FANFIC - AGORA E SEMPRE - CAPÍTULO 52

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 52° capítulo de "Agora e Sempre". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.


Edward Cullen põe fim a um fatídico relacionamento com a sua prima Tanya, que inconformada tenta de todas as maneiras trazer-lo de volta para sua cama, onde de fato ele esteve pouquíssima vezes. Isabella Swan de uma forma marcante conhece Edward Cullen irmão de sua melhor amiga Alice, e mesmo sem está preparada se entrega a magia do momento e tem uma maravilhosa noite de amor, porém nem tudo são flores.Será que o amor sobreviverá as armações, intrigas, mentiras, e a uma ex?


Autora : Mery Arruda
Classificação: +18
Gêneros: Hentai, Drama, Romance
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo




Capítulo 32 Esclarecimentos.





Algumas semanas depois...



Por Alice



Tudo estava caminhando perfeitamente bem, Bella e Edward em breve estariam em sua casa, que por sinal estava belíssima, o Emmett e a Rose estavam as porta de ganha seu bebê... Eu e Jasper estávamos bem, eu particularmente estava radiante, mais tinha medo de falar algo até mesmo para ele, mas sabia que antes de qualquer coisa eu teria que reunir minha família e abrir meu coração, afinal eles tinham o direito de saber o que havia acontecido em outrora.

Não vou negar que ainda tinha sonhos ruins, e que por varias noites acordava assustada e chorando, lógico que escondia do Jasper, mas ele estava sempre ao meu lado, havíamos conversado bastante e chegamos a uma conclusão que o ideal seria procura uma ajuda medica e graças a essa ajuda hoje sentia-me bem melhor, mas calma e tranquila. Sentia-me preparada para contar tudo, de sentar e revelar meu segredo aos meus pais e meus irmãos.

Porém todas as vezes que eu me programava para contar, alguma coisa acontecia... O rastro de confusão que a Tanya saiu deixando pelo caminho não permitia que essa hora chegasse e não tinha outra saída a não se esperar, afinal não era justo, no meio de tanta coisa eu chegar e soltar mais uma bomba, e por falar em bomba ainda tinha a estória dos pais de Belinha, lógico que todos nos acreditamos que nosso pai não era o pai da Bella, porém mais uma vez não tive uma oportunidade para conversar com eles e mais uma vez esse momento foi adiado.

— Milhões de beijinhos por seu pensamento. — Falou Jasper ao meu lado.

— Nem vi você entrando. — Sorri pra ele.
— Você estava tão concentrada em seus pensamentos, que não escutou quando te chamei. — Ele sentou ao meu lado na cama. — Algum problema?

— Não amor, só... — Hesitei um pouco, ainda não era a hora de falar com ele... Ou era?

— Só... — Ele me instigou a continuar.

Jasper me olhava tão atento, até parecia que já sabia que algo realmente estava acontecendo, será que ele havia percebido? Não... Claro que não... Ainda estava muito cedo.

— Só estava descansando um pouco, estou esperando a mamãe, vamos ver o que está faltando na casa nova do Edward e Bella, eles vão se muda em breve.

— Será que eles vão mesmo? — Jasper sorriu. — Sua mãe como esta lidando com essa noticia ela está tão acostumada com todos eles por lá.

— Por mais que ela tente esconder, dá para perceber que ficou triste com a ideia deles saírem de lá, mais Edward conversou com ela, e a fez entender que eles precisam do espaço deles e no mais, ela poderá visitá-los sempre que quiser afinal a casa é no mesmo quarteirão.

— Quando eles se mudam?

— O mais breve, Edward que fazer uma surpresa para Bella, acho que assim que tudo ficar arrumado, ele a leva pra casa nova.

— Isso será bom pra eles, afinal desde que se casaram não tiveram o espaço deles, começaram com o apartamento, mas aconteceram tantas coisas...

— Realmente, e também, não tem a mínima condição de ficar lá com três crianças.

— Já imaginou? — Jasper sorriu. — Eles estão crescendo e logo precisaram de mais espaços.

— A casa nova tem espaço suficiente para eles.

Ficamos um momento em silencio, só nos olhando até que ele resolveu falar novamente.

— Amor, eu estava pensando. — Ele alisou meu rosto e sorriu. — Que tal uma segunda lua de mel?

— Humm, parece interessante. — Falei sorrindo. — O que tem em mente?

— Uma viajem... Romântica... Só eu e você. — Ele sorriu. — O que me diz? Paris?

— Adorei a ideia. — Beijei de leve seus lábios. — Mas eu não me sinto confortável para viajar no momento. — Ele ergueu uma das sobrancelhas. — Eu queria conversar com meus pais... Eu preciso conversar com eles... Já me sinto pronta.

— Entendo amor. — Ele deitou na cama e ficou de lado me olhando. — Fico feliz que você já se sinta preparada, e sabe que estarei ao seu lado.

— Eu sei.

Ele continuou me observando, atentamente.

— Você esta um pouco diferente.

— Diferente? Como?

— Não sei dizer, mas... Seu rosto... — Ele se sentou novamente e ficou me olhando atentamente. — Ele está mais cheio... Você está mais cheinha...

— Jasper! Se você falar que estou ficando gorda eu juro que bato em você. — Falei com um tom falso de raiva e me levantei, não dei dois passos e voltei a sentir... Mais uma vez...

Fui salva pelo som do celular que tocava estridentemente, me apoiei na borda da mesa e abri minha bolsa procurando pelo telefone, mas minha visão não estava ajudando muito.

— Droga, onde está esse celular. — Falei já esvaziando a bolsa em cima da mesa.

— Calma, amor. — Jasper se aproximou, ajudando-me a procurá-lo. — Não está aqui.

Mas o som continuava alto.

— Espera, o som vem... Da cama? — Ele perguntou voltando para procurá-lo.

— Eu estava... — Lembrei que antes dele chegar eu estava conversando com minha medica. — Acho que ele caiu...

— Achei! — Ele pegou o celular entre a cabeceira e o colchão, olhou no visor. — E sua mãe. — Logo em seguida me passou e saio andando em direção ao banheiro.

— Oi mamãe?

— Já estou na casa de seu irmão, você vem?

— Vou sim. — Olhei para Jasper, ele acabara de sair do banheiro. — O Jazz me leva, em vinte minutos estarei ai.

Desliguei e sorri para ele.

— Você me dá uma carona até a casa do Edward?

— Lógico amor.

Arrumei minha bolsa novamente, sobre o olhar atento dele, depois fui até o banheiro e refiz minha maquiagem, algo bem suave, olhei-me no espelho e sorri, realmente eu estava um pouco diferente...

Pouco tempo depois estava estacionando no amplo jardim da casa, minha mãe falava com alguns homens que carregava algo e sorriu quando me viu, estava chegando perto dela quando meu celular voltou a tocar, peguei e atendi imediatamente.

— Oi Belinha?

— A Rose entrou em trabalho de parto! — Bella falava apressadamente. — O Edward e o Emmett estão levando-a ao hospital.

— Iremos pra lá, até mais. — Olhei para Jasper e mamãe. — Rose entrou em trabalho de parto, Edward e Emmett estão levando-a ao hospital.

— Omg! — Gritou mamãe. — Avise a seu pai, imediatamente. — Saiu gritando e entrando na casa, começou a falar com uns dos trabalhadores que estavam montando algo e voltou a sair às pressas. — O meu Deus, meu netinho vai nascer.

