FANFIC - MAD TEMPTATION - CAPÍTULO 25!


Olá Flores!!! Hoje vamos curtir o 25° capítulo de "Mad Temptation". Quer acompanhar a história desde o início? Clique aqui.



Capítulo Vinte e Cinco
Edward Pov
Merda. Tai uma coisa que eu odiava. Sair do conforto da minha casa, da minha cama, abandonar o corpo da minha gostosa para resolver assuntos desagradáveis. Aliás, dizer que era desagradável era até simpático da minha parte. Qualquer contato com Irina me deixava profundamente irritado. Eu só não digo que me arrependo de tê-la conhecido por causa do meu filho, que é tudo o que tenho. Aliás... agora eu tenho Bella também. Diabinha... estava me levando a atos insanos e sentimentos cruéis, como ciúmes. Eu que critiquei tanto Irina por causa disso agora me pegava me rasgando de ciúmes simplesmente por ver minha quase esposa de conversinha com meu filho, que por sinal era seu ex namorado. Argh.... sentimento chato, estúpido.
Eu confiava nela e mais ainda... confiava no meu taco. Sabia que ela era minha e de mais ninguém. Mas vai dizer isso para aquele órgão desmiolado e insensato que bate dentro do peito? Quem disse que entende? Hoje eu até consegui disfarçar muito bem. Mas somente depois de pegá-la de jeito no banheiro eu consegui me acalmar. Sentir que ela se desmanchava e se entregava completamente a mim, deixava-me imensamente mais tranquilo.
Mas agora eu não podia me dar ao luxo de ficar apenas pensando em Bella. Tinha aquele estorvo para enfrentar. Céus...como Irina teve coragem para fazer isso? Se bem que eu tinha minha parcela de culpa. Em que mundo eu estava que não vi o que estava acontecendo? Porra... burrice minha. Se Riley preferiu morar comigo eu não tinha nada que deixar os bens dele sob a guarda de Irina. Eu deveria cuidar dos interesses dele. Quanta bobeira, meu Deus.
Mas agora nada adiantaria ficar lamentando o que não fiz. Já tinha conversado com meu advogado e agora só me restava falar com Irina. Cansei de ser bonzinho e bobinho, como dizia o Emmett. Agora Irina iria receber exatamente o valor que foi estipulado no ato do nosso divórcio, nem uma aspirina a mais. Se quisesse um alto padrão de vida teria que ralar, trabalhar muito ou encontrar outro marido rico e palhaço.
Eu não iria ceder um milímetro, mesmo que tivesse ânsia em resolver essa situação sem me desgastar. Queria ter a cabeça fresca para pensar no meu casamento com Bella.
Suspirei e apoiei meu braço na janela do carro, mordendo a ponta dos dedos nervosamente. Sei que ela está nova ainda e que o correto seria esperar que terminasse sua faculdade. Mas paciência nunca foi uma das minhas qualidades. Eu estava amando demais essa garota e não via motivos para esperar mais. Quem diria... o Senhor Cullen completamente de quatro por uma adolescente. Pensar na palavra senhor me fez estremecer. Me fazia lembrar dela e daqueles lábios carnudos gemendo meu nome desse jeito.
–Saco...
Praguejei novamente, frustrado por não poder tê-la agora. E ainda havia meu filho... tão perdido no meio desse tiroteio todo. Era um garoto maravilhoso e só se perdeu por causa da conversa fiada da mãe. No fundo eu sempre soube que ele desejava que sua mãe e eu voltássemos. Não o recriminava, era desejo de todo filho ver seus pais juntos. Entretanto eu pensei que ele entenderia meus motivos para não querer voltar para Irina, além é claro, da falta de amor.
Pensando bem ele passou por uma fase difícil. Por mais que não amasse a Bella, não era fácil ver seu pai entrar na jogada e tirar sua namorada. Porque desde a primeira vez que conversamos eu deixei claro que estava entrando pra ganhar.
Vamos admitir que dei um tiro no escuro. E se Bella fosse como aquelas outras desmioladas que Riley vivia curtindo? Felizmente meu feeling para mulheres não me deixava na mão... errei apenas com Irina.
Estacionei o carro em frente ao luxuoso prédio onde ficava o escritório de Nícolas, meu advogado.
