FANFIC - NÃO É MAIS UM ROMANCE LITERÁRIO - CAPÍTULO 20

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 20º capítulo de "Não É Mais Um Romance Literário". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.


Isabella Swan têm a sua vida transformada após conhecer o enigmático romancista Edward Cullen. O que acontecerá com a estudante ao se envolver com alguém tão misterioso?


Autora : Jacqueline Sampaio
Classificação: +18
Gêneros: Romance
Avisos: Sexo



Capítulo 20



Acordei bem. Não tinha mais nenhum resquício de mal estar. Como melhorei tão rapidamente? Era o que me perguntava. Em minha mente, um sonho estranho cujo protagonista era Edward. Sonhava que ele mostrava estar preocupado comigo, pedia perdão, beijava-me. Um sonho certamente.
Prontamente me arrumei para ir à escola. Teria prova e ainda tinha de fazer a perdida ontem. Só quando já havia chegado à escola percebi que Edward mandou-me uma mensagem. Rapidamente respondi dizendo que estava bem, visto que ele havia perguntado como estava. Nem tive tempo de conversar com Angela, pois assim que cheguei, começaram as entregas das provas a serem feitas naquele dia. Fiz as provas com calma e, como eram poucas as provas daquele dia, pedi de imediato para fazer as restantes. Não me senti sobrecarregada por fazer mais provas que os outros alunos. Angela acabou saindo antes de mim. Por esse motivo, sai da escola mais tarde do que o previsto, às seis da tarde.

–Preciso ligar para a Angela. Tenho certeza que ela deseja falar comigo. Ah! Também tenho que ligar para Jacob. Agradecê-lo e marcar o nosso jantar. –Comentei sem ter propriamente um ouvinte. Fiquei chocada ao ver a figura conhecida em frente ao portão da escola. Usava terno e gravata e, encostado no carro conversível, fumava um cigarro.

“Não pode ser!” - Caminhei silenciosa até ele. Não conseguia ver bem sua expressão visto que o mesmo usava óculos escuros. A princípio, minha expressão fora de espanto, mas à medida que me aproximava tomava uma expressão mortífera.

–O que faz aqui Edward? –Ele retirou os óculos e deu seu meio sorriso ao ver minha expressão de insatisfação.

–Boa tarde, Bella. Também é muito bom vê-la.

–Sem sarcasmo! O que faz aqui Edward?

–Dando uma volta. O local é publico, tenho todo o direito.

–É você tem razão, senhor Cullen. –Comecei a caminhar, Edward fez o mesmo andando lado a lado comigo.

–E agora Edward o que pensa que está fazendo?

–Caminhando oras!

–Ah! Então Edward Cullen quer brincar de “siga o mestre” é? Tudo bem, então pode me seguir! –Quando falo que a racionalidade abandona-me quando estou com Edward eu não falo por falar. A fim de me livrar de sua presença incomoda, segui as pressas parando em frente a uma avenida. Nem ao menos me dei o trabalho de verificar se o sinal estava vermelho ou verde para os pedestres. Atravessei despreocupada ouvindo o barulho de uma buzina e em seguida a voz de Edward gritando “cuidado”. Ao ver que um veículo se aproximava perigosamente de mim senti algo jogar-me para fora da rota do carro. Agora lá estava eu deitada no asfalto com Edward por cima de mim. O motorista seguia gritando impropérios para a minha pessoa, mas resolvi ignorar. Ele levantou-se possesso e gritou a plenos pulmões.

–ENLOUQUECEU? O QUE PENSOU COM ISSO, SUA IDIOTA? –Olhava para mim com fúria. Levantei-me e, ignorando Edward e as buzinas dos carros que exigiam passagem, passei a caminhar. Edward correu e pegou violentamente o meu braço.

–AONDE PENSA QUE VAI BELLA? ESTOU FALANDO COM VOCÊ?

–Vou para casa, senhor Cullen. Obrigada por me salvar agora se me der licença tenho mais o que fazer.

–O que fiz para você está tão nervosinha, hein? –Perguntou parado enquanto eu seguia caminhando.

–Pergunte para a sua consciência Edward. –Murmurei com descaso.

–Está assim por causa da Jessica? –Parei. Meu estômago embrulhava só de saber que daquela mulher e do que eles fizeram.

–Pouco me importa o que faz na sua vida pessoal. Não sou nada sua mesmo. –Agora ouvia novamente os passos de Edward.

–Pensei que ontem havia me perdoado.

–Ontem? –O olhei interrogativa enquanto ele mantinha o meio sorriso nos lábios.