Voamos para o Hospital, no caminho avisamos a papai que já estava providenciando tudo, para a chegada deles.

Depois disso foi aquele corre-corre, Jasper dirigiu o mais rápido que podia e chegamos logo após eles, Emmett estava na sala com a Rose e pelo que o Edward falou por pouco a Rose não tem o bebê dentro do carro.

Ficamos na sala de espera, até que recebemos a noticias que tudo havia corrido bem e o filho deles havia nascido e passava bem, lógico que corri logo para o berçário, e acompanhei de pertinho todo procedimento do banho e escolhi a roupinha que ele usaria.

— Lindo! Ele e lindo.

Não preciso dizer que mais uma vez, tive que adiar a conversa com meus pais, eles agora estavam entusiasmado demais com o novo netinho...

******

Duas semanas depois...

— Alice?

Eu estava tomando um banho, quando escutei o Jazz chamando-me, ele havia saído cedo me deixando deitada, há dias que eu continuava sentindo-me mal, já não dava para esconder dele.

— Amor?

Não demorou muito ate escutar a voz dele pertinho de mim, virei-me lentamente ate encará-lo dentro do Box.

— Oi?

— Esta tudo bem com você? — Ele perguntou preocupado.

— Eu...

Não consegui terminar por que a bile subiu novamente e dessa vez mais forte, passei por ele feito um furacão e me debrucei sobre o vaso colocando tudo pra fora, se é que ainda tinha algo dentro de meus estomago, pois desde cedo vomitava.

— Alice? — Jasper se ajoelhou junto a mim, sustentando-me afetuosamente. — Meu Deus, como você esta fria.

Não sei quanto tempo fiquei ali, tentando colocar o que não tinha para fora, e o pior com Jasper totalmente preocupado ao meu lado. Ele não falava nada, só me olhava. Assim que me senti melhor tentei me levantar e prontamente ele me ajudou.

— Sente-se melhor? — Ele me perguntou quando fiquei de frente para ele. Assenti. — Vamos tomar um banho depois vamos a um medico imediatamente esta me ouvido? — Ele falou calmamente, já entrando no Box comigo.

— Você vai se molhar todo, saia, eu tomo banho sozinha...

— Não vou deixá-la sozinha, deixe de ser absurda!

Ele se despiu rapidamente e entrou na ducha comigo, cuidadosamente me lavou, deixando-me apoiada em seu peito. Eu sabia que tinha que contar a ele... Só não sabia como!

— Jazz, eu...

— Shhiu. Vamos terminar seu banho e depois vamos ao medico.

Fiquei em silencio, terminando o banho, ele pegou uma toalha e me enxugou depois me ajudou a vestir o roupão e me carregou nos braços até nossa cama.

— Fique quietinha ai que já volto. — E saiu, com uma toalha enrolada na cintura.

Aproveitando o momento que estava sozinha, liguei para minha medica, relatando o que havia acontecido desde o amanhecer. Ainda conversávamos quando Jasper entrou com uma bandeja cheia de frutas, sucos iogurte. Ele colocou-a em cima da cama e foi até o closet, vestiu uma boxe e voltou para meu lado.

— Obrigada. — Terminei minha conversar e desliguei, sobre o olhar atento dele. — Jasper...

— Amor, coma algo. — Ele me interrompeu. — Depois conversamos.

Olhei para a bandeja, repleta de coisas leves, e peguei um pouco do suco e bebi timidamente, na verdade eu tinha medo de voltar a vomitar, mas como um milagre, consegui comer alguns pedaços de frutas e uma taça de iogurte de morando... E não vomitei.

Quando terminei, ele se levantou levando com ele a bandeja, depois voltou e sentou-se em minha frente encarando-me seriamente.

— Alice... — Começou ele. — Eu te amo, e estarei com você sempre. — Eu ia falar, mas ele colocou o dedo em meus lábios. — Quero muito que você confie em mim amor.

— Eu confio... Mas estou com medo...

— Não precisa ter medo, estarei sempre aqui com você, te apoiando em tudo...

— Eu... — Ele ficou calado, olhando-me, esperando pacientemente eu falar. — Eu...

Por mais que tentasse procurar uma forma de contar... De falar sobre meus medos e eu não via outra forma, a não ser a mais clara possível, pensando dessa forma, respirei fundo e falei... Fale de uma só vez, e esperei a reação dele.

— Repete. — Ele pediu calmamente. — Repete amor.

E eu fiz... Repeti, e à medida que ia falando as lágrimas escorriam por minha face, e ele tentava inutilmente limpar com seus dedos trêmulos.

— Eu não falei antes, por que estava com medo. Na verdade ainda estou não sei como levar a adiante, não sei se consigo.

— Lógico que vai conseguir amor, estarei com você, sua família estará com você. — Ele me puxou para seus braços e me prendeu ali, depois de um longo tempo ele voltou a falar.

— Quando vamos falar com sua família?

— Não sei...

— Você havia dito que já estava preparada, o que mudou?

— Eles estão tão felizes com o bebê do Emmett, eu não quero estragar essa felicidade.

— Deixe de bobagem, eles te amam, e esta mais que na hora deles saberem não é verdade?

— Eu sei, mas...

— Alice... Será que você não esta arrumando desculpas?

— Eu... Eu não sei...

Na verdade eu estava sim, eu sentia-me preparada, mas no fundo tinha medo, não saberia como meus pais reagiriam...

— Não sei como eles vão reagir.

— Não precisa ter medo, eles merecem saber, é sua família...

— Eu deveria ter contado a eles na época... Como também deveria ter contado a você.

— Da mesma forma que eu entendi, tenho certeza que eles entenderão...

— E se não entenderem?

— Alice... Eles te amam, são sua família, e de certa forma eles pressentem que algo aconteceu... Por diversas vezes seus pais já me perguntaram...

— Eu sei. Já passou da hora... Eu vou contar.

— Vamos, eu estarei ao seu lado.

— Obrigada. — Falei abraçando-o. — Obrigado por ser compreensivo.

— Você não teve culpa. — Ele falou alisando meu rosto e enxugando algumas lagrimas que escorriam. — Não era a hora. — Ele sorriu. — Vamos lá?

— Agora? — Perguntei olhando o relógio. — Não esta muito cedo? Ainda vão dar onze horas, alias por que você esta em casa a essa hora?

— Eu vi que você não passou a noite bem, mas como tinha uma reunião, não pude deixar de ir, ai quando acordei você estava dormindo, achei que daria tempo de ir e voltar, antes de você acordar, por isso assim que fiquei livre voltei.

— Ultimamente tem sido difícil.

— Eu venho percebendo, mas como você não se abria, esperei.

— Desculpa?

— Não precisa se desculpar, mas me prometa não esconder mais nada de hoje em diante tudo bem?

— Eu prometo.

— Então, vamos colocar uma roupa e ir ate a mansão Cullen?

— Vamos. — Falei levantando-me e indo até o closet. — Acho que todos ainda estarão por lá.

Já há duas semanas que Rose estava na casa dos meus pais, Emmett estava afastado do escritório para curti ela e o filho Matheus. Edward depois do longo período de convalescência havia voltado ao trabalho e estava louco para estréia a casa nova, mas algumas loja haviam atrasado a entrega do móveis, portanto, só em mais uma semana e a casa deles estariam definitivamente pronta.

Tudo estava dentro do planejado, e para comemorar a casa nova, seria celebrado o batizado das crianças, o trio de Edward e Bella e o meninão da Rose e Emmett..

