FANFIC - ROBSTEN IS UNBROKEN - CAPÍTULO 3

Olá Amores!!! Hoje vamos curtir o 3° capítulo de "Robsten Is Unbroken". Quer acompanhar a história desde o início?Clique aqui.





Capítulo 3



Kristen estava colocando suas mágoas para fora. Robert sabia que tinha agido de maneira errada ao se manter afastado da namorada no momento em que ela mais precisava dele. Porém, não tinha noção de que suas palavras a tivessem machucado tanto.


- Eu já lhe disse que me expressei de forma errada... Tinha ficado surpreso com a notícia... Me desculpe por isso. - a voz dele soou tão baixa que Kristen quase não ouviu.


- Surpreso? O bebê que perdi era seu também. O que sente, Rob? Está aliviado que ele não vai mais nascer?


A expressão de culpa que ela viu estampada no rosto dele quase lhe tirou o fôlego.


- Não diga isso! Nunca desejei nenhum mal para a criança!



Kristen não gostava de falar sobre esse assunto e antes que ela pudesse raciocinar alguma coisa, gritou:


- CALE A PORRA DESSA BOCA!


Robert avançou para cima dela e pegou-a pelos pulsos. Dobrando-lhe os braços na altura do peito, ele aproximou seu corpo ao dela. Apenas alguns centímetros separavam seus rostos.


- Não ouse me mandar calar a boca novamente, ou... - ele disse pausadamente, porém firme.


- Ou o quê? - Kisten o interrompeu.


- Ou farei isso! - ele a beijou.


Robert colou sua boca nos lábios dela. Com fúria... fome... Paixão!


Aos poucos ele foi soltando-lhe os pulsos. Uma das mãos foi subindo, passando por um seio, numa carícia breve, até pousá-la na nuca, evitando que Kristen afastasse o rosto. A outra mão escorregou para as costas, acariciando-a na pele exposta pelo decote do vestido. Mantendo-a presa ali, em seus braços.


Kristen correspondeu ao beijo com o mesmo ímpeto. Com as mãos, agora livres, ela afastou a camisa de Robert que estava desabotoada, e espalmou-as no peito dele. Sentindo o calor que emanava da pele. Suas pernas bambearam e ela precisou segurar na camisa de Robert para não cair. Kristen sentia-se vulnerável e não queria se entregar ao homem que a evitava nos últimos meses. Percebendo o que estava prestes a acontecer, ela interrompeu o beijo. Lágrimas de dor e frustração começaram a rolar pelas faces de Kristen.


- Saia dessa casa, Rob. Nunca mais quero vê-lo enquanto eu viver. - ela disse ao se afastar dele.


- Primeiro preciso que me escute, Kris. Não posso ir embora. Não agora que "acordou" depois desses três meses de dor. Não quando finalmente você voltou a se dar conta de que eu existo.


- Está bem. - ela cruzou os braços frente ao peito e declarou: - O que tem a dizer?


- Em primeiro lugar, não entendo como pode acreditar que eu estava envolvido com Nikki.


- Vá direto ao ponto, Rob.


Kristen voltou a sentar-se na cama. E Robert respirou fundo antes de começar a falar.


- Kristen, ainda estávamos lidando com a repercussão negativa daquelas fotos, mesmo quando o mundo começava a aceitar que fora tudo uma farsa para lhe prejudicar. Eu via o quanto era massacrada e o quanto aquilo ainda lhe afetava. Nas poucas vezes que saiu para ir a academia, lá estavam aqueles malditos paparazzi de prontidão. Prontos para atacá-la. Me preocupava que você pudesse fazer alguma besteira contra eles, o que só iria piorar as coisas. Então, você se isolou dentro de casa e entendi que precisava fazer isso. Era melhor mesmo sair de circulação por um tempo.


- Mas o quê isso implicaria na gravidez? - Kristen perguntou, tentando retomar o assunto principal.


- Em nada, mas minha ânsia em lhe proteger me deixara cego.


- Bastava somente o seu apoio. E isto você estava dando.


- Eu sei. Por isso decidi cancelar alguns eventos para poder ficar ao seu lado o tempo todo. Mas então, fui surpreendido com a notícia da gravidez quando voltei de Londres e logo no dia seguinte eu teria que ir para Nova York. Eu não podia faltar àquela premiere.