Subi até o nono andar e passei pela secretária que como sempre me olhou de cima a baixo. Ela já sabia, óbvio, que Nícolas esperava por mim portanto nem me dei ao trabalho de dizer qualquer coisa. Além do mais com certeza ela iria se insinuar pra mim como fez das outras vezes, e eu não estava com a mínima paciência pra isso. Dei três batidas rápidas na porta e entrei assim que ele respondeu.
–E ai Edward? Que situação é essa hein?


–Nem me fale Nic. Estou muito puto com isso.
–E não é sem motivo não é? Sabe-se lá a quanto tempo você vem sustentando um homem?
Fiquei olhando pra ele sentindo-me mais idiota do que nunca. Eu ainda não tinha pensado por esse lado. Enquanto Irina se esbaldava com outro homem, e isso não me incomodava nem um pouco, eu estava lá bancando todas as despesas. Isso sim me incomodou. Caralho... fui um frouxo.
Olhando minha cara de otário Nícolas deu uma risadinha.
–Ainda não tinha pensando por esse ângulo não é?
–Confesso que não.
–Mas deixe. Já avaliei todas as informações que me passou. Verifiquei todas as contas e te digo com toda certeza: ela está bem mais que falida. Não tem dinheiro para comprar uma calcinha furada num brechó.
–Porra... está assim?
–Ela meteu os pés pelas mãos Edward. Além de provavelmente ter dado senha de banco, deve ter dado alguma procuração pra ele. A única coisa que ela tem é: dívida.
Peguei os papeis que ele me estendia e meu queixo caiu. O que tanto aquela porra de mulher gastava que a fatura do cartão de crédito estava nas alturas? Como pode ser tão fútil?
–Eu pensei que você monitorasse isso Edward.
–Admito que no começo sim, mas depois...
Dei de ombros. Logo após nosso divórcio eu comecei a monitorar as contas dos dois pelo Home Banking, mas como estava tudo sempre dentro dos conformes, eu acabei deixando de lado. Droga... e foi ai que pequei. Agora tinha um rombo do tamanho do mundo no cartão de crédito, não tinha mais apartamento, conta bancária zerada...
–E o carro?
–Ao que parece foi vendido. Já está em nome de outra pessoa.
Conferi os outros papéis e balancei a cabeça.
–Consegui o telefone da nova dona do carro. Aqui está.
“Alice Brandon – empresária”.
–Preciso falar com essa mulher. Descobrir se houve alguma tramoia na venda desse carro ou se Irina foi apenas burra mesmo.
–Eu aposto na segunda opção.
–Bom... eu vou lá enfrentar a onça agora. Sei que vai bater o pé, mas já passou da hora de Irina crescer e se virar sozinha.
–Qualquer coisa que precisar é só me ligar.
–Obrigado Nic.
–E Edward?
–Sim?
–Nada de ceder cara. Você é mão aberta demais. Sei que talvez pra se livrar você acabará cedendo mais do que ela merece. Pense bem.
–Farei isso.
Nícolas estava certo. Ele me conhecia muito bem afinal éramos amigos de longa data. Eu poderia mesmo fazer uma cagada dessas.
Sai do escritório e fui direto para o apartamento que um dia foi de Irina. Os novos compradores ainda foram gentis e deram um tempo até que ela saísse de lá. Nem liguei para avisar que estava indo ou ela poderia fugir. Mas sei que estaria em casa, afinal não tinha dinheiro para gastar com besteiras.
Não precisei ser anunciado, óbvio. Mulher burra, como pode perder aquela cobertura magnífica? Onde estava com a merda da cabeça quando fez sei lá que burrada? Se é que aquela mula tinha algo dentro do cérebro. Começava a desconfiar que não.
Toquei a campainha e esperei. Nada. Toquei mais uma vez e nada. Por fim, descansei meu dedo na campainha, deixando-a berrar até que ouvi passos e a porta foi finalmente aberta. A figura que surgiu diante de meus olhos nem de longe se parecia com aquela Irina cheia de si e que mais parecia uma Barbie. Estava descabelada, descalça e com um copo de alguma bebida na mão, provavelmente uísque. Arregalou os olhos e quis fechar a porta.
–Hei... é assim que trata seu ex marido?
Falei já empurrando a porta e entrando, passando a chave em seguida.
–O que quer aqui maldito?
–Ah... agora eu sou maldito? O que foi? Deu pra beber a essa hora do dia?