****

Assim que chegamos à casa de meus pais, percebi que todos estavam em casa, pois os carros de Edward e papai estavam em frente ao jardim. Nossa recepção não poderia ser melhor, papai brincava no carpete com os netos, havia brinquedos espalhados por todos os lados, não sei quem era mais crianças, se os pequenos ou meu pai e Edward que estavam esparramados divertindo-se com as crianças.

Depois de cumprimentar a todos me aproximei das crianças,

— Oi? — Falei sentando-me junto a eles e pegando Nykoly. — Como vai à menina da dinda? — Beijei Anthony e Thomas. — Onde está a mãe dessas coisinhas fofinhas?

— Bella, foi tomar um banho antes do almoço. — Respondeu Edward.

— Onde estão todos? — Perguntei.

— Mamãe foi ver se o almoço sai hoje. — Disse Edward sorrindo. — Emmett e Rose estão no quarto com o Matheus.

— Vou subir para falar com eles e volto logo. — Disse já em pé.

Fui antes à cozinha e falei com mamãe, que estava às voltas com algum prato favorito do papai, subi as escadas e fui até o antigo quarto do Emmett onde eles estavam estalados e cumprimentei e todos dando um cheirinho na cabecinha do bebê, que estava sendo amamentado.

De lá fui até o quarto da Bella, ela estava saindo do banheiro.

— Oi?

— Alice, entra. — Bella foi até o closet e voltou com um vestido florido.

— Eu queria falar com você Belinha.

— Aconteceu alguma coisa anjo? — Ela perguntou sentando-me ao meu lado.

— Eu... Bem...

— Desembucha Alice.

— Eu vim para contar sobre o que aconteceu...

— Que bom amiga. — Bella me abraçou fortemente. — Fico feliz por você, já está na hora não é mesmo?

Depois de conversamos mais um pouco descemos juntas, todos já estavam na sala, esperando o almoço ser anunciado.

— Só mais um minutinho e vamos almoçar. — Falou mamãe voltando da cozinha.

— O que teremos de especial hoje? — Falou Emmett, sorrindo.

— Nada demais, só resolvi agrada um pouquinho meu marido, fiz o prato que ele adora. — Ela falou e foi para junto de meu pai. — Ele anda merecendo ser agradado. — Falou sorrindo.

— Sempre mereço meu bem. — Disse meu pai abraçando-a por trás. — Ela tem que me manter bem alimentando, por que ando gastando muitas energias.

— Carlisle! — Ela exclamou rubra.

— Estou mentido? — Perguntou ele todo ofendido e piscando o olho para ela. — Tudo bem, entendi, as crianças estão na sala. — Ele completou deixando-a ainda mais vermelha.

— Vou deixar queimar sua sobremesa favorita, por esse constrangimento.

— Não precisa ficar constrangida mamãe. — Falou Emmett abraçando-a. — Esqueceu que meu quarto é o coladinho ao seu. — Ele beliscou o olho para-nos. — e bem, ontem à noite não conseguimos dormir direito por conta...

— Emmett Cullen! — Repreendeu ela. — Você pode ser um pai de família, mas nada me impede de dá-lhe umas boas palmadas.

— Não está mais aqui quem falou. — Disse ele levantando as mãos sorrindo. — Mais que papai está com todo vigor, a se tá. — Ele falou e correu para o lado de Rose, escapou da palmada da mamãe, mas não se livrou da tapa que sua esposa lhe deu.

— Não deixe sua mãe sem jeito.

— Bem, eu queria aproveitar todos vocês aqui junto para lhe contar algo.

Comecei falando e atraindo a atenção de todos, Bella sorriu pra mim, me incentivando a continuar e Rose me olhou cúmplice, fiz que sim com a cabeça e ela puxou o Emmett para sentar com ela, em uma das poltronas.

As crianças já havia se alimentando e estavam com as babás na outra sala. Olhei para Jasper e ele veio para meu lado me abraçando.

— Pode falar filha. — Disse minha mãe sentando junto de meu pai.

Eu tinha a atenção de todos, só não sabia por onde começar, por mais que houvesse treinado o modo mais pratico de falar, por mais que viesse mentalmente repetindo como seria a forma mais objetiva. Eu agora estava com medo, muito medo, sentia minhas mãos tremulas e lagrimas nos olhos.

Jasper percebendo minha tensão me abraçou, dando-me forças.

— Quer que eu fale?

— Não, eu mesma quero falar.

Olhei para o rosto de todos, que estavam ali na minha frente, meus pais estavam completamente preocupados, não muito diferente de meus irmãos.

— Eu tenho um segredo, que chegou a hora de contar a todos vocês.

Respirei fundo e comecei a falar, e à medida que as palavras iam saindo de minha boca, mais sentia vontade de falar e falar, e foi isso que fiz, revelei desde o princípio, desde o namoro, a descoberta da gravidez, da minha insegurança em contar a eles e a Jasper na época e até mesmo depois, e do mal entendido, que ouve entre mim e Jasper.

E à medida que eles iam escutando eu via suas expressões mudando... Uma hora medo, outra angustia, tristeza, culpa? Minha mãe estava com um olhar de culpa como ela poderia ter culpa de alguma coisa?

Eu que havia ocultado deles, eu que havia mentindo durante um bom tempo, me mantendo longe deles.

— Agora pouco... Depois de muita conversa, eu e Jasper decidimos que precisaríamos de uma ajuda profissional, para quebra esse meu bloqueio, para vencer esse meu medo de falar sobre o Gabriel.

— Gabriel? — Perguntou minha mãe chorando. — Esse era o nome do meu netinho?

Fique estática por um tempo, as lembranças invadindo minha mente, deixando-me mergulhada em um mundo de dor. Senti os braços do Jasper em minha cintura, apertando-me de encontro a ele e de certa forma me trazendo a realidade.

— Sim, Gabriel era o nome do meu filhinho. — Senti as lagrimas descendo por minha face, a dor era viva demais, como sempre, todas as vezes que me lembrava dele, do seu rostinho, pálido...

— Filha, você passou por tudo isso sozinha? — Minha mãe veio até mim abraçando-me. — Deveria ter me telefonado, quantas e quantas vezes nos falamos Alice... Filha não era preciso estar sozinha, sua família estaria ao seu lado.

— Eu... Desculpa... Eu...

— Shii. — Meu pai me abraçou também. — Não precisa pedir desculpas, você fez o que achava certo, não tinha maturidade na época...

— Não deveria ter demorado a nos contar. — Disse Edward, levantando-se. — Sempre estaríamos ao seu lado Alice.

— Eu sei...

Emmett se levantou em veio até nos.

— Nunca mais esconda nada de sua família, viu “anã”. — Ele nos deu um abraço de urso. — Nos te amamos... Nós nos amamos Alice e sempre teremos um ao outro, sempre foi assim... E sempre será.

Todos os meus medos foram infundados... Se tivesse conversado mais sedo com eles, talvez tudo estivesse seguido outro rumo... Afinal o que Emmett falou é verdade, sempre estávamos juntos, tinha sido assim desde pequeno, desde quando um aprontava algo na escola, ou com as babás... Sempre estávamos juntos, apoiando, ajudando, um aos outros.

Depois de um bom tempo, fomos interrompidos pelo choro de um dos bebês, Nathalia a babá deles vinha com Nykoly nos braços.

— Desculpe Senhora Cullen, mais ela esta molhada, vou subir e trocá-la.