–Não se lembra? Eu a visitei em seu quarto e você pareceu ter me perdoado pelo meu deslize.

–Não me lembro de nada disso.

–Nem mesmo do beijo que lhe dei?

Peraí? Então aquilo que vivenciei não foi um sonho? Poderia jurar que tudo fora surreal!

–Você... Foi ao meu quarto?

–Ontem eu a procurei na escola, disseram que tinha passado mal. Fui até seu quarto e depois sai.

–E o que foi fazer no meu quarto?

–Eu... –Ele parou. Por alguns instantes pareceu que havia visto um pouco de humanidade naquele ser. Cheguei a pensar que ele diria que foi ao meu encontro para me pedir desculpas... Grande engano. –Eu fui matar a saudade dos velhos tempos. Como Jessica terá de viajar a trabalho preciso garantir alguma distração. –Falou debochado. Nem sei de onde tirei forças para depositar uma sonora tapa em seu rosto. Edward olhou-me aturdido, assustado pelo meu ato. Olhei para a minha mão e as marcas de dedos que deixei em sua face alva.

–Cale-se... Seu cretino! Vá para onde estão suas mulheres e me deixe em paz! –Passei a correr, desta vez ele não me seguiu.

Suspirei ao ver o carro estacionado em frente a minha casa. Era Jacob. Definitivamente não queria que ele me visse naquele estado deplorável. Infelizmente não consegui adentrar a casa pela janela do meu quarto, Jacob estava na porta juntamente com minha mãe.

–Ah, olha a Bella! Filha! –Ela carregava sacolas, devia ter ido ao supermercado, Jacob tinha algumas sacolas na mão também.

–Oi mãe. Oi Jake. –Abri a porta e os dois entraram. Meu pai estava na cozinha. Minha mãe juntamente com Jacob colocou as compras em cima da mesa.

–Jacob veio para convidá-la para jantar. Como tinha que ir ao supermercado ele se prontificou a me ajudar.

–Veio para jantar comigo? –Olhei para Jacob e em seguida para minha mãe que havia relatado o motivo do mesmo estar ali.

–Vim sem avisar. Mas se você não estiver bem para ir tudo bem. –Ele disse com um sorriso singelo no rosto.

–Jacob eu... –Eu não poderia sair com ele, não tinha estrutura para isso. Queria dizer isso a ele, mas não me sentia a vontade para recusar o convite diante de meus pais. Ele olhava-me fixamente.

–Com licença. –Disse aos meus pais e ele seguiu para frente de casa, eu o segui.

–Aconteceu algo com você não é, Bella?

–Sim. Perdão eu não estou bem para sair. Mas fique aqui e jante conosco.

–Tudo bem. Edward Cullen fez algo com você?

–Sabe Jake, eu posso estar aborrecida por outro motivo.

–Mas é por ele que está assim certamente não é?

–Sim. Esqueça. Terminamos. –Ele me abraçou.

–Que bom. Assim você deixará de sofrer. Agora vamos entrar. –Segui para casa ainda abraçada a Jacob.

Ter Jacob por perto é sempre bom, parece que meus problemas desaparecem quando ele está ao meu lado. Mas fora inevitável pensar em Edward quando me preparava para dormir. Eu queria tirá-lo da minha cabeça, mas a ação de pensar nele era involuntária. Tentando ignorar as lembranças ruins deitei-me, sendo embalada pela chuva que surpreendentemente começou a cair com intensidade assim que Jacob saiu de casa.

“Agora tenho certeza que acabou. Foi melhor assim. Edward é muito complicado!” - Devido ao frio embrulhei-me completamente com o edredom. Ouvi um pequeno barulho na janela que fiz pouco caso. O barulho se intensificando como se algo fosse lançado de encontro ao vidro. Levantei-me acendendo a luz. Fiquei estática ao ver que a escada antes na garagem, estava em frente a minha janela. E quem subia por ela era Edward. Abri a janela enraivecida.

–SEU IDIOTA! O QUE ESTÁ FAZENDO?

–Boa noite para você também Bella. Estou tentando me proteger dessa chuva torrencial. Você não vai me negar abrigo no seu quarto, não é? –Lá estava Edward quase alcançando minha janela através da escada com a roupa ensopada devido à chuva que caia. Uma visão tentadora! Mas isso não foi o suficiente para deixar tudo o que fez para mim de lado. O olhei com um sorriso demoníaco no rosto para logo depois jogar a escada com Edward nela no chão. Juro que me segurei para não soltar uma enorme gargalhada com a cena!