–Não é da sua conta. Fale logo o que quer. Veio rir da minha cara?
–Não costumo pisar em cachorro morto Irina.
–Então veio matar a saudade?
Ela falou e levou a mão ao meu peito. Mão que eu afastei e apertei fazendo-a gemer.
–Está... me machucando.
–Então tire essas patinhas de mim. Eu queria muito, mas muito mesmo dar umas belas porradas em você pra ver se cria juízo e toma vergonha nessa cara.
–Olha só quem está falando... o pedófilo.
–CALE ESSA MERDA DE BOCA E NÃO COLOQUE A MINHA MULHER NESSA CONVERSA.
Eu gritei, os olhos faiscando de ódio, arrancando o copo da mão dela e jogando-o contra a parede. Segurei-a pelos dois braços olhando em seu rosto que agora estava totalmente tomado pelo pânico.
–BICHA BURRA! QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA? ACHOU MESMO QUE EU NÃO IRIA DESCOBRIR TODA ESSA PALHAÇADA?
–EU NÃO TIVE CULPA OK? ELE ME ENGANOU.
Joguei-a no sofá de qualquer jeito e me afastei passando a mãos pelos cabelos.
–Quem é ele?
–Não interessa.
Dei um soco na mesa e ela pulou de susto.
–QUEM. É. ELE?
A louca, maluca ainda deu um sorriso cínico.
–Está com ciúme amor?
Fechei os olhos e contei ate vinte. Precisaria de toda minha paciência senão a força falaria mais alto e eu iria acabar espancando-a.
–Diga-me... o que você fez?
–Eu... eu...
–Sem gracinhas Irina. Não sabe a vontade que estou de matar você. Saber que deixou nosso filho sem nada não envergonha você?
Ela deu de ombros.
–Você não o deixaria na mão.
–Vadia...
Fechei minhas mãos em punho, mas me lembrei a tempo que eu não batia em mulher, embora ela merecesse.
–Diga logo o que você fez sua estúpida.
–Eu... eu nunca soube muito bem lidar com contas Edward. Você sabe disso. Então o meu namorado se ofereceu para cuidar dos meus negócios.
–E como exatamente ele estava cuidando?
–Eu dei minha senha e meus cartões pra ele.
Balancei a cabeça novamente, abismado com tamanha burrice.
–E o que mais? Assinou alguma coisa?
–Sim.
Deixei meu corpo cair no sofá, cansado mentalmente. Então nem tinha mais o que fazer. A idiota assinou uma procuração. O cara devia ser bom de pica mesmo viu? Pra fazer essa imbecil abrir tudo pra ele... literalmente.
–E o que pretende fazer dessa sua merda de vida agora? Porque até onde sei não tem um tostão furado.
Ela se ajeitou, passando a mão na cabeleira loira e cruzou as pernas. Rolei os olhos... como se isso fosse me seduzir. Não seduziu antes iria agora que tenho a mulher das mulheres comigo? Aliás... pensando nela... precisava voltar pra ela o quanto antes.
–Você não vai me ajudar Edward?
Eu ri alto jogando minha cabeça pra trás.
–Foi piada? Conta outra.
–Edward... eu vou ficar sem dinheiro... não tenho nem pra comer.
–Ah... pra beber uísque você tem.
–Esse já estava aqui. Por favor Edward... me ajude... eu juro que..
–Não jure. Eu não acredito em nada do que disser. Quanto ao nosso filho, que você nem perguntou, eu irei ajudá-lo, óbvio. Novo apartamento, novo cartão, nova conta bancária. Tudo monitorado por mim. Você não ouse pedir um centavo a ele.
–MAS E EU?
Ela berrou. Como se isso fosse da minha conta.
–Você irá receber a pensão que o juiz estipulou quando nos separamos.
–VOCÊ FICOU DOIDO? AQUILO NÃO PAGA NEM MEU CABELEIREIRO.
–Vá no salão da esquina, numa barbearia ou lave o cabelo com sabão, mas vai ter que conviver com esse dinheiro. E deveria ficar satisfeita com isso. Sabe muito bem que posso provar suas palhaçadas e dai... não irá receber nem pro pão com café.
Eu me levantei. Quer saber? Eu nem se o que estava fazendo aqui.
–Só me responda uma coisa: quando você quis voltar pra mim... você já sabia que estava falida?
