apenas assenti, não estava me sentindo totalmente bem, e meu pai sabia o que deveria ser feito, afinal essa era a área dele.

— Meus filhos estão bem?

— Sim, as crianças estão bem.

Ele respondeu e logo em seguida fui levado a uma sala, e fui submetido a uma bateria de exames, não sei quanto tempo fiquei lá, mas já estava ficando nervoso, diante de tantos aparelhos.

— Papai, ainda falta muito?

— Não só mais uma, vamos fazer um elétrico e...

— Dá para chamar Bella agora?

Ele sorriu e assentiu.

— Vamos terminar esse elétrico e antes do outro exame eu ligo chamando-os aqui, tudo bem assim?

****

Já estava de volta a um quarto que não era o mesmo que havia acordado, meu nervosismo já estava a ponto de me causar um enfarte, e nada dela chegar, fechei meus olhos e tombei a cabeça para trás, e no momento que a porta foi aberta eu sabia que era ela, senti o tremo tão conhecido em meu corpo que só a presença dela causava e mesmo sem abrir meus olhos falei.

— Oi amor!

Ela caminhava lentamente até a cama, enquanto eu relembrava cada traço de seu rosto, Deus como amo essa mulher.

— Estava morrendo de saudades. — falamos juntos e sorrimos.

Não suportando mais ficar distante dela a puxei de encontro aos meus braços, eu necessitava senti-la. Finalmente pude sentir a fragrância de seu perfume, depois me deliciei com cada parte de seu rosto, até que toquei seus lábios e senti-me em casa... Sim em casa, sentir a maciez de seus lábios e o mel de sua boca tinha o poder de me transporta para o aconchego de nosso lar.

— Nunca mais faça isso comigo senhor Cullen, nunca mais ouviu bem, nunca mais...

Bella chorava e falava, eu não sabia se era de felicidade ou de sofrimento, olhei com mais atenção e pude perceber as olheiras que estava ao redor de seus olhos, ela estava mais pálida que o normal.

— Eu prometo, nunca mais... — falei e voltei a beijá-la, puxando-a mais de encontro a mim. — Como estão nossos filhos.

— Estão bem, mas morrendo de saudades do pai. — ainda colados, ficamos sentindo o bater de nossos corações, envolto em nosso mundo particular, de felicidade.

Logo todos invadiram o quarto, minha mãe ainda chorava quando me abraçou, eu não conseguia tirar os braços de Bella, ela havia sido minha salvação, por ela e por nosso filhos eu havia voltado.

— Que bom que você está bem, seus filhos não param de chorar, até parece que sabem o que aconteceu. Até febre Thomas teve.

Quando Alice percebeu o que havia falado arregalou os olhos e percebi que Bella a repreendia com o olhar.

— Você disse que eles estavam bem. — Falei olhando para Bella.

— E estão. — Bella voltou a olhar para Alice. — O Thomas teve febre emocional.

— Mas ele está bem?— Perguntei um pouco nervoso, não queria que meus filhos ficassem mal.

— Está sim, isso foi há dois dias, não tem motivo de você ficar preocupado ok? Ele está bem e ficará melhor quando você estiver em casa conosco.

Isso era o que eu mais queria, eu não via à hora de estar com eles, de poder ficar no sossego e tranquilidade de nosso lar.

Por isso olhei pro meu pai, ele havia dito que faltavam alguns exames ainda, mas eu tinha esperanças de ainda hoje poder estar com meus filhos.

Assim que ele falou que eu poderia sim, ir para casa ainda hoje, fiquei um pouco mais calmo, só não queria me sentir um invalido, por isso quando vi a cadeira de rodas não fiquei muito animado, mas Bella como sempre conseguiu me tranquilizar e logo eu estava indo fazer o ultimo exame e em breve poderia estar com meus filhos.

— Me espere, eu volto logo, para irmos embora. — Beijei Bella avidamente sem me preocupar com os outros que estavam nos observando.

— Estarei aqui a sua espera. — Ela sorria enquanto eu era levado, e percebi que por esse sorriso eu seria capaz de fazer qualquer coisa, por ela, minha Bella, razão da minha vida. — Eu te amo.

Soltei um beijo pra ela e sorri.

Essa era minha vida, viver para ela e nossos filhos, por ela e por eles eu estava aqui novamente e agora seria tudo mais calmo... Eu sentia que a paz definitivamente estava ao nosso lado.



Fim por Edward.



Continua..




3 comentários:

Val RIBEIRO disse...

que susto...mas o amor é maior que tudo

Unknown disse...

Q maravilha q agora esta tudo bem, nossa como a Bella sofreu sem o Edward e a crianças sentiram a falta do pai ...

Unknown disse...

Oh que otimo que ele acordou.

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