–Boa noite, senhor Cullen! –Fechei a janela voltando para a cama. Sorri satisfeita com minha atitude. O que Edward pensava? Por que veio até mim depois dos impropérios que disse? Não queria saber! Durante meia hora fiquei tentando conciliar o sono, mas não consegui.

“Ele já deve ter ido embora.” - Pensava. Levantei-me a fim de dar fim a minha curiosidade. Fiquei abismada ao vê-lo ainda deitado em meio aquela chuva.

“MEU DEUS ELE AINDA ESTÁ CAÍDO! Será que se feriu?” - Estava desnorteada! Não tinha ideia de como Edward estava, mas para ainda estar caído no chão em meio aquela chuva, significava que deveria estar machucado. Abri a janela e desci pela árvore próxima a minha janela. Aflita eu me aproximei de Edward. Ajoelhei-me ficando bem próxima de seu rosto.

–Edward, acorda! Meu Deus será que bateu a cabeça na queda? Edward! –Ele abriu os olhos com um sorriso maroto na face puxando-me e ficando acima de mim.

–Achou que tivesse morrido Bella? –Agora ele não era o único incrivelmente molhado, eu também estava em meio à tempestade.

–SEU IDIOTA FINGIDO! –Tentei empurrá-lo, mas Edward era forte e continuei em baixo daquele corpanzil magnífico.

–Se preocupou comigo,meu amor? Quanta gentileza! –Olhava-me fixamente aproximando perigosamente seus lábios molhados dos meus. Nem ao menos conseguia sentir frio, pois o calor do corpo de Edward me aquecia.

–Babaca! Agora eu estou ensopada por sua causa! Sai de cima de mim! Tenho que voltar para o quarto agora!

–Não você não vai. Temos contas a acertar!

–Não temos não. Acabou Edward!

–Só vai acabar quando eu quiser! –Ele dizia autoritário.

–Com certeza! Acha que manda em mim? Se toca! Agora saia eu tenho mais o q... –Ele beijou-me sem pedir licença e eu fiquei fraca demais para impedi-lo de continuar me beijando. Aquilo tudo era excitante! Nós, em meio à chuva, beijando-se loucamente. As mãos quentes e firmes de Edward passeando pela lateral do meu corpo enquanto eu acariciava suas costas. Senti uma necessidade extrema de retirar o paletó de Edward e deixá-lo retirar minha camisola, mas me contive. Consegui em fim afastá-lo.

–Pára Edward!

–Por quê? Está gostando, não é?

–Nós acabamos, lembra-se? Eu não vou mais voltar com você depois de tudo o que tem...

–Perdão. –Ele disse. Uma única palavra falada de forma simples. E os olhos claros fixos nos meus. Ficamos ali, recebendo as gotas de chuva sem trocar uma única palavra, apenas nos olhávamos. Sua boca disse “perdão”, mas seus olhos diziam algo mais. –E então, Bella? Vai ficar ai me olhando ou vai dizer algo?

–O que quer que eu diga? Acha que pedir perdão é o suficiente? Eu fiquei muito magoada por você dormir com outra mulher.

–Não deveria ficar por isso. Eu sou homem, não posso passar tanto tempo sem mulher. Já que você não está pronta para ser minha completamente, eu terei que arranjar quem possa.

–Você é desprezível, sabia?

–Eu sei. Deve ser por isso que você é louca por mim. –Aquele sorriso que tanto detestava em seus lábios. Suspirei.

–Eu não gosto disso.

–Não gosta do que, minha Bella? –Ele aproximou-se de meu pescoço beijando-o.

–De você com essa conversa. Eu não vou aceitar isso! Não sou como as outras que aceitam dividi-lo. Por isso...

–Quer que eu seja apenas seu. É isso?

–É CLARO! Gostaria de me dividir com outra pessoa?

–Acho que não. Se for assim, você também terá que se sacrificar.

–Como assim me sacrificar?

–Não gostaria de dividi-la com Jacob Black.

–Deixa de ser bobo. O Jake é meu primo!

–Mas caso ele queira algo mais, é bom não ceder para ele.

–Edward, se não parar de falar bobagens, vai se arrepender!

–Então acabamos com a briga idiota? –Ele perguntou.

–Sim. –Falei mostrando falso aborrecimento, Edward sorriu.

–Agora posso beijá-la. –Ele aproximou-se.

–ESPERA! –O empurrei.

–O que foi?

–Vamos acabar doentes desse jeito! Tenho que mudar essas roupas, vestir roupas secas. Vamos para o meu quarto.

–Nossa Bella. Mal reatarmos e já está convidando-me para o seu quarto?

