FANFIC - "ADORÁVEL PRISIONEIRA" - CAPÍTULO 08

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8. Eu acho que assustei o pobre soldado.
Aconcheguei-me contra seu corpo e sorri, fechando os olhos, mas não sem antes suspirar pelo beijo que ainda esquentava meu corpo e que apesar do que Tânia planejava, ele ainda estava comigo.
Abri os olhos na manhã seguinte e sorri, o bárbaro me abraçava contra seu corpo e suspirei alegremente, era tão agradável ficar entre seus braços, tão aconchegante, era como estar em casa, não, era diferente, ou talvez Volturi nunca fosse minha casa no final das contas.
Levantei a cabeça e ele ressonava tranquilamente, timidamente passei as pontas dos dedos por seu rosto bonito, tão diferente quando dormindo, tranquilo e nada irritante.
Minha mão desceu para seu glorioso peito nu, sua pele quente contra meus dedos, seus pêlos fizeram cócegas e apoiei a mão contra sua pele, onde seu coração batia lentamente.
Ele se mexeu e abaixei a mão rapidamente, seus olhos tremeram e ele os abriu devagar um sorriso lento e preguiçoso espalhou por seus lábios, foi impossível não sorrir de volta. Sua mão grande veio para minha bochecha e roçou o polegar com delicadeza.
– Bom dia minha lady.
– Bom dia meu senhor.
– Nada de senhor, sou Edward.
– Sim, Edward. – ele sorriu abertamente e colou os lábios em minha testa, ficou alguns segundos com a boca em minha pele e suspirei, voltando a tocar seu coração, ele se afastou de repente e me soltou se levantando.
– Hmmm, está com fome? – murmurou de costas pra mim e sorri.
– Oh, claro. Posso comer no salão? – ele se virou para mim sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos.
– Claro, aproveito e lhe apresento Emmett.
– Esplêndido. – ele foi até seu baú e pegou uma túnica, e me sentei, só agora notei que estava usando a camisa de dormir, ele havia me despido a noite?
Bem com certeza devia ter feito. Enrubesci com o pensamento, mas decidi ignorá-lo. Isso me fez lembrar do ocorrido de ontem, de Tânia em sua cama, de como ela parecia muito a vontade na sua cama.
Não, eu não devia pensar nisso, ele não queria nada comigo. Como ele havia deixado bem claro, eu não o interessava para noiva, e como eu ainda tinha minha honra, ele não iria me tocar. Ele tinha Tânia para isso. Engolindo minha amargura e me levantei, achei o vestido jogado sobre uma cadeira, o peguei e me vesti apressadamente, fui até a jarra de água que estava sobre uma pequena mesa junto com uma travessa de barro, joguei a água dentro e lavei o rosto, desfiz a minha trança e passei os dedos pelo cabelo para ajeitá-los.
Refiz a minha trança e me virei para o bárbaro, iria pedir que me levasse ao salão, pois estava faminta, mas me surpreendi ao vê-lo me encarando, meu rosto avermelhou-se e mordi o lábio.
– Senhor? – ele piscou e tossiu e estendeu a mão para mim em seguida.
– Vamos? – sua voz soou um pouco séria e confusa assenti. Segurei sua mão, onde ele nos guiou para fora do quarto e fomos em silencio para o salão.
Ao chegarmos lá não havia muitas pessoas comendo, o sol já estava alto, então devia ser um pouco tarde. Como na noite anterior ele me guiou para a mesa grande e me indicou a cadeira ao seu lado, criados trouxeram pães, queijo, e algumas frutas.
– Assim que terminarmos a levarei para conhecer os arredores de Masen, e Emmett também.
– Está bem. – concordei e comi. Eu estava um pouco ansiosa, ele continuava sério, muito mais sério que o normal, e isso me oprimia.


O que havia de errado? Talvez algo o incomodasse, algum problema talvez, possivelmente Tânia e seu péssimo habito de deitar nua em camas alheias, ou talvez estivesse irritado por que fugi... Não com certeza estava irritado com Tânia.