— Tudo bem. — Respondeu Bella.

— Que tal irmos almoçar agora? — Perguntou Emmett. — Estou faminto.

— Só um minuto Emmett. — Interrompi. — Eu ainda tenho outra noticia para dar.

— Fale-nos, filha. — Disse mamãe.

— Bem... — Olhei para Jasper e sorri. — Eu estou grávida.

— Omg! — Disse Bella vindo me abraçar. — Parabéns amiga!

— Obrigada.

— Que maravilha. — Disse Rose.

— Nossa família esta crescendo. — Disse papai sorrindo. — Parabéns filha.

— Que bom minha filha. — Minha mãe chorava e sorria me abraçando. — estou tão feliz por você. — Alisou minha barriga inexistente ainda. — Quanto tempo?

— Dois meses. — Respondeu Jasper.

Depois de todos voltarem a nos parabenizar, em fim o almoço foi servido.

Eu particularmente mais leve, nada como sentir o apoio de sua família, para as coisas deixarem de ser assustadora, não vou negar que ainda tenho medo, como disse ao Jasper, tenho medo de não levar essa gravidez à frente, medo que volte a acontecer tudo outra vez.

Mas como ele mesmo falou.

Ele estava ao meu lado, minha família estava ao meu lado, e no momento era o que me importava.



"Em alguns dias, o mundo parece estar todo do avesso. E então de alguma maneira improvável e quando você menos espera... o mundo se endireita novamente."






Por Isabella.



Fiquei feliz em saber que minha amiga estava se recuperando, afinal era um grande passo para ela revelar toda sua estória, eu entendia seus medos, conhecia Alice há tanto tempo, que conseguia entender, perfeitamente seus receios.



Não é fácil, suportar uma dor, por menor tempo que seja para muitos e fácil falar que com o tempo a dor passa, na verdade não passar ele pode ate diminuir, mas passar...



Fiquei mais feliz ainda me saber que ela estava grávida, ela merecia, ela desejou tanto seu filhinho e terminou sofrendo com sua perda súbita, a fadinha já havia sofrido demais, e Deus estava lhe dando um presente e tanto... Ela seria mãe.



Ser mãe é algo tão sublime, tão mágico que não consigo entender o comportamento de algumas... Sim estou falando de minha mãe, depois daquele terrível episodio, ela nunca mais me procurou. Não sei o que isso significava, se era bom ou ruim. Talvez fosse bom, mas se isso fosse verdade por que eu sentia um vazio?



Não sei dizem bem, mas todas as vezes que olhava os meus filhos, um sentimento de proteção se fazia mais vivo, eu vivia para eles, faria tudo por eles e com meu marido não era diferente, por esse motivo, depois que ele havia realmente se recuperado, sentamos e tivemos uma longa conversa.



E chegamos à conclusão que eu não iria trabalhar fora, como eu de princípio havia planejado, isso até saber que seriam três ao invés de um bebê. Desta forma ficou decidido que eu ficaria em casa, mesmo tendo as babás que me ajudaria com eles, eu sempre estaria por perto.



O jornal que ele havia me dado de presente, ganharia uma nova chefe, alguém em quem confiávamos por isso Ângela ficaria com o cargo, e nos manteriam informado sobre tudo.



Edward havia voltado ao trabalho e passava grande parte do dia fora de casa, mas estava sempre na hora do almoço conosco e sempre que possível chegava antes das crianças dormirem, ele brincava, conversava e fazia-se sempre presente, dava-me orgulho e muita alegria ver o laço que eles tinham.



Ele não media esforços para está junto de nossos filhos fazia questão de participar de tudo, sem falar que ligava durante o dia umas cinco vezes para saber se tudo estava bem, se estávamos precisando de alguma coisa.



Edward era um pai maravilhoso... Nasceu para ser pai... E eu o amava a cada dia mais e mais, era impossível não me apaixonar por ele todas as manhãs.



Mas apesar de toda essa felicidade eu sentia-me angustiada, não em elação a meu casamento ou a família que fui agraciada, mas em relação aos meus pais, eles haviam sumido do mapa e isso me deixava muito preocupada, o pouco que vi, no dia que eles estiveram aqui, me deixava ainda mais receosa, se minha mãe tinha voltando realmente para ele, mesmo depois de tanto tempo, e o pior, se sujeitava a ser tratada daquela forma, definitivamente deveria ter um motivo por trás de tudo isso.



Edward como sempre percebeu meu estado de espírito e em uma noite quando nossos filhos dormiram, ele sentou na cama e me puxou para o meio de suas pernas, e massageou meus ombros.



— Muito cansada hoje amor?



— Um pouco.



— Eles hoje demoraram a dormir. — Falou ele sorrindo.



— Eles não dormiram a tarde como de costume. Acho que ficaram agitados depois de passarem a tarde toda brincando com Emmett.



— Com certeza que ficaram. — Ele intensificou a massagem. — Então, posso saber o que tanto a preocupa?



— Meus pais...



Ele ficou um pouco tenso e me virou de frente para ele.



— Eles voltaram a te procurar?



— Não! E é por isso que estou intrigada...



Contei para ele meus receios, e a vontade que tinha de encontrá-los novamente, para poder conversar e ter um esclarecimento.



— Bella, pelo amor de Deus, você não está acreditando nas asneiras que seu pai falou não é? Papai já nos contou que nunca teve nada com a Renée, você não acredita nele... É isso?



Ele perguntou agitado.



— Calma amor, eu acredito sim, em Carlisle. — A expressão do rosto dele se suavizou. — Mas não significa que tudo esteja bem, não concorda? Minha mãe voltar pra ele depois de tanto tempo, e ainda mais sendo tratada daquela forma? Charlie não era violento, você me entende? Ele era carinhoso comigo e com ela, todas as lembranças que tenho deles tirando aquele dia, sempre eram de alegria, eles eram felizes. — Eu já falava um pouco agitada.



— Bella, amor, fica calma, tudo bem?



— Eu tento ficar calma, eu tento esquecer eles dois, mas eu não consigo, simplesmente não consigo. — Falei nervosa. — Eu não posso apagar meu passado, eu não posso apagar eles de minha vida.



— Shiuuu. — Ele me abraçou fortemente. — Você não tem que apagar nada, carinho, e não tem que esquecê-los, eles são seus pais e é totalmente natural essa sua preocupação. Eu estou com você e o que for preciso, iremos fazer para encontrá-los tudo bem?



— Você faria isso?



— Será a primeira coisa que farei amanha quando chegar ao escritório.



— Como assim?



— Irei contratar um detetive e fornecer os dados que temos e vamos esperar eles serem encontrados.



— Obrigada. — Peguei seu rosto entre minhas mãos e distribui beijos. — Obrigada, você é o melhor marido do mundo... Do mundo não do universo.



— Eu te amo. — Ele disse me olhando meigamente. — E faço qualquer coisa para te poupar de qualquer tristeza, de qualquer dor.



— Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo.



Fui falando enquanto o beijava por todos os quantos, Edward sorria e beijava-me também, aos poucos fomos tirando as poucas peças de roupa que estávamos vestidos e ficamos ajoelhados no meio de nossa cama, nos beijando e nos acariciando.



Aos poucos ele foi me deitando, até que senti o colchão em minhas costas. Fechei meus olhos sentindo a emoção me invadir, ele beijava cada parte de meu corpo, fazendo-me sentir choques percorrendo por todo meu ser, era sempre assim, desde o primeiro toque, desde o mais leve rosa de pele... E sempre seria.