–Pára de deboche! Vem logo! –Depositamos a escada na janela por onde entramos. Estávamos encharcados. Só depois percebi que minha camisola estava um pouco transparente. Edward sorria, enquanto eu corria para o banheiro pegando um roupão. Peguei outro no armário para Edward.

–Toma. Vou tomar um banho e você pode tirar as roupas molhadas e vestir o roupão. E nem tente me espiar, seu tarado!

–Pode deixar. –Adentrei o banheiro e tomei rapidamente um banho. Havia pegado outro pijama para mim e após o banho o vesti. Peguei um susto ao ver Edward bem em frente à porta do banheiro.

–AI! QUE SUSTO!

–Desculpe! Não sabia que era tão sensível, senhorita Swan. –Segurou meu queixo. –Agora eu tomarei um banho. É melhor arrumar algo para que eu vista assim que sair, caso o contrário terei de ficar nu enquanto minhas roupas secam. –Ele entrou no banheiro.

–Folgado. –Murmurei pegando suas roupas. Saí lentamente do quarto, meus pais dormindo. Coloquei suas roupas molhadas atrás da geladeira para secar e entrei calmamente no quarto de meus pais.

“Estão dormindo.” - Passei pela cama de meus pais e consegui abrir o closet sem fazer barulho. Peguei um pijama de meu pai de seda vermelho e sai rapidamente do quarto.

Segui para o banheiro, tinha que deixar a roupa para que Edward vestisse. Entrei no banheiro e então eu o vi. O box do banheiro era completamente transparente e pude ver nitidamente Edward nu banhando-se com graça. Ele estava de costas por isso não me viu. Mesmo querendo sair o quanto antes não consegui. Aquela visão era magnífica. Estava hipnotizada por aquele corpo tão belo.

–Vai ficar ai me olhando? Não acho justo você me ver nu e eu não poder fazer o mesmo. –Ele se virou e experimentei ficar tão rubra quanto um rubi.

–DES-DESCULPE! –Deixei rapidamente o pijama em cima da bancada e sai. Estava embasbacada! Nem sei como olharia para Edward depois de tê-lo visto nu. O pior é que com a chuva ele não teria como ir para casa, ainda mais vestida apenas com um pijama. Depois de mais dez minutos ele saiu. Nem conseguia olhar para a cara dele.

–O que foi? Que cara de enterro é essa?

–Nada não Edward. Então... Eu vou ajeitar um colchonete para você no chão.

–Sério? Pensei que me convidaria para deitar ao seu lado.

–NEM PENSAR! –Fui ao meu armário e procurei pelo colchonete, mas nada encontrei. –Droga deve estar no quarto dos meus pais. Consegui entrar lá e pegar um pijama do meu pai sem ser vista, mas não sei se consigo essa proeza novamente.

–Não precisa. Eu deito aqui no chão. –Eu o vi se ajeitar prontamente no chão.

–Edward, claro que não deixarei você dormir no chão duro! Vai pode deitar comigo, mas se fizer algo...

–Relaxa! Não sou esse tipo de homem. Prefiro esperar pelo dia em que implorará pelo meu toque. –O sorriso sarcástico nos lábios.

–Vai esperando, seu idiota! –Desliguei a luz do quarto e fui me deitar. Edward deitou em seguida. Deitamos de lado, de costas para o outro.

–Desculpe por ter entrado de repente no banheiro.

–Tudo bem. Foi bem excitante vê-la me vendo nu com os olhos cheios de desejo.

–Você só diz obscenidades Edward.

–Eu não digo obscenidades, apenas sou realista. Onde estão minhas roupas?

–Eu coloquei atrás da geladeira para secar. Amanhã você precisa sair cedo. Se meus pais soubessem que...

–Saio bem cedo. –Ficamos calados. Ah era tão bom sentir o meu corpo colado àquelas costas quentinhas!

–Edward...

–Hum...

–Desculpa pelo tapa, MAS VOCÊ MERECEU!

–Esse é o pedido e desculpas mais estranho que recebi. –Novamente o silêncio predominou no quarto. Comecei a tremer, o frio se intensificando.

–Esta com frio? –Ele perguntou.

–Um pouco, mas passa. –Ele virou-se e puxou-me para seus braços. Eu de costas para ele, enquanto me abraçava.

–EDWARD! 

–Não fique aborrecida. Assim não sentiremos frio. Não estou com segundas intenções nem nada. –Os olhos já fechados, ele devia estar cansado. Virei-me e o abracei desejando permanecer em seus braços para o resto de meus dias.




Continua...


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