FANFIC - NÃO É MAIS UM ROMANCE LITERÁRIO - CAPÍTULO 9

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 9° capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.

Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?

Autora : Jacqueline Sampaio

Contato : https://www.facebook.com/jacqueline.sampaio

Classificação: +18

Gêneros: Romance

Avisos: Sexo

Capítulo 9

–Jacob ainda não desceu.

–Ele deve estar dormindo, Renée.

–Mas Charlie, ele não é de dormir até tarde! Será que está bem?

–Se quiser posso ver mãe. –Me ofereci e logo estava em frente ao seu quarto. Adentrei timidamente, Jacob estava acordado, mas ainda estava deitado na cama. Uma das mãos na cabeça. Os olhos perdidos.

–Jake? –Só depois de chamá-lo ele notou minha presença. Sorriu, mas havia algo de ruim naquele sorriso.

–Bella... Bom dia.

–Bom dia Jacob.

–Venha aqui. –Eu fui até ele e sentei na cama. Jacob ainda sorria. Toquei seu rosto.

–O que há Jake? Você não está bem. –Ele segurou minha mão puxando-me para si. Um abraço forte e acolhedor. –Jake? O que há? Está me preocupando assim. Brigou com o tio Billy? –Ele parecia apertar-me cada vez mais em seus braços.

–Está tudo bem... Bella, mas... E você? –Não compreendi muito bem sua pergunta, os olhos fixos dele em mim. Ele queria me dizer algo, algo que eu não queria escutar. Afastei-me.

–O café está pronto. Desça e eu lhe farei companhia, mas precisa ser rápido, pois terei que ir para a escola. –Sorri nervosamente, Jacob estava se comportando de um jeito que me incomodava, só não sabia por que.

Descemos e tomamos café silenciosamente. Jacob olhava-me fixamente, como quem quer fazer uma pergunta ou até mesmo uma repreensão. Incomodada com isso procurei logo sair para a escola. Jacob permaneceu em casa. Contei tudo a Angela, como sempre ela me parabenizava por ter algo com Edward, mas eu não me sentia feliz. Tinha medo de me envolver mais profundamente e acabar sofrendo ainda mais com isso. Não dá para se ter segurança com um tipo como ele. Consegui pegar a matéria perdida, felizmente a diretoria não questionou minha falta. Ao termino da aula...

–Bella, se Edward ligar para você não o destrate. Deve aproveitar isso!

–Não gosto nada disso, Angela. Sinto-me usada.

–Se é assim então o use Bella!

–Usá-lo? Com assim?

–Bem faça com que você se beneficie com ele. Ele é um ótimo professor, não é? –Angela tinha razão, eu poderia me beneficiar dele.

–Pensarei nisso Angela. –E assim segui para casa, ou pelo menos era o que pretendia. Enquanto caminhava ouvi um barulho de carro seguindo-me. Caminhei mais depressa temendo ser alguém que me faria mal, para a minha surpresa era alguém que conhecia como ninguém.

–Fugindo de mim garota?

–EDWARD! O QUE VOCÊ...

–Quer uma carona? –Como dizer não a ele? Eu não conseguia e me sentia fraca por isso. Adentrei timidamente seu carro.

–Mas não me deixe em frente de casa. Meu primo está lá e pode nos ver.

–Primo? Hum... –O vi pensativo.

–O que foi Edward?

–Nada. A propósito, com o lançamento do oitavo livro se aproximando devo avisar que irei para casa.

–Sua casa em Camp Pendleton North, na costa de Los Angeles?

–Sim.

–Entendo. Então Edward... Veio para se despedir de mim?

–Despedir de você? –Ele deu seu meio sorriso.

–Isso. –Não o fitava.

–Pode ser uma despedida ou...

–Ou? –Ansiava pelas suas próximas palavras.

–Venha comigo para minha casa. Pelo menos por uns dias.

–QUÊ? ENLOUQUECEU?

–Por quê? Não posso convidá-la, Bella?

–MEUS PAIS JAMAIS PERMITIRIAM!

–Ah seus pais... Sempre seus pais! Que seja. Eu só a convidei por que não gosto de passar os primeiros dias em casa escrevendo. Trabalhando assim sem um pouco de divertimento atrapalha o desenvolvimento de minha obra. Geralmente convido outras mulheres, mas para que não fique chateada, convido você primeiro.