- Em momento algum pedi que cancelasse seus compromissos.


- E eu não estou lhe acusando disso. Apenas quero que compreenda que as palavras que lhe disse naquela noite não foram de coração. Saíram da minha mente perturbada que me consumia.


- Rob, você ficou quatro dias em Nova York e voltou do mesmo jeito que foi, senão, pior! Você nem sequer me encarava!


Robert começava a andar de um lado ao outro.


- Você também não facilitou. - Kristen abriu a boca para protestar, mas ele a impediu de falar. - Não precisa explicar. Agora entendo o que estava acontecendo, sua ação foi uma reação à minha insensibilidade. Mas eu estava muito irritado quando voltei. A viagem a Nova York não me fez bem e me senti um merda por descobrir que ainda não estava preparado para enfretar alguns questionamentos inconvenientes. A vontade que eu tinha era de socar cada um que fazia certas perguntas com outras intenções.


- Teria sido mais fácil se você me contasse como estava se sentindo, ao invés de tentar me poupar.


- Tem razão. Mas eu estraguei tudo, não é? Parecíamos dois estranhos. Não nos olhávamos e nem sequer nos falávamos.


Kristen lembrava-se muito bem daquele momento. Foram três dias de solidão e angústia, desde que ele voltara de Nova York. Com os olhos umedecidos, Robert também se lembrava nitidamente daqueles dias. Kristen não saía do quarto e ele só entrava lá à noite, quando ela já estava dormindo, ou fingia estar.


Robert parou em frente à ela e confessou:


- No fim, eu já não podia mais suportar o que estávamos fazendo um ao outro. Então decidi que era a hora de conversarmos. Nosso relacionamento estava afundando. Contudo, a maneira rude e fria com a qual eu propus uma trégua a enfureceu, e você saiu do quarto jurando que iria me abandonar. Eu corri para alcançá-la, sabendo que havia feito uma merda maior ainda. Mas você já estava no meio da escada e, quando gritei seu nome, você olhou para cima. No mesmo instante, seu pai entrou pela porta e distraiu-lhe a atenção. Foi quando você perdeu o equilíbrio e...


Kristen cobriu os olhos com a palma de uma das mãos e implorou:


- Não diga mais nada, por favor!


- Eu preciso falar, meu amor. - Robert aproximou-se da cama e se agachou diante dela, retirando-lhe as mãos do rosto. - Tenho que desabafar minha culpa! Demorei demais para acudi-la, e você perdeu o bebê! Depois disso, nunca mais consegui tirar aquela imagem da minha cabeça...


- Pensa que comigo é diferente? Eu me culpo por ter saído correndo daquela maneira.


- Esse é o ponto, Kris. Você sempre quis manter uma fachada aparentemente fria, porém seu lado emocional foi o que sempre a dominou. Eu sabia disso e deveria ter-me controlado para não gritar com você. Por isso, me culpo pelo tombo ter acontecido.


- Bem, acho que ambos tivemos culpa, mas não há nada que possamos fazer agora. A minha grande mágoa é você ter se afastado tanto depois disso e procurado consolo em uma amante.


- Deus! Nunca tive uma amante. - ele se ergueu e passou a mão pelos cabelos. -  Será que não ouviu nada do que eu disse? Preferi ficar distante de você porque achava que minha presença aqui a fazia lembrar-se do que havia acontecido e a deixava pior.


Quando aconteceu a tragédia em suas vidas e Kristen perdeu o bebê, Robert sentiu-se como se uma parte de si mesmo tivesse sido roubada. E sentindo muita culpa, achando que seria para o bem da namorada, ele procurou manter-se afastado tempo suficiente para que as coisas pudessem se arranjar naturalmente.


Kristen se levantou e parou diante da janela. De repente, ela começou a entender a extensão do seu engano e começou a chorar. Robert se aproximou, girou-a e a abraçou, ela afundou o rosto no peito acolhedor e soluçou feito uma criança. Lágrimas de alívio e paixão se mesclavam.


- Sabe do que você precisa, amor?


Ela manteve o rosto pressionado contra seu peito e apenas meneou a cabeça.