Entregamo-nos a magia que nos envolvia, deixando nosso desejo, nosso amor nos guiar, pelos mares tão bem conhecidos por nós os mares do prazer... Do tão sublime prazer que era capaz de nos transportar para mundos distantes, onde só existiam nos dois, onde só nosso amor reinava...



Quando o ápice nos atingiu estávamos, extasiados, embriagados mais totalmente apaixonados. E mais uma vez tive a certeza nos amaríamos sempre, a cada dia mais, a cada minuto mais e mais.... Nunca seria suficiente.



*****

— E ai gostou? — Perguntou ele parado no meio da enorme sala. — Deu um trabalhão esconder de você.



— Por que acho que sua mãe e Alice tiveram por aqui? — Perguntei sorrindo enquanto olhava tudo em minha volta.



— Elas que fora as responsáveis, não vou negar.



— Posso ver o restante?



— Lógico que pode. — Ele me puxou mostrando cada cômodo, que estava perfeitamente decorado.



— Está tudo tão lindo amor. — Falei abraçada a ele.



— Você ainda não viu nada, o melhor deixei por ultimo.



Dizendo isso ele me puxou, e seguimos subindo as escadas que levavam ao piso superior da casa, um enorme corredor se apresentou a nossa frente, totalmente iluminado.



— Bem aqui e o quarto de nossos filhos, Anthony e Thomas. — Disse Edward abrindo uma porta.



Dentro o espaço era bem aproveitado, todo decorado em tons claros de azul, os moves brancos todos de muito bom gosto.



— Eu pensei que iríamos trazer os Moises.



— Mamãe acho melhor deixá-los lá, no nosso quarto, por enquanto, já que eles sempre dormem por lá. — Ele respondeu piscando o olho. — O que achou?



— Lindo!



Observando o lugar percebi mais três portas, que estavam em sentidos contrários.



— Que portas são essas? — Perguntei me aproximando.



— Aqui. — Iniciou ele me acompanhando. — é o closet deles. — a porta foi aberta e um cômodo enorme me apareceu, de ambos os lados com enormes portas corrediças. — E essa porta aqui é o banheiro deles. — Outro compartimento igualmente bem decorado me foi mostrado.



— Tudo está perfeito amor. — Disse olhando tudo emocionada.



— Ainda faltam mais dois quartos. — Disse ele sorrindo. — Quer conhecê-los?



— Lógico!



— Vamos.



Voltamos para o mesmo corredor e quando já estávamos na segunda porta, lembrei-me que não havíamos aberto uma ultima no quarto.



— Ei, o que é a outra porta que você não abriu?



— Logo você saberá. — Disse ele sorrindo e me puxou para uma terceira porta, deixando a do meio para o final. — Aqui será o quarto de nossa princesinha. — Ele abriu e pude ver o requinte de cada móvel, tudo na cor branca, as paredes eram em tons claros de rosa.



No quarto também havia três postas, na primeira era um banheiro igualmente perfeito feito os do menino, e a segunda um closet enorme.



— E aquela ali?



— Venha. — Ele voltou a me puxar, porta a fora e paramos de frente a porta do meio. — Abra. — Disse ele sorrindo maliciosamente.



— É o nosso quarto?



— Deixe de especular e abra logo!



Fiz o que ele sugeriu e me deparei com um quarto enorme. As paredes em tons claros de bege. Os moveis em estilos modernos, uma enorme cama no centro, na parede da frente uma televisão que se não estou enganada eram de 50º ou mais, e avistei mais quatros portas.



— Quem ficou responsável por esse quarto? Esme ou Alice?



— Todos os quartos foram responsabilidades de Alice.



— Devo ficar assustada?



— Acho que deve. — Ele sorriu. — Venha, aqui e a porta que liga nosso quarto aos dos meninos. — Ele a abriu me deixando ver que dava nos quartos deles. — Aquela ali nos dá acesso ao de Nykoly. — Ele caminhou até a outra porta. — Aqui é o nosso closet. — Se eu havia me abismado com os dos meninos, com o nosso fiquei em transe, era maior que o meu antigo quarto no apartamento da Alice, levei minha mão a boca para não gritar.



— Meu Deus! Vou me perder ai dentro.



Ele me puxou para o outro lado.



— Aqui é o nosso banheiro. — Ele abriu e me deixou entrar, uma enorme banheira, estava no canto, esquerdo, do lado oposto havia vários armários e um banheiro lindo.



— Tudo tão lindo.



— Gostou mesmo de nossa casa?



— Amei, amei cada detalhe. — Beijei seus lábios e sorri. — Lembre-me de agradecer a Esme e Alice, por todo trabalho. — Olhei mais uma vez tudo ao nosso redor. — Ficou lindo.



— Ainda bem que gostou. — Ele voltou a me abraçar. — Estava pensando em nós mudarmos ainda hoje, o que me diz?



— OMG! Hoje?



— Sim?



— Maravilhoso!



Vou avisar a mamãe, ela disse que se você concordasse era só ligar que ela ia organizando tudo.



— Mais não é muito para ela fazer sozinha? Não seria melhor irmos ajudá-la?



— Não. Ela tem a ajuda da Alice e as babás podem ajudar também.



— Mais poderíamos ajudá-las também.



— Amor. — Ele focou serio e me puxou para umas das poltronas que estava em um canto em nosso quarto.



— Você ficou serio de repente ou é impressão minha?



— Não é impressão — Ele sorriu. — O assunto realmente é serio.



— Então fale logo.



— Encontramos seus pais.



— Onde?



— Eles estão no mesmo hotel que ficaram desde que chegaram.



— Quando posso ir falar com eles?



— Quando quiser. — Ele me olhou. — Eles não sabem que o procuramos.



— E como eles estão? Quero dizer, como estão vivendo?



— Sua mãe está trabalhando em uma pequena empresa como atendente e seu pai faz alguns bicos.



Se não estivesse sentada teria caído com toda certeza.



— Não entendo, como eles chegaram a esse estado?



— Seu pai perdeu o emprego, por conta das jogatinas e perdeu a casa e o carro.



— Eles estão vivendo bem? Ou passam alguma necessidade?



— Eles vivem de acordo com o que ganham.



— Você me leva até eles?



— Lógico, quando você quer ir?



— Agora!



— Agora? — ele me olhou. — Não seria melhor esperar mais um tempo, sondar eles...



— Eu não quero esperar, já se passaram três meses, desde que os vi, é tempo demais.



— Tudo bem, se você quer assim...



— O quanto antes tirar essas angustia de mim...



— Eu lhe entendo. — Ele ficou em pé e me estendeu a mão. — Podemos ir primeiro a sua mãe. Ai vocês duas conversam e depois vão até o Charlie. O que diz?



— Pode ser.



Saímos de nossa casa, e seguimos para o endereço que o detetive havia fornecido como empresa onde minha mãe trabalhava. Porém na entrada fomos informados que ela não vinha a trabalhar há dois dias. Saímos de lá em direção ao hotel.



Nem nos meus piores pesadelos o local se aproximava daquele lugar, era todo sujo e caindo aos pedaços, na recepção havia um homem barrigudo e mal encarado, que dava até arrepios só em olhar pra ele. Edward tomou a frente e procurou saber se meus pais estavam.



— Gostaríamos de falar com o casal Swan, eles se encontram?



O Homem nos olhou de cima a baixo, como se avaliássemos antes de responde.