Tentei prestar atenção na minha comida, já que o bárbaro parecia nem me notar, os problemas com Tânia deviam estar o deixando louco, e não é como se eu queria que ele me notasse, eu definitivamente nem me importava com sua pessoa. Sim isso mesmo, quem ligava para esse bárbaro grosseiro... Hunf bufei irritada, se ele não queria minha companhia por causa dos seus problemas, não deveria ter me convidado para comer, mas já que convidou, era seu dever me entreter, ele devia ser mais gentil com uma lady. De ansiosa eu estava rapidamente começando a ficar irritada.
– Vamos. – ele chamou se levantando e eu ainda estava comendo um pedaço de queijo, o ignorei e continuei comendo. - Minha lady? – chamou novamente, bufei empinando o queixo e pisquei os olhos inocentemente.
– Sim meu senhor? – ele esfregou uma mão no rosto.
– Vamos agora.
– Ainda estou comendo. – resmunguei estreitando os olhos e ele arqueou uma sobrancelha.
– Vai demorar? – olhei para o minúsculo pedaço de queijo na minha mão, e sorri e quebrei no meio e coloquei na boca mastigando lentamente, ele sorriu e voltou a se sentar.
– Parece que vai demorar. – murmurou coçando o queixo e quebrei meu queijo em mais um pedaço minúsculo, era praticamente uma migalha e mal tamparia o buraco do dente, mas mesmo assim o coloquei na boca sorrindo muito satisfeita comigo mesma.
De repente ele gargalhou e pulei me assustando. O olhei com curiosidade e ele seguia rindo e balançando a cabeça, fiz um bico e estreitei os olhos.
– Por que ri?
– Por que, minha lady, você é a mocinha mais... – ele negou com a cabeça e franzi o nariz.
– Mais o que?
– Adorável, que já conheci. – falou sorrindo e meu rosto enrubesceu, como sempre, e ele sorriu mais amplamente.
– Oh... hmmm obrigada meu senhor.
– Não foi um elogio minha lady.
– Mas adorável, é um elogio, e um muito doce.
– Não se tratando de você. – meus olhos se estreitaram.
– O que o senhor está insinuando?
– Que é a mocinha mais obstinada que já conheci.
– Hunf, e o que isso quer dizer? – empinei o queixo e ele somente sorriu e se levantou.
– Quer dizer, que ou minha lady coma logo e venha de boa vontade para fora ou ira sobre meus ombros. – estreitei os olhos.
– E qual a terceira opção? – ele sorriu largamente.
– Bem, a terceira opção inclui nós dois e minha cama. – meus olhos se arregalaram e enfiei o que restava do queijo na boca. Me levantando em um pulo, ele sorriu e se levantou também esticando a mão para mim.
Com uma carranca peguei sua mão e com o máximo de dignidade possível o segui para fora do salão.
O bárbaro atrevido me levou para fora e sorri, estava um dia muito agradável, um sol fraco aparecia entre as nuvens e não ventava muito, muitos aldeões andavam de um lado para o outro e soldados se exercitavam, o bárbaro caminhou comigo, cumprimentado as pessoas com educação e não pude deixar de notar outras diferenças entre Masen e Volturi.
Pra começar em Volturi, nunca tinha aldeões caminhando pelos arredores do castelo, da janela do quarto, eu só via os soldados treinando. Aqui as crianças brincavam correndo e rindo, as mulheres andavam com trouxas de roupas, com certeza em direção a algum rio para lavá-las.
– O que pensa tanto? – o bárbaro sussurrou perto do meu ouvido e estremeci levemente.
– Hmmm, só comparando.
– Comparando o que?
– Minha antiga vida.
– Aquilo não era vida Isabella. – meu rosto entristeceu, eu não tinha como negá-lo, mas nunca o admitiria, e quando pensei em responder notei uma coisa, e não pude deixar de comentá-lo.
– Por que me chama de Isabella? – perguntei de repente e ele franziu o cenho.
– É o seu nome.
– Sim, mas podia me chamar de Marie, ou Marie Isabella, ou Volturi.
– Bem o rapaz no estábulo a chamou assim. – ele deu de ombros e sorri.
– Oh, então pode continuá-lo. – ele sorriu e abriu a boca, mas a fechou quando um homem muito alto parou a nossa frente.
– Meu senhor.
– Emmett, meu amigo. – ele bateu nas costas do homem em um gesto afetuoso e o homem sorriu.
– Queria me falar?
– Sim, sim. Se lembra de lady Isabella. – ele fez uma reverencia.