- Precisa de mim. Unidos conseguiremos superar nossa perda.


- Eu queria odiá-lo. - ela confessou com um soluço.


- E odiou saber que ainda me amava, não é? - Robert perguntou sorrindo e com ternura. E fez o que seria mais sensato...


Tomando-a no colo, ele a carregou para a cama, sabendo que fazer amor com ela nada iria resolver, não iria dar as respostas para as questões que ela colocara, não faria com que os problemas que haviam desaparecessem. Porém, ele precisava dela de uma maneira elementar e básica. Queria sentir os seus braços em torno dele, sentir suas unhas lhe arranhando as costas, sentir o seu corpo se dissolvendo sob o dele, acolhendo-o num abraço, dando-lhe a sensação de ser eterno...


Robert a beijou até que os soluços se acalmassem. Kristen permitiu que o namorado a livrasse das roupas e lhe sugasse os seios enquanto os dedos ágeis acariciavam o centro de sua feminilidade. O prazer sentido era tão grande e tão ansiado que Kristen começou a chorar outra vez.


- Você quer que eu pare? - Robert perguntou preocupado, enquanto com o polegar de uma das mãos, afastava as lágrimas das faces úmidas e coradas dela.


- Quero ir embora... Me leve daqui com você! - pediu ela com a voz embargada.


Robert não respondeu. Aquele não era o momento ideal para discutirem para onde deveriam se mudar. Com a respiração arfante, ele se ergueu e livrou-se das roupas. Kristen o observou encantada. Não poderia haver homem mais bonito do que Robert. Ombros e tórax poderosos, uma pequena sombra de pelos castanhos e sedosos que contrastavam com a pele clara se espalhava até o centro viril. E ele era tão magnífico quando estava excitado que parecia a imagem viva de um Deus grego. Kristen estudou-lhe o rosto e concluiu que sempre fora o homem dos seus sonhos. Fosse nos momentos de ódio ou paixão.


Ele passou a beijá-la e afagá-la nos pontos que sabia serem os mais sensíveis e, de vez em quando, encorajava-a a fazer o mesmo com ele.


Havia tanto tempo que ela não sentia o toque dos dedos másculos, que não demorou muito para que Kristen estivesse totalmente úmida e preparada para recebê-lo no interior do corpo pulsante e ávido.


Ajoelhado entre as pernas dela, Robert se curvou e começou a trilhar um caminho de beijos molhados à partir do ventre de Kristen, até alcançar-lhe a  boca. Com as mãos apoiadas na cama, uma de cada lado do corpo dela, Robert sustentava seu corpo. Apenas alguns centímetros os afastavam. Com uma das mãos, Kristen o acariciava no peito e a outra afagava-lhe os cabelos na base da nuca.


As lágrimas haviam cessado e foram substituídas por gemidos de prazer no instante em que ele a penetrou devagar. Algumas coisas poderiam até mudar entre eles, mas nunca o suspiro forte que Kristen soltava sempre na primeira investida, em cada vez que se amavam.


Robert ainda continuava mantendo o corpo suspenso, apoiado sobre os cotovelos. Apenas seus quadris se mexiam a cada investida lenta e torturosa. Num momento, ele recuou o corpo, retirando-se de dentro dela e a encarou, dizendo-lhe em seguida:


- Deus, como senti sua falta!


Sorrindo, ele voltou a penetrá-la devagar. Kristen fechou os olhos, mas Robert implorou:


- Por favor, abra os olhos. Não se feche para mim outra vez.


Tornando a abrí-los, ela retrucou:


- Foi você quem se afastou.


- Tudo bem, não vamos falar mais sobre isso... - ele a beijou com ternura.


E quando Robert atingiu o ponto sensível do prazer feminino, Kristen se contorceu desvairada, reagindo às ondas eletrizantes. Ele acelerou o ritmo das estocadas e ambos foram levados a uma turbulência erótica e desenfreada.


A cada nova investida, o prazer era maior. E, quando ela gritou alucinada, ele a abraçou com força, pressionando mais sua pélvis contra ela. A sensação era de pura loucura e urgência em atingir a satisfação plena e absoluta.


As vozes roucas e ofegantes ecoaram no silêncio do quarto, antes de tombarem exaustos e saciados.