–Eu... eu desconfiava.
Encarei bem os olhos grandes que um dia acreditei que me olhavam com amor. Não consegui mais sentir raiva, nojo ou pena. Estava vazio... exatamente como a mulher à minha frente. Em momento algum perguntou sobre o nosso filho.
–Já imaginava que você não valia nada. Olhe... você já levou o resto de paciência que eu tinha. Eu só lhe digo uma coisa Irina... não cruze meu caminho ou da Bella novamente. Garanto a você que dessa vez não será Rosalie quem irá lhe espancar.
Virei-me para sair, mas ela me segurou pelo braço.
–Edward.. me ajude...
–Solta...
Seus lábios tremiam falsamente. Meu Deus... que mulher ordinária. Não se cansava nunca.
Mas de repente, olhando para aquela cara lambida eu tive uma ideia. Irina precisava aprender como era a vida. Sempre teve tudo do bom e do melhor, tanto com os pais quanto comigo. Nunca precisou saber o que era acordar cedo e sair para o trabalho. Nunca soube o que era perder horário de almoço por causa de muito serviço. Ela só sabia gastar o dinheiro que entrava em sua conta com facilidade. Mas eu acredito que nunca é tarde para aprender.
Girei meu corpo lentamente, tentando não rir.
–Eu posso até pagar essa conta do seu cartão e deixá-la livre de dívidas.
–Em troca?
Ela perguntou desconfiada. Acho que conhecia muito bem para saber que eu não seria tão bonzinho depois de tudo isso.
–Você irá trabalhar, é claro.
–Trabalhar? Mas...
–Isso Irina. Trabalhar é o que todas as pessoas fazem para sobreviver sabia? Ninguém tem uma árvore de dinheiro no fundo do quintal. É preciso ralar pra se conseguir algo na vida.
–E que espécie de trabalho seria?
–Passe lá na concessionária amanhã. Mas tem que chegar bem cedo... o tipo de trabalho exige que seja uma das primeiras a chegar.
–Você estará lá?
–Irei chegar nesse horário só pra receber você.
Ela continuou me olhando desconfiada, os braços cruzados em frente ao peito.
–O que está tramando? Que tipo de trabalho me exige chegar tão cedo?
–Se estiver lá amanhã saberá... somente depois que trabalhar pra mim irá ter suas contas pagas.
–Eu não sei o que você está planejando, mas eu preciso, então estarei lá.
–Ótimo. Humildade querida... esse é o primeiro passo. Esteja lá as seis da manhã.
–SEIS? Mas é muito cedo e...
Peguei a carteira e joguei algumas notas sobre o sofá.
–Pegue táxi, ônibus... se vire.
–Edward... olha... me desculpe. Eu não tive culpa. O Jacob me parecia tão...
Ela se calou e eu me virei pra ela novamente. Seu rosto estava vermelho e ela nitidamente procurava uma desculpa.
–Jacob? Jacob Black? Meu funcionário?
Perguntei segurando-a novamente pelos braços.
–Ande... responda.
–S...sim...não fique bravo comigo. Eu...
–EU ESTOU POUCO ME FODENDO PRA VOCÊ. ESTOU PUTO COM ELE PORQUE DE CERTA FORMA ELE ME ROUBOU.
Inspirei e soltei o ar com força, falando agora mais calmamente.
–Mas ele é tão burro quanto você. Ou acha que não tenho condições de encontrá-lo?
Sai de lá sem esperar resposta e bati a porta. Eu não valho nada mesmo. Sabia que Irina jamais iria aceitar aquele trabalho. E eu nem queria mesmo. Só queria ver como ela reagiria diante do trabalho e da necessidade de dinheiro. Dizem que a ocasião faz o ladrão não é?
A verdade é que eu não iria ficar me aborrecendo por causa de Irina. Eu iria sim mostrar as provas das suas burrices e ela iria ter que engolir a pensão quase quatro vezes mais baixa do que ela recebia.
E agora sabendo quem era seu amante as coisas começavam a clarear. Iria atrás dele no quinto dos infernos, mas ele iria me devolver tudo, centavo por centavo.
Liguei para o Nícolas e já o coloquei a par de tudo. Ele que se virasse também e colocasse um detetive na cola do Black. Ainda juntava o fato de ele ter ficado de gracinha com Bella quando ela esteve lá na primeira vez. Tinha motivo triplo para dar umas belas porradas nele.