– Minha lady.
– Olá.
– Eu quero que você cuide dela. Sempre que eu não estiver por perto, é de máxima importância que você esteja. – ele assentiu, e tirei uma bolinha de pó imaginaria do vestido... pisquei de repente e olhei para o bárbaro de olhos arregalados.
– Bem, não tanta importância assim. – o bárbaro e o homem me olharam confusos.
– Claro que é de muita importância Isabella.
– Não seja exagerado, o homem não pode ficar por perto o tempo todo. – fiz um gesto de descaso com a mão.
– Mas eu quero que ele fique, se eu não estiver...
– Não. – empinei o queixo e coloquei as mãos na cintura. – Todo o tempo não.
– Isabella, você é uma prisioneira, tem que ser vigiada.
– Mas... – mordi o lábio nervosamente e vi que ele me olhava confuso.
– O que? – olhei para o soldado que nos olhava intrigado e me aproximei muito bárbaro e baixei a voz.
– Mas e se o senhor não estiver por perto na hora do banho. – os olhos do bárbaro se arregalaram e olhou feio para o soldado que ficou vermelho.
– Nem se atreva a entrar em meu quarto McCarty.
– Não meu senhor. – negou veemente e suspirei aliviada.
– Que bom que esclarecemos isso, agora o que faremos? – olhei esperançosa para o bárbaro que pigarreou e olhou para o soldado.
– Emmett, leve lady Isabella, para ver os cavalos.
– O que? Não quero ver cavalos.
– Isabella não discuta.
– Mas por que não posso ir com o senhor?
– Eu vou treinar.
– Oh, com a espada. – ele rolou os olhos.
– Exatamente Isabella.
– E posso ver?
– Hmmm... – suas sobrancelhas se uniram e ele assentiu. – Se, minha lady ficar ao lado de Emmett o tempo todo.
– Oh ficarei quietinha. – ele suspirou pesadamente e pegou minha mão e me levou para onde os outros soldados praticavam, havia um bom pedaço de terra aonde os olhos lutavam entre si.
O bárbaro me levou até um banco não muito longe e me empurrou a sentar, me deu um ultimo olhar e foi para junto dos outros, olhei para meu novo guarda e acenei alegremente, ele franziu o cenho e acenou de volta.
Voltei a olhar para onde o bárbaro foi e meus olhos se arregalaram ao vê-lo sem túnica, suas costas nuas impressionante estavam viradas para mim e meu rosto avermelhou-se profundamente.
Tentei desviar os olhos, mas ouve um grunhido e o bárbaro ia com fúria contra um pobre homem que parecia com medo de seus golpes. O bárbaro brandia a espada e não pude deixar de notar como ele era um guerreiro impressionante.
Tão alto e forte, e lutando era ágil como um gato, o pobre homem não tinha chance contra ele. Eles continuaram lutando, com meu bárbaro sempre levando a melhor e sorri. Era bom saber que ele estava ganhando, se eu precisasse de defesa sabia muito bem a quem recorrer.
Dei olhada para o soldado... hmmm Emmett, como o bárbaro o chamou e ele olhava para onde os homens lutavam, ele parecia muito concentrado e comemorou quando o bárbaro derrubou a espada do outro homem.
Ele deviam ser grandes amigos, já que meu bárbaro o chamava pelo nome e sempre sorria quando o via, se bem que o bárbaro sorria o tempo todo. Olhei mais atentamente a Emmett e sorri abertamente, uma idéia me surgindo a mente, ele me notou o olhando e moveu de um pé para o outro um pouco nervoso.
– Então, Emmett não é? – falei por fim e ele pigarreou assentindo.
– Sim minha lady.
– Não precisa disso, me chame Isabella.
– Não é correto minha lady. – rolei os olhos.
– Mas eu posso te chamar de Emmett?
– Se minha lady desejar.
– Esplêndido, então conhece o bar... Edward há muito tempo?
– Sim minha lady.
– Lutaram juntos, é verdade?
– Sim minha lady. – bufei o homem parecia um papagaio só dizia a mesma coisa. Irritada ergui o queixo e perguntei o que estava me coçando para saber.
– Conte-me Emmett, quem foi à primeira esposa do bárbaro? – os olhos do soldado se arregalaram.
Eu acho que assustei o pobre soldado.

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