Por algum tempo, eles permaneceram calados, lado a lado, recuperando-se da mais intensa experiência sexual de suas vidas. Até que Kristen apoiou um dos cotovelos na cama e amparou a cabeça na palma da mão.


- Quando teve a consciência de que estava agindo errado? - ela perguntou sem rodeios.


Ele ainda permaneceu algum tempo imóvel. Depois girou o corpo para poder encará-la e respondeu:


- Na semana passada. Assim que decidi voltar correndo para lhe pedir perdão e até mesmo me ajoelhar se fosse preciso, Nikki me ligou, e ela me contou que pretendia fazer um aborto. Eu precisava falar com ela antes que cometesse aquela loucura.


- Ainda não consigo me conformar em ver você jantando com ela, a sós, em um restaurante.


- O mesmo posso dizer de você e Tom.


- É muito diferente. - ela protestou. - Ele é seu amigo e nós só conversamos sobre coisas sem importância. Ele se sentia sozinho e precisava conversar, assim como eu.


- Acontece que ele disse na minha cara que eu não merecia você. O que Tom pretendia com essa insinuação?


- Certamente, ele teve a intenção de fazer-lhe ciúmes, para que você tomasse  uma atitude. Tom sabia que eu estava a ponto de desistir do nosso relacionamento. Não foi por isso que você resolveu consertar as coisas?


Robert ficou em silêncio por alguns segundos, como se estivesse absorvendo a verdadeira razão da atitude do amigo. Depois, limpou a garganta com um pigarro e disfarçou:


- Pensei que o assunto fosse sobre Nikki.


- Ah, sim... - ela murmurou com um sorriso matreiro.


- Ela está com medo da reação de Paul, da família... enfim, ela considerava o aborto como única solução. E foi por isso que atrasei a viagem. Se eu voltasse naquele instante para falar com você e deixasse Nikki sozinha em Londres, não tinha certeza se ela não entraria em desespero e acabaria fazendo o que tinha em mente. Por isso, eu a trouxe comigo, mediante a promessa dela de que pensaria a respeito. Não imaginava que ela decidisse fazer aquela declaração na festa de Kellan e Aslhey.


- Você sorriu quando ela anunciou estar grávida. Aquilo me deixou furiosa.


- Sim, sorri. Fiquei feliz pois Nikki assumindo a gravidez, significa que ela vai levá-la adiante.


- Mas porque ela fez isso diante de pessoas que não tinham a menor intimidade com ela? Ela poderia ter sido mais reservada, e não se expor tanto.


- Não sei. Talvez ainda esteja desesperada. Não ficamos lá o suficiente para sabermos.


- Ou, quem sabe, ela quer que algumas pessoas específicas pensem que o filho é seu... Você viu minha mãe no restaurante, óbvio que ela tenha visto também.


- No que está pensando?


- Talvez eu ainda não esteja completamente convencida de toda essa história. - revelou Kristen e sentou-se na cama. -  Um erro pode levar a outro com facilidade.  Você dormiu com ela... - Kristen hesitou pensativa. - Ela não quer contar a Paul, mas precisa de um pai para a criança...


- Bem, se deseja provas mais convincentes, acho que terá que esperar uns sete meses. Mas acabará por me pedir desculpas, Kristen.- Robert parecia tranquilo. E falando pausadamente, disse: - Eu-Não-Dormi-Com-Nikki!


O som de um carro se aproximando da casa os alertou. Kristen se levantou da cama e foi até a janela.


- Acho que você terá que arrumar essas provas antes do que imagina, Rob. É meu pai quem está chegando.


Naquele momento, foi como se uma luz, de repente, se acendesse e mostrasse algo por trás das intenções de Nikki.


- Será que Nikki estaria com essa intenção? - Robert questionou.


- E por que não?


- Mas por qual razão? - ele perguntou indignado e levantou-se da cama.


Kristen deu de ombros.


- Talvez a velha e famosa vingança por eu ter tomado o lugar dela.


- Não acredito que ela faria isso. - Robert disse enquanto procurava pela calça. - Nosso relacionamento foi passageiro e não era tão sério assim. Além do mais, ela sabia que eu estava apaixonado por você.


- Você disse isso para ela? Por que lhe contou essa mentira?


