FANFIC - EM NOME DO AMOR - CAPÍTULO 48

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 48° capítulo de "Em nome do Amor". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.

Back to the Past

Melany: pai... Olha! A cabeça da Maddie cabe na sua mão! Caramba! – sentados no sofá, nós dois olhávamos para a bebê abobados, apenas estudando as coisas bobinhas que fazia.

Mamãe e bebê chegaram em casa a menos de uma hora. Bella parecia disposta demais para quem tivera um bebê três dias atrás, mas nada a impedia de checar os números da Empresa nem que fossem cinco minutos. No escritório cuidava da tarefa e eu, sabendo o quanto era importante para ela, me prontifiquei a tomar conta das meninas em meio há esse tempo.

Edward: a sua já foi assim Mel – abriu um sorriso enorme.

Melany: é... Mas você não me viu dessa tamaninho né pai? – esse era o tipo de momento em que as palavras me faltavam. Engoli a respiração vendo Maddie remexer em seus olhinhos verdes em meu colo.

Edward: não filha – afirmei encarando-a. Era incrível a capacidade de Melany ser séria em situações tão constrangedoras. Parecia entender perfeitamente a gravidade da situação. Olhando-a perto de Maddie não consegui escolher qual das duas era mais encantadora. Entre elas, Melany era mais parecida com Bella do que a bebê, que mesmo não apresentando tantos traços assim ainda lembrava demasiado minhas fotos de criança – mas o papai daria tudo para poder voltar no tempo e te ver desse tamanho.

Mel se arrastou até mim e me deu um longo beijo na bochecha. Maddie choramingou em meu colo, balançando os braços.

Mel: Maddie! Não chora vai... Vamos brincar? – começou a bater palmas, tentando entreter a irmã que não dava muita bola, pelo contrário, começou a gritar. Logo fiquei de pé para acalmá-la, mas não demorou muito para Bella aparecer na sala.

Bella: quer comer Madeleine? – fez sinal com as mãos como se chamasse Maddie. Rapidamente passei a neném para ela, que se sentou no sofá e começou a alimentá-la – pegue a toalhinha pra mim Edward? – atendi prontamente seu pedido, como o súdito tão submisso que era de minha rainha.

Mel: posso mamar também mãe? – espiou a boquinha de Maddie envolvendo o seio de Bella com certa curiosidade.

Edward: eita menina... Está louca? Desse tamanhão quer mamar no peito? – Bella ria um pouco. Espirei também - se ela tivesse dentes doeria.

Bella: com certeza... – assentiu – e não Mel, você não pode mamar. Sua época já passou, fiquei um ano te dando mama no peito. Chega!

Mel: droga! – deu uma de triste - já que não posso mamar, vou comer alguma coisa na cozinha – saiu da sala correndo.

Maddie quieta, não fazia nada que não fosse sugar e apertar a mão contra a pele de sua mãe para sair mais leite. Como ela sabia exatamente como fazer sendo tão pequena? Bella parecia só ter olhos para ela, encarando-a com tanto amor que chagava a me comover. Não reclamava como minha irmã fazia com Ethan ao nascer, pelo contrário, até acariciava a mãozinha da bebê para acalmá-la. Observando a cena, fui pego de surpresa quando decidiu iniciar o dialogo que vinha me atormentando.

Bella: será que nossa filha já estaria aqui se não fosse aquela carta? – gelei com suas palavras. A carta! Esse papo pendente ainda iria dar o que falar. Era melhor meter as caras de uma vez!

Edward: talvez tenha sido a hora certa – dei de ombros e deslizei a ponta do dedo delicadamente pelo cabelo escuro de Maddie. O silêncio dominou, apenas o ruído da boquinha da bebê trabalhando era o que ecoava na sala.

Bella: foi muito nobre sua atitude. Nunca pensei que isso iria acontecer – soava tímida como nunca antes, algo que me surpreendeu novamente. Sorri envergonhado – onde conseguiu o dinheiro?

Edward: guardei já faz um tempo – não me olhava – pensei que isso fosse o certo.

Bella: mas é o certo. Caramba... Surpreendeu-me de uma maneira que, literalmente, tive um filho! – não consegui não gargalhar. Ela também acompanhou – foi muito bonito.

Edward: finalmente consegui provar que te amo de verdade? – me inclinei para beijá-la, mas acabei beijando seu cabelo.

Bella: não – respondeu finalmente me olhando – você já provou isso a muito tempo! – abriu um lindo sorriso e me beijou.

Edward: eu te amo.

Bella: eu te amo mais...

Edward: fiz isso para, um dia, quando Mel e Maddie souberem como nos conhecemos, não tenham nenhuma dúvida de que o meu maior presente foram vocês. O maior! – deitou o rosto em meu ombro, fazendo Maddie desgrudar do peito. Não demorou a abrir o berreiro.

Bella: tá bom, tá bom! Sou só sua! – voltou-se para a bebê.

Edward: qual é tampinha, divide mamãe comigo!

Bella POV

Meses Depois

Edward querendo ficar em casa e eu na Delux. Não era muito fácil conciliar nossas vontades!