— Só a mulher, está.



— Gostaríamos de falar com ela. — Disse Edward, educadamente. — Pode interfonar avisando.



O barrigudo deu uma sonora gargalhada.



— Onde o senhor pensa que está? Em um hotel cinco estrelas? Aqui não temos telefone nos quartos. Se quiser falar com ela suba três lances de escadas, a quarta porta a direita.



— Obrigada.



Edward segurou fortemente minha mão, enquanto cumpríamos o trajeto que nos levariam ao quarto de minha mãe, assim que paramos em frente à porta ele me olhou cautelosamente.



— Posso entra com você se quiser?



— Não, prefiro que fique aqui.



— Estarei a sua espera.



Respirei fundo e bati na porta, e esperei alguns minutos e nada, voltei a bater e quando estava no quarto toque escutei uma voz fraca.



— Esta aberta, pode entrar.



Abri lentamente, tentando decifra em meio a tantos destroços, a presença de alguém. O lugar estava em um breu, sem iluminação, com roupas espalhadas pelo chão e os poucos, móveis, que havia no ambiente estavam totalmente quebrados.



Em uma dos cantos havia uma espécie de bi cama, e minha mãe estava toda encolhida em cima dela.



— Mãe? — Fui me aproximando, ela tentou se levantar, mas parecia que não tinha forças.



— Bella... Bella é você? — Sua voz era baixa em forma de sussurro e entrecortada.



Aproximei-me mais, ficando ajoelhada a sua frente, ela estava muito pálida, e cheirava mal.



— Mãe. — tentei tocá-la, mas ela se afastou.



— Não me toque. — Ela colocou a mão em frente a sua boca e tossiu. — Estou doente filha, não toque em mim.



Mesmo contra os protestos dela eu toquei seu rosto, que estava em brasa. Peguei em suas mãos estavam geladas. Ela estava queimando em febre.



— Edward! — Gritei e em poucos minutos ele estava ao meu lado. — Ela esta doente. — Falei olhando-a preocupada.



Ele pegou o celular e discou alguns números. E se afastou falando, fiquei estática vendo minha mãe. Muito pálida e magra, não lembrava nem de longe a bela mulher que ela foi um dia, com olheiras ao redor de seus olhos. Ela voltou a tossi.



— Se afaste de mim Bella. — Pediu ela, e com algum esforço conseguiu se sentar. — Você não pode ficar doente por conta de seus filhos.



— Deixe-me lhe ajudar. — tentei tocar seu rosto, mas ela se esquivou de minhas mãos.

— Por favor, mãe.



— Bella, eu...



Ela tentou ficar em pé, mas em questão de segundo a vi desfalecer em minha frente, sustentei-a gritando por Edward, mais uma vez.



— A ambulância já está a caminho.



Com ajuda dele coloquei-a na cama.



— Ela está muito dente? — Perguntei a ele.



— Não sei amor. — Ele ficou ao meu lado. — Eu não sabia que a situação dela era essa, o detetive só me forneceu o endereço, se eu soubesse teria feito alguma coisa...



— Eu sei Edward.



Pouco tempo depois ela estava sendo removida para dentro da ambulância, e uma enfermeira estava ao seu lado.



— Essa enfermeira ficará cuidando dela. — Ele disse. — Você vai esperar o Charlie? — Antes que eu respondesse, ele chegou totalmente embriagado.



— Hora, hora se não é a rainha que se lembrou da plebe.



Edward ficou ao meu lado, encarando eu pai.



— O que a mamãe tem?



— E por que se importa? — Ele sorriu perversamente. — A consciência está doendo por deixar-nos na rua da amargura?



— Charlie! — Edward o repreendeu. — Não viemos aqui para ser insultados, Bella veio conversar com vocês.



— Deve ser algo muito importante, para a rainha se deslocar de seu palácio, de seu mundinho de merda.



— Já chega. — Edward gritou fazendo meu pai sobressaltar. — Se você destratar mais uma vez Bella, eu esquecerei que é o pai dela e lhe darei um bom corretivo.



Ele ficou calado por um tempo, de cabeça baixa. Até que resolveu falar.



— O que você quer aqui Isabella?



— Vim falar com vocês, acho que precisamos ter essa conversa, não?



— Estou muito cansado, volte outra hora.



— Bella, amor. — Edward, me olhou. — Por favor, carinho vá até o café que tem ai na esquina e pegue um extra forte, para seu pai, enquanto o ajudo a subir e tomar um bom banho frio.



— Eu não quero... — Meu pai começou a falar, mas se calou quando viu o olhar de Edward.



— Por favor, amor, faça o que estou pedido.



— Volto logo. — Falei saindo, deixando o dois no meio da pequena recepção.



Fim Por Bella.



Por Edward.



Assim que Bella nos deixou sozinho, arrastei Charlie escada a cima e o coloquei em baixo do chuveiro, o lugar fedia muito.



– Só vou falar uma única vez Charlie, por tanto abra bem esses ouvidos. Amo sua filha e é por causa dela que hoje estou aqui, por isso trate de tratá-la bem, ou não responderei por mim, fui claro?



— Eu não...



— Fui claro Charlie? — Dei um solavanco nele, fazendo ir de encontro à parede. — Não vou admitir que você fale algo que magoe a Isabella, você vai tratá-la muito bem e responder as perguntas que ele tem a fazer.



— Eu não quero falar com ela.



Voltei a sacudi-lo. Fazendo-o arregalar os olhos.



— Você não entendeu? Não me interessa o que você quer ou o que deixa de querer, a única pessoa que tem importância para mim aqui é Isabella, e o bem estar dela, e nesse momento ela está muito fragilizada por conta do estado de Renée, e você não vai dificultar as coisas para ela, vai sim, facilitar ouviu bem?



Ele ficou calado.



— Me ouviu Charlie?



— Ouvi.



— Entendeu?



— Sim, você foi bem claro.



— Muito bem, vou deixá-lo sozinho para que se troque. — Dei dois passos seguindo para corredor. — Estaremos a sua espera no corredor.



Pode qualquer um achar que fui bruto ou ignorante com ele, mas não me arrependeria nunca, nem ele nem outra pessoa iria machucar Bella, isso eu não iria permitir jamais.



Fim Por Edward.



Por Bella.



Quando votei com o café, encontrei Edward encostado na porta no corredor, assim que me viu ele deu um meio sorriso e me abraçou.



— Como você está?



— Na medida do possível, bem. — Olhei para a porta. — E ele?



— A sua espera. — Ele deu um beijo na minha cabeça. — Quer que eu entre com você?



— Não...



— Tudo bem, ficarei aqui, mas a porta fica aberta.



— Edward... Eu sei que ele não andou se comportando, mas ele não fará nada contra mim....



— Eu sei amor. — Ele me abraçou mais forte. — Mas ficarei mais tranqüilo assim, tudo bem, você pode fazer isso por mim?



Assenti e respirei fundo antes de entra. Meu pai estava tomado banho e sentando na única cadeira, e assim que me viu ficou em pé.



— Pode ficar sentando. — Falei quando entreguei seu café.



— Não, sente-se você. — Ele falou baixo e muito calmo. — Eu limpei a cadeira.



— Obrigada, prefiro ficar em pé. — Falei, — Podemos conversar?



— Certo. — Ele tomou um longo gole do café e voltou a se sentar, de cabeça baixa.



— Como aconteceu isso pai? — Perguntei. — Como perdeu tudo?