–ORA SEU... QUE HISTORIA É ESSA CULLEN?

–Esqueça vai! Eu não quero discutir! –Seguimos silenciosos. Logo chegamos ao meu destino.

–Chegamos.

–Obrigada pela carona. –Fui retida pelo pulso.

–Não mereço nada pela carona? –Sorria malicioso.

–Claro! –Retirei uma goma de mascar do bolso entregando a ele. –Para você. Assim você ocupa sua boca com algo que não seja cigarro! –Ri divertida vendo-o com os olhos mortíferos para comigo.

–Que brincadeira é essa?

–Não estou brincando Edward. –Sai do carro.

–Cobrarei você quando for para Camp comigo.

–Sempre convida suas amantes para lá Edward?

–Não. Você seria a primeira, mas se disser não, me verei obrigado a levar outra pessoa.

–ORA SEU CRETINO!

–Até mais Bella. –Ele piscou saindo com o carro em seguida. Suspirei. Não conseguia sentir raiva dele.

Adentrei a casa e assustei-me ao ver Jacob sentado com o semblante fechado. Ao me ver, sorriu.

–Nossa Jacob, eu me assustei! Pensei que você estivesse ainda na rua resolvendo seus problemas.

–Consegui resolve-los antes do esperado e... Amanha irei para meu apartamento.

–Entendo. Então quando recomeçam suas aulas de Direito? –Sentei ao seu lado.

–Depois das férias de verão. Durante esse tempo trabalharei como modelo e freqüentarei mais o escritório de meu pai. Ele quer que eu seja mais atuante nos negócios da família se pretendo um dia tomar posse do escritório de advocacia. –Ele fechou os olhos recostando a cabeça no sofá.

–Mas é isso o que você quer Jacob? Sempre que fala no futuro traçado pelo tio Billy sua expressão é pesada.

–Gostaria de ser advogado, mas construir meu próprio escritório. Não me satisfaz a ideia de herdar o escritório que ele construiu. Sei que ele jogaria na minha cara que só me tornei um bom advogado por causa dele ou coisas do tipo. Não quero passar por isso. –Coloquei minhas mãos em sua face fazendo-o olhar para mim.

–Vai dar tudo certo. Você vai ser muito feliz. –Jacob colocou suas mãos sobre as minhas acariciando-as levemente.

–Vê-la falando assim com esse lindo sorriso me enche de esperanças quanto ao meu futuro. Não sei o que seria de mim sem você... Bella. –Jacob tinha olhos gentis, mas ao mesmo tempo tristes. Aquilo me doía. Eu sempre soube o quanto sua vida era complicada, a mãe morrera cedo, o pai sempre priorizou o trabalho e Jacob sempre foi um pouco só. Mas não era assim quando estava comigo e com meus pais. Ele encontrou em nosso lar o amor que lhe faltou em sua casa. Ainda sim, me sentia mal por não deixá-lo plenamente feliz. Queria dizer algo, uma palavra de conforto talvez, mas Jacob, como se previsse minha ação, mudou de assunto.

–E gostaria de convidá-la para sair comigo nesse final de semana. Você deve estar cheia de novidades, não é mesmo, Bella?

–Não tenho novidades Jake. Quem deve ter é você.

–Ah! Você tem sim! –Segurou meu queixo e olhou-me com tanta intensidade que precisei desviar o olhar. Era verdade, tinha novidades. No entanto não sei como Jacob reagiria ao saber o que estava acontecendo na minha vida, certamente desaprovaria minhas ações quanto a Edward. Mentir agora só faria com que ele desconfiasse de algo, visto que ele e Edward sabem quando minto.

–É eu tenho uma ou duas coisas para contar, mas não espere que minhas novidades sejam tão empolgantes quanto as suas, Jacob.

–Bem então... Antes de conversarmos sobre o que aconteceu em nossas vidas irei tomar um banho e trocar de roupa.

–Eu farei o mesmo. Tenho que fazer o jantar também.

–Quer ajuda?

–Você deve estar cansado Jake, sendo assim...

–Adoraria ajudá-la, como nos velhos tempos.