Três meses após o nascimento de Maddie ficar em casa era o pior dos tormentos para mim... Mesmo distante procurei acompanhar o movimento da Empresa; Edward me mantinha informada de todos os passos que tomava, sendo ele meu substituto temporário. Ficar com as meninas era bom... Mas não ocupava todo meu tempo livre. Melany sabia se virar muito bem sem mim apesar de sua pouca idade. Sempre fora criada comigo trabalho, então, basicamente não se importava tanto assim com minha presença. Intercalando entre escola, curso de línguas e balé nem parava muito em casa. Nossa relação não se alterara em nada, seguiu forte do mesmo modo.

O grande motivo... Mesmo pequeno, era Madeleine. A menininha da casa, apesar de escandalosa quando queria, era um doce de bebê. Chorava apenas por fome, não exigia que a segurasse em determinada posição nem essas frescuras. Bastava deitar no sofá com ela por cima para que dormisse a tarde toda, me deixando livre o dia todo... À noite, quando Edward chegava, cansava-a tanto que para voltar a dormir de madrugada não custava muito. No meio tempo eu ficava lá... Olhando para o nada!

Passei a fazer ginástica para perder o peso que ganhei durante a gravidez e obtive êxito! Era o único momento em que me distanciava um pouquinho de casa... Com tudo, incluindo o tédio que sentia por ficar longe da Delux, este recesso estava me fazendo bem! O estresse se reduzira, meu humor andava distante e controlado, até com Edward as coisas estavam maravilhosas... Nosso casamento, estranhamente, não passara por nenhuma grave crise até o momento. Apenas briguinhas como “você deixou aquela droga de toalha molhada encima da cama!”. Melany, sendo a ótima filha que era, adorava olhar a irmãzinha por um tempinho para que papai e mamãe ficassem juntos. A alegria dela se completava quando estávamos felizes.

Com a ajuda de Edward comecei a passar em uma terapeuta para me ajudar a se controlar. Após o ultimo ocorrido na Delux, quando os funcionários que sempre tratei como lixo me socorreram na hora em que mais precisei, tudo o que menos queria era voltar a ser a bruxa e carrasca que percorria os corredores com um machado para cortar a cabeça de quem me olhasse torto. Busquei me acalmar, me concentrar e ter paciência... Porém, a cada diz que passava a ideia de pedir demissão da Delux se intensificava em minha mente.

Edward estava fazendo um ótimo trabalho em meu lugar, talvez sendo até melhor do que eu, uma vez que possuía uma relação maravilhosa com toda a equipe. Porque não deixa-lo onde estava? Porque não prosseguir com o clima de paz dentro da Empresa que tanto amo? Manter-me distante poderia ser o melhor... Não era isso o que Edward desejava? Que meu lugar fosse com as meninas em casa, cuidando do que precisassem? Nunca expôs sua vontade, mas lá no fundo era o que queria. O que fazer?

[...]

Bella: espera... Espera... – o empurrei brevemente, sentindo no mesmo instante um incessável desconforto por ter que desfazer nosso contato – a Melany disse boa noite?

Edward estava certo em ficar indignado e me olhar daquele jeito irritado. Parei no meio do sexo para perguntar uma coisa, aparentemente, boba e sem nexo. Compreensivo, respirou fundo encima de mim e tombou para o lado totalmente insatisfeito. Arrependi-me quando o fez, mas Melany ir dormir sem antas dizer boa noite não era um bom sinal! Por milagre Madeleine ainda não havia chorado para mamar e já passava da uma da manhã. Tentei consolá-lo, tocá-lo para não ficar bravo, mas não adiantou muito.

Edward: ela não disse boa noite... – sussurrou após um tempinho calado, deitado ao meu lado olhando para o teto. Virou-se para mim todo confuso e, de repente, preocupado – será que aconteceu alguma coisa? Ela nem jantou direito, já tomou banho e deitou.

Bella: pois é... Não é melhor ir checar? – ameacei me levantar, mas ele fora mais rápido. Ficou de pé e colocou a calça de moletom jogada perto da estante.

Edward: deixa comigo – piscou enquanto caçava o chinelo apenas com a luz do abajur acesa – daqui a pouco Maddie começar a chorar; ali é só com você que as coisas se resolvem! – referiu-se a amamentação – volto em um minuto! – saiu do quarto.

Voltei a me deitar contra o travesseiro quente e fechei os olhos. Tentei pensar em algo para agradá-lo, uma vez que não fora certo parar daquele jeito algo que, para nós, tinha tempo limitado desde a chegada da bebê. Quando voltasse iria dar um jeito de recomeçar de onde paramos... Sorri sabendo que tinha esse poder. Edward fazia o que eu queria na hora em que era mandado. Não que abusasse muito.

Edward: BELLA! BELLA! VEM AQUI! – gritos? Era Edward mesmo fazendo escândalo em plena madrugada sabendo que assim poderia despertar os berros poderosos de Maddie? Pisquei algumas vezes antes de sair da cama correndo e procurando uma roupa. Vesti a camisola jogada sobre o abajur e corri pelo corredor até a escada, onde levava ao quarto de Melany em baixo. Desci correndo até me deparar com quarto lilás totalmente claro.