— Isabella. — iniciou ele. — Quando sua mãe me deixou, foi por conta dos jogos, eu já estava afundando em dividas, mas conseguia pagar aqui e ali.



— Como eu não percebi?



— Você era muito nova. — Ele me olhou. — Quando você pediu para dividir o apartamento com sua amiga, no momento me pareceu à coisa certa a fazer, por isso aceitei dessa forma você ficaria longe de tudo e não saberia de nada.



— Por que não procurou ajuda? Existe especialista...



— Eu não quis Isabella. — Ele voltou a baixar a cabeça. — Eu não achava que chegaria ao fim do poço, eu jamais pensei que perderia tudo.



— Eu queria lhe fazer uma pergunta?



— Sou todos ouvidos.



— Por que disse que não sou sua filha?



— Por que acredito que não seja. — A frieza dele me fez paralisar



— E por que acredita nisso?



— Sua mãe teve um caso com seu sogro, já falei...



— Carlisle diz que não.



— Lógico que ele vai negar. Imagina agora encarar vocês, dois irmãos casados, pecando todos os dias, por culpa da fraqueza deles? Pode acreditar, não é fácil.



— Digamos que o senhor esteja certo, que o Carlisle seja meu pai. Como descobriu?



— Eu sempre soube, que você não era minha filha, só não queria acreditar.



— Somos tão parecidos pai...



— O que isso prova? Quantas pessoas são parecidas sem serem parentes?



À medida que ele ia falando, eu ficava mais apreensiva, ele acreditava mesmo que não era sua filha e o pior falava com convicção que o Carlisle, seria o meu pai. Por outro lado o Carlisle havia nos garantido que nunca teve nada com minha mãe... Só existia uma forma de tira a limpo essa estória.



— O senhor faria o exame para tirarmos todas às duvidas?



— Que exame?



— DNA.



— Se isso vai tirar todas as suas duvidas.



— Vou ao hospital agora ver como a mamãe está, quer ir junto?



— Não prefiro ficar por aqui, se não se importar.



Caminhei até a porta.



— Vou saber sobre o exame assim que chegar lá, e se for possível ainda hoje iremos fazer, tudo bem para o senhor?



— E só ligar avisando, onde é, que o senhor lá me baixo me avisa.



— Tchau... Pai.



Sai sem olhar para trás, no correndo Edward andava de um lado ao outro e assim que me viu veio até mim, abraçando-me em seguida.



— Tudo bem?



— Quero ir ver minha mãe, podemos ir?



— Lógico.



Já dentro do carro a caminho do Hospital, falei pra ele sobre a conversa com meu pai.



— Isso é impossível! Não somos irmãos Bella, eu acredito em meu pai.



— Eu também acredito, mas ele fala com tanta convicção que não é meu pai, e se ele realmente não for?



— Não....



— Eu não estou dizendo que o Carlisle seja, mas pode ser outro e meu... Charlie acredita que seja o Carlisle..



— Bella...



— Eu propus fazer um exame de DNA e ele aceitou.



— Ótimo, enquanto você ver Renée eu providencio tudo.



O restante do caminho foi feito em silencio e assim que chegamos ao Hospital fui levada até o quarto que minha mãe estava.



— O quadro dela é grave Isabella. — Disse Carlisle. — Ela esta com pneumonia.



— Mas podemos ajudá-la?



— Ela esta muito fragilizada, mas já estamos medicando-a, só nos resta esperar.



— Estive com meu pai. – Olhei a Carlisle. — Ele voltou a dizer que não sou filha dele.



— Isabella, eu lhe dou minha palavra que você não é minha filha.



— Isso será bom, para tirar essa ideia absurda da cabeça dura de meu pai.





Carlisle saiu deixando-me a sós com minha mãe, não demorou muito até Edward entra no quarto.



— Falei com papai, ele vai providenciar tudo, para que o exame seja feito ainda hoje. — Ele afagou meu cabelo. — Como sua mãe está?



— Dormindo, Carlisle falou que é pneumonia.



— Mas tem tratamento?



— Já iniciaram com as medicações, mas ela ta muito fraca. — Eu sentia as lagrima molhando meu rosto, Edward imediatamente me abraçou.



— Vamos ajudá-la, ela vai ficar boa logo, você vai ver.



— Estou com medo.



— Mais não fique. Vamos passar por mais essa provação e vamos vencer. — Ele beijou meus cabelos. — Agora vou voltar ao hotel de seu pai, para trazê-lo para fazer o exame, você ficará bem?



— Pode ir, estou bem.



— Volto logo. — Ele ia saindo, mas voltou. — Liguei pra casa, e avisei a mamãe, ela está vindo para o Hospital.



— Não precisava amor.



— Ela ficou preocupada com sua mãe.



Edward beijou novamente minha cabeça e saiu. Não sei quanto tempo fiquei sentada, perdida em meus pensamentos até que a porta se abriu e Esme entrou.



— Isabella?



— Oi?



— Estão lhe esperando no laboratório.



— Já? Edward ainda não voltou.



— Ele que pediu para lhe avisar, eles está lá com o Charlie.



— Obrigada.



Esme ficou com minha mãe, enquanto fui ao laboratório, quando cheguei todos já estava na sala a minha espera, e imediatamente foi colhido as amostra de sangue.



— Amanha a noite o resultado será liberado. — Disse Carlisle.



— Bom, vocês sabem onde me encontrar. — Disse meu pai já se afastando.



— Não vai ver a mamãe?



— Eu posso vê-la?



— Venha, vou lhe levar até o quarto dela.



Ele ficou poucos minutos ao lado dela e saiu sem se despedir.



— Eu queria ficar com ela. — Falei observando-a dormir.



Edward me levou para o corredor e caminhamos até as cadeiras próximas.



— Eu sei amor. — Sua mãe está bem assistida, carinho. — E não há nada que você possa fazer ficando aqui, e os nossos filhos estão a nossa espera.



— Eu fico e você vai.



— Não Bella, nos iremos juntos pra casa, você precisa de um banho e dormir. Amanha pela manha eu lhe trago, e se acontecer qualquer coisa a enfermeira vai nos avisar.



— Mas...



— Amor, Thomas, Anthony e Nykoly, precisam de você. — Ele alisou meu rosto. – Sua mãe dormirá a noite toda, ela já esta medicada.



— Ok!



Voltei ao quarto onde ela ainda dormia, conversei com a enfermeira que estava trocando o soro, pedindo que se algo acontecesse entrasse em contato. Logo em seguida fomos para direto para nossa casa.



— Vamos passar a noite aqui?



— Mamãe já havia trazido nossas coisas pra cá, então...



— E os meninos?



— Todos já estão aqui.



Encontramos Alice e Jasper, sentados de frente a TV. Alice comia uma fatia de pizza. Assim que nos viu ficou em pé.



— Belinha, como a Renée está?



Contamos a eles tudo que havia acontecido, ela nos informou como foi o dia com nossos filhos.



— Eles comeram?



— Sim, fizemos a papinha e eles devoraram. — Ela sorriu. — eles estão comendo bem.



— Graças a deus. — Sorri e a abracei. — Obrigado mais uma vez, por sempre está por perto.



— Sempre que precisar amiga.



— E como você vai?



— Tirando os enjôos tudo vai bem. — Sorriu.



Despedimos-nos, Alice e Jasper foram embora e subimos para nosso quarto, no caminho encontramos umas das babas.



— Boa noite senhora Isabella, as crianças estão dormindo em seus quartos.