Abri os botões da minha camisa e liguei o som do carro, talvez a música suave me ajudasse a relaxar um pouco. Já alheio aos assuntos ruins eu pensava em outra coisa, essa sim fodidamente agradável. Bella...estava indo agora pra casa dela. E hoje eu daria um jeito em nossa vida.
************
Eu estou falando.... algumas mulheres tem a capacidade de nos tirar do sério. Bella era uma delas. Eu me perguntava o que o carro do meu filho ainda estava fazendo aqui. Ha mais de três horas eu estava longe de Bella. Riley não iria apenas deixá-la em casa?
Desci do carro, marchando furiosamente até a entrada da casa já pensando em dizer umas boas verdades a ela. O fato de querer ficar numa boa com meu filho não significava que iria querer minha mulher grudada nele o tempo todo.
Toquei a campainha e quase no mesmo instante a porta foi aberta.
–Oi Edward... como está meu querido?
–Oi Renée...hum... a Bella?
–As crianças estão na sala. Pode ir até lá. Eu como sempre estou na minha vida de superstar... limpando.
Eu ri brevemente e pedi licença. Mesmo com raiva era impossível não rir diante das loucuras de Renée. Fui até a sala e parei olhando Bella e Riley concentrados no jogo de xadrez. Não precisei dizer qualquer coisa e Bella girou a cabeça, sorrindo abertamente ao me ver.
–Você voltou!
Exclamou e correu diretamente para os meus braços, pulando sobre o meu corpo. Abracei sua cintura e imediatamente colei minha boca na dela. Já tinha até me esquecido do ciúme adolescente de instantes atrás. Essa saudade absurda que sentia dela que fazia com que aquela ideia entranhasse cada vez mais em minha cabeça.
–Senti sua falta.
–Eu também pequena.
–E então? Como foi lá?
–Tenso.
Coloquei-a no chão, mas permaneci com a mão firme em sua cintura.
–Riley ficou aqui me fazendo companhia.
–Ele é bom no xadrez.
–E como. Perdi todas até agora.
Riley me olhava constrangido. Ele me conhecia. Sabia que eu deveria estar incomodado pela sua presença ali. Quer dizer... incomodado era apenas florear meus verdadeiros sentimentos.
–Foi tudo bem pai?
–Iremos conversar em casa sim?
–Eu não posso saber?
–Claro que pode Bella. Pode e vai. Ainda mais agora.
–Como assim?
Ela ergueu a cabeça e nossos olhares se encontrarem. Eu sempre perdia o foco quando olhava dentro deles. Eram tão...lascivos, luxuriantes e ao mesmo tempo tão inocentes.
–Boa tarde Edward.
Desviei meu olhar ao ouvir a voz do Charlie que entrava acompanhado por Renée.
–Boa tarde Charlie. Ah... é muito bom que estejam todos juntos.
–Mesmo? Algum comunicado? Porque sinceramente vocês me deixam perdido.
Franzi meu cenho sem entender as palavras de Charlie. Mas Renée logo tratou de explicar.
–Não ligue pro Charlie. Ele é maluco. Só porque Bella e Riley chegaram juntos ele já pensou que ela havia trocado de namorado.
PORRA! Aquilo foi como um soco no meu estômago. Só de cogitar essa ideia meu estomago embrulhava. De jeito nenhum. Ficou louco? Essa garota era minha. Inteiramente minha.
–Ah...
Foi tudo o que eu consegui dizer. Pigarreei e tratei de falar o que já estava me tirando o sono. E agora então com esses pensamentos do Charlie... era melhor jogar as palavras todas de uma vez.
–Dia treze de setembro.
Bella sorriu largamente.
–Dia do meu aniversário.
–Sim. E dia do nosso casamento.
As reações foram as mais diversas. Bella ficou pálida e estática. Riley sorriu e Renée levou a mão ao peito.
–Mas... isso é daqui a um mês Edward. Não dará tempo.
–Terá que dar Renée. A não ser que Bella não queira.
Novamente ela pulou em meus braços.
–Eu quero... quero muito...
Mas eu nem tive tempo de beijá-la. Estava preocupado com Charlie que permanecia de pé, olhos arregalados e boca escancarada. E de repente... caiu sentado no sofá, arfando.
Cacete... só faltava agora o velho enfartar.

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