–Tudo bem então. –Jacob seguiu para o quarto e fiz o mesmo. Algo me dizia que Jacob queria me dizer ou perguntar algo de importante e cheguei até a pensar que ele desconfiava que eu tivesse algo com Edward Cullen, mas logo afastei tal pensamento. Não havia possibilidade alguma de Jacob saber, nem eu mesma acreditava estar tendo um caso com um rapaz tão famoso e cobiçado.

Adentrei meu quarto logo tomando um bom banho e me preparando. Fui de imediato para a cozinha e comecei a preparar a comida. Logo senti o calor de um corpo atrás de mim, algo entorpecedor. Por alguns instantes pensei ser Edward. Olhei de esguelha e pude ver Jacob colando ainda mais seu corpo ao meu tentando ver o que preparava no fogão.

–Cheiro ótimo. O que posso fazer por você? –Eu acho que ele não tinha ideia do quanto estávamos próximos e o quanto era constrangedora toda aquela aproximação. Devo ter corado nesse momento e minha voz parecia não querer sair. Olhei fixamente para a panela, Jacob se afastou e pude ouvir o som de uma risada.

–Vou cortar alguns temperos. –Ele se afastou. Ideias que antes tinha com Jacob assaltando minha mente, ideias um pouco perturbadoras admito, mas nada que se compare as sensações que Edward desperta em mim.

–A comida está ótima filha.

–Obrigada mamãe, mas o Jake também merece os elogios. Ele me ajudou a preparar a comida. –Olhei furtivamente para ele que sorria.

–Ora Bella, eu apenas cortei os temperos. Não foi nada. –E iniciou-se um breve diálogo entre meus pais e Jacob a respeito do que faria dali por diante, não dei muita atenção ao que diziam já que Jacob havia me relatado tudo em primeira mão.

O fim de semana chegara rápido. Durante esse curto espaço de tempo não tive notícias de Edward. Bem ao menos não ouvi nada a seu respeito no programa de fofocas. Apenas em um programa comum anunciando seu oitavo livro e que na segunda este seria lançado. Isso significa que logo Edward voltaria para sua casa a fim de começar seu nono livro e isso poderia significar que não o veria mais, ou que não o veria por algum tempo. De qualquer forma, isso me deixava triste. Sem perceber apesar dos poucos encontros, criei uma dependência afetiva perigosa. Tinha o número do seu celular e pensei em apagá-lo da memória, mas não conseguia.

–Então você vai sair com o Jake? –Perguntou minha mãe enquanto corrigia provas de seus alunos. Meu pai não estava em casa e sim na universidade, Jacob retornou ao seu apartamento.

–Sim mãe.

–Para onde pretendem ir?

–Não sei. Fica a critério do Jacob.

–Sabe minha filha, seu primo gosta muito de você.

–Eu também gosto dele mãe. Falando assim até parece que não tenho apresso por ele!

–Eu sei Bella, mas sinto que o sentimento que Jacob nutre por você é mais intenso do que imagina.

–Em que se baseia para tal afirmação?

–Você pode não perceber, mas quando Jacob a olha é de uma forma especial. Jamais o vi olhando para outra pessoa do jeito que olha para você.

–Mãe eu acho que o brilho nos olhos do Jake que se refere nada mais é do que o reflexo dos seus olhos. Não acha que está imaginando coisas?

–Eu acho que não. Sabe que minha intuição não falha não é mesmo, Bella?

–É, mas... Ainda que fosse verdade eu...

–Você?

–Gosto de outra pessoa. –Disse rapidamente, mas minha mãe ficou chocada do mesmo jeito. Não sei ao certo por que exteriorizei meus sentimentos não tendo certeza se realmente era apaixonada por Edward ou tudo não passava de simples atração física, mas não poderia voltar atrás.

–Sério? Quem é essa pessoa Bella? Alguém da escola? –Eu sabia que seria um erro revelar algo.

–Sim mãe. Um rapaz da escola.

–E como ele se chama?

–O nome dele é Mike, mas a senhora não o conhece. –Eu menti e não senti nada de edificante nisso.

–Nossa! Então esse Mike deve ser muito belo para apagar qualquer resquício de interesse que tenha por Jacob!

–É, ele tem suas qualidades. –Fiquei feliz por mamãe não prolongar a conversa, eu não sei até quando conseguiria mentir. Gostaria muito de compartilhar com ela os eventos maravilhosos que aconteceram, mas ela e meu pai são um pouco retrógrados quanto a relacionamentos.