Bella: o que houve? – encontrei Edward sentado ao lado de Mel na cama. Tinha uma das mãos na testa dela e a outra checando seus sinais de pulso. A pequena dormia, mas soava tanto que chegava a molhar sua blusa – meu Deus! O que está havendo?

Edward: ela está ardendo de febre! Olha... – tirou a mão cheia de suor da testa ensopada de Mel e substitui pela minha, sentindo um calor absurdo ali. Tirei a mão no mesmo momento.

Bella: pega ela. Vamos pro hospital!

[...]

Madeleine não chorou o caminho todo em sua cadeirinha, pelo contrário! Ficou caladinha apenas olhando em volta, sugando sua chupeta enquanto as atenções pairavam totalmente ao redor de sua irmã mais velha. Edward atravessou a cidade em menos de quinze minutos até o pronto socorro infantil mais próximo, tomando cuidado com a chuva que caia naquele momento. Atenta, Maddie deslizava os olhos verdes por todos os lados, talvez sentindo a tensão que pairava no ambiente.

Edward entrou na emergência com Melany nos braços enquanto eu levava Maddie ao lado. Não haveria jeito... Maddie não poderia entrar, então, um de nós iria ficar para fora.

Edward: tudo bem – assegurou segurando Mel – eu vou. Daqui a pouco vai estar tudo ok.

Bella: ok... – sussurrei quase sem voz de tão nervosa, sabendo que de nada adiantaria protestar. Edward era o único que cuidaria dela tão bem quanto eu. Eles foram e fiquei com a bebê na sala de espera. Ainda quietinha, Maddie tinha os olhos do meu rosto – não precisa ficar assim... – toquei seu rosto – daqui a pouco a Mel está bem – ajeitei-me em meu colo e beijei sua testa.

[...]

Impaciência!

Fiquei em plena agonia até Edward sair da sala da médica com um sorrisinho e Melany em seu colo. A pequena tinha expressão cansada, mas estava calma deitada no ombro do pai. O diagnóstico fora de inflamação na garganta e sinusite atacada. Agradeci por ser algo simples de solucionar, mas tive que repreendê-la por não ter dito que passava mal. Edward levou-a para a sala de medicação, uma vez que teria que tomar uma injeção contra inflamação e remédios específicos no hospital mesmo. Após isto estaria liberada.

Quando finalmente consegui me aliviar...

Bella: ah não Maddie, fica quietinha! Mamãe está com dor de cabeça... Por favor! – berros. Maddie não sabia chorar discretamente, apenas entendia a linguagem dos gritos. Era noite, devido a isto, apenas seu choro estridente ecoava na sala de espera.

Sai para dar uma volta com ela, tentando acalmá-la... Mas nada parecia distraí-la. Dar de mamar em público? Sempre achei horrível, principalmente desprovida de algo que pudesse cobrir a mim e ao bebê. Na pressa esqueci a fraldinha dela... Droga! Era fome, só poderia ser... A frauda estava limpa, nada havia de errado. Com os berros mais altos e sem saída, fui até o banheiro e dei de mamar.

Bella: mais como pode uma coisa tão pequena ser tão chata? – quando coloquei sua boca próxima a meu seio começou a sugar com intensidade extra! Os olhos verdes focados no meu rosto como se pensasse “HAHA! Atendeu minha vontade” – nos entendemos depois mocinha...

Graças a Deus Melany estava bem! Edward iria surtar quando não me visse na sala de espera, mas ok. Com certeza iria aguardar lá como o bom garoto que é... Esperei a pequena draga terminar de tomar seu leite para poder voltar ou, com certeza, havia mais choro.

“Mas que lindo bebê... Quanto tempo ela tem?”.

Olhei para frente no mesmo momento, desviando o olhar de Madeleine. Aquela voz... Não me era estranha! Assim que meus olhos pousaram sobre a figura ruiva e rechonchuda... Tive um sobressalto. Gordinha. Baixinha. Ruiva. Olhos azuis. Sardenta. Olhar triste.

Bella: meu Deus! – sussurrei pasma – é mesmo você? Isabella?

Isabella: sim, sou eu... Isabella – aproximou-se da pia me olhando confusa – eu te... Conheço? – começou a lavar as mãos.

Bella: sou... Bella. Lembra-se de mim? – até tirei Maddie do peito, ajeitando a blusa. Surpresa, comecei a fazer a bebê arrotar apenas para me distrair do impacto – há sete anos... No consultório do doutor Brawn... Nos... Confundiram.

Isabella: meu Deus! – virou-se para mim também assustada, os olhos muito abertos - Bella? A menina que... Engravidou no meu lugar? – começou a rir.

Bella: sim... Sou eu mesma – sorri também – caramba... Que mundo pequeno!

Isabella: nem acredito que seja você... – aproximou-me e me deu dois beijos – que coincidência!

Coincidência mesmo ou havia algo por trás daquele encontro do destino?