- Não era mentira! - Robert respondeu, em seguida a olhou indignado. - Por acaso acha isso? Você acha que estive mentindo esse tempo todo?


- Rob, eu... eu ainda preciso repensar algumas coisas. - ela caminhou em direção a penteadeira dando sinais de que não queria mais falar sobre aquele assunto.


"Essa parece ser a noite das revelações!" - Kristen pensou.


Enquanto Robert terminava de se vestir, ela se acomodou na penteadeira e olhou para sua imagem no espelho. Será que devia acreditar no que Robert havia lhe dito? Kristen não estava segura do que deveria pensar.


O barulho de porta de carro se fechando fez Kristen se levantar da cadeira da penteadeira.


- Fique aqui. - pediu Robert.


- Mas...


- Sei que é seu pai, mas prefiro ter essa conversa a sós com ele.


Terminando de abotoar a camisa, ele aproximou-se dela e declarou:


- Enquanto eu estiver lá embaixo, resolvendo esse assunto, quero que fique aqui e pense sobre o que vou lhe dizer. - ele sugeriu. -  Eu não estou preocupado se Nikki armou para cima de mim. No momento, minha prioridade é salvar nossa relação e, mentir para você não é uma das armas que costumo usar. Se eu disse que me apaixonei por você desde o primeiro instante em que a vi, é porque é verdade.


Robert sorriu, deu-lhe um beijo rápido nos lábios de Kristen e saiu do quarto.


O som de pancadas na porta ecoou no hall de entrada. Robert estava no meio da escada quando viu a senhora Louise abrir a porta e John Stewart entrar, acompanhado por Dean que o recebera no portão.


- Boa noite outra vez, John. - Robert cumprimentou. - Aconteceu alguma coisa?


John parou ao avistar Robert que ainda estava com as roupas da festa, amassadas, e os cabelos mais bagunçados ainda. Nem precisaria ser muito esperto para deduzir que ele acabara de ter alguma intimidade com sua filha.


- Atrapalho alguma coisa? - John piscou um olho.


- Não... nada. - Robert reprimiu um sorriso.


- Precisamos ter uma conversa, Rob.


- Claro, John. Vamos para o escritório.


Robert fechou a porta e os dois se acomodaram nas poltronas do recinto.


- Como está minha filha? - quis saber John.


- Ela está bem. - Robert lhe assegurou.


- O bebê de Nikki é seu? -John perguntou sem rodeios.


- Não. - ele negou convicto.


- Jules viu vocês em Londres com certa intimidade. Como explica sso?


- Cumplicidade, sim. Intimidade, não. - resumiu Robert. - Jules deveria pensar bem antes de se precipitar nas conclusões.


- Mas minha filha pensa que você é o pai da criança que Nikki espera. Por isso que ela saiu correndo da festa.


- Já conversamos a respeito. - Robert o informou. - Houve algum comentário na festa?


- Não. Muitos não perceberam. A música alta distraía a atenção deles. Só mesmo os que estavam na mesa ao lado viram, mas Jules lhes disse que Kristen estava passando mal. Muito vinho. - disse John.


Robert apenas concordou com a cabeça.


- E Jules, onde está? Porque não veio aqui com você?


- Eu a deixei em casa. Estava cansada. - John não queria colocar mais lenha na fogueira, por isso não revelou que Jules estava enfurecida com Robert.


- Ela deve estar achando que sou um canalha.


- Jules está confusa. Ela gosta de você, mas não pode negar o que viu.


Eles ficaram em silêncio por alguns instantes e foi nesse momento que Robert teve uma ideia.


- John, preciso que me faça um favor. - pediu Robert. - Vou viajar com Kristen. Você poderia cuidar da venda dessa casa?


Depois do acidente com Kristen, tanto Robert quanto ela, passaram a detestar a casa. Haviam muitas recordações boas, mas uma única ruim que anulava todas as outras. John sabia como a filha se sentia ali dentro e há tempos vivia insistindo para que eles se mudassem.


- Finalmente! Mas, vocês vão viajar para onde?


- Vou levar Kristen para Londres.


- Londres? - John riu.


- É o que há no momento. - Robert deu de ombros.


- Porque não planejam isso com mais calma e escolham um outro lugar?