Condenariam-me por ter algo com um rapaz de vida boemia. Por hora guardaria para mim mesma o ocorrido até por que como não tinha propriamente um relacionamento com Edward não valeria a pela contar sobre ele. Mais tarde, estava pronta para sair com Jacob, iríamos passear pela cidade.

–Está bonita. –Disse enquanto descia as escadas.

–Está muito bonito também, Jake. –Este ofereceu seu braço e prontamente aceitei.

–Divirtam-se! –Gritou minha mãe da cozinha. Jacob a cumprimentou com um gesto de cabeça e seguimos para a torre.

–O que acha deste quadro Bella?

–Ah Jake! Se for escolher peças decorativas para seu quarto não escolha algo tão tenebroso! –Falei divertida para ele. Havíamos jantado em um restaurante, agora fazíamos compras no shopping do local.

–O que você sugere Bella?

–Que tal aquele quadro? –Apontei para um belo quadro com lobos pintados em uma paisagem campestre. Jacob o olhou fixamente.

–É bonito. Vou levá-lo. –Jacob sorriu e logo estava próximo ao balcão. Meu celular toca nesse momento e eu já sabia, era o Edward. Estremeci. Atendi afastando-me um pouco.

–Alô?

–Quero sair com você.

–Não posso, não agora Edward!

–Por que não?

–Eu... Eu estou ocupada com uma amiga minha.

–Sua amiga? Pelo que soube o nome é Jacob e Jacob é nome masculino. A não ser que ele seja gay.

–Edward você... onde está? Está no mesmo lugar que eu? Está me observando cretino!

–Acalme-se. Eu liguei para a sua casa e sua mãe falou que tinha saído com um primo. Não imaginei que seria logo Jacob Black, um dos modelos mais famosos dos Estados Unidos.

–Edward... –Vi Jacob se aproximando. –O que você quer afinal?

–Assim que chegar em sua casa avise-me e nós iremos sair.

–O QUÊ? MAS...

–Se tiver alguma objeção Bella posso buscá-la ai onde você está. Você quer?

–Tudo bem. Tchau! –Desliguei.

–Quem era Bella?

–Era a Angela. Uma colega da escola.

–E o que ela queria há essa hora? –Seu olhar mostrava desconfiança.

–A Angela às vezes quando não tem o que fazer, me liga. –Sorri nervosamente. Ou ele acreditou ou resolveu ignorar.

–Comprou o quadro?

–Sim. Entregarão em casa. Você não parece bem Bella, está pálida.

–Impressão sua! Então... Sabe estou um pouco cansada e...

–Está bem. Vamos voltar. –Estendeu gentilmente sua mão, eu a aceitei sem hesitar. No translado fiquei pensativa. Estava cansada, mas tinha que estar bem para meu encontro com o Edward. Ainda que estivesse sem forças para andar não posso negar que estava ansiosa para encontrá-lo.

–Chegamos. –Avisou-me tirando de meu devaneio.

–Obrigada pelo passeio Jake. Eu adorei sua companhia.

–Eu é que tenho que agradecer Bella. Foi maravilhoso estar com você. –Retirei o cinto de segurança, já estava prestes a sair do carro. Ouvi Jacob murmurar meu nome.

–Bella...

–Sim? –Ao me virar estávamos a milímetros de distancia, nossas respirações mesclando-se enquanto arfava pelo nervosismo. Ele apenas beijou-me na bochecha, mas seu gesto não foi algo corriqueiro. Havia algo de diferente no beijo depositado em minha bochecha.

–Cuide-se Bella.

–Ah cla-claro! –Deixei o carro e acenei levemente para Jacob enquanto este saía da rua. Suspirei. Agora teria de estar pronta para meu encontro com Edward. Se bem que eu poderia desmarcar. Não corria mais o risco de encontrá-lo estando com o Jacob. Edward era imprevisível, talvez não fosse bom contrariá-lo.

–Mãe?

–Oi minha filha! –Mamãe à frente do notebook. –Estava fazendo um trabalho e esperando você chegar.

–Papai já dormiu?

–Sim. Ele está muito cansado por isso foi dormir cedo.

–E eu vou fazer o mesmo.

–Bella, eu pensei que me contaria como foi seu encontro com o seu primo. Deu uns beijinhos nele?