— Boa noite. Brenda vou tomar um banho e vou até lá. Estou morrendo de saudades deles.



A baba assentiu e foi para seu quarto.



Com a ajuda de Edward tomei uma ducha fria, e depois fomos vê nossos filhos que dormiam tranquilamente em seus lugares. Fiquei um pouco apreensiva em deixá-los em seus quartos.



— Dá uma peninha deixá-los aqui sozinhos. — Falei beijando a cabecinhas do Thomas e Anthony.



— Sinto a mesma coisa, mas eles têm que se acostumar com seus quartos. — Edward sorriu. — Eles têm a babá, e qualquer coisa ela nos chama.



Fomos ao quaro de Nykoly repetindo o mesmo gesto e em seguida fomos para nosso quarto. Edward me aconchegou em seus braços e não demorou muito para que o cansaço me vencesse.



Na manha seguinte, após o café da manhã, fomos ao hospital. Encontrei minha mãe acordada, sua aparecia estava melhor, mais rosada.



— Dormiu bem mamãe?



— Bella! – Ela se sobressaltou quando escutou minha voz, mas depois sorriu timidamente. - Obrigada filha, por ter me socorrido.



— Não tem o que agradecer.



—Você encontrou seu pai?



— Sim, quando a senhora estava sendo colocada na ambulância ele chegou.



Contei à conversa que tive com ele, e sobre o exame que havíamos feito.



— Ele colocou na cabeça que você não é filha dele.



— E sou?



— Lógico que é? — Ela me olhou chocada. — Nunca trai seu pai, confesso que antes de conhecê-lo eu saia com outro, mas depois que ficamos juntos, só existiu ele.



— Ele insiste em dizer que o Carlisle é meu pai.



— Bella...



— Diga.



— Ele cismou com essa ideia, só porque o Carlisle trabalhava no mesmo hospital.



— Então...



— Não, você não é filha dele, pode ficar calma, isso é pura loucura de seu pai. Eu tive um caso sim, não vou negar, com um dos médicos, ele era casado, mas isso não nos impediu de ficar junto algumas vezes, isso até a esposa dele descobrir, e quando isso aconteceu, ele pediu demissão do hospital que trabalhava e nosso caso acabou. – Ela respirou antes de continuar — Por um tempo eu tentei entrar em contato com ele, cheguei até a ligar para a casa dele, mas ele foi bem categórico, que amava a esposa que o deslize que havia cometido não iria se repetir.



Ela ia falando e minha cabeça girava, era muita coisa para ser digerida em tão pouco tempo.



— Alguns meses depois conheci seu pai, e meu erro foi me abri com ele, eu disse que tinha tido um caso com um dos médicos do hospital, no momento ele não ligou e começamos a sair, quando fiquei grávida contei e nos casamos, mas com o tempo, veio às cobranças, ele ficava querendo saber se o tal médico, ainda trabalhava no hospital, até que um dia quando estávamos saindo de uma loja, encontramos Drº Carlisle, e nos cumprimentamos, ele perguntou como andava as coisas no Hospital, por pura educação, mas foi o bastante para seu pai, recomeças com as brigas e desconfianças.



Eu continuava atônita só escutando.



— Acho que foi daí que ele criou essa ideia, que você não era filha dele. Quando você se mudou, não sabíamos que sua amiga era filha do Drº Carlisle, quando descobri não dei importância. Mas seu pai enlouqueceu, ele queria trazer você de volta, mas devidos às confusões por contas dos jogos, ele terminou se convencendo que seria o melhor você permanecer por lá, mas tudo piorou quando vocês foram até lá para avisar sobre o casamento. Deus! O Charlie surtou de vez, ele ficou descontrolado, disse que a culpa era minha, que você estava dormindo com seu irmão, eu falei, eu jurei que não era, mas ele sempre foi cabeça dura.



— Ele me disse coisas horríveis.



— Eu sei, ele me ligou assim que vocês saíram de lá, depois daquele dia ele só se afundou mais nas dividas. Uma noite que seria para ele estar de plantão, ele pegou a viatura e foi para o jogo... O resto você já deve imagina, perdeu o emprego, não pode mais pagar a hipoteca da casa e terminou perdendo tudo.



— Quando vocês voltaram?



— Ele foi atrás de mim, disse que a culpa era minha, e que não tinha para onde ir... Eu não poderia deixá-lo na rua, apesar de tudo eu sempre o amei.



— E o seu comportamento? Por que reagiu daquela forma? Por que nunca aceitou meu casamento, tanto tempo e nenhum contato.



— Eu não tive outra saída, seu pai já estava lá, e quando você ligou, ele voltou à surta... Sei que agi errado, que deveria ter voltado a ligar, mas fiquei com medo dele causar qualquer constrangimento para vocês. Eu acreditava que se ficasse distante seria o melhor.



— Eu...



— Isabella, o Charlie ficou muito violento, depois que voltou a beber, vivia ameaçando vim te procurar para contar a verdade... Uma verdade que ele criou na cabeça dele, mas que infelizmente acredita. Desculpe-me se não consegui evitar, naquele dia... Fiquei sem saber o que fazer... Você com aquele barrigão, tendo que passar por todo sofrimento por minha culpa e fraqueza, não pude evitar. Fiquei muito preocupada...



— Entrei em trabalho de pato naquele dia....



— Ô Meu deus! — Vi lagrimas escorrendo por sua face. — Eu lhe agradeço por ter me socorrido, mas filha, eu não quero ser um encosto em sua em sua vida, assim que receber alta irei embora.



— Eu não quero que você se afaste, a senhora e minha mãe e tem três netos, não tem vontade de conhecê-los?



— Mas...



— Primeiro fique boa, depois voltaremos a conversar sobre isso, tudo bem?



O resto do dia passou voando, na hora do almoço contei ao Edward a conversar que havia tido com minha mãe, e ele ficou tão surpreso quanto eu. No finalzinho da tarde estávamos com o resultando do exame em nossas mãos.



Positivo!



Charlie era meu pai, ele chorou e me pediu perdão por tudo e depois sumiu, sem sequer voltar a ver minha mãe.



— Se você quer sua mãe por perto, eu irei lhe apoiar. — Falou Edward enquanto conversávamos na cantina o hospital. — Quando ela receber alta conversaremos com ela. — Ele apertou minha mãos sobre a mesa. — O passado ficou pra trás carinho.



E era lá que iríamos deixá-los, ainda não sabia como, mas eu não iria deixar Renée se afastar de mim, novamente... Independente de sua atitude,, ela era minha mãe... Um ser humano sujeito a erros e acertos como outro qualquer, e não uma maquina que podemos programá-la para nunca nos magoar.



E nesse momento sua saúde era que me preocupava. O resto o tempo daria um jeito, colocaria tudo em seu devido lugar.



A única certeza que tinha em minha vida era que Edward estaria ao meu lado sempre, o amor que sentíamos um pelo outro era intenso demais, e isso nos unia... Nós fortalecíamos.





Siga o teu coração.
Se você seguir teu coração,
mesmo que você não acerte,
você nunca estará errado!
Augusto Branco



Fim Por Isabella.





Continua...




Ps : este será nosso penúltimo capítulo na história :( mas vamos deixar as saudades pra amanhã ;) Até mais nos coments Bjks




2 comentários:

Unknown disse...

Oh q pena !!! gosto muito dessa fic <3

Unknown disse...

Ooh amo essa fic!!!!!

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