- Porque quero partir hoje.


- Hoje? - John o olhou desconfiado. - Rob, por favor, seja sincero comigo. Porque está saíndo daqui com tanta pressa? Está escondendo algo, não é?


- Fique tranquilo John. A única coisa que quero esconder será nosso paradeiro. Ninguém poderá saber sobre isso. Somente aqueles que estiverem envolvidos diretamente.


(...)


Robert acertou alguns detalhes sobre a casa e a viagem com o pai de Kristen. Enquanto ele ligava para seu agente que ainda estava em Londres, John usava o celular para fretar um jatinho.


Depois, Robert comunicou à governanta que auxiliasse John na mudança e cuidasse dos objetos pessoais dele e de Kristen. Pediu também, que avisasse a Dean para se preparar, pois logo partiriam para o aeroporto.


- Cuide bem da minha menina. - pediu John.


- Sempre! - respondeu Robert. - É por isso que estamos saíndo daqui.


- E a premiere? É daqui a três semanas.


- Eu sei. Voltaremos uns dias antes. - Robert comunicou. - E diga à Jules que depois conversarei pessoalmente com ela. Quero esclarecer esse mal entendido.


Os dois se despediram com um abraço. Quando Robert subia os primeiros degraus, Louise perguntou:


- Vai ficar tudo bem, Robert?


- Está tudo bem, Louise! - ele respondeu sorrindo e subiu a escada correndo.


" Tudo o que tenho a fazer é convencer Kristen. Mas acho que ela não vai se opor." - Pensou Robert enquanto seguia em direção ao quarto.


Assim que entrou no quarto, ele encontrou Kristen debruçada na janela, observando o carro do pai se afastar. Robert atravessou o espaço que os separavam, se posicionando atrás dela e, gentilmente a enlaçou pela cintura. Beijou-lhe o ombro e o pescoço e, em seguida, apertou-a mais contra o corpo. Kristen virou-se e perguntou:


- Você demorou! Estava preocupada e já ia descer. Está tudo bem?


Ele afirmou com um gesto de cabeça e a beijou nos lábios.


- Quanto tempo acha que levaria para arrumar suas coisas?


Kristen franziu a testa.


- O que quer dizer?


- Tenho uma proposta para você. - ele encarou os lindos olhos verdes da namorada. - Quer ir para Londres agora?


Kristen hesitou, estudando-lhe a expressão do lindo rosto à sua frente.


- Agora? - ela indagou e Robert assentiu. - Irei com você para onde quiser. - ela garantiu e colocou os braços ao redor do pescoço de Robert.


- Ótimo! Então estaremos saíndo em uma hora. Acha que consegue arrumar suas coisas nesse tempo?


- Sim, mas é melhor me apressar.


Eles se beijaram. Em seguida, começaram a pegar algumas roupas e pertences pessoais. Enquanto faziam aquilo, Robert ia contando sobre a conversa que teve com o pai dela, os planos de uma nova casa e sobre o esquema que armara em cima da hora para viajarem. Parecia um verdadeiro plano de fuga, digno de um filme de ação.


(...)


Uma hora depois, eles chegavam ao aeroporto. Até o momento tudo havia saído conforme o esperado. Nenhum paparazzo, nenhum fã. Eles se acomodaram no jato particular que John havia fretado a pedido de Robert.


Alguns minutos depois, já estavam voando. Passava de uma hora da manhã. O céu estava limpo, cheio de estrelas. Kristen olhava em silêncio para a imensidão obscura.


- Vai sentir saudades? - Robert perguntou, fazendo-a se assustar.


- Da casa? De jeito nenhum! - ela exclamou com segurança e desviou o olhar da paisagem sombria.



Continua...



6 comentários:

Unknown disse...

oh mais ta boa essa fic amei eles viajando juntos p lomdres

Cris disse...

Adorei!

Maria disse...

Muito boa! Quando sai o próximo capítulo? kkkkkk

gyrobsten disse...

Tô adorando lê essa fic...é d++++ !!!

gyrobsten disse...

Tô adorando lê essa fic...é d++++ !!!

crismaycon disse...

Maravilhosooooo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!apaixonada aquuui :) ahhhhhhhh q romantico

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