–Mãe, quê isso! Ele é meu primo!

–Seu pai é meu primo e olha no que deu!

–Prometo que conto tudo amanhã, mas estou cansada agora.

–Então vá descansar. Amanhã tem aula. Boa noite querida.

–Boa noite mãe. –Segui para meu quarto. Tomei um banho rápido e vesti algo mais simples. Dei um toque para Edward e fiquei esperando. Tão logo meu celular toca. Apenas desço pela árvore próxima a minha janela e logo avisto seu carro. Ele estava bonito, sempre conseguia ficar mais charmoso do que era. Uma camisa vermelha, calça social preta, suspensório por cima da camisa. Não estava fumando, tina algo na boca, na certa um chiclete. Sorri. Ouvira o que disse. Aproximei-me lentamente.

–Edward, você... –Ele puxou-me rapidamente pela cintura, nossos corpos colados.

–Você está muito perfumada. –Sussurrou em meu ouvido fazendo-me estremecer. –Gostei das suas vestes. –Olhou para mim deixando-me rubra. Usava agora uma blusa branca, calça preta e tênis branco.

–Então vamos logo antes que meus pais nos vejam. –Adentrei o veiculo e logo estávamos seguindo para nosso destino. Seguimos para um complexo de prédios abandonados. Estremeci. O que Edward planejava fazer?

–Chegamos. –Me encolhi na porta.

–Por que me trouxe aqui? O que vai fazer? –Olhava para ele apavorada.

–Quer mesmo saber Bella? –Olhava-me com assombro. –A verdade é que eu sou... Um vampiro!

–SE TENTAR ALGO EU O MATO! –Ele riu.

–Vamos descer. Quero mostrar algo para você. –Desci do carro. Ele pegou minha mão. Adorei nossas mãos entrelaçadas. Subimos a escada de um prédio até o terraço, era a escada de incêndio.

–Nossa, esse lugar é lindo! É como um jardim suspenso, né?

–Sim. Vem. –Ele pegou minha mão e levou-me ate um local onde pudemos deitar e olhar a linda noite que se fazia.

–Esse lugar... Como descobriu a existência dele, Edward?

–Estou acostumado com a vida pacata e solitária que Camp North me proporciona. Só venho aqui quando está próximo de algum lançamento de um livro meu. Mas odeio Los Angeles, lugares barulhentos. Então acabei encontrando esse lugar. Parece que esse conjunto habitacional faliu antes do termino de sua construção.

–Esse lugar é encantador! –Olhei de relance o local. Flores em canteiros de pedra, uma grama no piso, o cheiro de jasmins tomando conta do ambiente. Além disso, as encantadoras estrelas juntamente com a lua iluminavam o local. E ao meu lado um belo rapaz olhando perdido para a beleza do céu, esse era Edward. Um rosto plácido e formoso. Até mesmo o modo como puxava ar para os pulmões mexia comigo. Voltei meu olhar para o céu ainda deitada no cobertor que lá estava estendido na grama.

–Então... A Tanya saiu do país? –Perguntei desejando que a resposta me agradasse.

–Sim. –Ele falou plácido.

–Parece não se importar muito pelo modo como fala.

–E não me importo. Ela era apenas um passatempo. –Fechei os olhos pesadamente.

–Assim como eu sou.

–Possivelmente. –Quando eu ouvi essas palavras, eu confesso que senti uma vontade enorme de chorar.

–Gostaria de ouvir uma mentira sua, Edward.

–Abra os olhos... Bella. –Ele sussurrou em meu ouvido, ao abrir meus olhos o vi a milímetros de meu rosto. Olhava fixamente para mim. E tão logo tomou meus lábios em um beijo tão casto quanto qualquer coisa que me lembre. E mesmo quando senti seu corpo bem próximo ao meu, as mãos tateando suavemente a lateral do meu corpo enquanto nossos lábios continuavam unidos. E o que eu mais queria era me perder naqueles braços para sempre. Estava apaixonada por ele. Talvez Edward nunca saiba disso. Os beijos agora depositados em meu pescoço. Aquelas carícias deixavam-me, por incrível que pareça, mais relaxada. E logo senti o sono chegar de forma avassaladora. Tudo escurecendo ao meu redor, os cheiros do local passavam despercebidos, estava adormecendo. Adormecendo...